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  • o nosso recomeco (EM REVISAO)
  • capitulo vinte: tenho que contar.

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o nosso recomeco (EM REVISAO) por nath.rodriguess

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Palavras: 3318
Acessos: 1746   |  Postado em: 13/11/2024

capitulo vinte: tenho que contar.

 

            CAPÍTULO 20. TENHO QUE CONTAR.

            No dia seguinte, nós duas acordamos cedo. Tomamos café juntas e assim que ela saiu para trabalhar, subi para o quarto com o intuito de dormir mais um pouco, curtir minha “suspensão”. O que foi inútil, pois o vizinho estava fazendo um barulho infernal com o aparador de grama.  

            Deitada na cama, começo a relembrar os acontecimentos de ontem e posso perceber o quanto nossa mente tem o incrível poder de nos sabotar, mas basta termos controle do que pensamos e o controle das nossas atitudes que tudo dá certo. Ontem, com Ralf, eu poderia ter explodido, mas pensei melhor. Não valia a pena. Óbvio que controlar nossos impulsos não é uma tarefa fácil. Para uma pessoa como eu, com pavio curto, era mais difícil ainda. Passar por tudo isso sem dar um soco em alguém era algo que eu vinha conseguindo com maestria.

            Levanto da cama irritada com o barulho e decido colocar uma roupa esportiva e pedalar com a minha bike. Ponho o headphone e saio em direção ao Parque da Tijuca, sentindo a brisa leve do vento no meu rosto, me fazendo esclarecer algumas ideias.

            A música que estava tocando era de uma playlist aleatória do spotify, mas me faz lembrar automaticamente de Fê. É, realmente, ninguém poderia fazer o que ela faz. Me cuidar como ela cuida e me valorizar tanto. A gente realmente estava elevando o nível da nossa relação e eu estava muito feliz. O que vinha na minha cabeça agora era o seu sorriso.

            Ah, ruiva... eu estou gostando de você de verdade.

            Os sentimentos por Beatriz haviam diminuído. Eu acho que meu coração está finalmente começando a ouvir meu cérebro e conseguindo eliminar tais sentimentos que só me trouxeram, até então, confusão e dor.

            É claro que eu ainda sentia.

            Entretanto, estava amenizando. Depois de tudo que aconteceu, depois da minha última descoberta sobre ela ter se prostituído por algum tempo. Não sei se ela pretendia me contar, mas a forma que disse ao próprio marido como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo, me deixou enojada. Ela não tinha necessidade.

            Observo uma árvore e estaciono a bicicleta embaixo dela. Encosto-me no tronco e me permito visualizar algumas crianças brincando, outras pessoas se exercitando e lembro que faz tanto tempo que não saio para viver a vida...

            Passo o dia todo, literalmente, em uma sala de 100m² com ar-condicionado respirando o mesmo ar de tanta gente detestável. Inclusive, o mesmo ar que Roberto, que acredita que é a porr* de um líder, mas é um escroto do caralh*.

            Uma bola me acerta enquanto estou perdida em meus pensamentos. Procuro o dono da bola, mas vejo uma criança ruborizada vindo em minha direção e uma moça esbaforida atrás dela.

            — Moça, você pode devolver minha bola, por favor? — diz a menina, que deveria ter aproximadamente uns seis anos.

            — Claro, meu amor — jogo a bola para ela de volta

            — Como é que se diz, Amanda? — a mulher que está acompanhando-a, que presumo ser sua mãe, chama sua atenção

            — Obrigada, moça.

            Sorrimos juntas e ela volta a jogar sua bola.

            Observo seus movimentos e começo a lembrar de mim quando criança. Eu era uma das melhores jogadoras da minha classe, todos os torneios que participei, trouxe a medalha de campeã pra casa. Nunca quis ser segundo lugar em nada na minha vida.

            Meus pais nunca me apoiaram na carreira futebolística, talvez eu tivesse conseguido ser jogadora com o apoio deles, mas eu nunca consegui nem apoio e nem carinho. Nada.

            Pensar neles me deixava mal, abria um buraco no meu peito que eu gostaria de mantê-lo fechado por enquanto. Para dissipar meus pensamentos, vou até a menina da bola e pergunto se posso jogar com ela. Ela diz que sim animada e passamos a manhã inteira jogando futebol e nos divertindo, para a alegria da mãe dela que respirou aliviada por não ter mais que ficar correndo atrás de uma bola.

            Ela tinha muito talento. Ela me driblava e eu ficava perplexa com isso. Seis anos. Ela me confidenciou que aprendeu tudo vendo Tik Tok e eu dou um sorriso com a sua revelação. Meu telefone toca e eu pauso nossa brincadeira para atendê-lo.

            — Oi, amor — digo sorrindo

            — Oi, vida. Te mandei algumas mensagens, mas você não respondeu e eu acabei ficando preocupada, tá tudo bem?

            — Está sim, eu estou no Parque da Tijuca, resolvi andar de bike para clarear as ideias e agora arrumei uma ótima companhia para jogar bola.

            — E que companhia seria essa tão especial, posso saber? — ela pergunta com uma pontinha de ciúmes e eu dou um sorriso.

            — Uma criança. Se chama Amanda, tem seis anos e muito talento — meu tom é implicante — Tá bom pra você, ciumenta?

            — Cala a boca, Anna — ela ri

            — Como estão as coisas por aí? — pergunto

            — Insuportáveis, nem queira saber — suspira — Roberto me encheu de trabalho.

            — Ele perguntou por mim?

            — Não, está evitando contato com qualquer pessoa, mas como sempre, Ralf tem se mostrado muito solícito em relação a ele — ironiza

            — Deixa esse urubu para lá, ele não perde por esperar. Se eu conseguir voltar para o escritório, já vai ser vingança o suficiente. Minha simples presença o incomoda.

            — Ele ver você vencendo é a melhor vingança que você poderia oferecer — ela diz — Amor, tenho que ir. Preciso finalizar algumas petições, Roberto quer lê-las até o final do dia, beijo.

            — Beijo, amor.

            Desligamos o telefone e vou até Amanda e sua mãe para me despedir das duas, eu tinha que ir para casa tomar um banho, almoçar e ir até o escritório de contabilidade do meu amigo. Queria desvendar logo esse caso do desvio da empresa de uma vez.

            A mãe de Amanda e eu trocamos telefones, ela me disse que sempre está por aqui e eu poderia brincar com Amanda sempre que quisesse. A garotinha me adorou e o sentimento era recíproco. Não sei porque, mas vi que tinha necessidade de estar perto dela. Eu amava crianças.

💻⚖

            — Anna, minha nossa! Quanto tempo! Desde a última bebedeira não nos vemos, isso faz o quê? Um ano?

            — Nem me fale daquela bebedeira, Anderson — o abraço com ternura

            — Claro, fez orgia naquela noite — ele dá risada

            — Te manca — dou um soco no ombro dele — Como você e Cynthia estão?

            — Estamos bem, obrigado. O que te traz aqui no meu miniescritório, que não se compara ao titã que você trabalha?

            — Sua inteligência, sua competência. Está com a tarde livre?

            — Pedi para minha secretária liberar minha agenda só por conta da sua visita.

            Ele me olha sério e continua.

            — Mentira, eu só não tinha cliente mesmo.

            — Seu idiota! — rimos

            Ele indica a cadeira para que eu me sente, explico a situação e mostro os documentos para ele. Ficamos analisando aquilo por algumas horas, estava quase desistindo, até que Anderson me sinaliza.

            — Anna, eu já entendi. A pessoa que está desviando dinheiro da empresa conseguiu um otário para levar a culpa no lugar dele. É só você analisar esses números aqui. Esses dois funcionários são provavelmente a chave de onde está entrando e saindo o dinheiro.

            — Mas estão juntos nessa? — questiono

            — Não, impossível. A não ser que o cara tope prejudicar sua vida atrás das grades por conta de outro cara, seria muita brotheragem.

            — Tudo é possível — penso — cara, você acaba de descobrir que o dono da empresa está desviando dinheiro da própria firma, mas por qual motivo? — faço a pergunta mais para mim do que para ele

            — Eu não sei, mas seja qual for o motivo, é um valor bem expressivo. — ele coça sua barba rala — estamos falando de 30 milhões.

            Meu queixo quase cai.

            A Dra. Baldez ia matar o Dr. Proetti antes de denunciá-lo.

            Parei para analisar as provas que Anderson colocou na minha frente. Céus, os números e as palavras ali pareciam gritar uma verdade que eu não pensei que seria possível. Como um cara rico desvia dinheiro do próprio escritório? Recosto-me na cadeira, me sentindo desconfortável dessa vez.

            O engraçado nisso é que ele colocou Roberto como o bode expiatório. Babaca. Puxou tanto o saco de Proetti que conseguiu ser notado de alguma forma. É isso que acontece com puxa-sacos.

            O Proetti não é um dos melhores advogados, ele era detestado pela maioria, mas isso era grave. Como sócio fundador ele não pensou no impacto financeiro? No escândalo que isso iria causar? A imagem do próprio escritório? Que poderia perder a licença para advogar?

            Deus! Íamos virar chacota no mundo jurídico. A firma concorrente, a Williams, ia tirar sarro. Clientes iriam sair. Já imaginava as manchetes nos jornais.

            E a Dra. Baldez? Como iria ficar se soubesse disso? Nossa... era muita coisa para assimilar.

            Minha mente estava trabalhando de forma insana, mas minha decisão já estava clara: precisava contar para ela. Uma bomba? Sim. Mas precisava. E pelo pouco que conheço da minha chefe, eu já sabia: ela não ia deixar barato. Seria um duelo de gigantes. Eu ia destruir a reputação do Proetti, afetar a carreira dele e salvar o escritório.

            Isso se sobrasse escritório para salvar.

            Mando uma mensagem pra Fê pedindo que entre em contato com a Secretária da Dra. Baldez, pedindo para me ligar imediatamente. Longos 20 minutos depois, eu já estava chacoalhando minhas pernas na cadeira de nervoso, semelhante à época que eu estava apertando F5 para sair o resultado do vestibular para Direito.

            Quando o telefone toca, me assusto, mas atendo imediatamente o número desconhecido. É claro que era Diana.

            — Diana, sou eu, Anna... eu descobri aquilo que estávamos procurando, pode avisar a chefe pra mim? — digo logo de uma vez

            — Anna, sou eu... a chefe. — seu tom é quase brincalhão

            — Ah, Oi! Desculpe — dou uma risada nervosa — Encontrei o que me pediu, como eu faço para lhe mostrar?

            — Venha jantar em minha casa hoje que conversaremos, não quero conversar dentro da empresa, as pessoas verão você comigo e nesse momento é melhor você estar realmente afastada. As coisas não estão boas para o seu lado, Anna. Estou tentando ao máximo, tive uma discussão com Roberto, enfim.

            — Sinto muito fazer a senhora passar por isso — digo, com a voz baixa e abatida — que horas devo ir à sua casa?

            — Traga sua ruiva. Não estarei sozinha e não seria de bom tom você estar, vou pedir à Diana para passar o endereço e horário pra você.

            — Obrigada, Dra. Boa tarde e desculpa o incômodo.

            — Você não me incomoda, Anna. Se cuide.

            Desligamos o telefone e eu fico calma. Anderson olha para as minhas feições.

            — Desculpa, não tive como não ouvir... — ele sorri — sua chefe parece gostar muito de você.

            — Ela gosta sim, eu acho. Está se arriscando para salvar o meu emprego, sou muito grata a ela.

            — E você não acha estranho ela chamar você para ir até a casa dela? Ela pode estar dando em cima de você.

            Sorri, meneando a cabeça.

            — Não... ela chamou minha namorada também e disse que estaria acompanhada. Ela é muito reservada quanto à vida pessoal dela, ninguém nunca sabe o que se passa. Não sabemos ela é casada, viúva, solteira, divorciada. Ela não deixa ninguém saber.

            — Espera! — ele coloca as mãos na boca e fica eufórico de repente — namo... namorada? Você disse namorada?!

            — Disse! — sorri para ele — Esqueci de te contar.

            — Anna Florence amarrada? Abrindo o coração? — pergunta, perplexo

            — Sim, abri.

            — Tô pasmo! Nem sabia que você tinha um. — ele zomba

            — Ela é linda, mano. — dou um sorriso abobalhado

            — Não é a Bia não, né? Cynthia sempre me disse que o dia que você voltasse com ela ia te encher de porr*da. E sempre me disse que você nunca se relacionava sério com ninguém e era bastante fechada por conta do que essa menina aprontou contigo — diz cauteloso

            — Fica tranquilo. Ela é completamente diferente.

            — Vivi para ver você amarrada com alguém, que bom que está te fazendo bem — ele se aproxima — posso te dar um abraço ou você ainda é anti pessoas?

            — Pode.

            Sorrimos e ele me abraça protetoramente.

            — Você merece ser feliz.

            Saio do escritório do Anderson com a alma mais leve. No caminho, ligo para MaFê informando que hoje teríamos um jantar, iria pegá-la às 19h. Resolvo omitir o que estava acontecendo, já que Dra. Baldez havia me pedido segredo. Afinal, o segredo era dela e não meu. Não ia quebrar sua confiança.

            Cheguei em casa já escolhendo a roupa que iria, tomei um banho e escolhi algo casual. Algo no look tinha que ser preto, caso contrário, não seria eu. Não demorei muito a me arrumar, estava ansiosa. Fui direto pegar Fernanda e chegando lá, ela me recebe na porta meio desconcertada. Dou um beijo em seus lábios e arqueio a sobrancelha observando seu nervosismo.

            — Que foi, amor? — pergunto preocupada

            — Primeira coisa: você vai me sequestrar pela terceira vez na semana e a minha mãe quer te conhecer, tipo, agora. — despeja de uma vez

            — Ah, céus! E a segunda? — pergunto, fazendo cara de apavorada

            — Não sei o que vestir, amor. Me ajuda? — faz um biquinho

            — Você me paga, Maria Fernanda — fuzilo ela com o olhar — vamos lá conhecer seus pais.

            Ela fecha a porta atrás de nós. Eu estava nervosa, não estava preparada para isso ainda.

            — Mãe, pai! Anna está aqui! — ela grita e em alguns segundos, os dois aparecem.

            Sua mãe era baixinha, loira, os cabelos curtos e lisos, estava com um pano de prato secando as mãos.

            — Desculpa, minha filha. Estou fazendo o jantar, tudo bem com você?

            — Tudo sim e a senhora? — respondo estendendo as mãos para dar um aperto de mão e inesperadamente, ela me puxa para um abraço.

            — Você é muito bonita, viu? Minha filha escolheu bem dessa vez, estou pasma em ver o quanto você é linda! Não é verdade, Mauro?

            O pai de Fernanda balança a cabeça positivamente e fica me avaliando, um silêncio constrangedor paira pela sala e Maria Fernanda resolve intervir.

            — Pai, fala com a Anna. — aponta pra mim

            — Eu só tenho uma pergunta a lhe fazer, senhorita. — ele diz sério e eu começo a ficar tensa e acho que vou ter um colapso nervoso

            — Pai, não! Não faz isso. — Fê o repreende

            — Quais são suas intenções com a minha filha? — ele arqueia a sobrancelha me encarando.

            Engulo seco.

            — São as melhores possíveis. Estamos nos conhecendo ainda, dando uma chance para as coisas que sentimos.

            — Ok. Você vem aqui, sequestra a minha filha quase a semana toda e acha que está tudo bem, tudo certo?

            — Ave Maria, homem! Deixe a menina em paz! — A mãe dela bate no marido com o pano de prato

            — Eu só estou checando — ele diz se fingindo de ofendido — Anna, seja bem-vinda a família. Espero que eu goste mais de você do que da outra.

            — MAURO! — A mãe de Fernanda grita, o repreendendo — Você quer matar a menina de vergonha? E isso é coisa que se fale?

            — Ok, pai. Muito obrigada. — Fê revira os olhos — Vamos, Anna.

            Ela me leva para o seu quarto rapidamente e tranca a porta.

            — Desculpa por isso, amor. Às vezes meus pais não têm limite — Sorri envergonhada

            — Tudo bem, amor. Só achei que seu pai iria me matar. Fiquei preocupada.

            — Que nada, meu pai só queria te assustar e implicar com você — ela revira os olhos, mas sorri

            — Será que eu passei no teste?

            — Qual teste? — ela pergunta

            — Dele gostar mais de mim do que da outra... — sussurro no seu ouvido, pegando na sua cintura e aproximando o corpo dela junto ao meu devagar, sinto ela arfar e mordo seu lábio inferior devagar, enquanto as mãos dela puxam forte os cabelos da minha nuca.

            — Anna... — ela suspira — Vamos nos atrasar.

            Controlei minha libido e a ajude com a roupa. Ela escolheu um vestido preto com um sobretudo vermelho, com botas de cano curto. Ela estava muito sexy, eu era muito sortuda mesmo. Como estava frio no Rio de Janeiro essa noite, ela ralhou comigo dizendo que eu deveria me agasalhar, então me deu uma jaqueta dela.

            Quando saímos do quarto, encontramos seus pais na sala, assistindo televisão. Os dois nos olham com curiosidade. Fernanda se despede deles com um beijo e eu aceno da porta. Ante de sair, ouço sua mãe perguntar:

            — Vai dormir em casa, filha?

            — Não sei, mãe. Mas eu mando mensagem avisando. Beijo.

            Seu pai, em tom jocoso, diz:

            — Caso queiram bater bife, tem um motel muito bom há alguns quilômetros daqui.

            — PAI! — Fernanda o repreende — Tchau!

            — MAURO!

            A mãe de Fê grita e eu só sinto Fernanda me empurrando para a saída, fechando a porta atrás da gente, suspirando de alívio. Trocamos olhares e caímos em uma risada.

            — Eu amei seu pai, sério! Eu preciso conversar mais com ele

            — Não se atreva, Anna. Não se atreva!

            Enquanto aguardávamos o Uber, Fernanda começou a observar minhas feições.

            — Qual o motivo desse jantar? — ela pergunta, seu desconfiômetro aguçado, como sempre.

            — Não posso dizer, pois é algo que ela me pediu segredo, mas... preciso que confie em mim, está bem?

            Ela assente positivamente, o carro chega e entramos nele. Eu estava ansiosa, um pouco nervosa achando que eu não ia conseguir dar conta de ser a mensageira da traição, mas por algum motivo, Roberta Baldez confiava em mim. O pen drive na minha bolsa revelava toda a falcatrua do sócio fundador. Eu não sei se ela iria ficar surpresa ou decepcionada.

            Chegamos em um condomínio de casas no Itanhangá, na Zona Oeste do Rio. Quando entramos, ficamos impressionadas com o que vimos. Apesar de ser na ZO, o condomínio só tinha casas de alto padrão. Passamos por diversas até chegar na casa indicada no endereço que Diana havia mandado. Uau.

            A casa tinha um jardim verde, muito bem cuidado, por sinal. Uma casa duplex, toda trabalhada no vidro, era bem clean e eu começo a me perguntar qual privacidade aquela mulher tinha se dava para ver o que acontecia dentro da casa pelo lado de fora.

            A porta da sala era enorme, deveria ter uns seis metros de altura. Só a porta custa mais do que eu ganho o ano inteiro. Fernanda segura minha mão e eu aperto a campainha.

            Agora não tinha mais volta, eu teria que contar.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Meninas, mil perdões por estar postando somente hoje, mas eu estou de mudança e isso está ocupando todo meu tempo agora, mas nem por isso deixo de pensar na história. Escrevo em tudo quanto é lugar: na rua, na chuva, na fazenda, no uber, no 99 rs 

Aproveitem o capítulo, a história está esquentando! 

Instagram: @rodriguesnathh


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Comentários para 19 - capitulo vinte: tenho que contar.:
Lea
Lea

Em: 08/01/2025

Seria loucura falar que,a Dra Baldez e Diana são um casal??

Amei os pais da Maria Fernanda.

Responder

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jake
jake

Em: 15/11/2024

Eita e agora?

Quem será que está com a Dra Bald z...já  pensou se for o Poetri???

Ou quem sabe a Diana secretaria e a namorada da Dra Baldez...???

Ela disse q sabe de tudo...


nath.rodriguess

nath.rodriguess Em: 15/11/2024 Autora da história
Vocês saberão tudo no domingo!


Responder

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Mmila
Mmila

Em: 14/11/2024

Quem diria, o próprio Poetri?!?!?!?

Que só saber da reação do Roberto quando souber do assunto.

Vamos ver o que vai dar isso.

Toda sorte do mundo para a Anna.


nath.rodriguess

nath.rodriguess Em: 14/11/2024 Autora da história
Vocês vão entender no próximo capítulo o motivo disso ser tão impactante para a Dra Baldez, uma das personagens que começarão a ganhar destaque na história.


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