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Ela não é a minha tia por alinavieirag

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Palavras: 2256
Acessos: 1555   |  Postado em: 13/11/2024

Notas iniciais:

Boa noite, leitoras!

Capítulo bônus, gentee, espero que gostem!

CAPÍTULO BÔNUS – Não é a mesma coisa sem elas

Marta

 

Marta, sei que eu provavelmente ainda sou a última pessoa da qual você quer ter notícias. Mas isso não é sobre mim, é sobre a Sofia, ok? E eu prefiro, preciso, acreditar que você ainda se importa com ela, que sempre se importou, nem que seja de alguma maneira torta.

Quero te dizer que a sua filha está bem. Que ela está feliz, apesar de tudo... E por favor, Marta, lembre-se de que isso não é, nem nunca foi, um cabo de guerra, a Sofia não está me escolhendo entre eu e você. Eu jamais permitiria que ela fizesse algo assim. Então, não, eu não estou tomando a sua posição.

Não faça nenhuma loucura, por favor. Ela precisa disso, e eu também, acho que todas nós precisamos. São só alguns dias em Nashville, certo?

Aproveite esse tempo para você. Você, obsessivamente, tem dedicado à sua vida a nós duas desde que nos conhecemos e isso não é nada saudável, para nenhum de nós, mas principalmente para você mesma.

Já falei isso para o Olavo, mas gostaria de falar para você também: não se preocupe com ela, a sua filha é parte de mim desde que nasceu e eu vou protegê-la muito bem, como sempre fiz. Sei que você sabe disso, admitindo ou não.

Também sei que falei muitas coisas para você antes de irmos embora, não posso dizer que eu me arrependa, mas espero que possamos conversar em um dia próximo, quando não estivermos com os nervos tão à flor da pele.

Não espero que entenda os meus motivos, mas que pelo menos possa compreender as coisas que precisei fazer, e me perdoar pelas tantas outras que você acha que eu tenha feito. Quero que você saiba que eu sou sim muito grata pelas coisas boas que você fez por mim, por tudo o que você me proporcionou desde que nos conhecemos, sendo a Sofi a mais preciosa de todas elas.

Eu posso não ter sido a melhor amiga que você imaginou que eu seria, e com certeza não fui a pessoa que você esperava que eu fosse para a sua filha, mas pode ter a certeza de que eu a amei desde o seu primeiro dia de vida, e que a amarei até os últimos segundos da minha.

Sei que você não vai me responder, mas só precisava te enviar isso, de qualquer maneira.

Tchau.

Mensagem enviada às 18h do dia 10 de junho.

 

 

Cinco meses depois

 

– Você ficou chateada com o que aconteceu, é o que quer dizer? – A Dra. Joana me pergunta depois de me ouvir por algum tempo.

Toda vez que pisava nesse consultório sentia a mesma coisa: que eu não pertenço a esse lugar, que não era eu quem deveria estar aqui. Porque, apesar de luxuoso – com mobílias e uma decoração que eu até poderia ter na minha casa, se quisesse, mas que a maior parte da população jamais teria – continuava sendo o que era: um consultório psiquiátrico.

É claro que eu tentei procurar a melhor profissional da cidade, mas não foi nada fácil achar alguém que estivesse à altura das minhas expectativas ou realmente capacitado para me atender. Não que eu ache que essa mulher de seus quase cinquenta anos esteja. Ao menos, ela foi a de mais prestígio que encontrei em minhas pesquisas, e também a mais cara, diga-se de passagem.

Mas, apesar dos quase três meses que venho aqui, continuo achando que tudo isso não passa de uma grande bobagem, nem sei dizer por quanto mais tempo aguentaria frequentar essas sessões.

– Você não ficaria chateada? – Pergunto de volta, com obviedade.

Durante anos, eu sempre fui a pessoa convocada para ser a responsável por gerenciar os eventos de final de ano daquela Igreja. Com que direito eles tinham de chamar a Salete dessa vez, sem ao menos me dar uma explicação plausível? Porque, convenhamos que a justificativa que me deram, dando a desculpa de que “as decisões precisavam sem mais dinâmicas e flexíveis” não era nenhum pouco convincente.

– Eu sinto que elas não me enxergam, não de verdade. Não do jeito que eu mereço ser vista. Sem falar dos anos dedicados àquela comunidade. – Mexo o meu chá com a colherzinha. – Eu deveria no mínimo obter mais reconhecimento. – Assopro antes de dar um gole. – Além disso, ninguém me elogiava da forma que estão elogiando e admirando a Sally agora. – Bebo mais um pouco de chá. – Também... como eu posso querer o reconhecimento deles, se são todos medíocres demais para conseguir enxergar algo realmente grandioso?

Nunca seriam capazes...

– Você costuma ter esse sentimento com muita frequência? Quero dizer, se sentir superior às pessoas... – Ela diz de uma forma educadamente arrogante que me dá nos nervos.

– Querida... – Respiro, impaciente. – Não é que eu me sinta, eu sou superior. – Bufo, por ter que repetir o óbvio.

Será que ela não me ouviu em nenhum momento? Que tipo de profissional não entenderia algo tão simples, que estou tentando lhe dizer desde que entrei nessa maldita sala?

– A Salete não tem os anos de experiência e dedicação que eu tenho, ou a minha competência. – É tudo o que eu digo, desejando que o assunto termine ali e que ela diga que a sessão pode se dar por encerrada.

Só que acontece justamente o oposto.

– Você comentou, na semana passada, que a sua filha e a Júlia estavam com os dias contados em Nashville. – Apenas a menção àquele nome faz com que eu sinta um arrepio na espinha. – Isso se confirmou?

– É o meu ex-marido que fala com elas, então... – Digo de forma desinteressada, conforme mexo o meu chá com mais insistência do que o necessário.

– Sim, eu entendo. – Ela parece forçar uma compreensão.

– Mas pelo o que tudo indica, sim, elas devem estar de volta em torno de duas semanas. – Dou de ombros.

Não importa o quanto tentassem me fazer pensar diferente – o que vinha acontecendo com bastante frequência, a propósito – eu manteria o meu mesmo pensamento intacto: a Júlia era a minha melhor amiga e a Sofia Maria é a minha filha, desde quando elas resolveram ficar juntas e me ver pelas costas?

Pelo amor de Deus, se não fosse eu, as duas nem sequer teriam se conhecido.

"Foi você que obrigou a Sofia a fazer o que fez" era o que o Olavo vivia falando nos meus ouvidos desde que a garota pegou meia dúzia de roupas e foi embora do Brasil. Com ela.

Quando a Júlia me mandou aquela mensagem dizendo que a Sofia estava bem e que as duas iriam passar apenas alguns dias em Nashville – o que evidentemente não se confirmou, já que "alguns dias" viraram umas semanas, umas semanas viraram alguns meses, e hoje já faz quase seis que não as vejo – eu senti os meus pés afundarem como se o mundo inteiro estivesse desabando sob eles.

Tive vontade de ir ao aeroporto e comprar uma passagem para o primeiro voo que me levasse até ela. Eu estava disposta a trazê-la para casa nem que fosse à força, e era o que eu iria fazer se o Olavo não tivesse me impedido.

É óbvio que como um bom defensor das duas, ele falou que eu precisava dar espaço a elas, principalmente para a Sofia. Mais do que isso, que eu precisava dar um tempo para mim. Desde então ele basicamente me forçou a fazer terapia, o que não tinha o menor cabimento, é claro... As duas praticamente tiveram uma relação incestuosa bem debaixo dos nossos narizes, e eu que saí como a louca da história?

Não era eu quem estava errada.

Só que então, além do Olavo, o João Pedro também começou a ficar insistindo sobre eu ir em busca de uma terapeuta, dizendo que eu precisava de ajuda para lidar com a ausência da Sofia e da Júlia – como se eu realmente precisasse – e chegou a me dizer que se eu não procurasse ajuda, ele seria o próximo a ir embora.

As duas conseguiram o queriam, afinal, colocar todos contra mim, porque, aparentemente, ninguém é capaz de enxergar os anos que eu doei da minha própria vida para essa família, ou de tudo o que eu fiz pelas duas.

Mas elas que saíram perdendo, não eu.

Não eu.

– Como você se sente em relação a isso? – A Joana me pergunta depois do que pareceu uma eternidade.

– O quê?

– Com a volta delas... – Ela me recorda sobre o que estávamos conversando. – Como se sente?

– Você sabe... Para ser bem honesta, eu não sei se me sinto confortável para ver as duas de novo... – Principalmente, vê-las juntas, sentia asco só de pensar, por mais que venham me forçando a aceitar a ideia há meses, afinal, elas teriam que voltar algum dia. – Mas eu também sinto falta de como costumava a ser, então... talvez seja um sacrifício necessário.

– Mas você tem a consciência de que será uma nova configuração, certo? Comentamos sobre isso na semana passada...

– Que seja... – Digo, de forma despretensiosa.

– Curioso você usar essa palavra... – Ela diz naquele tom irritante de superioridade. – “Falta” – Ela faz uma pausa proposital. – Do que exatamente você sente falta?

A palavra ecoa na sala.

Falta.

– Não é a mesma coisa sem elas.

 

xxx

 

– O que o Senhor vai querer beber? – Pergunto enquanto penduro o seu terno no nosso antigo cabideiro.

A meia luz que está preenchendo o ambiente me incomoda, mas não digo nada.

Meu pai está sentado em sua poltrona de couro preferida, e apesar de eu ser bastante alta para uma jovem de doze anos, sua altura me intimida.

– Uma dose de Bourbon com três pedras de gelo, por favor.

Me encaminho para o nosso bar, retirando o Bulleit Bourbon por detrás da portinha de vidro. Meu coração está acelerado, quero sair dali, mas não devo.

Não posso.

Então apenas continuo e tento manter a mão firme quando começa a tremular. Sirvo uma pequena quantidade de whisky no copo e deixo-o respirar por um segundo ou dois. Em seguida, agito a bebida no copo para que ela se espalhe por todo seu interior, cuidando para manter a borda do copo seca. Feito isso, despejo-a de volta no vidro.

Por fim, preencho o copo – cuidando para não exceder os 28 mililitros que havia aprendido a reconhecer mentalmente – e adiciono as três pedras de gelo com o pegador.

Faço tudo no tempo mais rápido que consigo. Pego o copo pelo seu pé, mas meus dedos estão escorregadios demais para se manterem ali.

Entrego-o para ele.

Queria muito poder sair daqui nesse exato momento, mas não posso, então assisto-o primeiro colocar seu nariz dentro do copo e inspirar intensamente. Em seguida, coloca o copo contra a luz, parecendo observar a sua aparência. Agita o whisky pelo copo, do mesmo modo que eu havia feito, instantes atrás, e analise por um breve momento.

Por último, leva o copo novamente até o nariz e passa-o de uma narina para outra, inspirando lentamente. Ele não chega a beber, mas aquilo parece ser o suficiente para o que vem em seguida.

– Querida, você não pegou o copo pelo seu pé, como te falei, não foi? – Sua voz vai aumentando a cada palavra dita, e me encolho. – Quantas vezes vou precisar te dizer que você precisa pegar pelo seu pé, ou então pode adulterar o sabor? – Ele olha para mim, mas sei que não espera que eu diga nada, por isso me mantenho calada, enquanto sinto as lágrimas me lavarem. – Martinha... Como pode ser tão estúpida?

Tão estúpida, tão estúpida, tão estúpida...

 

– Querida... Você teve um pesadelo de novo. – Acordo com a sua voz calma, os braços largos ao meu redor, e relaxo um pouco. – Pensei que eles parariam depois de todos esses meses... Principalmente depois de eu ter me mudado para cá... – Comenta ao encarar os meus olhos.

Nunca tinha mencionado para ele sobre o teor daqueles sonhos, para ninguém, na verdade, nem para a Joana, muito menos para ela. Havia começado a tê-los desde que... bem, desde que elas foram embora.

A casa esteve vazia por um bom tempo, o que provavelmente contribuiu para aquilo. É claro que o João Pedro ainda mora aqui, mas ele pareceu ter evitado desde que a Sofia Maria se foi... sempre preferindo os amigos do que a mim.

Durante os primeiros meses, a sensação era quase de sufocamento, ninguém parecia me enxergar, ninguém parecia notar ou reconhecer as minhas necessidades, o meu sofrimento. Porque, sim, eu fui a maior prejudicada nessa história, como poderiam não ver? Como poderiam não perceber que me foram tiradas todas as pessoas mais próximas a mim, de uma só vez?

Pelo menos com ele eu sentia que eu era tratada da forma que eu merecia.

– Você quer que eu te prepare um chá de camomila? – Pergunta, atencioso e proativo, como sempre.

– Não, quero que você fique aqui... que fique acordado aqui comigo até eu conseguir voltar a dormir. – Ordeno, enquanto me aninho em seu peito robusto.  

– Eu faço tudo por você, sabe disso, não sabe? – Ele diz tudo o que eu poderia querer ouvir e volto a pegar no sono em questão de minutos.

Fim do capítulo

Notas finais:

Boa noite, Sojuers!

Quase que eu não postava esse capítulo kkkkk

Quem lembra de quando eu fiz uma enquete no meu Instagram perguntando se vocês queriam um capítulo no ponto de vista da Marta? Acontece que deu empate, e coube a mim essa difícil decisão: fazer ou não fazer? Eis a questão kkkkk

Desde o ano passado, quando eu ainda não tinha dimensão do que a história abordaria (além do romance do nosso casal) eu já imaginava escrever um "POV" na visão da Marta. 

Mas então, o tempo foi passando, eu fui desenvolvendo cada vez mais todas as tramas e me dei conta de quem a Marta de fato era: uma pessoa narcisista e por muitas vezes cruel.  

Diante disso, ficou muito mais difícil escrever algo no ponto de vista dela. Foi desafiador, mas depois de pesquisar muitas coisas, decidi me arriscar em escrevê-lo. Sei que provavelmente não está perfeito, mas, no fim, fiquei feliz com o resultado, por isso decidi postá-lo.

Além disso, eu queria muito compartilhar essa mensagem da Júlia com a Marta, e achava que esse seria o melhor capítulo para isso. E também queria "preparar o terreno" para os próximos reencontros que teremos, afinal, sim, essa família vai se reencontrar em breve!

Deixei alguns pequenos suspenses no ar, muitos questionamentos, e foi isso, gente kkkk espero que apreciem esse capítulo surpresa, em plena quarta-feira! 

Não deixem de comentar!

Obrigada por estarem aqui, de verdade, e nos reencontramos no capítulo 45!


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Comentários para 47 - CAPÍTULO BÔNUS – Não é a mesma coisa sem elas:
Zanja45
Zanja45

Em: 18/11/2024

A carta que Júlia emitiu pra Marta, foi uma coisa de uma pessoa realmente curada, que se preocupa com o outro independente do que ele seja, pois se fosse olhar pelo que Marta disse pra ela. Era pra nunca mais ela interferir na relação dela com Sofia. Porém, Julia teve uma atitude muito louvavel, digna dela mesma ao escrever para Marta.Então, partido da premissa de que o narcisista nunca se arrependem do que fazem, porque Julia isso aqui?

 E eu prefiro, preciso, acreditar que você ainda se importa com ela, que sempre se importou, nem que seja de alguma maneira torta.

Mas, será que em algum momento, Marta pensou em Sofia diferente da forma que ela vê hoje?Possa ser que isso ficou subtendido em alguma passagens delas.(Foi com a chegada de Joao Pedro, que ela começou a mudar com Sofia?

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Zanja45
Zanja45

Em: 18/11/2024

Diante disso, ficou muito mais difícil escrever algo no ponto de vista dela. Foi desafiador, mas depois de pesquisar muitas coisas, decidi me arriscar em escrevê-lo. Sei que provavelmente não está perfeito, mas, no fim, fiquei feliz com o resultado, por isso decidi postá-lo.

Resp.: Ficou maravilhoso, porque significa que os estudos que você realizou, ajudaram bastante no seu entendimento sobre o que é ser uma pessoa narcisista e do ponto de vista de quem sofre o trauma. O resultado, realmente magnifico, pois, passar os sentimentos para cada persongen, acredito que não seja facil de se fazer, mas, você conseguiu de uma maneira fenomenal.

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Zanja45
Zanja45

Em: 18/11/2024

Mas então, o tempo foi passando, eu fui desenvolvendo cada vez mais todas as tramas e me dei conta de quem a Marta de fato era: uma pessoa narcisista e por muitas vezes cruel.  


Resp.: isso foi latente ao longo dos capitulos. Sofia que o diga, sofreu horrores nas maos de Marta. se ela não tivesse delegando a Julia os cuidados por Sofia, teria sido muito pior. No entanto, diferentemente de Sofia, Julia sofreu menos, pois, ela sempre colocava panos quentes na relação das duas( meio que acobertava). Marta idealizou tanto Julia que beirava a perfeição. Por ela ter conhecimento amplo da vida de Julia que sabia como puxar as cordas de dela no momento que ela queria, como por exemplo jogar na cara que ela colocou Julia dentro de casa e ela a traiu(vitimização). Isso, mostra a grandiosidade, pois ela fez uma boa ação e a outra pessoa que não prestava.


De acordo com estudiosos da area, quando o narcisista está na fase da idealização eles veem tudo no preto e branco. Ja na fase da clivagem (depreciação)eles não conseguem fazer essa distinção, tudo só é preto, as outras coisas que ele disse pra você,eles esquecem de tudo. Depois de passado, esse periodo de depreciação eles, podem te procurar como se nada tivesse acontecido.Claramente, é perceptivel na fala de Marta, que mostra essas fases, mostra o prestigio da mulher, porém ainda duvida da capacidade, porque na cabeça dela ela merece algo melhor, pela pessoa que ela é. - Grandiosa.



"É claro que eu tentei procurar a melhor profissional da cidade, mas não foi nada fácil achar alguém que estivesse à altura das minhas expectativas ou realmente capacitado para me atender. Não que eu ache que essa mulher de seus quase cinquenta anos esteja. Ao menos, ela foi a de mais prestígio que encontrei em minhas pesquisas, e também a mais cara, diga-se de passagem."



 

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Zanja45
Zanja45

Em: 18/11/2024

Desde o ano passado, quando eu ainda não tinha dimensão do que a história abordaria (além do romance do nosso casal) eu já imaginava escrever um "POV" na visão da Marta. 


 


Resp.:  Você tomou  a decisão mais acertada ao trazer para o papel, aquilo que você pensou, pois, elucidou questões que de certa forma afetavam as relações entre os personagens, e, também, na formação intercaladas de narcisistas. No caso da Júlia, ela foi traumatizada pelo acidente em que ceifou a vida da mãe, porém, apesar de ela se sentir culpada, e tal, se dedicar a respaldar os desejos da mãe, ela não desenvolveu transtorno, porque partindo da premissa que ele não surge na fase adulta, mas sim, na infância. - só não podendo ser diagnosticada -, porém os traços podem ser percebidos. Enquanto, Marta, os traumas que ela sofreu foi exatamente na fase infanto- juvenil. Então, o trauma foi tão impactante, que ela ficou presa nele. - Assumindo, várias identidades vazias, difusa da personalidade dela. Porque o narcisista é descrito como sendo uma pessoa vazia, que precisa de outras pessoas para ganhar forma, pois eles se dissociam da personalidade deles, do seu "eu". Então, eles manifestam uma personalidade que a pessoa espera deles. Então, por eles, serem uma casca vazia, não estar aí pra ninguém, não se importam, apesar que eles até sentem emoções, mas tudo no seu interior, ou seja, eles até sabem o que fez, mas segundo algumas pesquisas, essas pessoas mentem o tempo inteiro, mentem na própria cabeça, e como eles não se responsabilizam por nada, jogam a culpa no outro. Isso foi bem visível em algumas falas dela com a Júlia, que ela, Marta, mesmo estando errada, ela distorcia a verdade, apontando a amiga como culpada, não admitindo suas falhas, porque até onde sei, se for para mostrar o quanto eles são grandiosos e poderosos, podem simular isso. - porque a mentira e a inveja fazem parte deles. Mas, o que esperar de um ser sem identidade? Se não receberam o espelhamento adequado quando eram crianças, vê tudo distorcido, porque quem eram pra orientarem, os traumatizaram. Então, tudo que remete a dor, vergonha, é abortado, cria um bloqueio, porque muitas das vezes você não quer fazer determinada coisa, mas faz mesmo assim pra agradar, foi o que aconteceu com Marta que ela não queria servir ao pai do jeito que ele queria, mas pelo fato de não compreender porque o pai a tratava assim, por ser diferente dos outros pais, e não ter a validação externa, ela criava uma mentira pra justificar as ações dele. Porque todas as vezes que ela fazia, ele distorcia, mostrava o quanto ela não fazia nada certo. Logo, ela se sentia um monstro, um lixo que não realizava nada direito. -E como não se pode satisfazer uma narcisista de nenhuma forma. Então, como ela não ouvia mais os sussurros do "eu" dela, simplesmente se anulou através de mentiras que ela criava pra fugir da realidade. Houve a dissociação do "eu" dela. Dessa forma, como a pessoa , ela não existia mais, e todas as vezes que as vozes interiores tentavam lembrar ela daquilo que causava aquelas emoções que remetiam algum sentimento ruim nela, ela arranjava uma desculpa para continuar mentindo sobre si mesma, e com resposta externa, a culpabilização de outra pessoa.


No caso da Sofia, porque Marta, desprezava tanto ela e não aos outros, que compunha o núcleo familiar? Possa ser que como umas das qualidades do narcisistas é inveja crônica, possa ser que a garotinha chamava mais atenção do que ela, então como quem tem essa patologia não gostam disso, pois querem a atenção toda para si. Então, talvez na cabeça dela, começou a repudiar Sofi, primeiro a abandonando emocionalmente, depois a atacando -a para que ela se sentisse mal. - Porque ela presenciando isso se sentia grandiosa e respaldada.( como cansou de falar Alina, várias vezes). Mas, porque Sofi, não se tornou narcísica, tendo uma mãe que aparentava ser. De acordo com especialistas, isso, pode ser explicado pelo fato de que Sofi, ter outras pessoas que eram referência para ela, como a própria Júlia, Sr.Olavo e João Pedro, que de certa eram pessoas amáveis. Porém, tem um dado momento, quando Sofi tem a percepção que A mãe é diferente das outras ela tenta agrada - lá a todo custo, porque como filha ela não entende o porquê dela ser assim, ela quer o amor da mãe, quer ser vista, pois todos precisam de validação. Então ela faz tudo para agradar a mãe, mas no decorrer da trama, Sofi se mostra uma pessoa forte, decidida que supostamente não se prende aos arroubos da mãe, levando tudo na ironia( porém esses recursos da personalidade dela, eram apenas uma couraça do que realmente ela sentia.) Porque no capitulo 43, fica bem claro que toda essa forma de lidar com as coisas que ouvia de uma maneira desinteressada, na verdade era uma proteção tanto para ela quanto para Marta, e foi confirmado na fala de Júlia quando ela diz: "[...]Então... seria bom falar o que você sente de verdade, sem ironias. – Ela diz e eu abaixo a cabeça antes que ela veja uma lágrima cair. – Eu sei que você as usa pra se proteger, pra proteger 


ela, mas... A sua mãe vai aguentar, ela precisa aguentar."


Essa fuga da realidade em que Sofia esteve, mentindo para ela mesma, não fez com que desenvolvesse narcisismo, pois o trauma de ter uma mãe intoxicante como a Marta, não afetou, pra que ela ficasse presa nas ofensas, e se tornasse uma narcisista, acredito que foi, por conta que ela teve apoio de outras pessoas, principalmente, Júlia.


No entanto, analisando a questão da mãe de Sofia, ter escolhido, dentre outras pessoas, justamente ela, pra ser o "saco de pancadas"? Por que não Joao Pedro?


Conforme, alguns psicanalistas, isso pode ser explicado por diversas vertentes, a princípio, por uma questão histórica, haja visto, a questão da misoginia, em que a visão que a mulher não tem serventia de nada, servem apenas para cuidar dos filhos e da casa. Segundo, levando para um lado mais competitivo, em que a mãe ou outro tipo de relacionamento, vai pôr um irmão contra o outro,-  gerar uma competição -esse último, não foi o caso, pois João Pedro, não tinha muita voz, ficava na dele, Sr. Olavo, meio que se eximia das coisas, viajava constantemente. E geralmente, os narcisistas, escolhem aqueles que sabem a verdade sobre eles pra ser a sua munição, então Sofia pode ser considerada o "bode expiatório", pois ela sabia de tudo que acontecia ali. Só que levava a crer que tudo estava tranquilo, por meio do humor - ácido. Isso, pode ter contribuído para que Marta a ofendesse constantemente. - Porém, isso é apenas suposição.

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Zanja45
Zanja45

Em: 18/11/2024

Quem lembra de quando eu fiz uma enquete no meu Instagram perguntando se vocês queriam um capítulo no ponto de vista da Marta? Acontece que deu empate, e coube a mim essa difícil decisão: fazer ou não fazer? Eis a questão kkkkk

Lembro perfeitamente, até porque, fui umas das que voltou a favor, mas também, logo no inicio dos episodios dessa Fic, eu já queria saber o que ia nos pensamentos da Marta. Contudo, após ter acesso a algumas informações, recentemente sobre uma pessoa narcisista, dentre elas, a de que eles não mudam nunca, por mais que se forcem a fazer terapia. Então, comecei a me questionar sobre a necessidade de se dar enfoque a uma pessoa tão narcisica, que nenhum momento refletiu sobre as açoes dela para com a filha. Todavia esse episódio, mostrou aspectos sobre a formação da personalidade da Marta que atá então não tinhamos conhecimento. Portanto, esse capitulo foi norteador, no sentido de mostrar que talvez, a Marta, não seja esse monstro todo que pensavamos.

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Zanja45
Zanja45

Em: 18/11/2024

Quase que eu não postava esse capítulo kkkkk

Resp.: Mas que bom que você postou, porque foi válido para o andamento da história, pois, trouxe elementos, que vamos se dizer assim, contribuiu pra que compreendessemos de uma maneira mais ampliada como o narcismo se propaga nas relações familiares e entre as pessoas que estão ao redor. Os impactos de uma geração pra outra. E os tratamentos para tentar diagnostigar e tentar melhorar as respostas externas a isso. Então, dar um parecer, baseado na analise comportamental dela ao longo dos episódios,  já que, foi proeminentemente narcisista, pricipalmente em relação a filha, Sofia, que era algo constante. Se Marta é Narcisica ou tem Transtorno de Personalidede Narcisista. - Ocasionado por um trauma- geralmente proveniente na infância. Mas, isso, vamos descobrir nesses dois capitulos que nos restam. Quando, você trouxe como informação adicional, pra justificar ou não que Marta, talvez seja da maneira que ela é, devidos aos abusos ocorridos quando era criança, abre um leque de possibilidade pra se pensar sobre o narcisismo, mas também, pensar na Marta como uma vítima do pai narcisico ou ainda, que ela seja aquela pessoa narcisista que mostrou ao longo da história, de forma exarcebada, que não apontava caminhos diferentes pra o diagnósticos, porém, essa nova vertente trazida, nos faz pensar em outra direção para ela, contudo, ficou em aberto entre essas duas possibilidades, tudo pode acontecer, inclusive, não haver mais resgate do "eu" dela. 

Então, caríssima autora, voê acertou em trazer o POV da Marta, pois,serviu pra esclarecer alguns pontos que até o momento estavam em aberto, a respeito de como a Marta se portava. Mais uma vez, muito obrigada, por nos oferecer sempre o melhor e apostar sempre no que acreditas.

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S2 jack S2
S2 jack S2

Em: 17/11/2024

Marta fazendo terapia...que coisa boa!!
Que sirva para amolecer um pouquinho o coração dela...rsrs

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Sem cadastro
Sem cadastro

Em: 17/11/2024

Marta fazendo terapia...que coisa boa!!
Que sirva para amolecer um pouquinho o coração dela...rsrs

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Brescia
Brescia

Em: 14/11/2024

.     Boa noite autora.

O narciso não enxerga além de si mesmo, é egoísta e insensível para com os outros e não creio que mude, mas se ela quiser de novo as meninas no seu convívio, ainda mais com um bebê, (esse é por minha conta, rs), terá que fingir muito bem .

Responder

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Mmila
Mmila

Em: 14/11/2024

Tá explicado o comportamento da Marta.

E isso se refletiu em toda a sua vida.

Vamos aguardar os reencontros.

É claro, o casal feliz!

Responder

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NovaAqui
NovaAqui

Em: 14/11/2024

Martinha sofreu 

Responder

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patty-321
patty-321

Em: 13/11/2024

Ah já começo a entender a cabeça da dona Martha. Rum, um pai abusivo. Bjs

Responder

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