CONVITE
JULIANA POV
No dia seguinte, logo cedo meu pai fora me visitar, sempre que ele chegava cedo eu já sabia que ele queria conversar.
- Pai! Tudo bem que o senhor quer vender essa casa. Mas eu não posso comprá-la agora e não é justo o senhor repartir o dinheiro igual para os outros irmãos. - tentava convence-lo a todo custo a mudar de ideia sobre a casa.
- Minha filha! Minha esposa quer assim. Que seja igual para todos. - ele falava manso.
- Moro aqui há 15 anos, sempre quis comprá-la e justo agora que não consigo o senhor não consegue fazer um acordo comigo. Eu que coloquei piso, portão, pintei e ainda paguei 12 anos de prestação e agora você não quer valorizar o que fiz? - eu caí em lágrimas, amava a casa que morava. Mas estava precisando de dinheiro e estava sendo pressionado pela esposa. Que diga-se de passagem estava se demonstrando uma falsa de mão cheia. me tratava bem pela frente e por trás queria puxar meu tapete. Ela não teria nenhuma parte da venda da casa, mas eles tinham uma filha juntos e não queria que ela saísse perdendo. Então ficou decidido que a ficaria 50 mil para cada irmão e 20 mil para meu pai. Eu fiquei possessa, eles nunca tiveram nada com a casa e vão ficar com dinheiro igual a minha parte, mesmo eu tendo feito tanta coisa. Sem contar que eu tinha bichos e precisaria alugar que coubessem todos.
- Olha só pai. fiz concurso e seletiva para professor, e apesar de ter estudado, não passei em nenhum. Estou arrasada, ano que vem não sei como será minha vida. O dinheiro que você está me oferecendo, eu não conseguirei comprar uma casa.
- Vai morar com sua mãe no apartamento dela, lá é grande. Coloca seus bichos para adoção e vai. - falou sem nem piscar. Foi o suficiente para eu derramar todas as lágrimas possíveis e só mandá-lo embora.
Fiquei sentada no chão de casa, chorando horrores. Olhando para aquela casa velha, mas que com muito custo eu mantinha em ordem. Depois de tudo que fiz, me senti desprezada. Por ele, pela esposa dele e por meus irmãos, por deixarem ele fazer isso. Vocês devem estar de perguntando do porque eu não entrei na justiça. Não o fiz porque, não tinha todas as provas. Não guardei notas fiscais, afinal, nunca pensei que meu próprio pai pudesse fazer isso comigo. Poderia fazer, mas duraria anos e uma disputa de família, a qual eu não estava disposta a enfrentar.
Após muito choro, levantei e vida que segue, só pensava em sair para tomar cerveja com as amigas e ficar próxima de Dill. Precisava relaxar.
Nos encontramos na escola, onde haveria uma cerimonia. Sem que ela percebesse fiz questão de sentar a seu lado. Afinal Lúcia estava solteira e era o tipo de pessoa que dava em cima sem pensar. Não queria correr esse risco. Besta da minha parte, porque se ela tivesse que fazer isso, faria de qualquer forma. Finalizado tudo, partimos para o bar. Só nós três, o papo hoje seria de menina.
Lúcia foi logo contando que havia terminado, pois sua namorada era muito ciumenta. Uma colega de trabalho deu em cima dela e ela descobriu por isso ficava pegando em seu pé.
- Lúcia você é muito galinha! Pode falar que você e a secretária lá, deram uns pegas. - falei dando um grande gole.
- Eita! Juliana ta com sede? - Dill riu olhando para meu copo vazio.
- Estou precisando relaxar hoje, dia duro. - falei já enchendo novamente o copo.
- Amiga! Minha ex namorada é louca! Ela tem ciúmes e você. Só porque mostrei nossas mensgens antigas. - fechei o olho tentando esconder a vergonha por Dill saber que já rolou paquera entre nós.
- Lúcia! Nós nunca nem ficamos e porque você foi contar isso par ela? - olhei para Dill que ria também tomando sua cerveja.
- Não sei quem está pior aqui. - soltou rapidamente Dill. - Meu filho está me dando problema. Muito grave. - demosntrou tristeza.
- Meu pai vai vender a casa que moro! Vou morar de aluguel e nem sei se terei dinheiro para pagar. - ergui meu copo como num brinde.
- Vamo parar de falar coisas ruins. Vamos falar de coisas boas. Então Dill conta mais sobre experimentar tudo. Já saiu com mulher? - eu quase cuspi a bebida.
- Prometi para mim mesma que não vou perder as oportunidades e sim já beijei uma mulher certa vez, quando fiz um menage. Lúcia e eu nos entreolhamos e a mulher continuou. - Mas não foi grande coisa, quero sair de verdade com uma mulher.
Pronto parecia que algo explodiu na minha cabeça, sim era possível que ela fosse, se fosse será que eu teria chance? A cada copo de bebida, minha cabeça ficava mais longe, pensando que se ela tivesse que sair com uma mulher, seria comigo. Depois de tantos anos com um certo interesse sobre ela, com essa deixa, eu não poderia perder a chance.
Lúcia continuava a sessão de perguntas, querendo saber tudo e eu só fiquei escutando e prestando atençao nas respostas para saber se deveria ou não convidá-la para sair.
- Como foi o menage? Conta tudo! - riamos as tres enquanto beliscávamos as batatas fritas que tinhamos pedido.
- Não foi nada do que eu esperava, sei lá foi esquisito. Não gosto de falar sobre.
- Já fiz um um também, soltei na sequência. Mesmo sendo verdade, quis contar para amenizar a vergonha dela.
- De você eu não duvido Juliana! Você é piranha. - gargalhou Lúcia.
- Peraí, fiz mesmo, mas eu estava solteira. E também não gostei. Vai ver porque tinha um homem e ainda por cima feio envolvido.
A conversa era leve na nossa mesa, cada uma com suas histórias, mas sabendo que Lúcia falava um pouco de mais, Dill preferiu não entrar em muitos detalhes sobre sua vida.
Depois de mais alguns comes e muita bebida, cada uma foi para seu canto. Movida a muita cerveja, criei coragem para convidar Dill para sair.
Logo que cheguei em casa, peguei o celular e com toda cerveja tomando conta da minha mão e cérebro, enviei:
" Quer sair qualquer hora para tomar alguma coisa? Mas só eu e você. - achei que não precisava colocar que seria um encontro, estava implícito no "Só eu e você".
Não pensei que ela responderia, de repente torcia para ela ler e esquecer, caso fosse dar o fora. De qualquer forma eu diria que foi a bebida. Não demorou meia hora e veio resposta.
- " Não sei o que dizer!"rs
Não quis me estender no assunto, afinal foi o fora mais educado que recebi. Só consegui mandar de volta:
" Quando souber, me avisa". Até mais.
- Realmente não sei o que dizer. Até mais!
Bom já tinha entendido que levei um fora, agora era dormir para esquecer.
Fim do capítulo
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mtereza
Em: 16/11/2024
Bem a Ju tomou coragem agora a bola está com a Dil
lorenamezza
Em: 16/11/2024
Autora da história
Será que ela vai agarrar com unhas e dentes ou situações externas não deixarão isso acontecer?
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