PERGUNTAS
Juliana, passou boa parte da pandemia sozinha em casa, sendo do grupo de risco, tinha medo de se contaminar. Além de ter sofrido demais em seu último relacionamento. Então tentava manter distância de tudo. O ano era 2021, pós pandemia e seu trabalho com a turma de treinamento reiniciaria. Estava marcada uma reunião para assinatura de contrato e reinicio dos treinos. Coisa que ela adorava fazer era trabalhar, sempre ouviu de suas ex, que por conta do trabalho, virava uma boa amiga. Mas além de não ser concursada, era no trabalho que esquecia suas frustações.
Chegou na reunião já cumprimentando todos com simpatia, aliás, quase todos. Não sabia ser falsa, se gostava era amável, se não, só era educada mesmo. Nesse dia para sua surpresa, encontrou Dill, ex colega de faculdade, de alguns trabalhos e também por coincidência faziam parte de um grupo de corrida que a própria Juliana, junto com outra amiga montou.
- Dill você por aqui! - cumprimentou com um leve abraço a colega. - Até que enfim conseguiram te pegar.
- Ah! Vamos ver como é. Acho que agora criei coragem. - demonstrava alguma vergonha.
As vistas de Juliana, a colega sempre fôra quieta e fechada, apesar de se conhecerem de longa data, não eram amigas próximas, justamente, por seu jeito. Juliana na verdade tinha um certo interesse nela,. Desde a faculdade que Juliana pensava que se um dia Dill resolvesse trocar de time, ela queria ter essa oportunidade, mas sabia que isso seria quase impossível. Como ela sabia que Dill era casada, não era do vale e jamais que iria se insinuar.
Pior agora teria de trabalhar diretamente com seu pequeno affair. Descobriram nessa reunião que haveria um projeto e elas, juntamente com mais 3 outros professores, irriam tocar um projeto.
Se despediram rapidamente e foi cada uma para seu lado. Juliana assim que saiu, pegou o telefone e ligou para contar a novidade para uma amiga.
- Meg! Pode falar? Quero contar uma fofoca.
- Posso sim. Como foi lá na reunião? Ficou com o time adulto?
- Não! Perguntaram por você lá. Querem que você fique com ele. Que eu acho super justo. Não tem mais ninguém que mereça. - foi verdadeira no comentário, afinal sabia da competência da amiga.
- Já falei que não quero, vou ficar com minhas aulas aqui mesmo. Mas me conta era a fofoca.
- A Dill. Vai trabalhar comigo no novo projeto. - falou em suspiro.
- Oxi! Ela aceitou? Que bom, ela merece. Não passou sua curiosidade por ela ainda né? - soltou uma gargalhada.
- Você sabe que não. Tenho uma lijeira curiosidade por ela. Ela é gente boa, faz meu tipo. Mas é casada e só vou ficar na vontade. - riu da própria desgraça.
- Não coloco minha mão por ninguém, vai que. Juliana a interrompe.
- Vai nada. Vou guardar minha vontade para outra vida. - Bom mas deixa eu ir trabalhar, porque você está com a vida mansa. -riram juntas.
- Tá bom, qualquer coisa me chama. Um beijo.
Já Dill saiu da reunião com uma grande interrogação na cabeça e afalava sozinha ao volante.
" Cacete! Será que a cigana falou a verdade. Fiquei olhando para todo mundo, mas não acho que sairia com ninguém daquele grupo. João já é casado, Francisco também e nem faz meu tipo. Luis? Não, não temos nada a ver. Essa mulher me deixou encafifada."
Foi até sua casa pensando e tentando decifrar quem poderia ser. Chegou em casa e deu de cara com uma pilha de louça, deixada tanto por seu ex marido, quanto por seu filho.
- Pelo amor de Deus! - praguejou. - Vai cair a mão de vocês se lavar o que sujaram? Chego cansada do trabalho e dou de cara com isso. - apontou a pia.
- Esquece que eu também trabalhei? - falou alto da sala André, mas sem se mexer.
- Não esqueci. Mas nenhuma dessas louças foi eu que sujei! - Estou cansada disso. Você continua morando aqui para nos ajudarmos. - enfatizou o nos. - Mas você não ajuda nas coisas da casa e anda atrasando também as contas. - ela estava possessa.
- Estou terminando de pagar o carro, não tenho como ajudar. - se justificou.
- Se não te condições de ter um carro zero! Não compre! - ela falava e ia lavando a louça.
Sabia que isso também era sua culpa, chorava em silêncio por não conseguir se livrar daquela situação. Por ele ser de outra cidade, não ter família perto, se achava na obrigação de ajudá-lo, mas não via quanto isso estava sugando de sua energia. Sua terapeuta até falava sobre do porque se sentir assim, mas ela simplesmente sentia. E assim os dias foram pasando.
O projeto se iniciou em agosto, pós pandemia. Ela e Juliana ficaram boas amigas durante esse período, mas sem nenhuma aproximação até que chegou o fim do ano.
Fim do capítulo
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mtereza
Em: 16/11/2024
Ja ansiosa por esse momento delas gostei da Juliana
lorenamezza
Em: 16/11/2024
Autora da história
Delas vão aprender muita isso é certo rs
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lorenamezza Em: 03/02/2025 Autora da história
Acredita q conheço gente assim rs