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o nosso recomeco (EM REVISAO) por nath.rodriguess

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Palavras: 3779
Acessos: 1771   |  Postado em: 31/10/2024

capitulo dezessete: dia do azar

Capítulo 17. Dia do Azar.

            O barulho do despertador me fez quase rosnar. Desligo seu som irritante e logo me viro para sentir o corpo de Maria Fernanda que está colado no meu. Dou um sorriso e na mesma hora, ela abre os olhos devagar e me puxa para um abraço forte.

            — Bom dia, meu sonho bom. — ela diz se espreguiçando

            — Bom dia, meu amor! Temos mesmo que levantar dessa cama? — faço um biquinho

            — Também não queria levantar, amor... mas temos que ir.

            Quando ela se levanta, o que eu vejo é a definição de paraíso. MaFê com uma blusa minha do Avenged Sevenfold e por baixo apenas de calcinha. Fico babando seu corpo e suas pernas a mostra me deixam em combustão. Quando a vejo entrar no banheiro, um estalo vem na minha cabeça que talvez, só hoje, eu precisasse de energia extra para começar mais um dia de trabalho.

            Enquanto ouço o chuveiro da suíte ligar, vou tirando o pouco de roupa que eu estava vestindo e caminho em direção a ela, que não havia trancado a porta. Quando abro a porta do blindex, ela me olha surpresa, mas sorri quando me vê nua. Pego o sabonete da sua mão e começo a ensaboar suas costas, dando beijos na sua nuca. Faço um caminho lento com o sabonete subindo-o pelo seu ombro, descendo pelo seu braço e pousando nas suas costas novamente.

            Fernanda se vira para mim, enquanto deslizo o sabonete pelo seu pescoço, ela me olha fixamente. Nossos olhares se encontram e ela me puxa pondo as duas mãos no meu rosto, me trazendo para um beijo lento, sedutor e cheio de segundas intenções. A encosto na parede, ela levanta a perna esquerda e eu dou um tapa leve em sua bunda, ela sorri maliciosamente. As coisas estavam bem quentes e não era só pela água do chuveiro, era nós duas. Queimando. E não eram nem sete horas da manhã.

            Vou beijando seu pescoço, deixando rastros de saliva com a minha língua, seguro seu seio esquerdo e o beijo, ela arqueia o corpo enquanto eu brinco de passar minha língua bem devagar. Suspirando, joga a cabeça para trás enquanto eu continuo mamando com fome, dando uma mordiscadinha no final.

            Minha mão livre passeia pelo seu corpo, mas ela faz questão guiar minha mão até o seu sex* já enxarcado. Brinco com seu clit*ris enquanto minha língua vai passeando pelo seu pescoço e dando algumas mordidinhas leves ali. Canso da posição e a viro, colocando seu seio contra a parede e empinando seu bumbum pra mim.

            Sussurro “gostosa” no seu ouvido e, mais uma vez, ela pega a minha mão e coloca na sua bocet*, fico massageando seu clit*ris enquanto ela gem* baixinho, vejo que ela fica na ponta dos pés às vezes a fim de intensificar o contato.

            Colo meu sex* na sua bunda e decido parar de brincar, colocando meu dedo em sua entrada, sinto o quanto ela está molhada nesse momento, aproveito para puxar seu cabelo levemente. Ela abre mais um pouco as pernas para me dar passagem e receber melhor minhas investidas.

            — Anna... — ela arfa — Amor... a gente...

            Outro gemido escapa.  

            — ... vai... se atrasar.

            — Mais rápido então? — provoco, aumentando o ritmo das estocadas.

            Ela xinga um palavrão e o barulho do chuveiro é incapaz de abafar nossos gemidos.

            — Amor... Roberto vai...

            Ela tenta falar, mas não consegue. Seus gemidos não deixam.

— Que se foda — murmuro no seu ouvido, cheia de vontade — eu quero minha mulher agora.

Dou um tapa certeiro na sua bunda e ela se vira de repente, os olhos azuis completamente incendiados de desejo. Ela levanta a perna direita e enlaça minha cintura, crava suas unhas na minha nuca. Eu amava quando ela fazia isso, era dolorosamente uma delícia.  O beijo que ela me dá em seguida, quase rouba meu ar. Que mulher.

Aproveito a empolgação para deslizar mais um dedo no seu sex* enxarcado, sentindo o corpo dela reagir na mesma hora.

— Me come, Anna… faz de mim o que você quiser — ela sussurra com a voz rouca, cheia de malícia.

— O que eu quiser? — arqueio uma sobrancelha, deixando meu sorriso ainda mais safado.

Ela entende na hora. Seus olhos brilham com uma mistura de desafio e prazer, e morde os lábios.

— Isso… ainda tem que conquistar. — sorri, maliciosa.

— Você é safada demais — digo, rindo baixinho, enquanto ela me puxa de volta para outro beijo intenso.

Continuo as estocadas, e Fernanda se contorce, abafando os gemidos no meu pescoço. Quando acelero o vai e vem, ela me morde e sinto sua perna, ainda erguida, começar a tremer.

Diminuo o ritmo devagar, retiro os dedos de dentro dela e a puxo para um abraço apertado. Ela me olha, rindo de nervoso.

— Amor... — ela diz, com a cara vermelha e uma risada de culpa

— O que foi, hein? — pergunto desconfiada

— Acho que... fiz merd*. — ela tenta segurar o riso

Vou até o espelho e quando vejo, quase tenho um troço.

— MARIA FERNANDA! — aponto para a enorme marca roxa no meu pescoço

Ela cai na gargalhada e eu tento manter a minha seriedade.

— Você tá rindo? Como eu vou trabalhar com o pescoço cheio de ch*pões, Maria Fernanda?!

— Amor… meu amor… eu tava empolgada! — diz, com uma inocência nada convincente.

Meneei a cabeça, perplexa.

— Eu nunca apareci assim!

— Relaxa, uma maquiagem resolve. E você coloca uma blusa de gola alta por cima.

— Isso vai ter troco, viu… — ameaço, semicerrando os olhos.

— Vou esperar ansiosamente. — ela pisca e sorri com malícia.

— O que aconteceu com aquela menina meiga que eu conheci? Quem é você e o que fez com a minha Fê? — ainda perplexa, pergunto.

— Você me tira a sanidade, Doutora. — ela sorri, antes de me empurrar para fora do box. — Agora vai se arrumar, senão a gente se atrasa.

🚿🫦

            Sete e quarenta e cinco foi a hora que chegamos no escritório e eu juro que eu nunca me atrasei tanto assim, mas pela primeira vez eu estava feliz de não ser a whorkaholic e sim uma pessoa comum.

            Infelizmente o atraso se deu mais por conta do metrô e não por nossas brincadeiras gostosas no chuveiro. Eu realmente havia colocado uma blusa de gola alta e Fê estava com uma roupa minha, toda all black e de óculos escuros. Coloquei o máximo de maquiagem possível para tampar aquele roxo e Fê me ajudou entre risos com o corretivo, mas iriam acabar vendo cedo ou tarde se eu desse mole. Dou graças a Deus por não trabalhar mais perto de Roberto, com certeza ele seria o primeiro a notar.

            Eu e Fê estávamos cada vez mais próximas e, de certa forma, eu estava ficando confortável com isso. Agora dividíamos a vida pessoal, profissional, fones de ouvido e lookinhos.

 Para nosso azar, ao chegar no elevador, já encontramos com Roberto. Quando eu apertei o 14º andar, percebi que ele revirou os olhos. O andar de Fernanda chegou e eu me despeço dela com um silencioso “Bom trabalho, amor”, de forma que ela entendesse a minha leitura labial, ela me manda um beijo singelo e eu dou um sorriso.

Meu dia começou maravilhoso e eu, com certeza, era a mulher mais sortuda do mundo inteiro por tê-la ao meu lado.

Assim que o elevador para no meu setor, a secretária da Dra. Baldez já se encontrava à minha procurada, perguntando se eu já tinha novidades sobre o caso do tráfico de pessoas. Entrego a apelação já pronta para ela encaminhar à Dra. Baldez para possíveis correções e anotações. Não poderia haver erros nesse caso, advogados são como médicos, trabalhamos com vidas, mas em proporções diferentes.

Passei a manhã toda trabalhando em um dos casos de Roberto antes que ele desse um ataque de pelanca. Assim que finalizei a demanda, olhei os arquivos na minha “gaveta da proibição” para começar a decifrar aquele monte de coisas que estavam escritas: informações, valores, números, empresas e alguns rombos consideráveis.

Eu precisava ir além, até conhecia uma pessoa que poderia me ajudar, mas pedir ajuda para ex ficante é péssimo, principalmente quando existia um tipo de ressentimento da parte dela. Pensei mais um pouco e resolvi levantar. O não eu já tinha, agora eu tinha que correr atrás do sim.

            Assim que cheguei no andar do RH e da Administração, bati na porta de Lídia sorrindo timidamente, obviamente ela não ficou muito feliz em me ver.

            — O que você quer, Anna? — a mulher mais velha me pergunta de forma ríspida, sem tirar seus olhos da folha de ponto à sua frente

            — Preciso de um favor.

— Sério isso? Você me descarta como se eu nada fosse e agora precisa de um favor? Francamente, Anna. Você já foi melhor.

— Preciso de você — digo pausadamente e ela me olha desconfiada

— Você quer olhar meus arquivos — constata — Eu não vou te dar acesso.

— Preciso que digite sua senha e saia por cinco minutos — coloco as mãos nos bolsos, mantendo a postura séria

— Vai fazer algo errado?

— Não, vou consertar algo errado. — digo com firmeza

— Então me conta.

— Não posso — balanço a cabeça negativamente — Se eu te contar, serei obrigada a quebrar a confiança de alguém e eu não sou assim.

— Quer que eu arrisque meu precioso emprego para te ajudar a resolver um problema que eu não sei qual é para uma pessoa desconhecida com base apenas na sua palavra?  

Ela me olhar perplexa e mesmo assim, sua cabeça balança negativamente.

— Eu vou ficar te devendo um favor. — insisti

Ela sorri maliciosamente.

— Profissional. Tenho namorada.

— É a ruiva de Civil? — pergunta

— Como você sabe?

— Eu e metade da empresa — disse ironicamente — vocês duas na festa da empresa e hoje de manhã também, quando entraram de mãos dadas. Formam um casal lindo, feliz por você estar com alguém, mas... é uma pena que não seja eu.

Seu olhar era triste, mas conformado. Ela se apressa para digitar algo em seu computador e me olha de forma sínica:

— Oh, meu Deus! Um funcionário caiu lá no setor de Previdenciário.

A olho sem entender e quando ela sai, vejo que deixou seu computador desbloqueado. Sorri. Ela era muito maluquinha, uma pessoa legal, fizemos sex* casual algumas vezes, até ela querer um relacionamento. Como nunca prometi nada pra ninguém, acabei me afastando depois que notei seus sentimentos por mim. Eu não conseguia sentir nada por ela além do prazer do sex* e nem por ninguém. Não suportava ninguém me tocando.

Ao olhar as planilhas de pagamento e trans*ções da empresa nos últimos cinco anos, pude perceber que era como procurar uma agulha no palheiro. Haviam folhas de pagamentos, honorários pagos, bônus de contrato, era um ninho de números e só de pensar em analisa-los, eu já sentia uma enorme dor de cabeça. Imprimi tudo e saí da sala de Lídia, sem antes de deixar um bilhete em sua mesa.

“Obrigada pelo favor e por não ter ressentimentos,

Você é legal e merece alguém que seja tanto quanto.

Por esse motivo, não aceite menos do que você merece.

Com carinho,

A.F.”

De volta à minha sala, comecei a trabalhar no processo de seguir o dinheiro. Era um labirinto de dados brutos. Era muita coisa para analisar e se alguém estava roubando do nosso fundo de clientes, era uma pessoa que claramente entendia tudo sobre finanças.

O dinheiro movimentava-se de uma conta para outra, sempre as contas da empresa. Eu tinha quatrocentos funcionários para desconfiar, isso porque eu reduzi a lista, mas precisava diminuir ainda mais.

Pensa, Anna.

Ninguém “pequeno” faria uma coisa dessas, até porque não teria acesso às contas da firma. Então já cortaria os associados, estagiários e sócios júniores. Sócio sênior tem algumas regalias à conta da empresa, algo que o Dr. Proetti chama de “Principio da Transparência”. Consegui reduzir a lista para 100 pessoas.

Começo a pensar na Dra. Baldez e no Dr. Proetti. A primeira não seria, já que me pediu para investigar, sobra ele, mas como eu não tínhamos muito contato, não o conhecia muito bem.

De quatrocentas pessoas para cem era uma boa redução, mas eu ainda não tinha certeza. Guardei todos os papéis de volta na gaveta e comecei a escrever todos os nomes de sócios em um bloco de notas particular, queria fuçar e investigar a vida de cada um, nem que preciso fosse perder noites e madrugadas para isso. Eu queria me aprofundar.

Eu não podia nem contar pra Fernanda sobre o que estava acontecendo e isso me frustrava, a Dra. Baldez foi clara em não falar para ninguém que estava trabalhando nisso. Isso também implicava em não conseguir trabalhar com a minha dupla, que eram Andressa e Ralf. Aposto que descobriríamos se trabalhássemos juntos. Só que Ralf andava bem estranho comigo ultimamente — acredito que por conta de Maria Fernanda, mas ainda não tive a oportunidade de encontra-lo para conversarmos, mas em breve faria.

Meus pensamentos são interrompidos pelo telefone do meu ramal. A secretária de Roberto está solicitando os documentos probatórios da revisional de alimentos na sala dele. Perco meu tempo imprimindo, já que poderia ser enviado por e-mail, economizaria papel e tempo e me preparo para ir até a sala daquele careca ridículo. Ele adorava me atazanar.

Ao passar pelo saguão, noto um olhar sob mim, quando fui olhar na direção da pessoa me deparo com um rapaz de terno cinza que finge observar os documentos que estão na sua mão. Lanço um olhar séria para ele, dou de ombros e pego o elevador. Eu não gostava de gente me encarando fixamente, principalmente homens.

Roberto me manda entrar após eu dar três batidas na porta, estende a mão para pegar os documentos, sem me olhar.

— Você se atrasou hoje — diz

— Atrasos acontecem. — retruco

— Não vindos de uma pessoa que sempre chega primeiro que todo mundo. Vejo que o atraso que teve foi comum com o de Fernanda, você tem alguma coisa a dizer sobre isso?

            — Não. Coincidências do destino.

            Ele ri em tom de deboche.

            — Destino? Sei... Seus atrasos já irão começar? O seu namorico já vai atrapalhar seu rendimento profissional? Isso não é muito inteligente, “doutora”.

            — Agradeço o conselho, Doutor Roberto. Mas estou bem assim e mesmo com o atraso, minhas demandas já foram entregues, não interferindo no meu trabalho. Mais alguma coisa?

            — Quando o caso da revisional de alimentos terminar, quero que dê uma atenção maior ao de usucapião. Essas ações demoram e o cliente está no nosso pé querendo ver a inicial, você consegue lidar com isso?

            Em seguida, ele mesmo responde, sem me deixar alternativas.

            — Eu sei que consegue. Você é a grande Anna, não é mesmo? Pode ir.

            Ao sair da sala, reviro os olhos. Decido mandar uma mensagem para Fernanda me encontrar na copa, precisava de café e da minha ruiva, então logo ela apareceu.

            — Como está seu dia, amor? — pergunto

            — Cheio e o seu? Me mandaram muita coisa para pesquisar hoje, todos os associados resolveram pedir ao mesmo tempo — ela coloca a mão nas têmporas, apertando-as. — Como está a ação de tráfico de pessoas?

            — Entreguei a apelação hoje, aguardando a Dra. Baldez dar o ok ou me pedir para refazer.

            Enquanto conversávamos, observei Ralf chegando para pegar café.

            — Desculpe interromper, não sabia que estavam aí. — ele falou já se retirando

            — Ralf, espera. Eu quero falar com você.

            Ele assente e nos afastamos dali, partindo para um canto afastado de todos, não queria que ninguém ouvisse nossa conversa.

 

            — Ei, o que está acontecendo? Sempre fomos colegas. Aliás, eu considero você e Andressa bem mais do que isso. Existe algum motivo de você estar me evitando? Foi algo que eu fiz? Algo que eu disse? A gente pod-

            Ele me interrompe.

            — Além de roubar a mulher que eu estou apaixonado?

            Ele sorri ironicamente e aumenta o tom de voz, de forma que o canto “reservado” para qual o levei, não fosse tão mais reservado assim. As pessoas começaram a prestar atenção. Ele continua:

            — Além de dormir com a chefona da empresa e subir para onde você queria? Além de conseguir o cargo de advogada júnior porque você não passa de uma sapatão putinha de merd*? — debocha — É, você me fez tudo isso. Não consigo nem olhar pra você sem sentir ódio.

            — Roubar a mulher que você está apaixonado? — dou uma risada, incrédula — Ralf, não estamos em 1930 e Fernanda nunca te daria chance, pois da fruta que você gosta, ela gosta mais ainda.

            — Você é sonsa, Anna. E sua queda vai ser maravilhosa, estou esperando ansioso por isso. Você vai cair.

            Ele me dá dois tapinhas no ombro mais fortes que o normal e se retira.

            Sinto vontade de soca-lo com todas as minhas forças, todos estão comentando e olhando para mim. Nesse momento, Roberto ouve os cochichos e surge.

            — O que está acontecendo aqui? — pergunta com sua voz aguda para uma associada, soando como uma ordem.

            — Ralf e Anna discutiam — A associada fala se tremendo com ele tão próximo a ela

            — Qual motivo?

            — Ralf disse que Anna tem um caso com a Dra. Baldez e por isso vai virar advogada júnior.

            Depois dessa fala, pude ver o quanto ele ficou irado e espantou todos para voltarem ao trabalho. Fê olha para mim de longe com preocupação. Ela sabia da minha verdade, mas estava preocupada comigo. Eu não atrás de Ralf, mas também não ia deixar barato. Se tem uma coisa que aprendi na vida é: “nunca destrua alguém em público quando você pode fazer o mesmo em particular.”

            Eu era diferente. Não precisava de plateia para inflar meu ego.

            — Dra. Anna, na minha sala agora — ordenou

            Queria xingar, mas não podia agora. Quando entrei na sala dele, ele pediu para que eu sentasse.

            — Quer uma água para você se acalmar? — ele pergunta estranhamente gentil

            — Não, estou bem. E então, porque eu estou aqui? Veio destilar ódio também?

            — Não sei de onde tirou que te odeio, em primeiro lugar. — Ele ajeita seu terno e alguns fios de cabelo inexistentes, já que era careca. Não fazia sentido, enfim. — Em segundo lugar, eu sou exigente. É meu trabalho fazer da vida dos associados um inferno. Não quero medíocres, quero os melhores. Os treino para se tornarem bons advogados, não vou pedir desculpas por fazer o meu trabalho. Se você espera por isso, pode esquecer.

            Ele faz uma pausa para pigarrear.

            — Mas se te conforta, não te odeio. Esses boatos estão rolando desde que você foi embora, tentei travar, mas não consigo controlar a língua e nem mandar na língua de ninguém.

            — Tão infundados que até você veio me questionar se eu estava dormindo com a Dra. Baldez — reviro os olhos

            — Como eu disse, não vou pedir desculpas por fazer o meu trabalho.

            — É uma falta de respeito enorme, tanto comigo, quanto com ela.

            — Vou te dar um conselho, Anna: faça seu trabalho, você é uma das advogadas mais promissoras aqui, não queria que trocasse de setor por isso. Não tenho uma ovelha fora do rebanho, você era essa ovelha. Quero sugar seu conhecimento, você pode mais. Não vou te dar paz e nem sossego, vou fazer da sua vida um inferno até ver que você está crescendo. Posso não te odiar, mas você vai me odiar.

            O olho com um ponto de interrogação na testa.

            — Que jeito mais... hmmm... estranho de liderar, mas tudo bem.

            — Quanto ao Ralf, o que vai fazer? — pergunta

            — Você saberá em breve, mas nada que prejudique a empresa ou o andamento do serviço — me levanto — Tem algo mais que eu possa ser útil?

            — Não. Pode ir. Cuidado com o que fala e faz — me avisa

            Depois de passar a tarde toda trabalhando, recebi o feedback da Dra. Baldez que eu tanto aguardava. Para minha alegria, ela pediu para corrigir poucas coisas. Me dei por satisfeita por ter feito um bom trabalho, fiz as correções e já mandei para ela protocolizar no sistema do tribunal.

            Escrevi uma carta formal ao RH falando sobre o ocorrido com Ralf, o constrangimento na frente de todos e citei que haviam testemunhas, escrevendo que se o RH não tomasse uma atitude, ia processá-lo por constrangimento.

            Eu estava cansada e só queria que o dia terminasse logo. Me distraí no celular abrindo o grupo do futebol. Jogávamos futsal na faculdade e temos o grupo até hoje, elas sempre marcam de jogar e eu que dificilmente vou, só vivia para o trabalho. Porém, agora eu queria realmente me divertir nessa nova fase da minha vida. Agora que estava namorando, eu queria coisas leves.

            Coisas leves e tênis.

            Marcamos jogo para final de semana e eu mandei mensagem para Bruna para chama-la para assistir, ela andava muito calada e eu não a queria longe de mim nesse momento de descoberta da sexualidade. Queria dar todo amor e acolher minha melhor amiga da mesma forma que ela me acolheu tantas vezes quando eu chorava copiosamente pelo preconceito dos meus pais. Também precisava contar que pedi Fê em namoro, eu tinha certeza que ela ia ficar muito feliz.

            Quando eu estava fechando o notebook por finalmente ter acabado o expediente, recebo uma mensagem no meu telefone. Era de Beatriz.

            Céus, o que foi agora?

            *Beatriz Duarte*

“Preciso conversar, Anna. Contei tudo para ele, ele está furioso comigo, com você, não sei o que ele fará. Me liga quando der, por favor.”

Parei.

O quê?

Como assim ela contou tudo para o marido?

Beatriz perdeu a noção? O juízo?

            Ligo para ela imediatamente.  O celular dando caixa postal.

            Merda.

            O que eu ia fazer agora?

Fim do capítulo

Notas finais:

Meninas, eu vou tentar postar duas vezes na semana: quinta feira e domingo. Caso não consiga postar duas, postarei uma vez só em um desses dias da semana. 

Obrigada por lerem, por comentar, por compartilhar a história, tô amando vocês interagindo comigo. 

Instagram: @rodriguesnathh 

X/Twitter: @nathrodr_

 

Sintam-se à vontade para perguntar algo, curiosidades sobre a história, etc. Beijos, até domingo! 


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Comentários para 16 - capitulo dezessete: dia do azar:
Lea
Lea

Em: 07/01/2025

Eita,as namoradas acordaram melhores do que na hora que foram dormir ou foi ao contrário.

Raf, merece o que esse cara?? Mostrando a verdadeira face,se fazia de colega amigo. É advogado, mesmo assim esqueceu que calúnia é crime.

Essa Beatriz é muito atraso de vida.

 

Responder

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jake
jake

Em: 15/11/2024

Eita que Ana não tem um minuto de paz.

Aff...


nath.rodriguess

nath.rodriguess Em: 15/11/2024 Autora da história
nunca kkkkkk


Responder

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Mmila
Mmila

Em: 31/10/2024

Beatriz de novo!!!!

Não consegue resolver sozinhas os BOs dela, justo agora que tá de boa com a Maria Fernanda.

E esse vista do Ralf, a batata dele tá assando...


nath.rodriguess

nath.rodriguess Em: 31/10/2024 Autora da história
Spoiler: Anna vai ser muito presente nesse processo de mudança de Beatriz.


Responder

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Socorro
Socorro

Em: 31/10/2024

Ochiiii

esse ralf merece umas porradas pra aprender...

Lá vem o passado incomodar de novo.. Quero ver a a atitude da Anna .. afff 


nath.rodriguess

nath.rodriguess Em: 31/10/2024 Autora da história
O passado de fazendo presente sempre na vida da Anna, que coisa né?



nath.rodriguess

nath.rodriguess Em: 31/10/2024 Autora da história
se


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