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Boa leitura! E não deixem de comentar!
Capitulo 42 – Nada complicado
Sofia
“A Júlia o quê? Está alugando a casa?”
A voz da minha mãe perguntando hoje cedo, ao telefone – quando não fez nenhuma questão de ser discreta, de propósito – ficava se repetindo na minha cabeça.
Não demorou muito para que eu deduzisse que era o meu pai do outro lado da linha e, assim que ela finalizou a ligação, eu liguei para o celular dele. Só que ele não quis me dizer nada, provavelmente tinha um bom motivo para isso – eu só preferia acreditar que o bom motivo não tinha nada a ver com o fato dele querer encobrir ela – e preferi não ficar insistindo.
Que eu saiba, a última vez que a Júlia alugou a casa dela foi quando estava indo para Nashville. Toda a vez que eu pensava nessa hipótese tinha vontade de chorar. Não acredito que ela estava mesmo pensando em fazer aquilo de novo.
Não que ela não tenha mil motivos para ir embora. Provavelmente ela tem, mas... Da última vez que ela voltou de Nashville e percebeu que eu estava muito pior do que quando ela tinha ido – com problemas alimentares e sofrendo ainda mais pelas atitudes da minha mãe – ela me prometeu que nunca faria de novo, que nunca me deixaria assim.
Mas ela também já tinha me prometido uma porção de coisas que não tinha mais como cumprir. Acho que certas promessas só valiam quando ela ainda era a minha “quase madrinha”, o que não era mais o caso quando ela foi promovida ao posto de minha namorada e atual ex.
Uma parte minha gostaria de poder voltar para um mês atrás – quando tivemos aquela fatídica conversa que eu procurava não me lembrar – e dizer que eu a esperaria, esperaria pelo tempo que fosse necessário. Mas a outra parte minha sabe que fiz o melhor que eu pude. Primeiro, fazendo tudo o que estava ao meu alcance, por nós duas, e depois, deixando-a ir.
Olho ao redor, entristecida, e não vejo nada além de estantes e mais estantes de livros metodicamente organizados. Até essa parte do Sebo, que nem era uma das minhas preferidas, havia sido arrumada com primor. Fiz isso durante esse último mês inteiro, uma tentativa desesperada de me manter focada em alguma outra coisa que não envolvesse a Júlia, ou a minha família, de um modo geral.
Volto a olhar para a página do livro que estava no meu colo, me dando conta de que tinha lido as últimas sete linhas sem nem me atentar ao que estava escrito nelas.
Faz um pouco mais de uma semana que venho lendo para tentar me distrair. Sei que deveria estar aproveitando o meu tempo estudando para o vestibular, para pelo menos assim, tentar garantir o que eu posso em relação ao meu futuro, algo que valha a pena e que realmente vá me trazer alguma coisa nova, alguma coisa boa.
Mas não venho conseguindo me concentrar o suficiente para isso, então tenho mergulhado no universo da autora Penelope Douglas. Nunca fui muito chegada a ler, mas a escrita dela é ótima, assim como o tema dos seus livros: romance proibido e dark romance.
Na literatura parece tão fácil, esse livro mesmo que estou lendo a garota chegou a se envolver com o tio e com o primo ao mesmo tempo e, aparentemente, sem consequências até o momento. Mas a verdade é que amor proibido só é bonito na ficção. Na vida real é uma verdadeira de uma grande bos...
– Oi... – Escuto uma voz feminina vindo de um dos corredores e só tenho tempo de largar o livro em um canto qualquer e levantar depressa. – Você trabalha aqui? – A garota pergunta enquanto ajeito a minha postura.
Parecia ser mais ou menos da minha idade, talvez só um pouquinho mais velha, como a Emma. Não demora muito para que meus olhos sejam atraídos para a sua pele, que parecia branca como papel, exceto pelas várias “manchas” amarronzadas que ela possuía por todo o corpo.
– Sim... Eu trabalho aqui. – Me concentro em dizer, me atentando em focar apenas no seu rosto dessa vez.
– Tudo bem, não é contagioso nem nada assim. – Vejo que ela estava falando da própria condição. Provavelmente percebeu meus olhares sobre ela e pensou que...
Merda.
– Ah, eu não... me desculpa... Eu não estava achando ruim, só achei... diferente. – Tento me corrigir, envergonhada.
– Tá tudo bem. – Ela sorri, gentil. – É só vitiligo, um tipo bem raro de vitiligo. – Ela me explica, com bastante naturalidade. – Acredite ou não, essa é a cor natural da minha pele. – Ela aponta para uma das manchas amarronzadas, que, apesar da grande quantidade delas, era minoria em relação ao restante da sua pele quase translúcida.
– Você sente alguma coisa? – Me sinto livre para perguntar, afinal, ela não parecia ver problemas em falar sobre o assunto.
– Quase nada. – Responde com espontaneidade. – Mas eu costumava a ter muitos problemas de autoestima por causa delas, tanto que nem saía com roupas curtas, como essa – diz olhando para a sua jardineira short que estava usando – nem mesmo no verão. – Acrescenta. – Até conhecer alguém que me fez olhar para elas de uma forma diferente. – Ela dá um sorrisinho apaixonado enquanto olha para as próprias “manchinhas” e, por algum motivo, tenho a impressão de que se trata de uma garota.
A gente troca um sorriso um pouco antes de eu me atentar para o que ela estava em mãos e me lembrar da razão pela qual veio atrás de mim.
– É... posso te ajudar com alguma coisa? – Pergunto, enquanto olho para os DVDs que estava segurando.
– Sei que você não deve trabalhar aqui para isso, mas... será que saberia me dizer se esses filmes dão muito medo? Ainda não tive tempo de ver nenhum dos dois e a minha namorada odeia, enquanto eu sou completamente apaixonada, então... – Ela ri, e estou enchendo os pulmões de ar para respondê-la quando somos interrompidas.
– Suzan, amor... – Uma mulher só um pouco mais velha do que a Júlia, eu deduzo, aparece na entrada do pequeno cômodo. – Eu preciso passar na Speck, você se importa de ficar aqui? Não vou demorar... só preciso de uns pinceis novos. – Ela faz referência a uma loja de materiais artísticos que ficava a poucos metros de distância daqui do Sebo.
Tinha os cabelos escuros, um ou dois tons mais escuros do que os meus, uma franjinha que cobria basicamente toda a sua testa e o rosto era como uma mistura perfeita da Katy Perry com a Zooey Deschanel, gata pra caramba, uau.
– Tudo bem, estou escolhendo uns filmes pra vermos mais tarde. – A garota balança os DVDs, sorrindo, ao mesmo tempo em que a mais velha revira os olhos, mas termina com um sorriso igualmente apaixonado. – Ah... amor? – Ela chama pela sua atenção, fazendo com que pare no meio do corredor. – Pode ver se tem aqueles marcadores para desenho? Os meus já estão ficando meio velhos.
– Não teriam ficado tão velhos se você usasse a técnica que eu... – Ela decide parar a sua frase no meio do caminho, provavelmente reconhecendo alguma expressão no rosto da namorada. – Tudo bem, eu já volto. – Ela sorri e nos dá as costas, nos deixando sozinhas mais uma vez.
– Vocês trabalham com isso, ou... – Tateio, curiosa.
– A Kate dá aulas de Arte... – Uau, o nome dela era Kate, também? Com certeza uma pessoa nunca fez tão jus ao seu nome. – E vamos dizer que eu também goste muito de tudo o que envolva o mundo das artes. – Ela ri, timidamente.
– Vocês ficam lindas juntas. – Me arrisco em dizer. Mas era verdade, pareciam feitas uma para a outra.
– Ah, obrigada. – Ela agradece, tímida. – Tem muita gente que não entende. – Ela deixa em aberto, mas eu sabia exatamente do que estava falando.
– Eu entendo. – Digo aquilo rápido demais, e depois me arrependo. – Quer dizer... eu já passei por algo parecido, sabe? Me envolver com uma mulher mais velha... – Completo um pouco contra a minha vontade, mas era melhor aquilo do que o silêncio estranho que havia se formado. – Mas não deu muito certo. – Decido acabar logo com aquilo.
– Ah, eu sinto muito... Eu também já cheguei a pensar que não daria... entre eu a Kate. – Ela parece refletir por algum momento. – Mas acho que tudo tem uma hora certa para acontecer, sabe?
Era fácil para ela dizer. Tenho certeza de que a tal da Kate nunca foi quase madrinha dela ou amiga da mãe dela, que com certeza não devia ser uma louca de pedra.
Provavelmente não enfrentaram nada além da diferença de idade, e do fato de serem um casal composto por duas mulheres, óbvio.
Claro que isso já era muita coisa para lidar, mas seria um sonho se eu tivesse que lidar apenas com isso, e mais nada, o que não era o caso.
Nunca seria.
– Bom... Acho que a Kate não vai ter medo com esse aqui. – Digo apontando para o DVD de “M3gan” que ela estava segurando. – Mas esse aí, nem pensar. – Aponto para o exemplar de “Fale Comigo” que estava na sua outra mão.
– Ah, muito obrigada. – Ela sorri, satisfeita. – Se você não se importa, eu já vou lá pagar. A Kate disse pra eu esperar aqui, mas tenho certeza de que não vai sair daquela loja tão cedo. – Ela sorri enquanto a observo levar o DVD até o balcão do caixa do Seu Afonso.
– Aquela garota já é minha cliente antes de você começar a trabalhar aqui. – Ele me diz segundos depois dela sair. – Acho que devia ter uns dezessete ou dezoito anos quando começou a vir para cá...
– Não sabia. – Comento enquanto recolho alguns livros de troca que tinham sido deixados em seu balcão.
– Fico feliz por saber que ela e a professora ficaram juntas, no final das contas. – Ele sorri, pensativo. – Ela dava aulas para a Suzan quando se conheceram.
Espera... professora??
Tá, tudo bem, confesso que não esperava por isso e... acho que me precipitei um pouco em dizer que não tinham passado por dificuldades, porque... com certeza aquilo também não deve ter sido nada fácil.
Estou pensando nisso quando Don't Speak de No Doubt começa a tocar em uma das caixas de som, no interior da loja, com o clipe passando em uma das nossas televisões. Desligo assim que encontro o controle remoto, mau humorada, e me sento em uma das nossas minis banquetas para organizar uma estante que definitivamente não precisava ser organizada.
– Ok, Sofia, já basta. – O Seu Afonso pega uma baqueta e coloca na minha frente, se sentando nela. – Eu te dei espaço durante um mês inteiro... – Ele começa, cauteloso. – Mas eu ficaria muito feliz se me contasse o que está acontecendo.
– Não está acontecendo nada. – Me encolho enquanto desvio o olhar para a estante em minha frente.
– Você não é assim, Sofia, você adorava essas músicas... agora você não suporta ouvir nenhuma delas.
Sim, ele estava certo, eu adorava ouvir ou colocar essas músicas aqui porque música dos anos 90 me lembravam dela, e porque eu queria me sentir perto dela mesmo quando estávamos longe. O que definitivamente não era mais o caso agora.
Agora, o que eu realmente desejava, de verdade, é que minha mãe nunca tivesse a conhecido na faculdade, e que tivesse me deixado livre para viver a minha vida, por mais solitária e amarga que seria. Pelo menos, talvez, eu poderia estar com uma garota legal agora, como a Emma.
– Sofia, garota... Eu sei que você tem um pai maravilhoso, por tudo o que você me fala dele e pelo o pouco que eu já pude ver com os meus próprios olhos, nas vezes em que ele esteve aqui, nesse quase um ano em que você trabalha aqui comigo. – Ele tenta me acessar mais uma vez. – Mas quero que saiba que eu me preocupo com você e... que você pode me ver como uma figura paterna, talvez como um avô? – Ele sorri, e eu simplesmente não consigo impedir que um sorriso escape, também.
– O que está acontecendo? Seus pais estão bem, não estão? Você disse que seu pai estava se recuperando bem...
– Ele está, quero dizer, meus pais estão se separando, mas eu não me importo, para dizer a verdade, eu desejei que isso acontecesse, e tô feliz pelo meu pai.
Não estava feliz por ele estar morando em um hotel até arranjar um outro lugar para morar, mas estava feliz por ele ter se livrado da minha mãe, finalmente.
– Então... São questões amorosas, não são? – Vejo que ele tenta uma última vez.
Ótimo, era só o que me faltava mesmo, falar dos meus problemas amorosos com o meu patrão. Tá certo que o Seu Afonso passava longe de um patrão convencional, ele estava mais para o meu amigo, mas... ainda assim, era muita humilhação.
– É complicado demais. – Digo depois de muito tempo, me limitando a uma resposta vaga, para ver se ele me deixava em paz.
– Sofia, eu tenho quase setenta anos. Se você soubesse de todas as histórias de amores complicados que eu já ouvi durante todo esse tempo, você ficaria espantada.
Isso porque você não conhece a minha, penso.
– Não sei não. – Digo, pouco ou quase nada convencida.
– Ele é casado?
Dou uma risada amarga.
– Pra início de conversa, não é ele, é ela. E não, ela não é casada, só tinha um quase noivo idiota...
Um quase noivo idiota que está tendo, teve... sei lá, um rolo com a minha mãe, inclusive.
Ele olha para mim como se estivesse surpreso por eu ser tão direta, mas não exatamente pelo o que falei.
– Então esse é o problema? Ser uma mulher? – Ele diz como se não fosse nada demais, como se eu tivesse dito que o problema era ele gostar de pizza de quatro queijos e não de pizza de calabresa, o que me faz quase sorrir. Mas aí eu lembro que não era sobre isso. Ou pelo menos não só sobre isso, e a minha vontade de sorrir some por completo.
– Não... não pra mim. Antes fosse. – Bufo, desanimada, e se faz um silêncio por um momento ou dois.
– É a Júlia, não é? Aquela mulher loira que vinha de moto te buscar hora ou outra, pra almoçar?
Eu arregalo os olhos, perplexa. Como ele sabia? Como ele poderia... Mas não... ele não sabia quem ela era, ou quem deveria ser, caso contrário, ele nunca, jamais, teria pensado nela.
Decido acabar logo com isso. Contar a verdade para que ele saiba que essa história não tem jeito, que nunca teve, e que a minha vida é trágica, mais trágicas do que a de qualquer um desses filmes que estão aqui.
– Ela é a minha tia. Quer dizer, ela não é a minha tia. Ela é a melhor amiga da minha mãe e deveria ter sido a minha madrinha. Só que não foi, pelo menos, não oficialmente, mas pra minha família, ela sempre foi. Sempre vai ser. E acho que pra ela também, no final das contas.
Provavelmente é o que falou mais alto.
– Bem, eu não posso dizer quem ela é para a sua família, ou quem ela deveria ser. – Ele se ajeita em sua banqueta. – Eu só posso dizer sobre o que eu vi... o quanto o seu rosto se ilumina quando ela chega, ou como os olhos dela brilham quando você começa a tagarelar sobre essas coisas de filmes, essas coisas que eu talvez jamais vou ser capaz de compreender tão bem. – Ele dá um sorrisinho e sinto meus olhos começarem a arder, mas tento me segurar.
– Acredite quando eu digo que entendo de casais complicados, Sofia. Mas poucos dos que conheci tinham esse brilho no olhar. E esse brilho no olhar... esse que ilumina uma sala inteira... não é nada complicado, é muito fácil de reconhecer ou entender. Se eu fosse você, não deixava isso escapar.
xxx
Eu não sabia o que pensar. Acho que o meu carinho e admiração pelo Seu Afonso só cresceu depois do que ele tinha me falado, mais cedo. Será que eu estava certa sobre tudo, desde o início? Quero dizer, pela Júlia valia a pena?
Mas, ao mesmo tempo, também tinha ficado com raiva, com raiva por ele fazer aquilo parecer tão fácil, como se fosse algo que dependesse só de mim, enquanto não era. Jamais seria. Bem que eu queria. Deus sabe o quanto eu queria. Mas não era, simples assim.
Estou pensando nisso quando atravesso o jardim para chegar em casa. Já escureceu, de modo que a iluminação noturna de toda a área externa está ligada. Vejo o carro do meu pai estacionado entre a área da piscina e a entrada da casa e estranho um pouco.
Ele viria, sem me avisar? Por quê?
Passo pela entrada com os batimentos levemente descompensados, os quais se alteram ainda mais quando entro, finalmente, e encontro minha mãe e a... Júlia. Para a minha surpresa, meu pai nem está aqui, apenas as duas paradas em pé bem no meio da sala.
Mas eu só tenho olhos para ela, porque sempre foi assim: mais ninguém importava quando eu e ela estávamos no mesmo ambiente.
Ela está com uma cara de quem já tinha chorado algumas vezes, mas não é só isso. Algo no seu olhar me faz acreditar que ela também parecia muito... determinada, como nunca tinha visto antes.
Deus.
A Júlia tinha vindo aqui para se despedir, era isso? Ela...
– Você tá indo embora? – As palavras atropelam qualquer linha de pensamento racional. – Não acredito que você vai fazer isso, Júlia, não acredito que está me deixando de novo... – A minha voz sai engasgada conforme sinto algumas lágrimas escorrem pelo meu rosto.
Em segundos, me vejo vulnerável aos seus pés mais uma vez, sem ao menos me importar que temos plateia.
– Não, meu amor. – Sua voz sai doce e terna e ela faz aquilo parecer tão natural, como se falar aquelas palavras na frente da minha mãe nunca tivesse sido um problema. – Sofi, eu finalmente tirei aquela maldita habilitação... – Ela sorri, entre lágrimas, como se estivesse com aquilo engasgado em sua garganta e eu me desmancho em mil pedaços, sem acreditar no que ela está querendo me dizer.
“Foi em um acidente de carro, não foi?”
“Mas o que eu nunca contei, nem mesmo para a Marta, é que eu estava junto.”
“É por isso que você sempre andou de moto, e nunca teve um carro?”
“Depois do acidente eu nunca tive coragem de tirar a carteira.”
As lembranças dos últimos meses percorrem os meus pensamentos em uma velocidade absurda.
“Você tá querendo dizer que só vai estar pronta para assumir a gente depois que tirar a habilitação?”
“Talvez seja por aí...”
Ela só estaria pronta quando tirasse a habilitação... porque ela precisava se sentir preparada para outras coisas, antes disso...
– Sofi... – A sua voz se enche de esperança. – Eu estou aqui porque quero que você venha comigo dessa vez.
Fim do capítulo
Boa tarde, Sojulovers do meu coração!
Gostaria de dividir uma coisinha com vocês: Kate e Suzana (ou só Suzan) são as personagens do primeiro livro que escrevi (em 2020, principalmente) e que ainda pretendo publicar um dia!
É uma história de amor entre uma professora de Arte e uma de suas alunas. Diferente de ENEAMT, nessa, eu exploro ainda mais questões como autoaceitação e autodescoberta, além de conflitos no âmbito escolar (tanto em relação aos alunos, que aí eu englobo diferentes tipos de conflitos, quanto em relação ao preconceito que uma professora assumidamente lésbica pode enfrentar por parte de colegas de trabalho). Ah, e também o fato de a Suzan ter que lidar com um pai "emocionalmente ausente" desde que a mãe dela morreu.
Vocês leriam uma história assim??
Enfim, apesar de ainda sentir que ela precisa ser muito melhorada, tenho um carinho grande por ela e por isso decidi fazer uma homenagem aqui, em Ela não é a minha tia!
Mas, voltando ao capítulo, terminou na melhor parte, né gente??
Mas eu senti que precisava desse capítulo antes do próximo, que já adiantando, vai ser bem emocionante e importante para a história, pois teremos (entre outras coisas) a nossa Júlia finalmente "criando asas" e virando essa mesa! Então aguardem, pois vai valer a penaaa!
Falando nisso, já fiz essa pergunta no meu Instagram, mas vou fazer aqui também: O que vocês gostariam que a Júlia falasse/jogasse na cara da Marta??? (levando em consideração que ela ficou basicamente a história toda ouvindo atrocidades e não conseguindo dizer quase nada pra ela).
Vocês têm algum palpite do que vai acontecer no próximo capítulo?? Lembrando que quem está no meu grupo do Whats já sabe de que forma ele vai começar!
Ainda temos uns 4 ou 5 capítulos pela frente, e espero que fiquem comigo até o final, hein?
E não esqueçam de favoritar a história!
E de me favoritar como autora!
E de comentar!
Como vocês já sabem, leio todos os comentários e fico extremamente feliz com cada um deles, com todas as teorias e por todo o carinho. Além de ser, de fato, o melhor termômetro para me ajudar a saber e entender como a história está chegando para vocês! Ainda mais se tratando de uma reta final!
Mais uma vez, obrigada por estarem comigo durante todo esse tempo! De verdade mesmo!
E obrigada pelas leitoras/leitores que estão chegando agora!
Obrigada pelos comentários, pelo engajamento, pelo carinho e por tudo!
Então é isso, até o capítulo 43, com fortes emoções!
Comentar este capítulo:
Zanja45
Em: 03/11/2024
Vocês têm algum palpite do que vai acontecer no próximo capítulo?? Lembrando que quem está no meu grupo do Whats já sabe de que forma ele vai começar!
Resp.: Sim. Finalmente, Júlia tomou coragem, conversou com Marta,repensou suas escolhas, ouviu alguns conselhos. E passados um mês separada da amada, serviu para nortear seus pensamentos. E decidiu viajar com Sofi ao invés de sozinha, pois até habilitacão ela tirou como havia prometido.(Sofi, entendeu tudo).
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Zanja45
Em: 03/11/2024
Falando nisso, já fiz essa pergunta no meu Instagram, mas vou fazer aqui também: O que vocês gostariam que a Júlia falasse/jogasse na cara da Marta??? (levando em consideração que ela ficou basicamente a história toda ouvindo atrocidades e não conseguindo dizer quase nada pra ela).
Resp: Marta, sempre a considerei como uma pessoa amiga, uma mãe, pois voce me acolheu quando eu mais necessitei, porém, muitas das vezes concordei com certos tipos de coisas vindas de você pra não te magoar, fazer a sua vontade, porque para mim se te desapontasse seria como estivesse fazendo isso com minha mãe. Entretanto, de uns tempos pra cá, percebi sua verdadadeira natureza, uma mulher mesquinha, manipuladora, sem pingo de sentimentos por qualquer pessoa, até mesmo sua filha. Então, sempre tive um carinho imenso por sua filha, desde que era apenas uma bebê, fique mais próxima dela para compensar seu distanciamente(Cheguei a passar um tempo fora pra ver se você melhorava seu tratamento para com Sofia, mas ao invés de melhorar, so fez aumentar o seu desprezo por ela). Me arrependo de tomado essa decisão, mas foi preciso, pois só assim comecei a perceber aos poucos, quem é voce de verdade, apesar de não enxergar claramente.No entanto, não esperava que um dia fosse me apaixonar por sua filha, de uma forma que jamais sentir; e desejar viver com ela, formar uma família.Por isso, Marta, de hoje em diante, quero manter os laços contigos apenas em respeito a tua filha, nada mais que isso, porém, de uma coisa fique ciente. De você, quero apenas sua filha, porque ela é a coisa mais pura e singela que fizeste, a única coisa boa que veio de você.Portanto, vou leva-la comigo pra onde eu for, e não quero nenhuma interferências suas. Porque, isso, eu deveria ter feito a muito tempo.
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Zanja45
Em: 03/11/2024
Mas eu senti que precisava desse capítulo antes do próximo, que já adiantando, vai ser bem emocionante e importante para a história, pois teremos (entre outras coisas) a nossa Júlia finalmente "criando asas" e virando essa mesa! Então aguardem, pois vai valer a penaaa!
Resp.: Foi muito importante esses passos dela, até que finalmente conseguisse se libertar das algemas invisiveis que a envolviam, antes de tomar qualquer decisão de construir uma vida ao lado de Sofi. Espero, nesse capitulo, presenciar a conversa que ela teve com a Marta e ver como foi a reação dela quando Julia disse o que tinha que dizer a ela. Pelo que vi, foi bem esclarecedora, pois ela mostrou que já estava pronta para assumir Sofia.
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Zanja45
Em: 03/11/2024
Mas, voltando ao capítulo, terminou na melhor parte, né gente??
Resp.: Sempre é assim, deixando nossos anseios para os proximos capítulos, porém, isso que nos prende mais a história, nos deixa na expctativa boa. Pelo que vejo, a júlia conseguiu superar os traumas que teve em relação ao acidente de carro em que ela estava junto com a mãe. É tanto que conseguiu finalmente tirar a carta de motorista, deixando claro para Sofi que etava pronta, dessa maneira para assumir- lá.
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Zanja45
Em: 03/11/2024
Enfim, apesar de ainda sentir que ela precisa ser muito melhorada, tenho um carinho grande por ela e por isso decidi fazer uma homenagem aqui, em Ela não é a minha tia!
Resp.: Homenagem, essa muita bem feita e bem encaixada. Adorei, essa pequena introdução delas na estória. Fico na expectativa que lance ela em breve para que eu possa fazer a leitura.
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Brescia
Em: 27/10/2024
. Buonasera autrice.
A Sophi é de outro mundo, ela realmente ama demais a Julia e graças a Deus tem um grande amigo que sabe dizer as palavras certas para motivar o que ela mais quer nessa vida e o que dizer da Júlia, ela finalmente criou coragem para não deixar que ninguém diga que ela não pode amor , ser amada por causa da sua idade. Viva a felicidade, a cumplicidade e o amor!!
P.s: vc escreve muito bem, passa sentimentos, transborda emoções e sabe deixar a todos com vontade que nunca acabe, gostaria de uma segunda temporada da Júlia e da Sophi já sendo mães e se tornando amigas das protagonistas da próxima história, da Suzana e da Kate.
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Brescia
Em: 27/10/2024
. Buonasera autrice.
A Sophi é de outro mundo, ela realmente ama demais a Julia e graças a Deus tem um grande amigo que sabe dizer as palavras certas para motivar o que ela mais quer nessa vida e o que dizer da Júlia, ela finalmente criou coragem para não deixar que ninguém diga que ela não pode amor , ser amada por causa da sua idade. Viva a felicidade, a cumplicidade e o amor!!
P.s: vc escreve muito bem, passa sentimentos, transborda emoções e sabe deixar a todos com vontade que nunca acabe, gostaria de uma segunda temporada da Júlia e da Sophi já sendo mães e se tornando amigas das protagonistas da próxima história, da Suzana e da Kate.
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nath.rodriguess
Em: 27/10/2024
Já quero muito Kate e Suzana!
E sobre #SoJu, A JULIA TOMOU CORAGEM
NÃO VAI SER CANCELADA DESSA VEZ
weeeee
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S2 jack S2
Em: 27/10/2024
Capítulo perfeito!!!!
Ansiosíssima para o próximo!!!
Obs: #jaquerokateesuzana
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