Eita!!!!!!!!
A cobra vai fumar.
Capitulo 114. Ele é mesmo sobrinho da Cláudia.
Depois que chegaram em casa, Márcia foi tomar um banho e descansar um pouco. A história de vida do tenente não saia de sua cabeça. Estava pensando quem seria o pai ou a tia que morava em São Paulo. Pensou em alguns amigos que nasceram no Rio Grande do Sul. Andressa foi chamar a coronel para jantar. Márcia estava tão concentrada que não ouviu a esposa que falava com ela. Andressa deu um cutucão e então, Márcia voltou à realidade.
-- Oi amor, o que foi?
-- Eu estou há cinco minutos falando e você parece estar em outra dimensão.
-- Desculpe meu amor, eu estava pensando no tenente.
-- Pensando o quê? – Posso saber?
-- Claro que sim, eu estava pensando em alguns amigos que são gaúchos. Trevisan, Marisa, Cláudia, Nogueira, enfim são tantos! – Nem sei por onde começar.
Andressa pensava em alguma coisa para ajudar. Logo apareceu uma ideia que poderia ajudar a coronel resolver esse mistério.
-- Amor, eu trabalhei com a Cláudia por muitos anos, quem sabe ela não pode nos ajudar?
Márcia olhou para esposa com um ponto de interrogação na testa. Respondeu para a esposa:
-- Ótima ideia, vou ligar para ela.
Depois que conversou com a amiga, ficou marcado que Cláudia e família iriam no sábado para a casa de Márcia. Telefonou para a casa do tenente Munhoz, fazendo o mesmo convite. Pediu que o rapaz trouxesse os pais, porque a coronel queria conhecê-los. Uma coisa que ninguém imaginava e que nem a própria coronel se recordava era que, ela já conhecia o pai do tenente. Ela já estranhara com ele uma vez. O temido delegado Munhoz.
-- Um convite para ir na casa da sua comandante?
-- Sim papai, a coronel convidou a todos nós para irmos a um jantar em sua casa no sábado e faz questão que eu leve vocês.
O delegado ficou pensativo e disse ao filho:
-- Você falou Mantovanni? – O pai?
-- Não, a filha! – E vou te contar papai, a mulher é brava pra caramba. Bandido e policial malandro com ela não tem acordo. Inclusive daqui há alguns meses, vai ter o julgamento do major Malaquias que era o diretor do presídio militar e de mais alguns policiais. A própria coronel fez a prisão.
Depois de raciocinar e praticamente já sabendo de quem se tratava, o velho perguntou:
-- Como ela é meu filho? – A aparência dela?
-- Ah papai ela é alta, olhos azuis acinzentados, cabelos quase grisalhos, comandou o regimento de cavalaria substituindo o pai que também é coronel. Porém, esse aposentou a muito tempo. É casada com a tenente coronel Andressa e foi nora daquele major que morreu, o tal do Pires Paiva.
-- Puta que pariu! Disse o velho. Que mundo pequeno é esse?
-- Porque o espanto papai?
-- Porque eu conheço a sua comandante, nós já tivemos alguns ranca rabos, mas sempre a admirei. É uma mulher de brio e muito caráter. Peita qualquer um que não esteja de acordo com os padrões certos. Puxou ao pai, esse era pior do que ela. Italiano bravo que nossa. Ele chagava nas reuniões quando fazíamos junto com os militares, e o pessoal falava que o tigre estava chegando. Inclusive ela muitas vezes se indispôs com o pai dentro da cavalaria.
-- É papai, eu sei das histórias. Apesar de ser brava e correta, eu gosto muito de estar trabalhando lá. As vezes é meia chucra, mas eu acho que é o jeito da madeira.
-- Filho aprenda uma coisa. Quando você tem um comando na sua mão, você tem que ser justo e benevolente. Porém, algumas situações fazem com que seja um pouco mais enérgico. Senão vira zona, ou você acha que eu quando estava na ativa como delegado, não passei por isso? – Ela está corretíssima.
O tenente ligou para a casa da coronel confirmando a presença dele e dos pais. Márcia ficou muito satisfeita e logo o novelo seria desenrolado.
-- Amor você conhece os pais do tenente? Perguntou Andressa para Márcia.
-- Não me lembro de conhecer, mas o sobrenome não me é estranho. Munhoz não é tão comum. Assim como o meu. Eu conheci um Munhoz, mas ele era delegado de polícia e algumas vezes a gente se desentendeu. Principalmente por ele chamar a atenção dos meus soldados quando eles prendiam alguém e na hora do boletim de ocorrência, ele sempre achava que os policiais exageravam. Porém, sempre foi um homem correto. Mas eu sou melhor!
Andressa riu da colocação da esposa e depois foi preparar as coisas para o jantar que seria na noite seguinte.
No sábado pela manhã depois de tomarem café, as crianças queriam ir na piscina. Márcia permitiu que eles fossem desde que, fosse na infantil e não na dos adultos. Pra variar a turma estava toda reunida. No sábado seguinte, seria a festa de aniversário do Juca. E tanto Gabriel como os outros, já estavam empolgados. Porém, o menino era o único que não sabia da festa.
-- Coronel eu não sei como agradecer o que a senhora está fazendo pela minha família. Eu fico imaginando a carinha de felicidade do Juca quando perceber que a festa é dele. Não sei o que faria se a senhora não tivesse aparecido. A alegria e felicidade dos meus filhos, não tem preço. Disse o tenente Arruda para a coronel.
-- Eu e Andressa ficamos felizes. Filhos são bençãos e você não me deve nada. Continue sendo esse homem de caráter e terá todo o meu apoio. E parece que você já arrumou uma nora. Olha a cara do seu filho. Ganhei um sobrinho?
-- É parece que sim.
Chegou à noite e com ela todas as magias que possam existir. A coronel já havia deixado tudo preparado. A beira da piscina estava toda enfeitada com mesas e cadeiras e luzes porque a área de lazer da casa era muito aconchegante.
Logo chegaram os primeiros convidados. E meia hora depois a casa já estava cheia. Cláudia foi uma das últimas a chegar com a esposa e filhos. Logo em seguida o interfone da asa tocou e Márcia foi atender.
-- Dona Márcia aqui tem um rapaz com um casal dizendo que a senhora os está esperando.
-- Seu Ademir pode liberar a entrada deles. Eu sei quem são. Obrigada.
-- Assim que Andressa abriu a porta, viu que era o tenente juntamente com os pais.
-- Munhoz que surpresa boa, fico feliz que tenham vindo. Entrem.
-- Boa noite tenente coronel. Esse são meus pais José e Jussara.
-- Entrem e fiquem à vontade. E por hoje podemos esquecer nossas patentes. Me chame de Andressa. Venham comigo até a varanda os convidados estão lá.
Quando chegaram aonde os convidados estavam, Andressa levou o casal até uma mesa que estava próximo de Cláudia.
-- Aguardem um pouco que eu vou chamar a Márcia. Podem se servir sintam-se na casa de vocês.
-- Amor venha conhecer os pais do Munhoz!
-- Com licença senhores, vou cumprimentar o tenente e sua família.
Quando chegou em volta da mesa aonde Munhoz e os pais estavam sentados, cumprimentou o rapaz e em seguida o mesmo apresentou a mãe e quando foi a vez de apresentar o pai para a coronel, o velho delegado falou:
-- Coronel Mantovanni! – Eu tinha certeza que era você. Quando meu filho me contou eu fiquei meio desconfiado, mas achei que eu estivesse confundindo ou exagerando. Que bom revê-la depois de tantos anos.
-- Delegado Munhoz o “terrível”, eu também estava desconfiada que só podia ser você. É um prazer também revê-lo. Você educou muito bem esse menino. Fiquem à vontade e você garoto vai conhecer alguns policiais que não conhece.
A coronel levou o rapaz até aonde estavam os policiais que Márcia havia citado.
-- Tenente Munhoz, eu quero que você conheça esse bando de raposa velha felpuda. coronel Trevisan, tenente coronel Marisa, capitão Alfredo, sargento Lucas, tenente Matheus e coronel Monteiro.
O rapaz bateu continência para os oficiais mais velhos que também retribuíram a saudação.
-- É um prazer conhecer a todos vocês. Sei que são amigos de longa data da coronel e fico feliz de fazer parte da corporação sabendo que existem homens e mulheres como vocês.
-- Fique tranquilo rapaz e não precisa bater continência. Hoje somos todos iguais, amigos que estão reunidos para distrair a cabeça. Respondeu o coronel Trevisan.
-- Relaxa garoto, como disse o nosso ilustre Trevisan, somos todos iguais nessa noite. Já dizia o bom e velho Ivan Lins. Disse Lucas ao jovem.
Marisa e Cláudia ao mesmo tempo que conversavam com o tenente, observavam o jeito do rapaz falar. Apesar de ter sido criado em São Paulo, Munhoz não havia perdido o jeito gaúcho de falar.
-- Tenente, aonde você nasceu? Perguntou Alfredo que também era gaúcho.
-- Eu nasci em Santa Maria capitão! – Porquê?
Nesse momento todos já haviam se sentado. Andressa convidou os pais do tenente para que se juntassem a eles. Logo a conversa já fluía solta. Foi Cláudia quem perguntou:
-- Você nasceu em Santa Maria? – Em que lugar?
-- Eu nasci no bairro da Palma lá mesmo! – Porquê?
-- Interessante, eu também sou de lá. Fui criada no bairro Passo do Verde. A Marisa também é gaúcha!
-- Sim eu sou. Mas nasci e criei em Viamão até os 10 anos. Depois vim para São Paulo com meus pais e irmãos. Então, praticamente sou paulista. Ficamos pouco lá no Sul.
-- E vocês? – São gaúchos também? Perguntou Rafaela para os pais do tenente.
Foi a mãe dele quem respondeu:
-- Não, nós somos paulistanos mesmo. O Antônio não é nosso filho legítimo, mas amamos como se fosse. Não é José?
-- Sim Jussara. Esse menino foi uma benção em nossas vidas. Temos só ele, Deus foi muito bom comigo e com ela.
-- Então ele é adotado? Cláudia perguntou.
-- Sim é adotado. Esse menino sofreu muito na vida. Desde os 12 anos que ele está com a gente, não é filho? – Olha Mantovanni esse menino nunca deu um trabalho pra nós. Não gostava nem sair de casa. Nunca tive problemas. A única coisa foi quando ele decidiu entra na polícia militar. Eu não queria. Queria sim, que ele tivesse vindo trabalhar comigo na civil que eu até o ajudaria a entrar. Mas não quis e jeito nenhum, disse na época que ele queria conseguir sozinho e sem a ajuda de ninguém. Pra isso é marrento.
-- É isso aí papai e tenho orgulho de ter conseguido sozinho.
-- Também com um pai como você, coitado do menino se saísse da linha. Respondeu Márcia.
-- É não fale muito de mim porque pelo que sei, você também não alivia para os seus filhos. Aliás são adoráveis. O ruivinho já até veio conversar com a gente.
-- É verdade. Mas as vezes temos que ser rígidos. Mesmo contra a nossa vontade. Disse Jussara para todos os presentes.
-- O Gabriel é assim mesmo. Muito dado com as pessoas, principalmente quando são pessoas que convivem com a gente.
-- Mas então delegado Munhoz, como vocês adotaram o Antônio? – Quais as condições e aonde ele estava.
O delegado contou toda a história do tenente e a cada coisa que falava, os presentes que ali estavam, ficaram abismados com o que o pai do jovem contava.
-- Mas e o pai biológico desse moço por onde anda? Perguntou Marisa.
-- Segundo as investigações que fiz na época o pai dele era da brigada militar. E quando ficou sabendo da gravidez, foi embora da cidade e nunca mais ouviram falar dele. Os pais também se mudaram, a irmã veio pra São Paulo e nunca mais ninguém soube deles. Nem o bairro que moravam.
-- Mas que filho da puta! – Esse cara é um lixo. Disse Trevisan.
-- É amiga, existem homens e homens. Esse com certeza iludiu a coitada que era uma caipirona com promessas vagas e ela acreditando, caiu no conto do vigário. Disse o sargento Lucas.
Cláudia só escutava o que os outros estavam falando. Será que? Não, era muita coisa pra uma noite só. O irmão era da brigada militar. Porém, nunca comentou nada. Mudou de cidade e acabou se casando com a noiva. Não pode ser! É muita coincidência. Resolveu que conversaria com Márcia no dia seguinte.
O jantar continuou sem nenhum imprevisto. Os Munhoz foram os últimos a saírem. Márcia reiterou o convite para virem em sua casa sempre que quisessem porque agora, eles também eram parte da família.
No domingo pela manhã Cláudia foi com a esposa e os filhos até a casa de Márcia. Precisava conversar com a coronel.
-- Cláudia que surpresa! – O que aconteceu? Perguntou Andressa.
-- Andressa eu preciso falar com você e com a Márcia agora. Não dormi essa noite pensando na conversa e nas coisas que o pai do tenente falou.
-- Então venha tomar café e conversaremos.
Quando viu Cláudia, Márcia perguntou:
-- Caiu da cama Cláudia? – Aconteceu alguma coisa? – Bom dia Solange.
-- Bom dia Márcia. A Cláudia não dormiu a noite e ela quer conversar com você.
-- Venha tomar café e depois iremos ao escritório. Nós quatro, entenderam? Falou olhando para os filhos que haviam entendido o recado.
Depois do café as quatro foram par o escritório.
-- Então amiga o que está te afligindo? – Sei que você não está bem.
-- Márcia eu passei a noite pensando na conversa de ontem. Logo que vi o tenente, eu senti uma certa afinidade. Fiquei muito abalada com tudo que o pai dele contou. Não pode ser. É muita coincidência.
-- Cláudia do que você está falando? Perguntou Andressa.
-- Amor nem eu estou entendendo! Disse Solange para a esposa.
Márcia foi até o bar. Voltou trazendo quatro taças de vinho. Deu uma pra cada e serviu a bebida. Cláudia tomou num gole só, assustando a esposa e as amigas.
-- Claudinha olha pra mim, se acalma e conta o que está acontecendo. Pediu Márcia.
Depois de se acalmar, Cláudia começou a falar o que tanto incomodava.
-- Marcinha, você sabe que o meu irmão Leoncio é da brigada militar não sabe?
-- Sim você já comentou comigo sobre ele. Inclusive vocês não se falam a muito tempo, devido a uma briga que tiveram quando ele descobriu que você era lésbica.
-- Sim há mais ou menos uns vinte anos que não falo com ele. Eu vim embora do Sul antes dele ir embora pra outra cidade. Tempos depois, meus pais vieram morar comigo até que compraram uma casa no Tremembé a qual eles moram até hoje. Só que antes de eu vir pra São Paulo, ele conheceu uma moça de Caxias do Sul e acabou noivo. Nunca soube que ele tivesse outra pessoa. Aliás, tinha uma moça que morava num sítio afastado da cidade chamada Lina. Lembro que ela sempre estava nas festas e não tirava os olhos do meu irmão. Tempos depois da nossa briga, eu vim embora. Uns seis meses depois e nunca mais tive contato com ela e tão pouco com o meu irmão. Nem no casamento eu fui. Meus pais foram e a única da família que não estava presente era eu. Não sei o que aconteceu depois. E ontem reparando na feição dele, eu lembrei do Léo.
-- Amiga, eu já venho observando o tenente a um certo tempo. E sempre que eu olhava pra ele, eu me lembrava da feição de alguém. E esse alguém era você. Talvez eu me engane, mas tenho certeza que esse menino é seu sobrinho. Disse Márcia.
-- Será que ele é o filho da Lina e do Leoncio? – Se for, o Léo vai se ver comigo e o meu pai vai ficar muito revoltado com o meu irmão se isso for verdade.
-- Só tem um jeito de saber. Fazendo DNA. Disse Solange
-- Então faremos esse DNA. Se o Munhoz for mesmo meu sobrinho, ele sempre terá meu apoio!
-- E se não for? Perguntou Andressa.
-- Se não for, terá do mesmo jeito o meu apoio. Respondeu a coronel Monteiro para a comadre.
-- Então está feito. Vocês farão o teste e depois veremos o que irá acontecer. Disse Márcia para as mulheres.
A semana passou normalmente. Na terça-feira Cláudia e Munhoz colheram material para o exame. No caso do rapaz a autorização foi dada pelo delegado. Afinal, querendo ou não além de ser o mais interessado na história do filho, o desejo de ficar cara a cara com o pai biológico, era nítida.
Sábado chegou e com ele a festa de aniversário de Juca. O menino nem imaginava que a noite lhe traria uma alegria tão grande. O horário estava marcado para às 19:00 horas e o buffet havia deixado tudo perfeitamente arrumado. Inclusive os brinquedos que fariam a alegria da molecada como fliperama, pula-pula, piscina de bolinhas, estica e puxa, autorama entre outros. As bebidas eram cerveja, refrigerante e sucos. O cardápio tinha cachorro quente, algodão doce, mini pizzas, crepe e mini hamburguer. Além do bolo, ainda tinha os doces que estavam colocados na mesa junto a decoração. E os salgados tradicionais que eram servidos na mesa para os convidados.
No horário da festa todos já haviam chegado no local. Faltava chegar o convidado principal. Por volta das 19:30, Juca chegou com a família. Assim que entraram, o menino viu a decoração e um banner escrito parabéns. Estranhou quando viu escrito Juca em todo lugar da decoração. Gabriel foi junto com Fernanda e as mães receber o amigo que perguntou:
-- Biel o menino da festa também é Juca?
-- Oi Juca é sim. Igual a você. Disse para o amiguinho.
-- Vem Juca senta ali com os seus país, vou chamar minha tia. Disse Geovana toda empolgada com a presença do menino.
-- Tia Márcia o Juca chegou. Disse para a coronel que estava sentada com a esposa e as mães da menina.
-- A tia já vai lá princesa.
Enquanto isso as crianças se divertiam com tudo que tinha na festa.
-- Arruda que bom vocês terem chegado. E você garotão como está?
O menino que olhava desconfiado para tudo e todos respondeu:
-- Eu estou bem tia. Mas e essa festa? Tem outro Juca?
A coronel olhou para o menino. Abaixou ficando na altura dele.
-- Não, esse não existe. O único Juca aqui nessa noite é você. Essa festa é sua. Feliz Aniversário João. Que Deus te proteja sempre iluminando o seu caminho e que os anjos te amparem sempre que precisar.
O menino ficou olhando para a coronel e depois para os pais e a irmã. Perguntou para o pai.
-- Papai essa festa é minha mesmo?
-- Sim filho, isso tudo é para você. Aproveite.
-- Obaaaaa!!!!!
Depois de beijar os pais e a irmã, abraçou e beijou a coronel.
-- Obrigado tia!
Logo já se enturmou com a galerinha e daí para a frente foi só diversão. Na hora de cantarem os parabéns para cortar o bolo, Márcia pediu um minuto de silêncio. Fez sinal para que Genaro trouxesse o brinquedo que Gabriel havia escolhido para o amigo. Chamou também o filho caçula para que entregasse para Juca. Quando o menino viu que era uma moto elétrica, quase caiu duro. A alegria não tinha tamanho e quando recebeu o presente, ficou em êxtase, afinal em sua vida e com tudo pelo que sua família passou, ele não imaginava que pudesse ter uma festa. Abraçou o amigo dizendo:
-- Obrigada Biel, você nunca vai deixar de ser meu amigo? Perguntou abraçando Gabriel.
-- Claro que não né Juca. Parece tonto.
A festa foi até onze horas como combinado. Porém antes de terminar muita gente já havia ido embora. Márcia e Andressa foram as últimas a sair.
-- Vamos amor eu estou quebrada! Falou Andressa.
-- Eu também. Agora o próximo é o casamento da nossa filha.
Trinta dias se passaram e o resultado do DNA já estava pronto. A essa altura todos já sabiam da história. Até os pais de Cláudia que estavam desconfiados que era um golpe, também já esperavam o resultado. Márcia reuniu todos em sua casa. Ambas as famílias de Cláudia como a de Munhoz.
-- Senhores hoje estamos aqui para dar um final nessa história sórdida, imunda e irresponsável aonde uma criança de 3 anos perde a mãe, vai para um orfanato, é adotado aos 8 por um casal abusivo, foge de casa, vem para uma cidade como essa e graças as bençãos divinas, foi colocado em seu caminho um casal de caráter e brio. Já que o pai biológico pelo jeito é um canalha. Parabéns Dr. Munhoz e dona Jussara por terem acolhido esse rapaz e torna-lo o que é hoje. E sou grata por ter esse menino como meu oficial de ordens. Agora vamos ao resultado. Doutora Francesca por favor, leia o resultado. Pediu Márcia para a irmã mais velha que era médica.
-- Pois bem, vamos ao resultado do exame. Preparados?
Os pais de Cláudia estavam apreensivos e no fundo a coronel gostava disso. Ela já tinha uma vez esculachado os velhos para defender a amiga e isso pra ela era uma vingança divertida. Ela também sempre deixou bem claro para os filhos, principalmente para os homens que neto ou neta dela, não ficaria sem pai e que eles fossem homens de assumir seus erros senão a coisa ficaria bem diferente.
Depois de ler o resultado do exame, Francesca olhou para todos dizendo:
-- Aqui está coronel Monteiro o resultado! Disse dando uma cópia a cada um.
Cláudia ao olhar o exame detalhadamente disse:
-- Então quer dizer que?
-- Sim Cláudia, ele é seu sobrinho. O tenente Munhoz é neto de vocês dois. Disse Francesca olhando seriamente para os velhos que ficaram de boca aberta.
-- Mas como? – Não pode ser! – Eu nunca fiquei sabendo disso. Falou o pai de Cláudia.
-- Como pai, o senhor ainda pergunta como? – O santo do seu filho Leoncio é o pai desse garoto. E quem nunca prestou fui eu. Só porque assumi minha condição sexual e preferência por mulheres. E agora senhor Maurício? – Onde anda o mal caráter do seu filho? – É impossível nenhum de vocês saberem disso. É inaceitável. A senhora sabia disso mãe já que também sempre protegeu o Léo?
A velha olhou para a filha e abaixou a cabeça ficando em silêncio.
-- Mãe, a senhora sabia disso ou não?
Fim do capítulo
O aniversário do Juca foi um sucesso.
Eita que agora lascou tudooooooo!
Cláudia está virada no Giraia, o pai diz que não sabia e a mãe não responde nada. Quem cala consente.
Márcia já se estranhou com os velhos.
Será que ela vai entrar nessa briga de família?
Vamos aguardar. Grata a toda pelas leitura e comentário.
Bjs.
Patty_321.
Te amo!
Comentar este capítulo:
Marta Andrade dos Santos
Em: 18/10/2024
Eita tá complicado.
Catrina
Em: 18/10/2024
Autora da história
Boa tarde Marta!
Complicada vai ficar a situação do irmão da Cláudia. Enfrentar a coronel e depois a irmã? Vai ficar sinistro.
Abraços!
Grata pelo comentário.
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Mmila
Em: 18/10/2024
Márcia, justiceira de sempre!
Catrina
Em: 18/10/2024
Autora da história
Mmila.
Boa tarde.
E você achou que a coronel ia ficar de braços cruzados? Nós sabemos que canalhice com ela não tem acordo. Até com o pai da Cláudia ela já brigou. Mas já adianto de antemão que antes do Leoncio conversar com a irmã, ele vai enfrentar a raposa.
Abraços!
Obrigada.
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