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O som do silêncio por shoegazer

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Palavras: 2034
Acessos: 577   |  Postado em: 16/10/2024

Polegares novamente

Naquela noite, Assis chegou com uma novidade a qual deveria ser contada na presença das outras duas moradoras da casa. Havia conseguido a vaga par Helena no hotel em que a filha de Isidoro trabalhava. Era o turno da noite, o mais tranquilo, das dez às cinco da manhã. Ganharia bem, e não precisava interagir com tantas pessoas assim.

Fátima se opôs. Disse que era precipitado, e que Helena precisava de mais tempo. No entanto, a resposta de seu marido foi se virar para aquela do qual falavam e perguntar se ela não gostaria. Como resposta, um breve aceno positivo com a cabeça. Sua tia tentava argumentar ao contrário, mas, sem sucesso.

Ela continuava a dizer que não havia problema, e uma breve discussão parecia querer se formar entre o casal. Em respeito a Helena, Assis disse que depois conversariam melhor a respeito, e saiu para o dominó. Helena pediu licença e seguiu para seu quarto enquanto uma Fátima indignada foi para os fundos da casa portando seu telefone e imediatamente ligou para a amiga e confidente, que terminava de lavar a louça enquanto ouvia suas lamentações.

Tentava tranquilizá-la, dizendo que não havia problema algum, e que era ótimo estarem no mesmo turno, que Daniele daria todo o suporte necessário caso precisasse. Mesmo assim, Fátima parecia pouco convencida e aflita de que aquilo seria uma boa ideia, mas, não mais receosa do que a amiga ao ver a filha já na porta de casa, saindo com o violão a tiracolo nas costas. Mais uma vez, não dizia para onde ia. Assim como no ato falho de tentar fazer a filha acordar mais cedo, também tinha desistido de questionar seu paradeiro durante as noites.

Ela saía, e voltava apenas para trocar de roupa e deixar o violão. Por vezes nem isso. Nos dias de sua folga, principalmente aos finais de semana, chegava pelas duas, três da madrugada, e por vezes já no raiar do dia. Acordava já próximo do almoço, comia e voltava para o quarto, onde se trancafiava e aparecia apenas para sair novamente. Sueli não conseguia dormir enquanto a filha estava fora.

Não podiam dizer que tinham uma péssima relação, já que, para algo ser ruim, ele deve existir. Simplesmente os entes daquela casa nunca conversavam entre si. Nas poucas vezes em que estavam juntos, trocavam poucas palavras. Nem mesmo o casal tinha qualquer intimidade. Isidoro era um homem duro, ríspido e conhecido por ser bastante carrasco com a única filha do casal. Sua esposa não tinha sido capaz de gerar outro filho, e, principalmente, um filho homem. Esperava algum motivo de orgulho advindo dela, mas, nem mesmo isso era capaz de ser proporcionado para os dois, segundo eles.

Daniele saiu sem dizer nada. Pegou a rua de trás, e seguiu pelo escuro e solitário caminho até parar na frente da casa de muro branco, onde bateu no portão de ferro da mesma cor e, colocando a mão por um dos vãos que ali tinham, puxou o trinco sem cadeado, entrando pela casa.

Lá estava Olívia, a dona da casa junta a dois rapazes que bebiam uma garrafa de vinho disposta na bancada da cozinha. Logo depois de um cumprimento animado entre elas e um breve aceno de mão para eles, Olívia colocou o copo nas mãos de Daniele, que brindou e virou o conteúdo, deixando o líquido morno de um vinho barato descer com aquela breve queimação em sua garganta. Mas, seu intuito naquela casa não era esse.

Pediu licença, e, entrando no quarto da dona da casa, dispôs seu violão ao lado da cama de casal bagunçada por um lençol listrado verde e dois finos travesseiros. Afastou as roupas sujas que estavam por cima, sentou-se e tirou o violão do case já gasto e que desfiava na alça direita, assim como o caderno de anotações que possuía o tamanho de uma agenda e tinha a capa mole marrom amassada, com as bordas desgastadas pelo uso constante.

Seu set da semana estava quase pronto. Talvez duas ou três alterações, se assim fosse necessário. Não se sentia confortável para ensaiar em sua casa, já que com isso vinha as reclamações de sua mãe sobre o barulho e o questionamento do seu pai sobre fazer algo de útil com o tempo livre que tinha em vez de seguir com aquela ideia de degenerado em fazer música. Como aquilo iria sustentá-la e trazer algum futuro? Viver disso? Iria morrer de fome! A não ser que fosse agraciada com um bom casamento ao qual não faltasse nada, estava fadada à iminente miséria, segundo o seu pai e corroborado por sua mãe.

No canto do quarto, o amplificador e o microfone plugado a ele esperavam por ela. Havia sido comprado e pago aos poucos para que os pais não notassem o que havia acontecido com o dinheiro dela a ponto de pedir emprestado. Tudo era contado o suficiente para não levantar qualquer suspeita que, além de continuar naquilo, também tocava em outros lugares o qual, inclusive, iria no final daquela semana. No final das contas, era questão de tempo, mas o quanto mais pudesse postergar, melhor.

Para os pais, era mais aceitável que estivesse em um relacionamento extraconjugal, já que, pelo menos assim, ela teria algo em que se firmar. Além de poder se aproveitar financeiramente desse segredo, seria uma justificativa perfeita para explicar o porquê de ela nunca ter um namorado, por mais imoral que isso soasse.

Uma conversa paralela acontecia no cômodo na frente do quarto. Daniele se sentou na cama, cruzou as pernas e, ao apoiar o violão entre elas, olhou para as suas anotações, tocando minuciosamente cada acorde e recitando para si a letra que ela mesmo havia feito antes de se permitir se soltar cada vez mais.

Eles pararam por um breve segundo para repará-la cantando. Um dos rapazes comentou à Olívia que a amiga tinha uma bela voz e ela, além de concordar, fez a breve propaganda do show que ela faria, indicando o local e o horário, e reiterando que ela tocava músicas próprias além dos esperados covers. Ficava longe de onde eles moravam, mas prometeram que fariam o possível para comparecer. Um deles perguntou qual era o seu parentesco, se era filha de alguém conhecida. Olívia se prestou a falar que era da Sueli, a manicure. O que havia dito da voz de Daniele falou que a conhecia, já que sua mãe era uma antiga cliente e elogiou o seu trabalho.

Já Sueli, que havia sido citada naquela conversa, reclamava com Fátima sobre os sumiços de Daniele enquanto fumava outro cigarro, aproveitando a ausência do marido. Fátima voltou a perguntar se ela não tinha alguém, já que sequer era vista nas ruas da cidade para ser mera vagabundagem. Também levou a hipótese de que só poderia estar tocando na casa de amigos. Sueli voltava a se lamuriar sobre a filha, de como esperava que ela já estivesse com um bom marido e um emprego estável. Só que a ligação fora interrompida por outra pessoa desejando falar com Fátima, no qual ela rapidamente dispensou Sueli.

Era Cassandra, se questionando sobre o fato do marido dela ter pedido para conversar no horário do intervalo e, depois de um momento desesperado em que deixou tudo para trás pensando ter acontecido algo com Helena, soube que era pra avisar sobre o trabalho que ele havia conseguido para ela e se estava tudo bem com isso. Questionou se isso fora motivado por problemas financeiros e se o dinheiro que ela mandou não era o suficiente.

Fátima argumentou de que era longe disso, e o que realmente havia acontecido era que Assis achou que seria um bom meio para Helena interagir e socializar com as pessoas de lá já que não saia de casa, além de ter um pouco de independência.

Ela concordava com a tia de que era algo precipitado, mas, que queria saber se a irmã era de acordo. Pediu para passar o telefone para Helena, já que ela não respondia nenhuma das mensagens enviadas. Fátima a encontrou lendo já deitada em sua cama devidamente alinhada e, gesticulando que Cassandra queria falar com ela, colocou no viva-voz e deixou o telefone próximo. As perguntas eram as mesmas de todo dia: se estava bem, se já havia comido ou até mesmo se já havia tomado banho, além de uma advertência – que também era diária – para responder as mensagens enviadas.

Respondido “sim” e “tudo bem” a todas as perguntas feitas, falou que sentia uma saudade incomensurável dela e perguntou se estava confortável com a ideia do trabalho. A resposta se seguiu de um “também sinto” e “sim, por mim está tudo bem.’’ Mas, a última pergunta feita sempre a fazia parar de responder como o fez, devolvendo o telefone.

“Ela ainda não quer usar o negócio que eu mandei? Mas, por quê?” reclamou para a tia assim que pegou o telefone de volta.

Tentou argumentar de que, por mais que tentassem convencê-la a usar, ela negava com a cabeça e saía de perto, sem dizer mais nada sobre. Queriam respeitar seu espaço e procuravam não insistir. Cassandra se exaltou, falando que queria voltar a falar com ela, mas foi negado. Sua tia se prestou a falar de que não chegaria a lugar nenhum assim, e que se irritar com Helena não seria o adequado. Na hora certa, as coisas aconteceriam.

Em seguida, ouviu suas palavras carregadas, se desculpando e falando que as coisas não estavam sendo fáceis ali. Fátima tentou acalentá-la, dizendo que não era para se preocupar porque, por ali, estava tudo bem e de que continuaria assim. Agradeceu por tudo mais uma vez, e avisou que ligaria amanhã para conversar melhor, já que teria que voltar ao posto de trabalho e, provavelmente, quando desocupasse, todos já estariam dormindo.

Já no quarto, onde Helena repousava, ela tamborilava os dedos contra o livro, em um ritmo próprio, lembrando de uma música que gostava. Pensava em como Cassandra era insistente, chata e potencialmente controladora, mas, no mesmo instante, lembrou do que ela exatamente era: superprotetora desde sempre. Não dava para se esperar algo diferente dela. Olhou para o lado, abriu a primeira gaveta do criado-mudo ao lado da sua cama, e encarou a pequena caixa preta. Fechou no mesmo instante, tentando não pensar naquilo.

Às vezes, tinha vontade de falar à tia que não precisava tratá-la como uma incapaz, mas, o que ganharia sendo rude com alguém que a acolhia tão bem? Ficar em silêncio, por vezes, era a melhor solução para a maioria dos seus problemas. Fechou os olhos e voltou a se concentrar na batida da música que ainda ressoava em sua mente, com o bater dos seus dedos naquela capa dura.

E, do outro lado da cidade, Daniele abria os olhos lentamente, finalizando a última música do set finalizado que havia marcado para o ensaio. Olhou para o horário, e grunhiu consigo mesmo vendo que já estava atrasada. Agradeceu a amiga, despediu-se dos demais e voltou a passos largos de volta para casa.

Quando chegou, se deparou com seu pai, sério, na cozinha, jantando. Passou ao seu lado para poder chegar ao seu quarto, mas logo ele a interrompeu.

“A sobrinha da Fátima vai começar a trabalhar contigo no hotel, no mesmo horário que você.”

Daniele franziu o cenho, confusa. Sobrinha? De que sobrinha ele estava falando? Não seria do Assis? E se fosse, qual delas? Não conhecia ninguém da família de fato além de ambos, e somente pelos encontros que aconteciam na casa de seus pais. O filho deles era bem mais velho que ela e, por isso, tiveram pouco contato. Sequer lembrava do seu nome. Além disso, eles não eram do tipo de pessoas que estavam nos comentários das rodas de conversas daquela cidade. Eram reservados e queridos por todos aqueles que os conheciam.

“O Assis me pediu o favor de que você reparasse nela. Seu nome é Helena. Quando a ver, já sabe.”

Concordou com um aceno e seguiu para o quarto. Aquela conversa tinha durado mais do que ela gostaria. Helena, mas Helena de quê? E como ela é? Bem, não seria difícil de descobrir quem era. O primeiro rosto novo daquele lugar com certeza seria ela.

Fim do capítulo


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Comentários para 2 - Polegares novamente:
Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 16/10/2024

Vamos ao encontro .

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