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  • Ela não é a minha tia
  • Capitulo 37 – Eu amo você

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Ela não é a minha tia por alinavieirag

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Palavras: 6666
Acessos: 2271   |  Postado em: 22/09/2024

Notas iniciais:

Boa tarde/noite, leitoras!

Já aviso que o capítulo está com fortíssimas emoções, se preparem e boa leitura!

Capitulo 37 – Eu amo você

 

Sofia

 

 

Se aquele jantar não serviu de lição para a minha mãe, com certeza essa festa mirabolante de aniversário/comemoração de crisma tinha servido. Eu duvido que ela tentasse dar mais alguma festa ou jantar para a Júlia outra vez. Não do jeito que a Dona Marta era supersticiosa.

Obviamente, a Júlia não quis mais descer para a festa e minha mãe acabou enrolando e dispensando os convidados dela que, como ela mesma tinha convidado, nada mais justo do que se virar mesmo com eles.

Já a Júlia passou um tempão no quarto da minha mãe conversando não se sabe o quê – já que, dentro desse contexto não tinha muito o que ser dito, ao menos, não o que pudesse ser dito sem que houvesse uma Terceira Guerra Mundial – e depois de um tempo maior ainda, ela foi para casa. Pelo menos foi o que eu deduzi depois de acordar, na manhã de segunda-feira, e encontrar o bilhetinho que ela me deixou atrás do meu celular.  

Desde então, tenho evitado a minha mãe. Não que isso já não acontecesse antes, já que nós duas temos nos evitado há tanto tempo que não era mais uma novidade. É só porque agora eu tinha ganhado um motivo a mais para estar com raiva. A Júlia tinha escolhido a ela do que a mim e, por mais que eu entendesse, em partes, convenhamos que não era algo tão simples de engolir.

Meu pai tem dormido fora algumas noites, diz ele que é coisa de trabalho, mas eu sei que na verdade ele não suporta mais essa situação com a minha mãe. Provavelmente tem dormido em um hotel ou qualquer coisa do tipo. Não era justo, mas era melhor do que dormir no sofá – o que era menos justo ainda. Pelo menos aquela era a desculpa perfeita para não precisar ficar “fazendo sala” com a minha mãe. Sem meu pai em casa, não fazia o menor sentido eu ficar lá embaixo, de modo que tenho subido para o meu quarto assim que chego do trabalho.

Me arrumo rapidamente – short jeans, camiseta roxa de “The Haunting of Bly Manor” e All Star verde escuro – e desço para um breve café da manhã, já que estava com alguns minutos de atraso.

Abro a geladeira e fico instantes decidindo o que beberia. Estou entre a caixa de leite com morango e o suco de laranja quando uma camiseta à minha direita, em cima de um dos móveis que ficam embaixo da escada, rouba a minha atenção. Era uma camiseta social, não lembro de ver no meu pai, ou no João, mas aquilo me faz lembrar de alguma coisa, ou de alguém, só não sabia definir quem ou o quê. Ainda estou encarando a camiseta quando ouço a sua voz atrás de mim.

– Quem é? – Ela me encara, a uns cinco passos de distância.

– Bom dia pra você também, mãe. – Provoco, com metade do corpo ainda dentro da geladeira. – Quem é o quê? – Retruco enquanto encho um copo com suco de laranja, já na ilha da nossa cozinha.

– Ah, Sofia, nem venha me dizer que você não sabe. – Ela diz, arrogante, como sempre. – Você e a Júlia passam os dias grudadas, ainda mais ultimamente. – Ah, mamãe, você nem faz ideia do quanto andamos grudadas... – Ela me disse que você não está sabendo de nada, mas eu duvido muito.

– Eu não faço ideia do que você está falando. – E por incrível que pareça, eu nem estava sendo irônica dessa vez.

Eu e a Júlia ainda não tínhamos nos falado pessoalmente desde a festa, só por mensagem, e ela não quis entrar em detalhes. Disse que era melhor conversarmos quando nos encontrássemos para passar o fim de semana juntas, e eu concordei.

Ah, pois é, sabe aquela história de “continuar o aniversário dela da onde paramos”? Eu fui fraca demais para dizer não. Mas como ela estava meio pegada com o trabalho dela, essa “continuação” ficou para o próximo final de semana.  

– Quem é esse novo cara por quem a Júlia diz estar apaixonada? – Minha mãe pergunta, de repente.

– Novo cara? – Ai, Deus, o que você falou pra essa doida, Júlia? – Eu continuo não fazendo ideia do que você está falando. – E não fazia mesmo, não fazia ideia do que diabos a Júlia tinha dito para ela. – Mas... – Paro por alguns instantes quando sinto o meu coração começar a acelerar de puro nervosismo. – Talvez seja alguém muito melhor do que o Clóvis, que você considera ser o Sr. Perfeito. Alguém que vai fazê-la realmente feliz. – Digo, segurando firme o copo com o suco de laranja, para que ela não veja os meus dedos tremularem.

– Eu acho pouco provável. – Ela diz secamente, me atingindo com suas palavras duras.

Eu já sabia que ela não fazia ideia de que esse “alguém” na verdade era eu – ou então essa conversa já teria ido para outro patamar – mas, mesmo assim, doeu ouvi-la dizer aquilo, ainda mais por ter a certeza de que, mesmo que ela soubesse, aí é que minha mãe realmente diria que eu nunca estaria à altura do Clóvis, ou da Júlia, ou de tudo o que ela considera perfeito.

– Espera aí... – Ela diz depois de um tempo e o meu coração para por um segundo. Ai, merd*, será que eu tinha falado demais? – Você não ficou fazendo a cabeça da Júlia pra ela ficar com esse rapaz, ficou? – Ufa, ela ainda pensa que se trata de um “rapaz”.

Tive que me conter para não gargalhar naquela hora. De certa forma, acho que eu tinha feito um pouco a cabeça dela, oh, sim...

– Porque você não sabe nada da vida ainda, Sofia, é uma criança, mas a Júlia já deveria saber que a essa altura da vida dela, com a idade que ela tem, ela precisa de segurança mais do que qualquer outra coisa, e que o Clóvis com certeza daria isso pra ela.

Ai, Deus, me dê paciência para estar ouvindo uma coisa dessas em pleno século XXI, e ainda mais vindo da mulher que me colocou no mundo. O que eu fiz pra merecer isso, Deus?

Sinceramente...

– A Júlia não precisa de segurança, mãe, diferente de você, ela é uma mulher independente... Ela tem uma casa, uma moto, não se formou com trinta e muitos anos porque estava até então vivendo às custas do marido. – Disparo.

– Você me respeite, Sofia Maria! – Minha mãe esbraveja, que é a única coisa que ela sabe fazer. A verdade é que ela nunca me tratava de forma respeitável, por que eu deveria tratar? – E eu fiz aquela faculdade pensando em você... Meu Deus, você é uma filha tão ingrata... – Ela não perde a chance de fazer uma de suas cenas.

Lembrete: Nunca mais descer para tomar café a essa hora.

– Ei, o que está havendo aqui? – Meu pai entra na cozinha, preocupado.

– Pergunta para a sua filha. – Minha mãe responde como se tivesse oito anos e eu reviro os olhos.

Tenho vontade de mandar de volta um “pergunta para a sua mulher”, mas eu ainda estava preocupada com o estado de saúde do meu pai, e sabia que ele não podia se chatear ou se preocupar com qualquer bobagem.

– Nada pai, tá tudo bem. – Tento forçar um sorriso, mas é claro que aquilo não o convence. Meu pai me conhecia mais do que ninguém, se duvidar, mais do que eu mesma.

– Marta, será que você não pode dar uma trégua? Pelo amor de Deus, está cada vez mais difícil viver nessa casa... – Ele bufa.  

Ah, papai, o Senhor nem faz ideia.

 

xxx

 

– Quer dizer que eu sou o novo cara? – Não consigo mais deixar de tocar no assunto quando estamos passando as compras no autoatendimento do supermercado.

Nós tínhamos combinado de comprar de uma só vez tudo o que precisaríamos para passar o final de semana juntas, assim, não precisaríamos ficar saindo e perdendo tempo enquanto poderíamos estar, você sabe, aproveitando o nosso tempo.

– O quê? – A Júlia parece um pouco confusa, por um breve momento.

– Eu não quis te dizer antes, mas... Eu e minha mãe brigamos, de novo, não que isso seja novidade. – Vou emendando uma coisa na outra, com a intenção de fazer pouco caso. Não queria trazer à tona mais questões que pudessem deixar a Júlia ainda mais preocupada. – Ela disse que você contou que estava apaixonada por outro cara. – Explico. – Aí você deve imaginar o que veio depois disso... mas, relaxa, eu não falei nada, pelo menos, nada que coloque o seu segredo em risco, quero dizer, o nosso segrego... – Tento consertar aquilo depois de perceber que tinha soado um pouco rude demais.

– Eu disse pra ela que eu tinha me apaixonado por outra pessoa, não por um cara, mas ela logo foi interpretando as coisas do jeito dela e eu não soube exatamente como me sair da situação... – Ela confessa, se curvando um pouquinho.

– Mas é claro que ela nem pensou que não poderia ser um cara, né?

– Por que ela pensaria? Até por que eu sou... hétero. – Ela diz, confusa, e acabo rindo.

– Júlia, eu sinto em te desapontar, mas eu não sou um homem. – Provoco, de um jeito irônico.

– Jura? – Ela provoca de volta, fazendo uma careta que me dava vontade de agarrá-la aqui mesmo, no meio do supermercado. – Eu sei... – Ela continua. – O que eu quis dizer é que, até então, todo mundo que me conhece pensa que eu sou. Na verdade, eu também meio que achava. – Ela faz uma nova pausa. – Bem, eu me enganava... – Ela diz, por fim, ainda presa em pensamentos.

– Eu sei, eu entendi o que você quis dizer. – Repouso a mão por cima do ombro dela.

– Eu não acredito que vocês já estão brigando por minha causa sem eu nem ter dito que era você. – Diz enquanto carregamos as compras para o estacionamento.

– Ninguém precisa dizer nada pra eu e a minha mãe começarmos uma briga, Júlia, ela mesma já se encarrega disso.

Aquilo era a mais pura verdade. Sério, eu e minha mãe provavelmente já começamos a brigar de dentro do útero. Por isso ela costumava a dizer que eu chutava muito, enquanto que o meu irmão parecia apenas fazer “cócegas”.

– Eu queria tanto que vocês se dessem bem... – Ah, pois é, e eu já quis namorar a Taylor Swift, mas nunca aconteceu. – Fora o motivo óbvio... talvez fosse mais fácil assim. – Ela lamenta.

– Talvez em outra vida. – É tudo o que digo, enquanto guardo as sacolas com os ingredientes do bolo dentro da minha mochila, para que ela não veja.

Eu queria fazer uma surpresa, então tinha comprado quando ela estava na padaria, e prepararia quando ela fosse fazer um último trabalho, em home office.

– Eu acho que eu não cheguei a dizer, mas eu sinto muito pelo seu aniversário, Júlia. E pela porta aberta... – Eu sabia que a culpa não era minha.

Nada disso seria um problema se nós não tivéssemos que nos manter em segredo, mas, ao mesmo tempo, não é como se eu simplesmente pudesse dizer que não entendia porque ainda éramos um.

– Não, você tem razão, eu já devia ter dado um jeito nessa história, ter sido mais clara com o Clóvis desde o seu aniversário, talvez assim ele não tivesse ficado sabendo da pior forma possível... – Pelo menos ele chegou a tempo de não ver o que teríamos feito logo depois daquilo, o que seria mil vezes pior, mas não digo nada. – É que eu estava tão confusa, naquela época, eu achava tão errado, e eu nem pensei que...

– Que você não conseguiria resistir aos meus encantos? – Jogo o meu cabelo para trás enquanto pisco para ela de uma forma divertida.

– Eu não pensei que fosse possível, que eu teria coragem, e agora, olha onde estamos...

– Realmente nós fomos muito, muito longe. – Digo olhando ao redor do estacionamento do supermercado de bairro em que estávamos.

A Júlia sorri e eu também.

– O que eu quero dizer é que... nós não somos só uns amassos no banheiro do cinema, ou na sua casa ou na minha, quando não tem ninguém olhando. Seu irmão já sabe, o Clóvis também e... pelo menos agora a Marta sabe que estou gostando de alguém de verdade, como nunca foi antes. – Ela me olha, e reconheço o quanto aquilo era significativo para ela. Poderia não fazer tanta diferença para uma pessoa assumida como eu, é verdade, mas fazia para ela. – Isso eleva as coisas a outro nível, você não acha?

Eu aceno que sim com a cabeça e tento esconder o sorriso. Era engraçado vê-la se dando conta dessas coisas só agora. Às vezes, só às vezes, parecia que era ela quem tinha dezenove. Mas, talvez, se tratando de autoaceitação e entendimento da própria sexualidade, ela tinha até bem menos do que isso.

– Isso é sério, não é? – Ela se certifica comigo. – Quero dizer, nós duas...

– O que você acha? – Digo me aproximando, encostando, lentamente, a minha testa na dela, depois o nariz, até encostar os meus lábios nos seus.

Aquele não era exatamente o nosso primeiro beijo em um lugar público, mas, à luz do dia, talvez, sim, então, é quase como se fosse. Em outros tempos ela teria me recriminado, mas ela estava certa quando dizia que estávamos em outro nível agora.

– E nós nunca fomos só isso, Júlia. – Digo por fim, me referindo aos amassos em todos os lugares mencionados.

Ela sorri, talvez pelos milhares de significados embutidos naquela única frase.

 

xxx

 

– O que você está fazendo? – Pergunta quando sai do pequeno quartinho que fazia de escritório, depois de uma hora e meia, mais ou menos, e se depara com um grande caos na sua cozinha.

Tinha sujeira por toda a parte, mas, o que me confortava, é que o bolo já estava no forno e – se tudo desse certo – estaria pronto em menos de dez minutos.

– Eu acho que estou meio que te devendo um bolo de aniversário. – Sorrio, travessa.

Como tudo tinha acontecido antes do “parabéns”, a Júlia acabou sentindo sequer o cheiro do bolo de mais de oito camadas que minha mãe tinha mandado fazer para ela. Apesar da estética, era um bolo simples, de quatro leites, então, é claro que eu tinha pensado em algo muito melhor para ela.

– Bolo de Tequila Sunrise? – A Júlia pergunta, sorrindo, enquanto lia o título da receita que estava em cima da mesa.

E só por aquele sorriso, já tinha valido todo e qualquer tipo de grau de dificuldade que aquela receita tinha tido.

– Diz que eu não sou a melhor namorada que você poderia ter... – Provoco, com as mãos ainda sujas de manteiga e farinha.

– Tá, melhor namorada que eu poderia ter... – Sorri, entrando na minha brincadeira. – Agora deixa eu te ajudar a arrumar essa bagunça. – Diz enquanto carrega algumas tigelas para a pia.

 

– Faz de conta que o seu aniversário ainda não acabou e faz um pedido. – Peço, mirando o bolo à nossa frente, agora devidamente assado.

Ou assim eu esperava.

Havia colocado algumas velas aleatórias porque a Júlia achava muito deprimente colocar velas com a idade dela. Eu não achava nada deprimente, mas, não iria contrariá-la justo agora.

Ela fecha os olhos por um momento e parece se concentrar em algum pensamento quando sua testa enruga e ela enche as bochechas de ar para soprar as velas.

– O que você pediu? – Digo, fitando a pequena névoa de fumaça ao redor do bolo.

– Eu não posso contar, senão não se realiza.  

– Você acredita nessas superstições? – Pergunto, me divertindo. – Tá parecendo até a minha mãe, será a convivência? – Provoco.

– Eu não sou supersticiosa. – Ela devolve para mim. – Só acho que as pessoas devem dizer isso por alguma razão.

– Sei. – Digo, ainda pouco convencida.

– Falando em razão... – Ela se aproxima de mim, roçando o nariz pelo meu pescoço. – E levando em conta que eu já perdi a minha há muito tempo... – Ela sopra aquilo na minha boca um pouco antes de me dar um beijo, sugando os meus lábios e me lambendo conforme me trazia para si e me agarrava pelo cabelo, me querendo.

– Jules... Eu pensei que você quisesse comer o bolo... – Digo contra a sua boca, quase sem ar.

– Por que só comer o bolo se eu posso comer vocês dois? –  Ela diz arqueando uma sobrancelha e rapidamente uma onda de calor e frio se instala entre as minhas pernas por já imaginar o que ela estava querendo fazer.

Ela volta a me beijar e, em questão de instantes, estou sentada na bancada da sua cozinha enquanto ela arranca a minha blusa e eu facilito o seu trabalho, tirando o meu sutiã para ela. Os meus seios saltam para fora e ela os encara, fascinada, como se fosse a coisa mais bonita que já tivesse visto. Sorrio, minha respiração está pesada quando ela volta a sua atenção para o bolo por um momento, corta um pedacinho e pega com a própria mão, lambendo os dedos e me torturando com a cena.

– Deita aí. – Ela indica o espaço em madeira atrás de mim. – Quero te comer como se você fosse o meu lanchinho da tarde...

Porr*. 

            Obediente, faço o que ela me pediu porque, sinceramente, quem em sua sã consciência não faria?

            Ela coloca a pequena fatia de bolo em cima de um dos meus seios e me sinto ficar empoçada lá embaixo. Não sei por quanto mais tempo aguentaria aquilo.

Começa pela cobertura de chantilly, lambendo, depois mastiga um pouco de bolo que tinha ali e sinto seus dentes e sua língua ficando cada vez mais próximos da minha pele e vou enlouquecendo, me contorcendo em cima daquela maldita bancada até que ela dá uma mordida proposital no meu mamilo e eu deixo alguma coisa cair no chão. Mas ela não para até deixá-lo quase que completamente exposto, onde finaliza tudo sugando o pontinho duro e ereto com os resquícios da cobertura, como se fizesse parte do bolo e fosse uma cerejinha.

Deus, aquilo é provavelmente uma das coisas mais sexy e eróticas que já vivi.

– Tira o resto da sua roupa, Sofi. – Sussurra, e eu faço aquilo depressa enquanto ela apenas assiste, com um olhar faminto.

Observo-a pegar a colherzinha que estava mergulhada na tigela de calda que eu tinha deixado à parte, ao lado do bolo, e a minha bocet* lateja e o meu clit*ris pulsa, em expectativa. Minha ansiedade só aumenta quando vejo ela passar a colher lambuzada e cheia de calda pela minha virilha. Minhas pernas vibram, rolo os olhos quando sinto a sua língua na minha pele e acabo gem*ndo quando ela quase vai lá, mas para. 

– Me diz o que você quer que eu faça. – Ela levanta um pouco o rosto das minhas pernas, apenas para encarar os meus olhos.

– Me ch*pa, amor, por favor... Ch*pa a minha bocet*... – Imploro, manhosa, roçando as mãos nos próprios seios, precisando muito sentir alguma coisa.

Necessitada do seu toque em mim.

– Que putinha safada... – Ela diz aquilo e sinto que estou prestes a subir pelas paredes.

– Anda logo, merd*. – Reclamo, impaciente, e ela dá uma gargalhada antes de começar a me beijar lá embaixo.

– Oh... – Acabo gem*ndo alto quando ela suga o meu clit*ris com tudo.

Ela me come com tanta vontade que sinto que estou prestes a explodir, e que não demoraria nada para...

– Amor... – Digo um pouco antes de sentir minha barriga contrair, e um calor e tremor crescente, vindos das coxas, subir pelo meu corpo inteiro.

Agarro os seus cabelos loiros com força e fico fora do ar por alguns segundos, até voltar para ela.

– Estava gostoso? – Provoco, erguendo e apoiando o corpo pelos cotovelos.

Ainda respiro com certa dificuldade enquanto permaneço vidrada na sua boca toda lambuzada de calda e do meu próprio gozo.

Porr*, que delícia.

– Quer provar? – Ela pergunta, se dando conta daquilo, e eu disparo na direção dos seus lábios, me agarrando a ela e limpando todo e qualquer resquício que tinha ficado ali. E simplesmente é bom demais. – Esse com certeza foi o melhor bolo de aniversário que eu já comi. – Ela sussurra contra a minha boca, sorrindo. – Obrigada.

– Disponha. – Sorrio de volta para ela. – Vou estar sempre aqui para te dar o bolo e tudo mais que você precisar... – Digo, em tom provocativo. – Falando nisso... Você comprou? – Pergunto, sabendo que não precisava de muito para que ela entendesse exatamente o que eu queria saber.

– Comprei, mas... – Ela hesita, temerosa. – Eu não sei se deveríamos fazer isso, Sofi... – Ela olha para baixo, com um pouco de receio.

– Desculpa, querida, mas isso diz respeito a mim, ao meu corpo... Eu quem decido sobre isso e... adivinha só? Eu já me decidi. – Sorrio para ela. – A não ser que você não me queira. – Faço um beicinho, bastante convincente.  

– É claro que eu te quero, amor. – Ela declara, e aquilo já é o suficiente para mim.

– Então me mostra. – Provoco, com um sorriso sacana.

– Tá lá em cima. – Ela sorri e eu visto a calcinha e minha blusa, sem sutiã, apenas para não andar pela sua casa completamente nua.

Apesar de parecer que estávamos em uma bolha, precisava me lembrar de que ela ainda tinha vizinhos.

A gente sobe as escadas às pressas e, chegando em seu quarto, ela abre aquela mesma gaveta onde guarda os seus outros brinquedinhos. Só que, dessa vez, pega um que não estava ali no último final de semana.

Era um vibrador longo, rosa cereja, quase da cor de um dos meus esmaltes, só que sem ser em tom pastel. Assim como o Strap que havia trazido na semana passada, esse aqui também era minimalista, mas não possuía nenhuma cinta.

Eu não tinha total experiência com vibradores, mas, observando suas pontas perpendiculares uma à outra, deduzo rapidamente que uma iria dentro dela, e a outra dentro de mim, conforme nós...

Sinto minha bocet* pulsar só de imaginar.

– Nós podemos usá-lo ao mesmo tempo... – Ela diz, acompanhando o meu olhar, confirmando os meus pensamentos. – E isso aqui vai te ajudar a goz*r. – Ela sorri, indicando uma parte cheia de nervuras que possivelmente pressionaria o clit*ris. – Eu não sabia exatamente no que você estava pensando, mas... – Ela começa, ao notar o meu silêncio.

– Isso aqui é perfeito. – Sorrio para ela, confiante.

– Tem certeza de que quer fazer isso? – Ela olhos nos meus olhos, em busca de qualquer vestígio de hesitação. – Eu já disse que por mim não tem a menor importância, que já sou feliz com o temos... Muito, muito feliz.

– Tenho. – Confirmo, sem deixar dúvidas. – E eu quero fazer isso por mim. – Garanto a ela.

Também queria fazer aquilo por nós duas, pelo nosso amor, para que ela soubesse que não tem mais volta, mas a deixo apenas com a primeira parte.

Elas nos leva para a sua cama e me guia pela mão até estarmos sentadas, uma de frente para a outra. O meu coração está martelando alto, mas sigo firme. Tiro a minha blusa, e ela faz o mesmo com a dela. Ajudo-a com a calça que estava usando e seguimos assim até estarmos completamente nuas. Vejo ela pegar o vibrador e os meus batimentos voltam a ficar acelerados quando ela pressiona um botão até encontrar uma velocidade lenta e estável.

Ela desliza-o entre o interior das minhas coxas, me provocando, e eu me agarro a ela, me desfazendo em expectativa, anseio e excitação.

– Ah, Sofi, confesso que fiquei imaginando você me comendo com isso a semana inteira... – Ela sussurra contra meu ouvido e a gente gem* quase que ao mesmo tempo. – E eu te comendo, também...  – Ela confessa, e não consigo conter o sorriso.

É o que eu mais quero.

            Então me puxa sobre si ao se recostar nas almofadas de sua cama em uma posição confortável. Me encaixo nela e passo a rebol*r, nos esfregando uma na outra. Ela move o brinquedo entre nós duas, e eu escorrego por suas coxas, para lhe dar um pouco mais de espaço; é quando vejo ela encaixar uma das pontas em si mesma.

Ele vibra, e meus olhos caem sobre os dela a procura de qualquer coisa que não seja prazer, mas não encontro nada. Ela gem*, manhosa, e meu coração salta uma batida, em expectativa. Gira o brinquedo um pouco, movendo a parte com nervuras sobre o clit*ris até sua respiração ficar pesada e profunda.

– Vai só assistir? – Ela provoca, erguendo a sobrancelha, com um sorrisinho.

Ah, Deus, ela é tão linda.

Me inclino para baixo, ch*pando os seus mamilos do jeitinho que ela amava, até descer com a língua pela sua barriga e levar a boca ao brinquedo, colocando-o até o fundo da garganta, da mesma forma que ela havia feito no Strap-On que usei no último sábado.

Tá certo que eu quem dei a ideia do que estávamos prestes a fazer; e que era algo que eu queria resolver há algum tempo, mas gostaria que ela sentisse prazer com a coisa toda, também.

Queria que ela tivesse algo para olhar.

– Porr*... Sofi... – Ela se contorce, se deliciando com a cena e com as sensações que o vibrador possivelmente já estava lhe proporcionando. – Vem cá, amor. – Ela pede, necessitada.

Hesito um ou dois segundos, mas eu não ia voltar atrás, não agora. Ergo a perna, monto-a e me abaixo lá, sentindo a ponta do brinquedo se afundar.

Tensiono e dou um gritinho de dor na mesma hora.

– Não é grande demais, é? – Ela me olha, um pouquinho preocupada. – Eu me certifiquei com as medidas, para que não fosse demais pra você. – Ela me confidencia.

– Não, eu... acho que estou bem. – Digo. Não tinha certeza, mas estava na torcida para que parasse de doer em algum momento.

Movo os meus quadris em círculo, roço o vibrador no meu clit*ris e aquilo me deixa quente de novo, então... eu afundo, apenas um centímetro no começo, e depois paro. Deslizo-o para fora e para dentro mais uma vez, sentindo a parte arredondada e saliente me esticar; dói, mas decido afundar mais. A dor é desconfortável, mas parecia administrável até o momento.

Tento relaxar, mas eu não conseguia parar de pensar, enquanto olhava lá para baixo.

Droga, será que essa coisa podia entrar lá dentro e não sair mais? Imagina que humilhação... E o sangue? Será que já era para eu estar começando a sangrar agora ou...

– Amor, olha pra mim. – Levanto a cabeça, encontrando seus olhos azuis, e me sinto em paz, por um momento. – Confia em mim, tá? Eu... eu te amo. – Ela diz, de repente, e fico zonza com suas palavras.

O quê? Ela acabou mesmo de dizer que...

– Você... – Tento começar, ainda estonteada. – Você disse que... – Me esforço a processar aquilo, enquanto tento impedir que lágrimas rolem abaixo.

– Que eu amo você. – Diz olhando nos meus olhos e o mundo parece tão perfeito agora, como nunca foi antes.

Há quanto tempo eu não ouvia aquilo? Ela com certeza já tinha me dito tantas vezes antes, e eu também – e os mais de cinquenta bilhetinhos e cartões que eu já dei a ela, em todas as datas comemorativas possíveis, não me deixavam mentir – mas eu nem conseguia me lembrar de quando tinha sido a última vez, a gente só simplesmente parou de dizer.

O tempo foi passando e não cabia mais na nossa relação estranha, indefinida, mas cabia agora e para essa nova versão de nós duas – só nossa – que tínhamos construído juntas, aos longos dos últimos meses.

– Eu também te amo, Jules. – Digo, finalmente deixando algumas lágrimas caírem.

E eu não pensei que sentisse tanta falta de dizer e ouvir aquilo, até hoje.

– Relaxa... – Ela diz, com os olhos igualmente marejados. – Você tá muito tensa... – Ela sopra no meu ouvido, com doçura, e depois volta a encarar os meus olhos; castanho, no azul. – Eu tô aqui com você. – Segura as minhas duas mãos por cima de suas coxas.

Passa a pontinha do nariz pelo meu pescoço, apenas acariciando, me sentindo. Ambas estamos em silêncio e vamos bem devagar, conforme deslizo para fora e depois de volta, cada vez mais fundo, até estar completamente sentada nela.

Me inclino, bastante esticada, um pouco dolorida e totalmente preenchida. Eu a beijo, colocando os braços envolta do seu pescoço e começo a me mover, me esfregando nela, roçando, provocando...

– Me fode, amor... – Ela sussurra contra a minha boca, e vou me sentindo ficar cada vez mais e mais molhada. – Pode montar em mim. – Ela diz, com os olhos vidrados, e consigo perceber o quanto está excitada também. – É o que você quer, não é? – Provoca.

Roço nela, enquanto escuto e sinto a vibração nos satisfazer, e vou ficando bastante excitada, pouco a pouco, não conseguindo mais me atentar a dor, apenas em como é gostoso. Continuo deslizando, me movendo dentro e fora com muito mais facilidade agora que estou bem mais molhada e relaxada. Não me sinto mal, apenas bastante esticada, o que não é de todo o ruim.

 Sorrio para ela, me movendo lentamente, com certa cadência. Jogo o cabelo para trás enquanto cavalgo, quase como se estivesse performando para ela, dando algo bonito para ver.

– Linda... – Sussurra, e eu apenas amo a forma como seus olhos estão no meu corpo agora, conforme me movimento nela.

Vou um pouco mais rápido, me sentindo muito mais confiante agora, enquanto a grossura, a ponta do brinquedo me atingindo profundamente e o motorzinhho batendo no nosso clit*ris fazem uma combinação perfeita de algo que nunca senti em toda a minha existência.

– Oh... Jules... – Começo a perceber a coisa toda ficando cada vez mais intensa enquanto vou ficando cada vez mais quente e não me controlo, gemo alto.

– Merda... – Ela xinga, jogando a cabeça para trás enquanto se move embaixo de mim e me observa, extasiada, possivelmente sentindo a mesma coisa que eu agora, já que tudo o que eu fazia acabava refletindo nela.

E é tão, tão gostoso.

– Gostosa pra cacete... – Ela lambe minha boca, e acaba soltando um gemido. – Mais forte, amor... porr*... é tão bom... – Pede, manhosa, parecendo que estava quase lá, também.

Obedecendo, mudo um pouquinho de posição, apenas o suficiente para conseguir quicar sobre ela. Nós começamos a gem*r alto, com bem mais constância agora, o quarto inteiro preenchido com o nosso amor, e quase não posso mais dizer a diferença entre os gemidos dela e os meus enquanto fazemos provavelmente a melhor coisa que já fiz na porr* da minha vida.

Ela aperta meus quadris, tentando ditar um pouco o nosso ritmo enquanto agarro um dos seus seios. É tudo muito rápido, mas acho que ela goz* alguns segundos antes, conforme vou desfalecendo instantes depois assim que sinto a ponta do brinquedo me atingindo em algum ponto que me leva ao meu limite, nossos corpos em um ritmo descontrolado até o orgasmo começar a nos abandonar e eu cair em cima dela, exausta.

Ela distribui beijos pelo meu rosto, o vibrador ainda zumbindo entre nós duas. Saio de cima dela, me retirando do brinquedo, e me encolho um pouco com a dor que tinha esquecido de sentir há meio minuto atrás. Ela faz o mesmo com a ponta que estava dentro dela e goteja um pouco de sangue quando ela o levanta, pingando na pontinha do seu lençol branco.

Sinto minhas bochechas esquentarem de vergonha, mas também de excitação e felicidade, por ter acabado de fazer aquilo com ela, como sempre sonhei.

– Me desculpa pelo seu lençol. – Peço, ainda ruborizada.

– Quê? Acho que eu vou querer guardar isso do jeito que está, como lembrança. – Ela sorri, apaixonada, perdida em pensamentos.

– Você ainda me ama? – Pergunto, me certificando. Queria ouvir de novo. Queria ter a certeza de que não estava delirando, quando me disse antes.

Ela dá uma risada, e depois volta a me olhar com ternura.

– Sim, Sofi, eu ainda amo você. – Ela acaricia o meu rosto com a pontinha dos dedos. – Para sempre.

 

xxx

 

– Sabe, você é a cara da... – Começo a dizer, ainda com um pouco de sono, conforme nós duas nos encaramos, lada a lado na cama.

Nós já trans*mos e dormimos de novo pelo menos umas três vezes. Aquilo era bom demais, e não sei como fiquei tanto tempo sem saber como era. Mas eu não me arrependo de ter esperado, porque tinha que ser com ela, e tudo o que posso dizer é que valeu totalmente a espera.

– Ah, não... Não ouse dizer esse nome aqui na minha cama! – Ela diz, falsamente irritada, e eu começo a rir.

– Você nem sabe o que eu ia dizer. – Digo tendo a certeza de que ela achou que eu diria que se parece com a Xuxa (quando tinha mais ou menos a sua idade) só para provocar. – Eu ia dizer que você é a cara da Ingrid Andress. É uma cantora de música Country... e uma das minhas preferidas, depois da Taylor, é claro. – Sorrio para ela.

– Espera, não foi ela quem deu um vexame cantando o hino nacional americano, por estar bêbada?

– Foi... Por que? Algo contra quem bebe tequila? – Brinco com ela, e a gente sorri. – E ela canta bem pra caramba quando não está bêbada, tá? – Falo, fingindo ressentimento.

– Bem, pelo menos essa não canta músicas infantis, acho que já tô no lucro. – Ela, fala, me provocando, e a gente fica se olhando por mais um tempo sem dizer uma única palavra, até que...

– Você lembra daquele seu sonho de me ver cantando pra você de novo? – Ela pergunta, de repente.

Eu sempre quis que ela cantasse para mim. Sei que ela fazia isso quando eu era criança, mas, desde então, ela nunca mais tinha feito – mesmo comigo sempre insistindo – até o dia do nosso primeiro beijo, onde ela cantou “What Did I Do?” para mim. 

– No início era sonho, mas depois virou fantasia... – Confesso.

– O que acha de realizá-lo? – Me pergunta, se sentando na cama.

– Você vai cantar Lua de Cristal? Vou de Táxi ou...? – Me levanto com empolgação, me ajoelhando na cama.

– Não. – Ela revira os olhos e depois sorri. –  Mas eu acho que você vai gostar. E, pra ser sincera, já faz algum tempo que venho querendo cantar ela pra você. –  A Júlia diz, enquanto pega o violão preto que deixava do lado da cama, aquele que eu sempre pedia para que ela tocasse e que ela sempre achava uma desculpa para não fazer.

Então, do jeito que eu sempre sonhei, fantasiei e divaguei na minha mente insana, ela simplesmente começou a dedilhar pelas cordas do violão e a cantar com uma voz de fada.

Na verdade, era muito melhor do que tudo o que eu tinha pensado, porque aquilo não era sonho, ou imaginação, era real:

 

I think we could do it if we tried

(Acho que conseguiríamos se tentássemos)

If only to say, you're mine

(Ao menos para poder dizer que você é minha)

Sofia, know that you and I

(Sofia, saiba que você e eu)

Shouldn't feel like a crime

(Não deveríamos sentir como se fôssemos um crime)

 

You know I'll do anything you ask me to

(Você sabe que eu farei qualquer coisa que você me pedir)

But, oh my God I think I'm in love with you

(Mas, ai meu Deus, eu acho que estou apaixonada por você)

 

Standing here alone now

(Paradas sozinhas aqui agora)

Think that we can drive around

(Acho que podemos dirigir por aí)

I just want to say

(Eu apenas quero dizer)

How I love you with your hair down

(Como amo você com seu cabelo solto)

Baby, you don't gotta fight

(Amor, você não tem que lutar)

I'll be here till the end of time

(Eu estarei aqui até o fim dos tempos)

Wishing that you were mine

(Desejando que você fosse minha)

Pull you in, it's alright

(Te trago para perto, está tudo bem)

 

Honey, I don't want it to fade

(Meu bem, eu não quero que isso desapareça)

There's things that I know could get in the way

(Há coisas que eu sei que podem ficar em nosso caminho)

But I don't want to say goodbye

(Mas eu não quero dizer adeus)

And I think that we could do it if we tried

(E eu acho que conseguiríamos se tentássemos)

 

Penso na letra da música... nas coisas que poderiam ficar no nosso caminho e que, na verdade, não era bem uma coisa e sim uma pessoa, e que ela até tinha um nome.

– Júlia, o que vamos fazer com a minha mãe? – Faço aquela pergunta que sempre pairava entre nós duas, a todo o momento, mas que, pela primeira vez, estava sendo externalizada em voz alta.   

– Eu ainda não sei. – Ela me admite, colocando o violão de volta no lugar.

– Droga, eu pensei que você ia dizer pra providenciarmos a água benta e o crucifixo. – Declaro, debochada.

– Sofia... – Ela tenta me repreender, mas não contém o riso. – Olha, eu ainda não sei, mas... eu tenho certeza de que nós vamos saber, na hora certa. – Ela beija a minha testa e eu volto a me sentir exausta, por tudo o que fizemos, e por todas as vezes que goz*mos juntas.

– O que você pediu? – Olho para ela. – Quando soprou a vela...? – Pergunto de novo, sonolenta.

– Para que você seja a que menos se machuque, de nós três. – Ela me confidencia, e me aninho mais em torno dela, apoiando minha cabeça em seu ombro.

“Na hora certa”

Fecho os olhos, enquanto deixo aquela frase ecoar em minha mente.

 

 

Foi como acordar em meio a uma tempestade: ouço aquele som estrondoso, como o de um trovão, um chacoalhar de vozes como o arrastar de coisas em uma ventania. Até que sinto um puxão no meu braço que me desperta bruscamente e completamente, para a realidade.

A minha mãe parece enfurecida, como se todas as suas veias fossem explodir e saltar para fora, sem falar que, sua pele parece tão azul, que me faz questionar se ainda está respirando.

Ela me arranca para fora da cama tão rapidamente que só dá tempo de eu me enrolar no lençol que me cobria; me coloca do lado de fora do quatro e tranca ela e a Júlia do lado de dentro.

Ela já sabe.

Puta que pariu.

Fim do capítulo

Notas finais:

Boa tarde/noite, Sojuers do meu coração!

Capítulo com FORTÍSSIMAS emoções, hein? 

Alguém vivo por aqui???

Maaas, vamos por partes: O que acharam do capítulo, como um todo?

Plantei uma semente ali na primeira parte do capítulo, quem percebeu? 

O que acharam dos primeiros diálogos entre a Sofia e a Júlia? E sobre a reação da Sofia em relação aos acontecimentos dos últimos dois capítulos?

 E sobre os hots e como tudo aconteceu, gostaram??

E o primeiro "eu te amo" do casal #Soju, o que acharam?

E agora, a parte que deve ser a razão do surto coletivo de quem sobreviveu até aqui: O FINAL DO CAPÍTULO. Esperavam que seria assim? 

Teorias? Suposições do que vem por aí? Alguém tem??

Próximo capítulo promete muito, hein? Provavelmente um dos capítulos mais aguardados! Então fiquem comigo mais do que nunca, nessa reta final!

E não esqueçam de favoritar a história!

E de me favoritar como autora!

E de comentar! 

Como vocês já sabem, leio todos os comentários e fico extremamente feliz com cada um deles, com todas as teorias e por todo o carinho. Além de ser, de fato, o melhor termômetro para me ajudar a saber como a história está chegando para vocês!

Mais uma vez, obrigada por estarem comigo durante todo esse tempo! De verdade mesmo!

E obrigada pelas leitoras que estão chegando agora!

Obrigada pelos comentários, pelo engajamento, pelo carinho e por tudo!

Então é isso, até o capítulo 38 (O CAPÍTULO QUE PROMETE!)


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Comentários para 39 - Capitulo 37 – Eu amo você:
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Em: 29/09/2024

A Júlia foi perfeita!

Mas esse final...PQP!!!!

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Em: 29/09/2024

A Júlia foi perfeita!

Mas esse final...PQP!!!!

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Zanja45
Zanja45

Em: 23/09/2024

Plantei uma semente ali na primeira parte do capítulo, quem percebeu? 

RESP.: Na primeira leitura eu nem me toque que era uma

"Semente, mas estranhei o fato daquela camisa estar ali, foi esquisito não ser de Sr. Olavo, nem de João Pedro. A mente de Sofia ficou procurando alguém próximo a ela que usasse, mas a associação não foi finalizada.

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Zanja45
Zanja45

Em: 23/09/2024

Maaas, vamos por partes: O que acharam do capítulo, como um todo?

RESP.: Maravilhoso. Cheios de surpresas. A começar pela camisa meio que não identificada encontrada pela Sofia, mas ela já tinha visto em alguém, só não recordava em quem. Depois aquelas cenas exuberantes que Sofia e Júlia nos presentearam. Foi magnífico, todas aquelas cenas de sedução, com dosagens de ternura e muita luxúria. E também, em meio a tudo isso, as declarações de amor por parte da duas e a perda da virgindade de Sofia, foi realmente abrilhantada pela cumplicidade e amor delas, para que o ato beirasse a perfeição. E por fim, como sempre tem umas surpresinhas, a chegada de Marta, surpreendendo Júlia e Sofia, nuas na cama foi o divisor de águas, porque não deu pra ficar claro se tudo aquilo povoou os sonhos de Sofi,ou de fato Marta deu flagrante nas duas.

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Zanja45
Zanja45

Em: 23/09/2024

Alguém vivo por aqui???

RESP.: kkkk! Eu estou vivinha da Silva! E depois daquele flagra, não sei se realmente foi sonho ou realidade. Mas, como tudo na sua trama acontece de uma forma que não conseguimos distinguir uma coisa da outra.  ( Pois, se aproxima muito do real).É bem capaz de ser um sonho que a Sofia está tendo( Não duvido dessa possibilidade). Um

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Zanja45
Zanja45

Em: 23/09/2024

Bom dia, querida Alina!

 E bota emoções fortes nisso. Do início ao fim pegou fogo.

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Mmila
Mmila

Em: 23/09/2024

Uauuuu!!!

E lá vem mais emoções fortes. 
#SOJU.

 

 

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Brescia
Brescia

Em: 22/09/2024

.      Boa noite autora 

Espero que seja um sonho da Sophia, não seria justo ser colocada para fora do quarto, já que elas são um casal . A Júlia não deixaria a porta de casa aberta ou a Marta tem a chave? 

Estou meio perdida aqui nas minhas suposições, rs.

Muito bom, casal nota mil...

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edjane04
edjane04

Em: 22/09/2024

Caraleowwwwwwwwww

FUDEU FUDEU FUDEU

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NovaAqui
NovaAqui

Em: 22/09/2024

Teremos emoções 

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