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  • capitulo seis: caminhando para o desconhecido

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o nosso recomeco (EM REVISAO) por nath.rodriguess

Ver comentários: 3

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Palavras: 1867
Acessos: 2294   |  Postado em: 10/09/2024

capitulo seis: caminhando para o desconhecido

No dia seguinte, chego cedo à empresa para que ninguém perceba que estou levando as inúmeras caixas de arquivos para a sala de Maria Fernanda. Quando finalmente termino de deixá-los lá, olho ao redor e percebo como nunca reparei, de fato, naquele espaço. 

A mesa está impecavelmente organizada — tão ela. Meus olhos passeiam pelo ambiente e se deparam com diversos quadros. Um deles fala sobre empoderamento feminino. Bem a cara dela. Qualquer dia toco no assunto, queria saber o que pensa sobre isso. Na parede ao lado, vejo seu diploma de Bacharel em Direito, pendurado com orgulho. Ela se formou na FND, da UFRJ. Uau. Inteligentíssima, a minha ruiva. 

Volto a olhar para a mesa e noto um porta-retrato. O pego com cuidado e vejo uma foto: um homem e uma mulher beijando Maria Fernanda no rosto, provavelmente no dia da sua formatura. Imagino que sejam seus pais. 

A porta se abre e eu levo um susto, mas respiro aliviada ao ver seu rosto. 

— Que susto, Maria Fernanda. Achei que fosse o Roberto. 

— Dando bobeira assim, Doutora? Sabe que ele entra sem avisar — diz ela, num tom levemente repreensivo. — O que faz aqui? 

— Vim deixar as caixas na sua sala, mas já estava de saída. 

Ela observa o porta-retrato em minhas mãos e me encara, confusa. 

— São seus pais? — pergunto. 

— Sim. Dona Débora e seu Mauro. Meus tesouros nessa vida. São minha inspiração pra não desistir. É por isso que deixo essa foto aqui, bem visível na mesa — ela suspira, desviando o olhar, e algo na sua expressão muda. Uma tristeza discreta, como se algo dentro dela a magoasse. 

— Ei... por que você ficou assim, de repente? 

— Queria dar orgulho a eles. Dizer que finalmente sou advogada. Mas não consigo. 

— Você lembra do que eu te falei ontem? Não deixa uma prova idiota acabar com o seu sonho. Tente de novo, quantas vezes for necessário. Mas tente — devolvo o porta-retrato à mesa e seguro suas mãos com firmeza. — Eu já falei e vou repetir: se você precisar de ajuda pra estudar, eu tô com você nesse processo. 

Ela olha para nossas mãos unidas e, em seguida, para os meus olhos. Passa suavemente a ponta dos dedos sobre os meus, e eu me permito sentir aquele toque. Era uma sensação boa, leve. O flerte entre nós me deixava completamente à vontade. Meus olhos estavam presos nos dela, e a minha mente... longe. Eu estava hipnotizada por aquela mulher à minha frente. 

Somos interrompidas pelo barulho da porta se abrindo. Soltamos as mãos rapidamente. Tentamos disfarçar, mas tenho certeza de que, assim que o Roberto entrou na sala, percebeu algo. E, como de costume, começou com suas babaquices. 

 

— A conversa parece estar boa, pelo visto. Maria Fernanda, você falhou em entender a importância da tarefa que lhe designei. A menos, é claro, que já tenha terminado. Será que vou precisar reunir todos os associados porque a assistente jurídica estava ocupada demais conversando e não conseguiu concluir? — ele diz, com aquele tom venenoso que só ele sabe usar. 

— Na verdade, a tarefa já foi finalizada. Eu estava prestes a lhe enviar por e-mail — ela responde com firmeza, sem desviar o olhar. 

— E a senhorita? — agora se dirige a mim, com aquele ar de superioridade. — O que faz aqui? 

— Estava pedindo à Maria Fernanda que me ajudasse numa tentativa de conciliação de uma ação de divórcio que vou conduzir à tarde — respondo rápido, afiada. 

— Doutora Anna, nossa assistente jurídica não é de uso exclusivo seu. Ela tem diversos associados para auxiliar. Acredito, inclusive, que já tenha feito bastante por você... até coisas pelas quais não foi solicitada. 

Engulo seco aquela resposta. Dou um sorriso irônico na direção dele. 

— Bom, Maria Fernanda, desculpe por tomar seu tempo. Já estou de saída. Com licença. 

Saio da sala, deixando os dois a sós. Caminho direto para minha mesa e coloco os fones de ouvido. Realmente, ouvir Slipknot estava no topo da minha lista de “coisas a fazer quando se está com raiva”. 

Aproveito para checar minhas redes sociais. E lá estava, de novo: mais uma solicitação de contato da Beatriz no Instagram. 

 

Beatriz 
— Vai mesmo me ignorar? Tô com saudade. Fala comigo, por favor... preciso te ver. 

Anna Florence 
— O que você quer, Beatriz? Eu já te dei o que você queria. 

Beatriz 
— Uma conversa... pode ser? 

Anna Florence 
— Eu não tenho o que conversar, Beatriz. Não posso me envolver assim com a esposa de um cliente. Eticamente, não é correto. Moralmente, menos ainda. 

Beatriz 
— Não consigo esquecer o seu beijo. Nem o teu cheiro. 

Bastou isso, meus amigos. Só isso. 
O coração errou o compasso e, de repente, a ideia de vê-la já não parecia tão absurda assim. 
Não respondo. Mas ela continua: 

Beatriz 
— Estou hospedada no Fairmont, em Copacabana. Não moro no Rio, moro em Petrópolis. Tô aqui só de passagem. Se quiser me ver, hoje é meu último dia aqui. Amanhã à tarde subo a serra. Quarto 706. 

Aceito a solicitação dela e coloco a conversa no modo temporário. 
Não sou louca de deixar essas mensagens expostas — vai que o marido resolve fuçar o celular. 

Anna Florence 
— Beatriz, o Kevin é cliente da minha firma. O que ele vai pensar se me vir entrando num quarto de hotel com você? Eu tô fora de confusão. 

Beatriz 
— Ele não tá na cidade... 
Anna, eu vou ficar te esperando. Mesmo que você diga que não vai vir, estarei aqui. 

Visualizo a mensagem e não respondo. Mas fiquei, sim, absolutamente tentada. Tentada a ir até aquele hotel. A encarar a mulher que fodeu minha vida anos atrás — e que ainda tem um poder absurdo sobre mim. Poder esse que me tira toda a capacidade de pensar com clareza. 

 

Tento me concentrar no trabalho. Ironia do destino: eu realmente tinha uma conciliação de divórcio pra conduzir. Minha cliente estava se separando do marido com quem foi casada por vinte anos. Na entrevista, confessou que o traiu — e que não se arrependia. 
 

Sorrio. Quem me dera. 
Quem me dera que Beatriz me amasse de verdade. Que estivesse disposta a se divorciar daquele cara. Mas a verdade? Eu nem sei quem ela é de verdade. Suspiro e volto a focar no processo. 

O resto do dia passa sem grandes turbulências. A conciliação foi tranquila, graças a Deus — sem barracos. Os dois só queriam se separar. Ponto. Tão simples que nem ia precisar entrar com ação judicial, faríamos tudo extrajudicialmente.  

Pausa pro café. Encontro Ralf na copa interna. 

— Anna, viu o memorando no seu e-mail? — pergunta ele. 

— Não. O que aconteceu? 

— O escritório vai comemorar trinta anos de existência. A festa é mês que vem. O memorando veio direto do Dr. Proetti. Tá todo mundo comentando, como você não viu? 

— Tava ocupada o dia inteiro — dou de ombros. 

— Sua workaholic! Hahahaha! 

— Vai ser onde? 

— Copacabana Palace. 

— Ah, ótimo. Já vi que vou ter que gastar uma fortuna com roupa. Não tenho nem orçamento pra isso. 

— Nem eu, querida. Mas vou dar uma olhada em smokings. Você pode me ajudar? Tem bom gosto. 

— Do que estão falando? — pergunta Maria Fernanda, entrando na copa e pegando o final da conversa. 

— Do quanto a Anna tem bom gosto — responde Ralf, sem perder tempo. 

— É mesmo? — ela me olha com um sorriso, como quem espera que eu diga algo. 

— Pra roupas — respondo, meio rindo. — Viu o memorando? 

— Vi. Tenho a opção de não ir? — ela revira os olhos. 

— Acho que não. Mas os coquetéis da empresa sempre são bons. Essa festa não deve ser diferente. 

— Maria Fernanda, já tem companhia? — pergunta Ralf, com aquele ar de quem tá jogando charme. 

Como é que é?! 
Olho pra ele e o fuzilo com o olhar. Quem ele pensa que é pra flertar com ela... assim? Na minha frente? 

— Ainda não — responde ela. — Tenho trabalhado tanto que tô desanimada pra festa de trabalho. Passo oito horas por dia aqui, às vezes mais. Queria, sinceramente, só respirar um pouco. — Ela suspira. 

Ela responde pra ele, mas é como se estivesse falando comigo. Eu, finalmente, respiro aliviada. Ela não flertou de volta. Ponto pro time Florence. 

Eles continuam conversando amenidades e eu relaxo. Mas lá dentro, tudo segue confuso. Eu não sei definir o que sinto por Maria Fernanda. Ciúmes? Desejo? Vontade de beijá-la? De protegê-la? Sempre que ela se aproxima e eu sinto aquele perfume suave, fico embriagada. Literalmente. 

Nunca cheguei a perguntar sobre sua sexualidade, mas... honestamente, tava estampado. Ela era lésbica. Se fosse bi ou hétero, ia ser uma decepção: tão linda... perdendo tempo com pau. 

Dou uma gargalhada do meu pensamento, espontânea. Ambos me encaram, claramente sem entender nada. 

— Passou uma coisa muito engraçada pela minha cabeça, desculpem — digo, ainda rindo — Vou voltar ao trabalho. Beijos pra vocês. 

Me despeço deles e volto para o meu trabalho. Ainda tenho mais uma reunião com um cliente novo que me procurou para entrar com uma ação de reintegração de posse. Que chatice, meu Deus. E o pior? Os clientes da área cível gostam de mim, mesmo eu não gostando nem um pouco de atender às demandas deles. Eu faço Direito por paixão, mas amor mesmo, só na área criminal. Li essa semana que a Doutora Deolane foi presa. Seria meu sonho tirá-la da cadeia? Hahaha. 

Bato finalmente meu ponto e vou em direção ao meu carro. Antes de dar partida, olho mais uma vez o celular. Beatriz não havia mandado mais nada, mas meu coração ainda estava pedindo por ela. Pela Beatriz, eu sei o que sinto. Eu sinto amor. Aquele amor que faz seu coração aquecer só de ver a pessoa, que te faz sorrir só por ela existir, que te faz querer fazer planos, ter uma vida juntos, ser feliz. Eu imaginava essa felicidade ao lado dela, mas não conseguia imaginar isso sendo possível. 

Chego em casa e vou direto para o chuveiro. As lembranças do passado começam a me torturar de novo. Volto no tempo, revivo aquele fatídico dia. As lágrimas surgem sem que eu consiga evitar. Tento afastá-las, mas não dá. Céus, eu preciso urgentemente de terapia. Como é que uma mulher adulta ainda não superou algo que aconteceu na adolescência? Eu, advogada, dona da minha casa, do meu carro, com emprego fixo e uma carreira em ascensão... bastava ela aparecer para me desmontar inteira. Só ela conseguia me atingir daquele jeito. No meio da raiva, da mágoa, ainda existia amor. E um emaranhado de sentimentos confusos que eu nem sabia como nomear. 

Desligo o chuveiro, vou até o guarda-roupa e visto um macacão longo preto. Coloco um tênis branco, porque salto... Deus me livre. Faço uma maquiagem leve, só pra destacar os olhos. Solto os cabelos, deixo do jeito que gosto: rebeldes, naturais. Pego a chave do carro e saio. Sem pensar muito. Em direção ao desconhecido. 

Fim do capítulo

Notas finais:

Será que a Anna vai seguir o coração ou a razão? No próximo capítulo vou escrever sobre o que aconteceu lá na adolescência com a Anna. 


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Comentários para 6 - capitulo seis: caminhando para o desconhecido :
maktube
maktube

Em: 18/04/2025

Nós lésbicas sempre tendo um ponto fraco. kkkk

O coração quebrado essa mulher já teve, tá atrás do escandalo agora para fuder a carreira dela. jesusss


nath.rodriguess

nath.rodriguess Em: 18/04/2025 Autora da história
A Anna é assim no começo, depois só piora um pouco ????


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Lea
Lea

Em: 05/01/2025

É sério Anna?? O amor até pode ser cego,mas, quando pisado,ele não é idiota.

Supera esse encosto!

E esse chefe,qual é o problema dele?

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 21/09/2024

Lá vai Anna quebrar a cara essa Beatriz é chave de cadeia miserável. 

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