Ooooi, leitoras, espero que estejam tendo uma boa noite (e que agora fique ainda melhor hahaha)
Boa leitura!
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Capitulo 34 – Porque sempre foi você
Júlia
– Eu pensei que você fosse ficar surtada depois que o João nos viu, mas você parece bem. – A Sofia se certifica, me analisando com certo receio, conforme entramos na minha casa.
Assim que saímos da Igreja, todos nós fomos almoçar no restaurante Nacanoa Oyster Bar, no Ribeirão da Ilha. Saindo de lá, passamos o restante da tarde na casa deles, de modo que só tínhamos conseguido escapar agora, oito da noite.
– Eu fiquei, mas, no fim das contas, acho que é muito bom dividir o peso dessa verdade com mais alguém. – Admito para ela, que me dá um meio sorriso.
No meio de toda essa mentira e encenação de família perfeita – que se estenderia até amanhã, nessa festa mirabolante que a Marta vem preparando há dias – pelo menos alguém sabia da verdade. E eu me sentia até que aliviada.
– Eu ainda tô com um pouquinho de fome, você bem que... – Diz conforme deixa a sua mochila em cima da bancada.
– Podia fazer vitamina de morango? – Completo por ela, que sorri, travessa.
Ela se senta em cima da bancada, ao lado da sua mochila, enquanto vou tirando os ingredientes da geladeira e dos armários.
– A minha mãe já falou quem vai vir amanhã? – Me pergunta, como se lesse os meus pensamentos e soubesse o quanto eu não conseguia parar de pensar nessa maldita festa.
– Da parte do João, acredito que os seus colegas da escola e alguns da Igreja. Da minha parte ela convidou alguns dos nossos colegas de faculdade. – Digo, mal-humorada, e vejo a Sofia me julgar com os olhos. – Eu tentei impedir, mas... – Respondo a sua crítica silenciosa, me encolhendo. – Você acredita que ela queria convidar os meus colegas do escritório também?
– É claro que eu acredito, é da minha mãe que estamos falando. – Ela revira os olhos de forma preguiçosa. – E o que você falou?
– Que não, é claro. – Digo enquanto termino de picar os morangos. – Já é um inferno ter que conviver com eles diariamente. – Coloco-os dentro do liquidificador, com outros ingredientes. – Eu disse que queria passar o dia mais com a família... – Os Furtado não eram exatamente a minha família, então isso incluía qualquer pessoa que eu havia escolhido para fazer parte de uma. É claro que a Marta não estava exatamente ciente dessa minha definição. – Você conseguiu falar com a Emma? Ela vem mesmo? – Pergunto enquanto coloco um pouco de leite condensado dentro do copo do liquidificador, antes de começar a bater.
– Você sabe como a vida dela tá meio caótica, né?... – Ela mordisca um dos morangos que haviam sobrado na bandeja. – Mas ela disse que vem sim e que vai nos atualizar sobre os últimos acontecimentos. – Sorri para mim.
– Ótimo. – Sorrio de volta para ela. – Pelo menos um dos meus convidados vai ter sido realmente convidado por mim. – Digo, meio irônica.
– Foi muito legal da sua parte ter convidado ela. – A Sofia confessa para mim, com um sorriso sincero no rosto.
– Não foi nenhum esforço... eu te falei que gostei da garota. – Admito para ela, que volta a olhar para mim, admirada.
– Sabe o que isso tá me lembrando? – Pergunta conforme a gente assiste o liquidificador fazer o seu trabalho com a vitamina.
Eu sabia exatamente do que ela estava falando. Provavelmente, da última vez que fizemos essa mesma vitamina, nesse mesmo lugar. Onde o liquidificador transbordou – graças à teimosia dela – e melou a cozinha inteira, incluindo o vestidinho ridiculamente curto que ela estava usando. Mas o mais importante, e o que eu nunca me esqueceria, é o que veio depois disso.
– Claro que sei... – Digo servindo dois copos com a vitamina, mal-intencionada. – E isso aqui... – Levo um dos copos até a altura da sua cabeça, virando-o o suficiente para despejar um pouquinho do seu conteúdo pelo seu pescoço e colo. – Te lembra alguma coisa? – Sussurro no seu ouvido e sinto o seu corpo inteiro estremecer.
– Júlia... – Ela ri, com a respiração entrecortada.
– Acho que... como da outra vez... vamos ter que dar um jeito nisso. – Sugestiono, roçando a minha boca na dela, descendo até chegar no rastro melado deixado pela vitamina, onde lambo e ch*po vagarosamente.
Ela agoniza, gem*ndo baixinho.
– Jules... espera. – Se desvencilha do meu corpo, apenas o suficiente para encarar os meus olhos. – É que eu trouxe algumas coisinhas pra gente hoje. – Sorri de um jeito sapeca. – Queria te mostrar lá em cima. – Sussurra contra o meu rosto, o hálito quente batendo na minha boca.
– E o que estamos fazendo aqui ainda? – Provoco.
Ela sorri, pega a sua pequena mochila em cima da bancada e nos guia até as escadas. Como na nossa primeira vez, a gente sobe a passos largos, entre beijos e risadas.
Chegando no meu quarto, ela vira a mochila de cabeça para baixo, em cima da minha cama, fazendo com que três objetos caiam de lá: uma venda de cetim (rosa-choque de um lado e preta do outro); um lubrificante beijável com sabor e aroma de vinho tinto que prometia esquentar, estimular, excitar e lubrificar, tudo ao mesmo tempo; e, por último, mas não menos importante, algo que chama bastante a minha atenção: um Strap On, com cinta e dildo na cor roxa. Mas o que mais me faz gostar dele é que possuía uma estética minimalista, ou seja, nada realista e muito menos se parecia com um pau.
Droga, a Sofia me conhecia tão, tão bem.
– A gente não precisa usar tudo, óbvio. – Ela dá um sorrisinho sem jeito quando olha especificamente para o Strap On.
– Então você quer brincar, baby girl? – Pergunto, sorrindo, conforme sussurro as palavras contra o seu rosto e vejo a garota se desfazer contra o meu corpo.
– Quero. – Responde com um sorriso perverso enquanto suas bochechas coram, simulando uma falsa timidez, o que a deixa ainda mais gostosa.
– Isso é um convite? – Sorrio para o lubrificante com sabor de vinho tinto e volto a encarar a sua boca. – Quer que eu ch*pe alguma coisa, Sofi? – Arqueio uma das minhas sobrancelhas e nivelo os nossos lábios, roçando e lambendo.
Faço isso enquanto escorrego minha mão pela sua barriga, enfiando os dedos para dentro do seu short. Acaricio a sua intimidade, por cima da calcinha, e sugo o seu lábio inferior da mesma forma que costumo a fazer com a sua bocet*.
– Jules... – Ela fecha os olhos e sussurra baixinho, respirando com certa dificuldade.
– Gostosa... – Sussurro no seu ouvido, me controlando para não atropelar tudo e foder com ela agorinha mesmo.
– Quero que você tenha o melhor pré-aniversário que você já teve. – Diz enquanto me encara, os olhos brilhando de pura compaixão, revelando o que ela sempre foi: amorosa, doce, gentil...
Sorrio com a sua afirmação.
Quase todos eu tinha passado com ela, de um jeito ou de outro. Só que nunca foi desse jeito, é claro. Nós nunca fomos o que estamos sendo agora, então, só por esse motivo, já seria o melhor “pré-aniversário” de todos, com toda a certeza.
– Você, por si só, já é o meu presente perfeito. – Encaro o seu rosto de volta e vejo ela abrir um sorriso, tão lindo, Deus... – Sabe... – Digo caminhando na direção do pequeno móvel que fica ao lado da minha cama. – Eu também gosto de brincar. – Termino de dizer, abrindo a segunda gaveta.
Ela entreabre a boca, admirada e surpresa ao mesmo tempo. Mas a sua curiosidade ganha de todas as outras emoções.
– Espera, eu sempre pensei que isso fosse um pincel de maquiagem. – Ela aponta para o meu vibrador que tinha o formato igual a de um pincel, incluindo as cerdas e tudo, de modo que, se eu quisesse usá-lo para essa função, serviria perfeitamente.
Eu havia comprado ele há anos, possivelmente desde que ela tinha uns treze e não fazia nem ideia do que era um vibrador, ou de quais formatos ele poderia ser. Cansei de camuflar ele entre minhas maquiagens para que ela não saísse fuçando, quando não tinha idade para saber do que se tratava.
– Tão inocente... – Brinco com ela. – Te enganei direitinho. – Me inclino, sorrindo, mas sem deixar o lado provocativo de lado.
– Quer usar isso primeiro? – Sugiro, pegando um outro tipo de vibrador que está ao lado.
Esse era um vibrador duplo e com fio, de pequeno porte onde, em um dos lados, havia um bocal sugador que simulava o sex* oral, e um bullet vibratório do outro lado.
Ela me olha, curiosamente animada, provavelmente querendo saber como usaríamos aquilo. Mas ela não hesita, corajosa e confiante, apenas acena positivamente com a cabeça.
Diferente do pincel, aquele era mais recente, eu tinha comprado desde que... Bem, acho que desde que ela começou a me tentar de todas as maneiras possíveis e eu precisei me aliviar sozinha de alguma forma, ou então explodiria. Mas, desde que o comprei, sempre imaginei como seria usá-lo com ela.
– Bem, pra começar, estamos com roupas demais. – Sorrio e pressiono o meu corpo contra o dela, fazendo-a cair sentada na minha cama.
Subo em cima dela, que dá uma risadinha e me agarra pela bunda. Roço nela, e a fricção gostosa dos nossos corpos nos leva ao nosso objetivo: com a sua ajuda, não demora muito tempo para que fiquemos só de calcinha.
Necessitada, ela agarra um dos meus seios com uma das mãos, enquanto abocanha o meu outro, ch*pando e colocando o mamilo duro entre os dentes.
Jogo a cabeça para trás, extasiada demais com a sua boca em mim, com a dor gostosa que aquilo provoca e no quanto ela parece estar com fome agora, Jesus.
– Espera. – Digo, em um lampejo de autocontrole, quando percebo que ela estava querendo nos livrar da última peça que ainda vestíamos. – Coloca isso dentro da sua calcinha. – Com o vibrador duplo em mãos, fico com o bullet para mim e entrego o sugador a ela.
Não é muito difícil comprar um bullet, mas um sugador de clit*ris já são outros quinhentos, bem mais caro e mais difícil de achar. Ela provavelmente nunca tinha usado um e... eu queria que a primeira vez que usasse fosse comigo.
– Coloca o seu clit*ris nesse buraquinho aqui. – Instruo, mesmo sabendo que a Sofi era inteligente o suficiente para já ter entendido do que se tratava.
Mas digo as palavras mesmo assim, para instigá-la.
Aquilo dá certo, já que ela morde o lábio e faz o que pedi, logo em seguida. Assim como ela, coloco o bullet dentro da minha calcinha e ela volta de onde paramos, ch*pando e mordiscando os meus seios, até que ligo o vibrador, e sinto ela desfalecer aos poucos contra o meu corpo.
– Júlia... Isso é... – Ela gem*. – Porr*... – Se perde nas palavras enquanto a gente se esfrega e se beija loucamente.
– Eu sei... – Digo, entre beijos. – É muito bom, né? – Ela não responde em palavras, mas a resposta que eu queria fica expressamente óbvia, estampada na sua cara.
Deus, acho que eu poderia goz*r apenas assistindo as expressões no seu rosto, cada uma delas revelando o estrago que o sugador está fazendo com ela lá em baixo.
Cavalgo nela, esfregando e roçando nossas bocet*s. O atrito ainda mais intensificado devido ao vibrador me deixa ensopada em poucos minutos.
Os seus seios balançam com os nossos movimentos e, como se estivessem me chamando, vou até eles. Circulando a aréola com a língua, me delicio, ch*pando o seu mamilo rijo em seguida.
Gostosa pra cacete.
– Júlia... Para... Eu... eu vou goz*r assim. – Diz com a voz entrecortada, uma pontinha de preocupação enrugando a sua testa enquanto se contorce de prazer.
– Pode goz*r. – Sorrio entre beijos. – Eu sei como te fazer goz*r de novo. – Digo aquilo e agarro o seu pescoço. Subo um pouco e seguro o seu queixo entre o polegar e o indicador, onde mordisco com força ao mesmo tempo em que aumento a velocidade do vibrador.
– Júlia... – Finca as unhas curtas nos meus ombros. – Amor... porr*... – Ela agoniza e eu sinto a sua barriga tremer.
– Isso... – A incentivo, enquanto assisto ela derreter e ter mil espasmos ao mesmo tempo. – Gem* bem gostoso pra mim, vai... – Peço. – Tô morrendo de saudade dos seus gemidos de putinha gostosa. – Provoco.
Mas não deixava de ser verdade, quase sempre a gente trans*va ou tinha rapidinhas com alguém por perto, então foram raras as vezes que pudemos fazer um pouco mais de barulho.
Obediente, ou simplesmente por não conseguir se controlar, ela gem* alto, várias vezes, enquanto xinga e grita o meu nome, o quarto todo sendo preenchido pelo seu prazer.
Deus, quando eu morrer, quero poder me lembrar disso. Espero que ainda possa escutar esses seus gemidos, do inferno.
– Minha vez de te fazer goz*r, querida. – Diz no meu ouvido, ainda muito ofegante pelo orgasmo que tinha acabado de ter, e eu estremeço. – Queria colocar isso em você. – Ela engatinha pela cama, trazendo a venda rosa em suas mãos. – Posso? – Me pergunta, gentilmente.
– Pode, Sofia Grey. – Brinco com ela e ouço ela rir conforme cobre os meus olhos com a venda e dá um nó atrás da minha cabeça.
– Fica de quatro pra mim, linda? – A sua voz sai suave e exigente no meu ouvido, e eu mordo o lábio, tentando controlar a excitação e o pulsar que sinto entre as minhas pernas.
Fazendo o que ela me pediu, viro de costas e fico de joelhos, apoiando o restante do corpo com as mãos espalmadas no colchão.
Um ou dois segundos depois, sinto a palma da sua mão contra a minha bunda e dou um gemido doloroso. Aquilo arde bastante, não vou mentir, mas também me faz latejar lá em baixo.
Merda.
– Doeu? – Escuto ela perguntar, cautelosa.
– Sim... mas de um jeito gostoso. – Confesso e ouço ela dar uma risadinha.
– Safada. – Ela dá uma outra palmada, e eu gemo mais uma vez.
Ouço o som de um frasco se abrir – que deduzo ser o do lubrificante que ela havia trazido – e não demora muito tempo para que sinta os seus dedos úmidos passearem por toda a extensão da minha bocet*, se concentrando, principalmente, no meu pontinho endurecido, onde estimula, fazendo movimentos circulares e de “vai e vem”.
A minha suspeita se confirma assim que sinto o meu clit*ris começar a esquentar e a pulsar de uma forma ainda mais intensa do que o normal.
– Sofia... merd*... – Murmuro, rebol*ndo contra os seus dedos.
– Gostoso, né? – Ela sussurra no meu ouvido, conforme sinto os seus mamilos durinhos nas minhas costas e a bocet* molhada pressionar a minha bunda.
Oh, Deus.
– Não me deixa... – Digo quando me dou conta de que seu corpo está ficando cada vez mais distante das minhas costas, provavelmente porque ela pretende ficar de joelhos atrás de mim. – Não se afasta do meu corpo. – Peço, às cegas. – Pode usar em mim.
Ela não tinha trazido aquele Strap On por acaso, e eu sabia disso.
– Tem certeza? – Seu tom de voz oscila entre o receio e a expectativa.
– Tenho. – Digo gentilmente, mas firme ao mesmo tempo, tentando passar confiança.
Sinto a cama balançar e ela ficar distante por um momento, até ouvir o som de fivelas e meu corpo inteiro estremecer, em expectativa.
Porr*, eu tenho mesmo que continuar com essa venda? Daria tudo para ver aquilo nela agora, mas não faço nada, no entanto. Não estragaria a sua fantasia.
Ela fica sobre minhas costas mais uma vez, e sinto a ponta do dildo fazer cócegas na minha entrada, mas ela não entra com ele ainda.
– Como você sabia que eu queria fazer isso? – Ela sussurra no meu ouvido, e só pelo tom da sua voz reconheço que está sorrindo.
Como eu sabia que essa era a sua verdadeira intenção? Bem, eu sabia que a Sofia ainda não tinha rompido o seu hímen e que ela não faria isso com qualquer pessoa. Ela tinha deixado isso bem claro e... eu nunca me esqueceria daquilo, de que ela faria aquilo com alguém que fosse dividir a vida e não... não por uma mera aventura, que provavelmente é o máximo que seremos. Sem falar que eu tenho as minhas dúvidas de que ela curtisse esse tipo de coisa – eu usando nela, no caso. Se ela quisesse penetração um dia, provavelmente seria de outra forma.
– Eu te conheço e não é de hoje, esqueceu? – Me limito a dizer, tentando afastar aqueles últimos pensamentos para longe, me prendendo no agora. – Mas chega de falar e me fode, vai... – Viro minimamente para trás, apenas para ter a certeza de que ela vai me escutar, já que continuo vendada. – Quero só ver se você consegue fazer isso. – Provoco, sorrindo.
Ela liga o vibrador do dildo, que trepida contra a minha entrada – que já está gotejando, posso sentir – e eu finco os dedos na minha colcha, ansiosa pelo o que vem em seguida. E o que vem em seguida é tão bom quanto o imaginado. Ela enfia em mim, aos poucos, e passo a rebol*r para que o dildo entre com mais facilidade. Ela gosta bastante disso, já que começa a gem*r baixinho, junto comigo.
– Isso... – Sussurra, a voz embriagada de prazer. – Faz o que você faria se tivesse trepando com um homem, eu quero ver. – Ela me surpreende com as suas palavras e, por mais estranho que pareça, aquilo me excita bastante, também.
– Isso é só pra você, porr*... – Me afundo mais nela, quicando e indo de encontro com a base do Strap, ou seja, com a sua bocet*. – Isso eu não dou pra nenhum homem. – Para ninguém, na verdade, e ela sabe muito bem disso, eu sei que sabe. – Só pra você. – Sussurro e afundo minha bunda nela, já fraca, perdendo a força com as suas estocadas, que se intensificaram desde que começamos.
– Então faz isso por mim, vai... – Sinto ela se inclinar ainda mais, sobre as minhas costas, e afastar os meus cabelos para um lado. – Fode o meu pau. – Sussurra no meu ouvido e se diverte com as palavras enquanto me sinto ficar ainda mais encharcada, a onda de calor se concentrando toda no meu clit*ris inchado, prestes a explodir.
Tiro a venda, desesperada. Para o inferno, eu precisava ver aquilo. Olho para trás e ela me dá um outro tapa – agora encarando os meus olhos – e aquilo, mais a cena toda dela me comendo desse jeito, me leva ao limite e eu gozo. Caio na cama e ela vem comigo, ficando em cima das minhas costas.
Fraca, saio de baixo dela e fico por cima. Engatinho pelo seu corpo até alcançar o Strap On que, Deus, fica perfeito nela. Meus olhos se concentram no dildo e, vendo o quanto ele está lambuzado com a minha lubrificação e com o meu gozo, não consigo pensar em outra coisa a não ser colocá-lo na boca e ch*pá-lo como se estivesse fazendo um boquete.
Lanço um olhar provocativo para ela, e a garota gem* enquanto assiste, como se pudesse sentir aquilo. Mas, na verdade, acho que ela meio que pode.
Tiro-o da boca e começo a abrir as fivelas para tirar o Strap dela, mas ela me para.
– Júlia, você ainda tá tremendo, amor. – Ela diz, já sabendo quais eram as minhas intenções.
– Eu sei, mas eu te prometi que te faria goz*r de novo. – Sorrio para ela. – E sabe, eu tô mesmo morrendo de sede. – Falo enquanto termino de tirar a cinta dela e, quando finalmente a tiro, sou surpreendida pela sua lubrificação que já escorre entre as pernas, por sua virilha e pelas suas coxas.
Jesus, a bocet* dela está encharcada. Puta merd*, seria até cruel da minha parte deixá-la nesse estado. Grata pelo prazer que ela tinha me proporcionado, começo a lamber tudo, me deliciando e me alimentando da sua excitação conforme ela gem* e se contorce na minha cama. A cena toda me levando à loucura.
Procuro o lubrificante no meio da minha colcha – que já estava meio bagunçada a essa altura – e pingo algumas gotinhas nela. Esfrego o seu clit*ris, que está extremamente durinho e inchado, e vejo ela ficar ainda mais impaciente.
Mais uma vez, caio de boca nela, que leva as mãos até os próprios seios, e me delicio com aquilo, e com o seu gosto misturado ao sabor de vinho tinto do lubrificante, que me deixa drogada.
– Júlia... acho que eu já vou goz*r... – Ela anuncia enquanto enterra os dedos no meu couro cabeludo e vai abrindo ainda mais as pernas para mim.
– Então goz* na minha boca, baby girl. – Digo o que já quase tinha virado uma rotina.
xxx
– Jules... – Ela diz depois de um tempo que estamos na minha cama, exaustas, apenas de calcinha e minhas camisetas de banda.
– O que foi, amor? – Pergunto, conforme penteio os seus cabelos com os meus dedos.
– Você lembra de quando eu falei sobre usar um Sex Toy pra romper o meu hímen? – Ela pergunta e eu meio que congelo apenas com aquela menção.
– Claro que sim, Sofi. E tá tudo bem, a gente nem precisa falar sobre isso. Eu já sou muito feliz com o que você pode me dar.
– Quê? – Ela franze a testa, parecendo confusa. – Acho que você não entendeu... Quando eu disse aquilo, eu... – Ela vacila um pouco nas palavras. – Quis dizer que quero fazer isso com você.
– Comigo? – Pergunto, meio perplexa. – Sofi... Você falou que queria fazer isso com alguém que pretende dividir uma vida e...
– Sim, tipo, casar. – Ela completa aquilo por mim.
Casar com ela? Era tão impensável... Eu simplesmente não conseguia ver isso acontecendo.
– Eu sei que você pode até não colocar fé na gente... – Errada, eu não colocava fé em mim, era diferente. – Mas nós vamos nos casar sim, e eu até já falei isso para o meu pai.
Para o Olavo?
– Quê? – Olho para ela, espantada.
– Lembra quando ele perguntou no hospital se eu tinha ligado a TV, porque achou que tinha ouvido a palavra casamento? – Ah, sim, ela disse para ele quando estava inconsciente. Respiro mais aliviada. – Então... – Ela continua, ao não receber nenhuma resposta minha. – Eu já sei até com que música a gente vai entrar na cerimônia. – Ela sorri, travessa.
– Ah não... – Eu reviro os olhos, já até imaginando do que se se trata.
– Ah sim, Júlia... – Ela diz, enquanto ri, e coloca “You Belong With Me” na versão da série Bridgerton para tocar no celular.
Ok, aquilo não era tão ruim, a versão tinha ficado muito linda, na verdade, mas eu nunca admitira isso para ela.
– Eu não entendo, Sofi. – Olho para ela, perdida em pensamentos, e ela pausa a música por um momento. – Você pode ter milhões de garotas, eu tenho certeza. Por que eu?
– Porque sempre foi você, Jules. – Ela diz, de coração aberto, e sinto vontade chorar. – Você lembra do que me disse quando estávamos brincando de dizer um medo? – Ela me olha atentamente. – Sobre o que eu sinto por você ser só reflexo da admiração que eu sentia quando era criança? Por te ver como uma super-heroína?
– Eu continuo achando isso, na verdade. – Confesso, olhando para baixo, com um meio sorriso.
– Eu sei, por isso... – Ela pega o meu antigo violão, que sempre deixo do lado da minha cama. – Fiquei pensando em uma forma de te responder em uma língua que você entenda, para que você saiba de uma vez por todas... – Olho para ela, curiosa. – Eu treinei isso no violão que você me deu, então não sei se vai sair da mesma forma. – Ela diz um pouco sem jeito, enquanto posiciona os dedos sobre as cordas.
Ela estava falando do violão bege que eu tinha dado para ela um pouco antes de viajar para Nashville. Era um modelo bem menor do que o meu, mas ainda assim, cumpria bem com o seu papel.
– A cantora aqui é você, então não me julga, tá? – Ela sorri, timidamente.
Julgá-la?
Essa garota podia cantar a Set List inteira de The Eras Tour – que, inclusive, ela já tinha me feito ouvir e assistir ao filme infinitas vezes, no ano passado – que eu nem me importaria. Esse é o tanto que eu amo a Sofia Maria. A minha Sofia Maria.
– Eu não vou. – Asseguro a ela.
Dito isso, ela toca os primeiros acordes, e não demora muito mais que meio segundo para que eu identifique que se trata de uma das minhas músicas preferidas, de uma das minhas bandas preferidas: “Something Just Like This”, de Coldplay.
Ela canta no seu próprio ritmo, como se proferisse cada palavra, uma a uma, e não consigo não compará-la com a Ellie de The Last of Us, quando canta uma versão acústica de “Take On Me” para a Dina, na Parte 2 do jogo eletrônico.
Até que a música chega perto do refrão, e eu entendo perfeitamente porque ela havia escolhido essa, especificamente:
But she said: Where d'you wanna go?
(Mas ela disse: Aonde você gostaria de ir?)
How much you wanna risk?
(Quanto você quer arriscar?)
I'm not looking for somebody with some superhuman gifts
(Não estou procurando por alguém com dons sobre-humanos)
Some superhero
(Um super-herói)
Some fairytale bliss
(Uma felicidade de conto de fadas)
Just something I can turn to
(Apenas algo a que eu possa recorrer)
Somebody I can kiss
(Alguém que eu possa beijar)
I want something just like this
(Eu quero algo assim)
Ela termina a canção e eu olho para ela, tentando conter algumas lágrimas que estão prestes a transbordar dos meus olhos.
– Sofi... – Fico sem palavras.
Ninguém nunca procurou me entender e persistir nisso a todo instante, como ela vem fazendo.
– Não fala nada... – Ela coloca um dedo abaixo dos meus olhos, secando as lágrimas que já estão caindo, teimosas. – Só me beija. – Ela pede, e é isso o que eu faço.
Não sei como vou sobreviver a essa festa de amanhã, ou de que maneira vou conseguir suportar não poder tocá-la, beijá-la ou chamá-la de amor quando estivermos na frente de todo mundo, mas tenho certeza de que já passa da meia-noite, e de que esse já está sendo o melhor aniversário que alguém poderia ter.
Fim do capítulo
Boa noite, leitoras do meu coração!
Quem sobreviveu a esse capítulo comenta alguma coisa com a #soju no final, só pra eu ver uma coisinha aqui hahaha
E aí, gostaram do capítulo? Tentei agradar um pouquinho cada uma que comentou tanto aqui, quanto no meu Instagram (@alinavieirag). Mas, sobre a Júlia ser mais ativa, acho que ela só consegue até certo ponto, porque inevitavelmente têm coisas que eu não posso fugir do jeitinho dela de ser, fazer o quê kkkkkk
Mas de modo geral, o que acharam dos brinquedinhos (e da forma que as duas usaram eles)?
Aproveitem cada momento desses, porque daqui a pouco chegaremos em algumas partes mais dramáticas (e decisivas) da história.
E o que será que vai rolar nessa festa, hein?
Aguardem os próximos capítulos e fiquem comigo e com #Soju até o final, porque teremos muitas emoções vindo aí!
E não esqueçam de favoritar a história!
E de me favoritar como autora!
E de comentar!
Como vocês já sabem, leio todos os comentários e fico extremamente feliz com cada um deles. Além de ser, de fato, o melhor termômetro para me ajudar a saber como a história está chegando para vocês!
Mais uma vez, obrigada por estarem comigo durante todo esse tempo!
E obrigada pelas leitoras que estão chegando agora!
Obrigada pelos comentários, pelo engajamento, pelo carinho e por tudo!
Então é isso, até o capítulo 35, na festa de aniversário da Júlia!
Comentar este capítulo:
Mmila
Em: 10/09/2024
Emocionante o casal #SOJU.
Os brinquedinhos desenvolveram mais o momento de descobertas das duas como casal.
E vamos aguardar o dia da festa o que esse casal vai aprontar e por quantas e boas ainda vão passar.
ADorando todos os momentos.
Parabéns autora por mais um capítulo de emoções.
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Sem cadastro
Em: 09/09/2024
Mas de modo geral, o que acharam dos brinquedinhos (e da forma que as duas usaram eles)?
RESP.: Foram bem selecionados e a forma como foram utilizados pelo casal, envolveu um sincronia tão perfeita, através da conexão do casal, pois estavam na mesma vibe. Atrelados aos outros estímulos corporais, como os tapas que Sofia aplicou na bunda de Julia, os beijos nos lábios, a sucção desses, os estímulos no queixo de Sofia( isso já virou um fetiche pra mim) de como é excitante contracenando pelo casal SoJu.
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Zanja45
Em: 09/09/2024
E o que será que vai rolar nessa festa, hein?
RESP.: Olha, tudo pode acontecer. E, ainda quando se tem a mãe de Sofia a frente da celebração da festa de Aniversário da Júlia e em paralelo com a comemoração do crismado João Pedro.Inclusive, Marta, querendo decidir quem serão os convidados da festa de ambos que já diz tudo o que pode rolar se for convidado para essa festa alguém que Júlia não deseje.
Creio, que as coisas podem sair dos trilhos se ela der alguma cartada que Julie não espere. E ninguém que ser pego de surpresa por algo que a deixe desconfortável.
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Zanja45
Em: 09/09/2024
Aproveitem cada momento desses, porque daqui a pouco chegaremos em algumas partes mais dramáticas (e decisivas) da história.
RESP.: Pode ter a certeza que vou aproveitar bastante, porque essa Fanfic vai ser eternizada na história e erraizada no meu coração. Pois a beleza dessa, consegue ultrapassar todos os limites da logica. - romper as barreiras do tempo. - pareando a todos numa mesma época.
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Zanja45
Em: 09/09/2024
Mas de modo geral, o que acharam dos brinquedinhos (e da forma que as duas usaram eles)?
RESP.: Foram bem selecionados e a forma como foram utilizados pelo casal, envolveu um sincronia tão perfeita, através da conexão do casal, pois estavam na mesma vibe. Atrelados aos outros estímulos corporais, como os tapas que Sofia aplicou na bunda de Julia, os beijos nos lábios, a sucção desses, os estímulos no queixo de Sofia( isso já virou um fetiche pra mim) de como é excitante contracenando pelo casal SoJu.
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Zanja45
Em: 09/09/2024
E aí, gostaram do capítulo? Tentei agradar um pouquinho cada uma que comentou tanto aqui, quanto no meu Instagram (@alinavieirag). Mas, sobre a Júlia ser mais ativa, acho que ela só consegue até certo ponto, porque inevitavelmente têm coisas que eu não posso fugir do jeitinho dela de ser, fazer o quê kkkkkk
RESP.: sim. Muito. Ficou bem claro, isso, Alina. Porque os recursos foram tão diversos. E você conseguiu inserir cada um em momentos milimetricamente cronometrados. Você é realmente uma escritora extraordinária, pois, minha cara lidar com várias coisas ao mesmo ser perder a linha do raciocínio é muito impressionante.
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Julika Sempre
Em: 09/09/2024
Quente e românticas. Adoro
Parabéns.
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Brescia
Em: 08/09/2024
. Boa noite autora.
Elas são muito lindas juntas, se completam, se absorvem, tem sintonia, tem amor, paixão e necessidade, necessidade essa de serem o melhor para as duas, de serem um encaixe perfeito, isso é se perder no coração e na alma uma da outra.
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nath.rodriguess
Em: 08/09/2024
Olha, eu não tenho palavras, nem figurinhas, nem meme para descrever como foi esse capítulo. Simplesmente uma perfeição. Eu espero sinceramente que as duas fiquem juntas pq não tem como a Julia existir num mundo em que a Sofia não seja mulher dela.
A gente shippa #SoJu ♥
Sobre os brinquedinhos, amei. Parece até que a autora se inspirou na minha gaveta, tenho absolutamente todos os brinquedinhos citados no capítulo hahahaha
Para assinar a petição para o capítulo 35 vir mais cedo, escreva #SoJu aqui em baixo ????????
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