Ooooi, leitoras, espero que estejam tendo um bom início de noite!
Boa leitura!
Não esqueçam de comentar!
Capitulo 32 – Você também faz parte dessa família, querida
Júlia
– Você poderia ter entrado com sua mãe, eu entraria com o João logo em seguida. – Digo para ela, notando a sua impaciência e ansiedade, conforme roía as unhas e não parava de balançar os pés.
Assim que recebemos a ligação da Marta, ontem à noite, a Sofia e o João quiseram ir para o hospital na mesma hora. Mas tanto eu quanto a Marta achamos melhor deixar para a manhã seguinte, quando o Seu Olavo estaria um pouco mais descansado e teria sido transferido para um quarto.
De qualquer forma, ninguém mais conseguiu pegar no sono depois daquele telefonema.
– Eu queria que o João fosse primeiro. – Ela me responde depois de alguns longos segundos. – Eu já vi o meu pai ontem à noite e o João não. Tá certo que ele não estava consciente quando entrei, mas mesmo assim não parecia justo.
Lanço um meio sorriso para ela, admirada com sua compreensão.
– Tudo bem, está na vez de vocês. – A Marta surge na sala de espera, com um João Pedro bastante emotivo, logo atrás dela.
A Sofia levanta de imediato, aflita, e eu a sigo pelos corredores na mesma velocidade, não querendo fazê-la ter que esperar por nenhum segundo a mais.
– Pai... – A Sofia se joga em seus braços, chorando, assim que adentramos o quarto, e é basicamente impossível não se comover com aquela cena.
Acabo chorando também.
– Minha menininha... – Ele a abraça de volta, na mesma intensidade, conforme aperta os olhos, provavelmente para que a gente não note que também está chorando.
Como se eu não fosse perceber, ou melhor, como se eu fosse julgá-lo, caso percebesse. O que não era o caso, óbvio, aliás, eu e o Seu Olavo sempre fomos os emotivos das reuniões e festas de família e nunca escondemos isso um do outro.
– Você me assustou... – A Sofia confessa para o pai, entre lágrimas.
Não consigo nem mensurar o quanto eu estava feliz e aliviada por poder ouvir ela dizendo aquilo para ele.
– Pensei que gostasse de filmes de drama... – Ele não perde a oportunidade de fazer uma de suas piadas, sempre na tentativa de deixar o ambiente mais leve.
Nunca tinha me dado conta disso antes, mas provavelmente a Sofia tinha herdado esse “gênio” sarcástico do pai.
– Promete que não vai fazer isso comigo de novo... – Ela pede, se soltando um pouquinho dos seus braços.
– Filha, você sabe que seu pai não é nenhum desses vampiros que brilham no escuro e que vivem por muito mais que cem anos, não sabe? – Ele volta a apostar no humor.
– Eles brilham na luz do sol, na verdade, e você entendeu o que eu quis dizer. – Ela olha de cara feia para o pai e tenho vontade de rir por um momento. – Promete que vai se cuidar. – Ela pede mais uma vez, quase implorando.
– Dessa vez eu vou ter que concordar com a Sofia. – Sorrio e digo a primeira palavra do dia para ele. – Eu também exijo essa promessa. – Minha voz sai embargada nessa última frase.
Uma mistura de alívio, medo, felicidade e preocupação, todos esses sentimentos misturados que estiveram comigo durante as últimas horas.
O Seu Olavo olha diretamente para mim pela primeira vez que desde que estamos aqui.
– Júlia... – Ele estende a mão para mim e eu a pego rapidamente, me aproximando. – O que seríamos de nós sem você? – Ele diz meio emotivo, e eu abaixo a cabeça, tentando conter a minha própria emoção.
– O que seríamos de nós sem o senhor. – Dou a única resposta possível, entre uma lágrima e outra, e ele retribuí com um olhar sorridente. Aquele tipo de olhar que diz mais coisas do que qualquer palavra.
– A Marta me disse tudo o que você fez por ela e pelos meninos. – Ele fala aquilo e eu me encolho um pouco. – Eu queria te agradecer. Agradecer por você ter trazido a Sofia para cá, e por todo o resto também.
– Imagina, o que eu fiz, foi só...
– Carinho, amor, atenção, cuidado... – Ele me interrompe, me pegando de surpresa com suas palavras. – “Só” tudo o que alguém que ama essa família de verdade faria.
– Talvez porque pra mim vocês são mesmo a minha família de verdade. – Nós trocamos mais um olhar cheio de cumplicidade.
Até que ele volta a ficar pensativo.
– Sua mãe me disse que você esteve aqui ontem à noite. – Diz voltando a sua atenção para a filha.
– É, estive. – A Sofia concorda.
– Você ligou a televisão?
– Televisão? – Vejo que ela estranha um pouco a pergunta. – Você estava em outro quarto ontem à noite, na UTI, na verdade. Não tinha TV por lá. – A Sofia explica brevemente. – Por quê? Você se lembra de alguma coisa? – Vejo ela ficar verdadeiramente preocupada.
– Não... – Ele nega, pensativo. – Na verdade, só pensei ter ouvido algo sobre um casamento ou algo assim. – Ele parece confuso.
– Casamento? – Ergo uma das minhas sobrancelhas para ela, curiosamente nervosa.
– Nada pareceu fazer muito sentido, na verdade. – O Seu Olavo se justifica, notando que eu também tinha achado aquilo estranho, para não dizer outra coisa. – Pareciam palavras avulsas e fora do contexto, por isso imaginei que poderia ter sido a televisão.
– Hm... Eu não me lembro de ter falado nada desse tipo. – Ela desconversa na cara dura.
O Seu Olavo podia até não ter percebido – o que eu também acho difícil – mas eu reconhecia quando ela ficava sem jeito, o que era raro, é verdade, mas não completamente impossível de acontecer.
– Bem, acho que eu estava sobre o efeito de muitos remédios, então... posso ter imaginado. – Ele sorri. – Não importa. – Balança a cabeça por meio segundo, afastando os pensamentos para algum lugar reservado. – O que importa é que estou com vocês duas de novo. – Nós todos trocamos um sorriso. – Minhas garotas... – Ele olha para nós duas, lado a lado. – Vocês sempre foram as minhas meninas... As duas, da mesma forma. – Seus olhos ternos e sua sinceridade quase palpável me fazem, por algum motivo, sentir vontade de chorar. – Sabe disso, não sabe? – Ele olha diretamente para mim e sinto minhas pernas vacilarem por alguns instantes.
– Hm... Sei. – Limpo a garganta, me sentindo mal, imoralmente suja.
O Seu Olavo sempre me deu palavras verdadeiras, não só agora, mas desde que nos conhecemos. Diferente da Marta, ele sempre foi direto, sincero... honesto não só em suas palavras, mas em seus sentimentos, o que tornava tudo ainda mais difícil.
Ele podia até entender, um dia, quem sabe. Mas ele jamais me perdoaria por eu ter mantido esse segredo dele, por tanto tempo.
– Vou deixar os dois um pouco sozinhos – Digo, de repente, prestes a explodir.
– Jules, não... – A Sofia tenta me impedir, mas me adianto antes dela.
– Tudo bem, só vou pegar um pouco de ar. – Lanço um breve olhar para os dois antes de começar a dar passos apressados em direção da porta, como se aquele pequeno quarto estivesse me encolhendo ali dentro e eu fosse sufocar junto com as minhas próprias mentiras.
Fecho a porta e disparo pelo corredor, parando em frente a uma janela qualquer enquanto as suas palavras de ontem ficam indo voltando na minha mente: “Será que foi nossa culpa? Deus pode estar me castigando por a gente estar mantenho isso em segredo?”
Merd*.
A verdade é que mesmo antes do pai parar no hospital, a Sofia já tinha tentado me dar alguns sinais de que não queria continuar mentindo. E o pior de tudo é saber que mesmo quando parece bem – por trás dos seus sorrisos e das suas tiradas sarcásticas, de mau humor – ela ainda está sofrendo. Lentamente sofrendo e morrendo com esse segredo entalado na garganta, da mesma forma que ele está na minha agora. E eu sei que não posso, que no fundo não posso mais continuar fazendo isso com ela também, ou com o Seu Olavo.
As consequências de uma verdade podem ser duras de enfrentar, mas o sofrimento de manter uma mentira às custas de quem você mais ama pode ser ainda mais insuportável. A vontade que sinto é de voltar naquele quarto e despejar a história toda. Me livrar daquilo de uma vez por todas. Mas é claro que eu não poderia fazer aquilo, porque... por mais que pareça fazer sentido no momento, a Marta jamais poderia ser a última a saber. Ela definitivamente morreria, e por mais que estejamos tão distantes ultimamente, eu não poderia esquecer que tudo isso começou com nós duas.
– Jules? Tá tudo bem? – Escuto a voz de quem veio depois, atrás de mim.
– Eu não quero mais guardar esse segredo. – Anuncio, me virando para encarar os seus olhos castanhos.
– Eu sei, Jules, eu também não, mas... – Ela diz, parecendo ainda confusa perante a minha afirmação, então decido ser mais clara.
– Não, eu realmente não posso mais guardar esse segredo, Sofi. – Suas sobrancelhas franzem e seus olhos se iluminam conforme parece compreender aonde estou querendo chegar.
– Você tá querendo dizer que... – Sua voz vacila, nervosa.
– Que eu vou contar para a sua mãe. – Trocamos um olhar, cúmplices. – Que eu vou dizer toda a verdade para a Marta.
xxx
Mas que porr* eu fiz da minha vida?
Penso naquilo conforme a Marta mexe a pequena colherinha em sua xícara de chá. As batidinhas na louça que fazem o meu corpo estremecer dos pés à cabeça só não soam mais alto do que as batidas do meu próprio coração. Eu tinha combinado de conversar com ela aqui mesmo, em sua casa, e minha amiga aceitou assim que eu propus aquilo, dizendo que também precisava falar comigo.
No momento em que ela me disse aquilo, eu tive muito medo, confesso, mas a verdade é que isso já não tinha a menor importância. O que estou prestes a contar – e tudo o que vai vir depois disso – com certeza é muito pior do que qualquer coisa que ela poderia me dizer agora.
A Sofia tinha insistido para estar comigo nesse momento, claro, mas eu implorei para que ela me deixasse fazer isso sozinha, ou então... eu não conseguiria.
No entanto, o real motivo tem mais a ver com o simples fato de que eu não acho que a Sofia tenha que participar disso, até porque isso era entre eu e a Marta. Eu que ferrei com tudo, com a nossa amizade, com a confiança que ela sempre depositou em mim, com promessas que eu não podia cumprir e que as fiz mesmo assim...
Eu que tinha feito isso, e acima de tudo, eu quem tinha ficado com a filha da minha melhor amiga. Então, nada mais justo do que eu mesma resolver e limpar toda essa sujeirada.
– Bom, em primeiro lugar... – Respiro fundo, para que eu tenha ar (e coragem) o suficiente para continuar. – Eu queria te dizer que eu e o Clóvis não estamos juntos. – Decido começar por aquela parte.
Se eu ia mesmo fazer aquilo, precisava fazer direito. Ela precisava saber de toda a verdade, por inteiro.
– Vocês terminaram? Quando? – Me pergunta, claramente decepcionada.
– Nós nunca voltamos, na verdade. – Ela me olha atentamente conforme vou liberando cada palavra. – A parte que eu te contei sobre ele ter me dado carona e a gente ter se beijado foi verdade, mas, bem... mas o resto, não. – Digo aquilo com a voz atrapalhada.
Puta merd*, eu não sei se vou conseguir, mas preciso. Deus, preciso fazer aquilo.
– A verdade, Marta, é que eu só te disse que a gente tinha voltado porque não queria que você ficasse no meu pé de novo, no meu pé e no da Sofia. – Tento disfarçar a voz trêmula.
– É... desde que o Clóvis apareceu de novo na sua vida, a relação de vocês duas ficou bastante estremecida, mas... É só isso, querida? – Oh, não, tem mais, muito mais. Não chegou nem perto da pior parte. – Porque... Quer saber? – Percebo quando faz uma pergunta meramente retórica. – Depois de tudo o que aconteceu, isso não tem mais a menor importância. – Repousa a mão por cima da minha, e sinto um arrepio atravessar a espinha.
– Tem mais, na verdade. – Afasto minimamente minha mão dali, o que faz com que ela me olhe com um pouco mais de atenção. O martelar ensurdecedor do meu coração bate forte contra o peito e quase sai pela boca. Droga, mas eu precisava fazer aquilo, realmente precisava fazer aquilo, pelo pouco que ainda resta da nossa amizade e por tudo o que vivemos juntas. Pelo Seu Olavo, pela Sofia e por mim mesma. – Marta, eu... – Encho os pulmões de ar para continuar, mas minha amiga me interrompe.
– Você se importa que eu fale primeiro? – Ela envolve minhas mãos com as suas mais uma vez. – Eu realmente preciso conversar com você, ou vou acabar explodindo.
Eu também, merd*...
– Sei que a nossa amizade não anda muito bem, como você mesma nos lembrou, no hospital. – “Ok, Lá vamos nós...” penso comigo mesma. – E sei que boa parte disso foi por minha culpa.
Espera... Sabe?
Fico a olhando, incrédula, sem acreditar muito nas suas palavras, ou nos meus ouvidos, tanto faz. A Marta estava mesmo dizendo que tinha culpa em alguma coisa? Porque aquilo definitivamente nunca aconteceu antes.
Era bem possível que eu estivesse alucinando, ou que tivesse tido uma espécie de ataque do coração também e já estivesse partindo dessa para uma melhor. Isso explicaria muito bem as alucinações.
– De certa forma, eu devo ter contribuído para essa situação chata entre mim e a Sofia, obrigando você e o meu marido a escolherem um lado, e claro que, por algum motivo, vocês escolheram o mesmo... – Ela diz sem especificar exatamente sobre a qual lado estava se referindo, mas era óbvio e sempre seria.
– Marta, sobre esse assunto... eu... – Tento começar outra vez, mas ela me corta novamente.
– Você levou isso de ser a madrinha dos meus filhos muito a sério, Júlia, e acho que eu nunca fui grata o suficiente por isso.
– Eu só fiz a minha obrigação... – Falo sem muitas delongas, ou empolgação. Tudo para encurtar aquela conversa e poder finalmente voltar ao meu ponto.
– Pelo João, talvez, afinal, você é a madrinha dele e nunca o faltou com nada... Mas pela Sofia, você nunca teve a obrigação de nada, até porque eu que mudei de ideia sobre você ser a madrinha dela.
– Não sei aonde você quer chegar. – Digo sem muita paciência.
A Marta sempre foi essa mulher de meias palavras, meias verdades, ambígua, enigmática e indecifrável, e aquilo estava mesmo começando a me tirar do sério.
– Júlia, por que acha que nos tornamos amigas? – A sua pergunta me pega de surpresa e me deixa meio sem chão.
– Não sei... – Respondo aquilo, sincera. – Você estava precisando de alguém para fazer os trabalhos da faculdade e... acho que eu estava precisando de alguém na minha vida. – Aquilo sai de maneira involuntária.
Nunca parei para pensar muito naquilo. Quero dizer, a Sofia foi a única pessoa capaz de me fazer questionar sobre certas coisas, e essa questão tinha sido uma delas.
– É isso... – Ela diz, parecendo emocionada de alguma maneira. – Não sei exatamente no que você acredita, mas eu acredito em destino. – Ela afirma, muito segura do que estava falando, e algo na escolha daquelas palavras, ou na forma com que estavam sendo ditas, faz os pelinhos do meu braço se arrepiarem. – Acredito que, por algum motivo, nossas vidas estavam destinadas a se cruzarem.
Eu já tinha tido aquela sensação alguma vezes, mas nunca entendi exatamente o porquê. Até ela.
– Nós sempre fomos completamente diferentes, mas nos dávamos tão bem, não foi? – Seus olhos começam a lacrimejar, e sinto os meus indo para o mesmo caminho. – De certa forma, nos complementávamos. – Ela ri com a voz embargada. – Eu sempre precisei de você, porque... – Ela hesita por meio segundo. – Você sempre foi uma pessoa melhor do que eu... Melhor nos trabalhos, melhor com os amigos, melhor com o meu marido, melhor com os meus filhos...
– Marta, isso não é... – Tento negar aquilo, mas acabo me perdendo nas palavras, sentindo-me completamente atordoada e confusa.
O que não era para menos, afinal, eu nunca tinha visto a minha amiga agir daquela maneira. A Marta nunca escondeu de ninguém que se achava melhor do que qualquer pessoa, e, mesmo sendo sua melhor amiga, eu continuava sendo apenas uma dessas pessoas.
– Por favor, não seja modesta, querida. – Ela sorri sem mostrar os dentes. – Tá aí uma coisa que você não faz tão bem... Nunca assume suas qualidades. – Ela sorri para o vazio. – O que você me disse no hospital, e tudo o que você fez pelos meus filhos nos últimos dias... pelos dois, sem preferência ou distinção, me tocou de verdade. – Diz, emotiva, e aquilo me afeta da mesma forma. – Eu só queria poder te agradecer por isso. Por ser essa pessoa para minha família... Por ser essa pessoa em nossas vidas. – Aperta minha mão sobre a mesa. – O que me fez pensar que não teria pessoa melhor para ser a madrinha de crisma do João, do que você. – Ela olha no fundo dos meus olhos e sei quando está sendo completamente verdadeira, o que era bem raro de acontecer, mas aquele era um desses raros momentos, com certeza.
– Eu queria muito isso, Júlia, queria muito poder retribuir de alguma forma todo o carinho que você teve com cada pessoa da minha família, pelo cuidado que você sempre teve nas palavras, nas atitudes... Por você ter sempre mediado tudo tão bem... Se essa família não foi para os ares, e se manteve unida, foi por sua causa.
Procuro segurar as minhas lágrimas enquanto tento definir tudo o que estou sentindo nesse momento.
– Você também faz parte dessa família, querida, na verdade, sem você, nada seria da mesma forma. – Ela termina de dizer aquilo ao mesmo tempo em que algumas lágrimas despencam dos meus olhos. – Eu só queria reafirmar isso, que você faz parte dessa família tanto quanto qualquer um de nós.
Tento responder alguma coisa, mas minha voz não sai. Ela percebe isso, porque continua:
– Posso te dar uns dias pra você pensar direitinho, temos um pouco mais de um mês, afinal, mas... Seria importante que você não demorasse tanto assim na resposta, porque você sabe como gosto de organizar tudo com antecedência... – Ela vai emendando uma coisa na outra, me deixando completamente sem palavras, ou reação.
– Mas o que você queria me dizer, meu bem? – Pergunta, desconcertada, com os olhos ainda marejados.
– Eu só queria dizer que... – Droga. – Eu que agradeço por ter tido a oportunidade de fazer parte da sua família. – Aquilo não era mentira, e ao mesmo tempo era uma das piores.
Continuar com aquilo era continuar enganando a todos, mas, principalmente, enganando a mim mesma e indo contra a minha própria verdade. Fico com ela entalada na garganta e sinto que estou prestes a gritar.
– Bem... Então isso é um sim? – Sua pergunta sai entusiasmada, com um sorriso que parece sincero no rosto. – O seu aniversário vai cair um dia depois da cerimônia... Então pensei em fazer uma festa nesse dia, para comemoramos o dia do João e o seu... Então, o que me diz? Me deixa fazer essa festa para vocês e... O mais importante de tudo, você aceita ser a madrinha do João Pedro, de novo?
– É, acho que isso não vai me matar. – Digo ainda com a voz embargada e com algumas lágrimas prestes a trasbordar novamente.
Coisas piores me matariam antes disso.
Não acredito que tinha sido manipulada mais uma vez. E eu nem quero pensar em como a Sofia vai se sentir quando eu disser que não consegui dizer a verdade. Que falhei, que fui fraca mais uma vez.
Eu só espero que ela possa me perdoar, porque eu provavelmente jamais me perdoaria.
Fim do capítulo
Boa noite, leitoras do meu coração! ???
E então, vocês acharam que a Júlia iria conseguir contar, ou acharam que ela ia dar para trás? Kkkkk
A pobre ainda não está preparada, mas um dia ela chega lá (tomara, né!?) kkkkk
Fiquem atentas aos próximos capítulos, porque vai rolar alguns babados nessa cerimônia de crisma e na festa de aniversário da Júlia, aguardem! ?
Ainda prevejo um pouco mais de 10 capítulos pela frente, mas em breve já chegaremos em alguns capítulos decisivos. Então, quando a história estiver se encaminhando para acontecimentos finais, vou avisando pra vocês. Por esse motivo, se atentem aos meus comentários que deixo aqui e no meu Instagram (@alinavieirag).
E não esqueçam de favoritar a história!
E de me favoritar como autora!
E de comentar!
Como vocês já sabem, leio todos os comentários e fico extremamente feliz com cada um deles. Além de ser, de fato, o melhor termômetro para me ajudar a saber como a história está chegando para vocês!
Mais uma vez, obrigada por estarem comigo durante todo esse tempo! (Sei que não é fácil ter que esperar uma semana para o próximo capítulo, por isso sou eternamente grata por quem não deixou de acompanhar!)
Obrigada pelos comentários, pelo engajamento, pelo carinho e por tudo!
Então é isso, até o capítulo 33 (que já é o da cerimônia de crisma!)
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S2 jack S2
Em: 01/09/2024
Gente do céu!! Eu estava lendo e o coração estava batendo tão acelerado quanto o da Júlia...que situação! Mas ela ou elas PRECISAM contam a verdade, deve ser horrível viver com essa sensação. Ansiosa pelo próximo capítulo...
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isabellecarolyne1
Em: 30/08/2024
No fundo acredito que a Marta desconfia e só fez isso por medo da verdade. E acredito que ela vai convidar o Clóvis mais uma vez pra poder tirar isso a limpo.
Uhull estou ansiosa
Vem capítulo 33.
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Zanja45
Em: 28/08/2024
Não é fácil esperar, porém em tudo na vida tem que aguardar, pois há o espaçamento entre as ações. Por mais que queiramos que o tempo se abrevie com num passe de magica não é assim que acontece as coisas. Até, porque, também temos que ter tempo de digerir aquilo que estamos lendo e comentar. Além disso, tem a questao que os autores tem outras funções e para isso precisa se subdividir entre as tarefas, para dar conta de estar todas as semanas nos presenteado com capítulos maravilhosos. Então, o trabalho é constante e árduo. Nesse sentido, fico grata pelo que você pode ofertar, ainda mais que sei de seu empenho e dedicação em estar estar nos proporcionando o melhor conteúdo.
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Zanja45
Em: 28/08/2024
Eu sei perfeitamente que você lê todos os comentários, Alina. Consigo visualizar isso quando vejo algo que remete ao que disse nos feedbacks. E você está entre umas das escritoras com mais leituras, não é o acaso. Acredito que tem relação direta com o que escreve e também é fruto de sua interação com seu público. Pois, você está sempre aberta a ouvir as opiniões e sugestões também.
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Zanja45
Em: 28/08/2024
Oi, Alina, estarei aguardando ansiosamente, mas já vou logo avisando se terei coração para suportar esse momentos vindouros, não. Pois todas as vezes que ouço notícias que esta se aproximando dos desfechos finais, meu coração falha nas batidas. Por isso, não sei se vou ter fôlego para ler os capítulos finais, todavia vou preparar bem esse coraçãozinho para quando chegar a hora tão temida pra mim (o final) eu possa suportar de boa. Hahaha!
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Zanja45
Em: 27/08/2024
O que será mesmo que vai rolar nessa festa de crisma de João Pedro. Estou é muito curiosa pra saber o que vai rolar. Esse suspenso todo, mostra que as coisas vão ser sérias. - não vai prestar. Eu apostaria que essa confusão vai ser entre Marta e Júlia?! Será?! Ou Sofia e Marta?! Ou Marta, Sofia e Júlia?! Difícil prever. Melhor nem fazer aposta. Vou é ficar de camarote
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Zanja45
Em: 27/08/2024
A pobre ainda não está preparada, mas um dia ela chega lá (tomara, né!?) kkkkk
Resp.: kkkk! Ela não estava pronta pra falar, mas valeu a tentativa. Só faltou um pouquinho pra conseguir o que queria, mas Marta é um demolidor, sai arrasando como tudo que encontra pela frente -, toma todos os espaços possíveis - Num tabuleiro de xadrez Marta seria equiparada a "dama", pois a "bicha" sabe como fechar o cerco.
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Edilma Silva de Andrade
Em: 27/08/2024
Como sempre Marta se mostrando o quanto manipula a Júlia. Seu Olavo sabe da filha e Júlia, só deixou a isca para as meninas. Sofia vai mais uma vez ficar com raiva da mãe pelo modo de manipular a Júlia. Essa festa vai ser babado.
Cada semana que entra minha ansiedade pelo capítulo aumenta.
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Zanja45
Em: 26/08/2024
E então, vocês acharam que a Júlia iria conseguir contar, ou acharam que ela ia dar para trás? Kkkkk
Resp.: Eu acreditei veementemente que ela ia dar pra trás, mas o ocorreu foi justamente o contrário,. Marta que como sempre roubou a cena e não deixou Júlia tentar se expressar da forma que ela queria.
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nath.rodriguess
Em: 25/08/2024
AAAAAAAAAAAAAAAA mulher, quer me matar de ansiedade? to amando essa história a cada dia
eu acho que o pai da Sofia já sabe, só jogou o verde
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patty-321 Em: 05/09/2024
minha mente