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  • Ela não é a minha tia
  • Capitulo 31 – Um medo?

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Ela não é a minha tia por alinavieirag

Ver comentários: 21

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Palavras: 3787
Acessos: 1975   |  Postado em: 18/08/2024

Notas iniciais:

Ooooi, leitoras, espero que estejam tendo um bom início de noite!
Boa leitura!

Capitulo 31 – Um medo?

 

 

Sofia

 

– Você quer comer alguma coisa? – Minha mãe se senta do meu lado, na última fileira de cadeiras da sala de espera, e eu me encolho. – Trouxe essas barrinhas de cereais... – Diz mostrando as embalagens.

Fazia umas duas horas que a Júlia e meu irmão tinham ido embora, e aquela era a primeira vez que minha mãe se direcionava a mim desde o momento em que cheguei aqui, ainda pela manhã.

– Não, não estou com fome. – Sou sincera.

Eu não comia nada desde o café da manhã, mas não senti a menor vontade desde que vim para cá.

– Bem, nem eu. – Ela guarda as barrinhas de volta na bolsa e um silêncio se instaura, me deixando bastante desconfortável.

Tinha até me esquecido dessa sensação, porque fazia meses que eu vinha evitando ficar a sós com a Dona Marta. É como se a qualquer momento ela fosse falar mal do meu cabelo, da minha roupa, de alguma atitude minha ou qualquer coisa relacionada a mim que aparentemente a incomodava de alguma forma.

Eu acho meio improvável que ela fosse reclamar de algum acessório que estou usando no momento, mas já de alguma atitude minha... não me espantaria.

– A Júlia me mandou falar com você. – Ela diz de repente, cortando o silêncio desagradável com algo que possivelmente nos levaria a uma conversa que se tornaria ainda mais desagradável do que aquele silêncio. Ótimo. – Ela disse que você estava precisando de mim...

Ah, que maravilha.

Droga, Júlia, você me paga.

Sabia que essa aproximação inesperada tinha o dedo de alguém, e que esse alguém só poderia ser a Júlia, claro.

– Ela falou por falar. – Minto. – Você sabe como a Júlia é... – Deixo o resto da frase pairando no ar.

– É, eu sei. – Ela concorda, sucinta.

– Então, não precisa fazer isso por causa dela. – Sou meio ríspida, mas era verdade. Eu não queria a pena da minha mãe nem nada do tipo, não queria que ela agisse de forma diferente só porque alguém tinha mandado. – Eu tô bem. – Minto mais uma vez.

– Na verdade, estou fazendo isso por mim. – Ela diz algo que faz sentido e ao mesmo tempo não faz sentido nenhum. Minha mãe não era o tipo de pessoa que tomava alguma atitude por algum motivo além do mais óbvio: agradar a ela mesma, mas a Dona Marta também nunca foi de demonstrar qualquer tipo de afeto porque ela queria, então... – Eu deveria ter te ligado e avisado sobre o seu pai.

Isso era... O quê? Ela não tinha usado a palavra “desculpas”, mas se tratando da Dona Marta, aquilo foi o mais perto que ela chegou de uma, com certeza.

– É, deveria. – Não amenizo as coisas para ela, até porque ela nunca amenizou para mim também.

– Aposto que ele vai me xingar por eu não ter te contado, quando acordar... – Ela fala de um jeito meio emotivo, e é impossível não me lembrar de todas as coisas que ouvi e presenciei mais cedo, quando estava lá em casa. Como, por exemplo, o fato de meu pai ter dormido no sofá porque não quis acordá-la...

– Você e o papai não estão bem, né? – Resolvo ir direto ao assunto.

– Eu preferia que seu pai te contasse. – Ela se limita a dizer.

– É, mas você tá aqui comigo agora, então eu só pensei que... – Arrisco.

– É... Tudo bem. – Concorda, para minha surpresa. – Você já deve ter notado que eu e o seu pai não estamos indo bem, com todas essas viagens que ele vem fazendo... – Ela acaba jogando a culpa nele, mas minha mãe já estava agindo totalmente fora do normal, então acho que era demais pedir para que ela colocasse um pouco da culpa das coisas nela também, até porque isso nunca aconteceu antes.

– Vocês estão se separando? – Faço a pergunta mais óbvia.

– Ele queria esperar o seu irmão se formar na escola e ir para a faculdade. E você também. – Ela me confidencia.

Aquilo era bem a cara do meu pai, apesar de eu não concordar.

– Se vocês não estão bem... Deveriam fazer isso o quanto antes, acho que vai ser o melhor para todo mundo, tanto pra vocês quanto pra mim e para o João. Ele já tem quase quinze anos... Ele vai entender. – Digo a coisa mais sensata.

Eu não via os meus pais bem juntos há muito tempo, se é que em algum momento eu já tinha visto. Aquilo parecia a coisa mais coerente que eu poderia pensar.

E então, simplesmente e absolutamente do nada, minha mãe me abraça.

Isso mesmo.

Fico completamente sem reação enquanto tento encontrar algum lugar para enfiar meus braços. Quantas vezes eu já quis que ela me abraçasse assim? Só que agora, depois de tudo o que já tinha acontecido – e deixado de acontecer – entre nós duas, parecia tarde demais, e o que era para ser agradável e prazeroso só me gerava um certo desconforto embaraçoso.

– Sra. Furtado? – Uma mulher de jaleco branco, que deduzo rapidamente se tratar de uma das médicas, surge atrás de nós duas, nos liberando do momento vergonhoso.

– Sim. – Minha mãe responde de prontidão.

– Liberaram uma pessoa para ver o Sr. Furtado agora. – Ela diz com uma calma e tranquilidade admiráveis. – Preciso informar que ele continua desacordado, no entanto.

– Vai você. – Minha mãe se direciona a mim para dizer aquilo. – O seu pai iria gostar de te ver. – É tudo o que ela diz, me deixando sem reação por alguns instantes.

– Obrigada. – Respondo meio sem jeito antes de me levantar.

A minha mãe me devia aquilo, depois do que ela me fez hoje e em tantos outros dias, mas por algum motivo, resolvo agradecer. Sei que, por alguma razão, ela devia estar fazendo um esforço descomunal para me tratar daquela maneira agora.

A médica – que pelo seu crachá vejo que se chama Bianca – me dá um adesivo de identificação para que eu cole na minha camiseta e me guia pelo hospital até chegarmos em uma portinha escrito “UTI”.

– Bem, vou deixar vocês a sós. – Anuncia com um sorrisinho educado. – Você terá uns quinze minutos. – Me avisa. – Se precisar chamar uma das enfermeiras, é só apertar aquele botãozinho. – Indica o tal botão com a ponta do indicador.

– Ok. – Olho para ela antes de caminhar na direção do meu pai. – Obrigada. – Agradeço instantes antes dela sair.

– Pai... – As lágrimas escorrem involuntariamente no momento em que me sento em um cantinho da maca, ao seu lado, e envolvo a sua mão grande com as minhas.

Por algum motivo, o contraste das minhas unhas coloridas – pintadas uma de cada cor – com a sua pele “sem vida” me faz chorar ainda mais.

Vê-lo imóvel e com tubos por toda a parte me choca mais do que imaginei que me chocaria, mas não podia deixar de estar aqui.

Por isso não me arrependo.

– Me desculpa, me desculpa por não estar lá quando você... – O choro se aloja no fundo da minha garganta conforme vou imaginando o que se passou na sua cabeça quando percebeu que iria desmaiar. – Eu queria estar com o Senhor quando te trouxeram pra cá. – Digo como se ele pudesse me escutar.

Mas uma parte minha implorava para ele estar ouvindo e me sentindo ali, de alguma maneira.

– Bem... eu estou aqui agora. – O abraço com todo o cuidado, por cima dos fios e dos tubos. – Pai... eu tive tanto, tanto medo. – Digo com a bochecha encostada em seu peito. – Medo de você nos deixar antes de ver o João se formar no ensino médio... – Choro mais copiosamente conforme as palavras escapam pela minha boca. – Ou antes de saber que estou tão feliz, pai, tão feliz como nunca tive, e com a Júlia... Eu queria tanto, tanto que o Senhor soubesse, queria tanto poder dividir essa minha felicidade com você. – Digo conforme olho para aquela pequena tela ao seu lado, indicando seus batimentos cardíacos e outros números e informações que eu não entendia. – Quero que você ainda nos veja casando... – Sorrio para ele, sentindo o gosto salgado (e amargo) de cada lágrima. – Não, melhor... eu quero que você nos leva no altar. Eu exijo isso, entendeu? – Olho para ele, que permanece imutável naquela maca.

– Você ainda vai ver as nossas filhas crescerem... – Divago mais alto e vou ainda mais além. – Não sei como, mas eu vou dar um jeito de tê-las. – Afirmo e confidencio aquele meu desejo para ele, algo que eu não tinha dito para ninguém, nem mesmo para a Júlia. – Uma vai ser a minha cara, com os cabelos escuros como os meus, e a outra será loirinha como a Júlia. Você já imaginou a coisa mais linda e fofa que vai ser termos uma mini Júlia? – Rio entre lágrimas.

Mas o seu silêncio não deixa com que eu me sinta feliz nem por um milésimo de segundo.

– E o Cinema... – Volto um pouco para realidade e retomo a chorar ao me dar conta dela. – Você não pode partir antes de me ver formada. – Acaricio sua mão e sorrio fraco. – Sei que ainda posso deixar o Senhor tão, tão orgulhoso. – As lágrimas escorrem pela minha bochecha até despencarem na maca, ao seu redor. – Não ouse me deixar agora. – Minha voz sai engasgada, uma ameaça que ameaçava mais a mim mesma do que qualquer outra coisa. – Não ouse me deixar agora... – Repito aquilo inúmeras vezes até perder a conta.

 

xxx

 

Chego em casa, ao anoitecer, e o cheiro de comida tailandesa me atinge em cheio, fazendo com que eu perceba a minha barriga roncar pela primeira vez naquele dia. Parecia que eu tinha voltado mais de uma década atrás: Alguns colchões tinham sido colocados na sala, assim como a nossa piscina inflável, que havia sido forrada com cobertores e almofadas. Ela tinha descido a minha TV de tubo e o aparelho de VHS e estava passando “E.T. O Extraterrestre”, uma das últimas fitas que eu havia pego com o Seu Afonso.  

Parecia uma espécie de “acampamento”, muito parecido com os que a Júlia costumava a fazer quando eu e meu irmão tínhamos uns sete e três anos, respectivamente.

Já na mesa de centro, vários pratinhos haviam sido colocados em volta do prato principal: Arroz com Abacaxi à Tailandesa, que era uma espécie de Arroz Thai Jasmine salteado com carne bovina, abacaxi, vegetais frescos, omelete fininho, castanhas de caju e cebolinha. A Júlia já tinha preparado aquela receita algumas vezes e era provavelmente dali que estava saindo aquele cheiro maravilhoso.

– Sofi, ainda bem que chegou... – Ela surge da cozinha carregando uma tigela com Sunomono e uma outra que parecia conter alguma espécie de molho agridoce. – Ainda não entendi porque você não quis que eu fosse te buscar. – Ela põe as tigelas sobre a mesinha de centro, em torno do arroz.

– Eu ainda sei pegar um Uber, Jules. – Jogo minha pequena mochila em um dos sofás da sala e sorrio fraco.

Na verdade, eu só queria ficar sozinha por mais tempo assim que deu a hora de eu “me despedir” do meu pai.

 – Você tá legal? – Ela se certifica.

– Acho que vou ficar, não sei. – Digo ainda meio emotiva, cansada do dia que tinha tido e ainda abalada após o “monólogo” com o meu pai. – Você fez tudo isso por mim? – Pergunto, olhando em volta, um sorriso quase ameaçando a surgir no cantinho dos meus lábios.

– Sim, por você e pelo João, claro... mas mais por você, óbvio. – Ela sussurra a última parte e pisca para mim.

– Mana... – O meu irmão surge de algum lugar da casa e vem me abraçar. – Você conseguiu ver o pai? Como ele... – Ele para no meio da frase, carregando uma boa dose de receio em sua voz.

– Ele estava dormindo... – Amenizo aquilo, apesar de saber que meu irmão era crescido o suficiente para entender que o nosso pai estava desacordado e entubado, e não exatamente dormindo. Só que o meu “senso de irmã mais velha” acaba me fazendo dizer aquilo. – Mas ele parecia muito bem, melhor do que eu imaginei. – Continuo mentindo quando vejo a expressão desanimada e o medo pairando sobre os seus olhos. – Ei, eu tive certeza de que ele vai ficar bem. – Abraço ele novamente.

Aquilo não era verdade, eu não tive certeza de nada, pelo contrário, nunca senti tanto medo, e a incerteza do que iria acontecer fazia parte dele. Mas o que eu poderia dizer?

Olho para a Júlia e sei na mesma hora que ela reconhece a minha mentira, mas a entende, tanto que me acompanha nela:

– Eu também tenho certeza de que o pai de vocês vai ficar legal. – Ela nos envolve em uma espécie de abraço.

– Agora deixa eu ir lá tomar um banho. – Digo aquilo olhando para o João. – Eu provavelmente estou carregando uns quinhentos mil germes diferentes daquele hospital. – Brinco e forço um sorriso falso para animá-lo. Até que funciona, já que ele sorri de volta para mim.

Daqui alguns minutos eu sentaria com eles e me esforçaria para tentar passar esperança e fazer o que uma boa irmã mais velha deveria fazer. Mas agora eu só precisava ficar um pouco sozinha de novo e chorar talvez pela trigésima vez só naquele maldito dia interminável.

 

xxx

 

Passo o último rolinho primavera de legumes no molho agridoce e me delicio com o sabor. Eu estava realmente faminta. A Júlia me acompanha em silêncio, no sofá ao meu lado, silêncio esse que não estava sendo completamente possível devido aos roncos constantes do meu irmão vindo da piscina inflável aos nossos pés.

– Ótimo, graças a essa sua ideia brilhante de dormirmos todos juntos talvez eu não consiga pegar no sono tão cedo. – Provoco com bem menos ânimo do que o normal.

– Pelo menos a gente tem certeza de que ele tá dormindo. – A Júlia brinca de volta.

Ambas sabíamos que não tinha clima para fazermos nada ali, mas era uma boa brincadeira, de qualquer maneira.

– É verdade. – Tento sorrir, mas algo continua comprimindo a minha garganta. – Eu senti tanto medo hoje, Júlia. – Despejo aquilo.  

– Eu sei, amor. – Ela faz um cafuné na minha cabeça enquanto me chama daquele jeito de novo (era a segunda vez que me chamava assim só hoje) e eu derreto bastante.

Em outro contexto, eu estaria aos pulos e pegaria no pé dela até amanhã de manhã por isso. Mas, por enquanto, só me deixo ser envolvida por aquela palavra, mantendo-a guardada em nossa frágil bolha. 

– Ainda tô morrendo de medo, na verdade, mas eu não queria que o João Pedro percebesse. – Digo ao olhar o meu irmão em um sono profundo, relaxado de verdade pela primeira vez desde o hospital. – Queria passar um pouco de segurança, mas...

– Eu sei. – Ela afaga meus cabelos ao notar que eu estava prestes a chorar, de novo. – Ei... – Afasta algumas mechas para o lado e alisa minhas bochechas com a ponta dos dedos. – Comigo você não precisa ser forte o tempo inteiro, sabe disso, né?

Eu aceno com a cabeça, apenas para que o assunto morra ali. Odiava a ideia de demostrar fragilidade, mesmo que fosse para a Júlia, principalmente para ela, na verdade. A última coisa que eu queria é que ela me visse como uma garotinha indefesa.

– Um medo... – Ela fala, de repente, e aquilo quase me arranca um sorriso. Quase.

Aquela era uma brincadeira nossa. Fazia algum tempo que não fazíamos, talvez desde o ano novo, quando nossa relação começou a mudar definitivamente e não cabia mais em brincadeiras despretensiosas. Mas antes disso, costumávamos a fazer esse e outros tipos de desafios direto.

Esse era assim: Nós começávamos falando algo que nos dava medo (a primeira coisa que vinha na mente) até chegarmos na melhor resposta, ou seja: em um medo que superava todos os outros que tínhamos falado anteriormente. O acordo era não julgar o medo da outra, nem emitir qualquer opinião até o jogo acabar.

Era engraçado ela sugerir isso agora. Sei que não tinha sido por acaso. Esse era o jeito dela de ser gentil de todas as formas que poderia, me distraindo e ao mesmo tempo dizendo que eu poderia abrir o meu coração, porque ela abriria o dela, por mim.

– Eu começo... – Ela diz ao notar o meu silêncio. – Morrer sem ir a um show do Coldplay. – Ela diz e eu acabo sorrindo, um sorriso que há algumas horas atrás parecia impensável.

– Morrer sem ir em um show da Taylor Swift. – Eu digo e ela sorri de leve também.

– Passar os meus últimos dias de vida trabalhando naquele escritório. – Ela confessa e eu acaricio as costas da sua mão.

Aquelas coisas não eram nenhum segredo, pelo menos, não para nós duas. Já tínhamos compartilhado aquelas angústias uma porção de vezes. Por isso confiávamos tanto uma na outra, e nos conhecíamos tão bem.

– Morar com a minha mãe para sempre. – Digo mais uma coisa óbvia.

Era bom começar pelas coisas seguras.

– Morrer e não ter nada depois, nem paraíso ou inferno. – Ela diz aquilo olhando para frente, para algum ponto qualquer da nossa sala. – Sem céu, sem pensamentos... nada, apenas o fim. – Ela diz a primeira coisa que ainda não tinha me dito antes.

– Nossa, isso é tão triste... – Concordo. – Mas eu tenho uma coisa que me deixa ainda mais triste do que pensar nisso: alguém tentar me afastar de você e... você não conseguir ser forte o suficiente... enquanto ainda estamos vivas nesse plano. – Digo aquela parte final para suavizar todo o resto. Ela franze o cenho, como se sentisse um pouco de dor, mas não responde nada. Ao contrário disso, segue com a “brincadeira”:

– Você perceber que eu tenho mais falhas do que qualidades... E que o que você vê em mim hoje é só um reflexo da admiração que sentia quando era criança... por me ver como uma referência, por achar que eu era como a Xuxa ou por acreditar que eu poderia ser mesmo uma heroína com seus superpoderes ou qualquer merd* assim. – Ela solta aquilo do nada, com um sorriso engasgado.

Assim como o seu último medo, ela nunca tinha me dito aquilo também. Penso em responder, mas eu ainda tinha algumas coisas desse tipo para dizer, que provavelmente não diria em outra ocasião, então aproveito a deixa.

– Você se dar conta de que, na verdade, só estava querendo experimentar comigo. E depois que se cansar, voltar para o Clóvis, com quem pode ser vista realmente, ou para qualquer cara, ou mulher, sei lá... – Me encolho um pouco, mas não poderia dizer que não estou me sentindo mais leve depois de confessar aquilo.

Ela balbucia alguma resposta, mas parece mudar de ideia nos instantes seguintes. Chutaria que ela também tem mais a dizer, pela expressão em seus olhos.

– Você fazer terapia daqui a alguns anos e descobrir que o que sente por mim é um tipo de transferência que você não sentiria caso a Marta... você sabe, não fosse do jeito que ela é.

– Tá brincando? – A interrompo, dando um fim ao nosso jogo.

Não podia deixar com que ela continuasse acreditando naquilo.

O que fez eu me sentir atraída pela Júlia até poderia estar relacionado a isso, de alguma maneira – só um psicólogo para me dizer, ou talvez, nem ele. Tenho quase certeza de que nem mesmo um profissional julgaria algo assim – mas o que eu sentia por ela agora, nesse momento, era amizade, amor, cumplicidade, um pouco de admiração, sim, mas apenas pelo reconhecimento da mulher foda que eu sei que ela é.

A Júlia é carinhosa, me respeita e eu me sinto amada na mesma medida. Eu até poderia sim precisar de terapia para resolver algumas questões ligadas à minha mãe, mas eu não precisava de terapia para saber que o que eu tenho com a Júlia está me fazendo um bem que ninguém nunca foi capaz de fazer por mim antes.

Isso é algo que só eu mesma poderia saber, ou sentir.

– Eu posso ter a cabeça fodida, mas eu te... eu gosto de você de verdade, Júlia Almeida. – Digo aquilo e ela sorri um pouquinho. – Inclusive, a Dona Marta até que me tratou bizarramente e razoavelmente bem depois que você foi embora, por algum motivo, e eu continuo gostando de você mesmo assim... louco, né? – Opto pelo meu lado sarcástico. 

Funciona, porque ela sorri mais uma vez.

– Eu não estou experimentando com você. – É a sua vez de responder a um dos meus medos. – Bem, eu posso até ter “experimentado” – diz fazendo aspas no ar – mas no sentido de que você foi a primeira pessoa para quem eu me entreguei de verdade e experimentei sentir todas essas coisas. – Ela acaricia a minha mão conforme me revela aquilo. – Eu aposto que você já sabe disso, Sofi, mas eu nunca te usaria, porque... Você é a pessoa mais importante da minha vida.

 Abraço ela, como quem quisesse dizer um “muito obrigada”. Fico com a vontade de que ela também negue minha afirmação anterior (sobre alguém ser capaz de nos separar) entalada na garganta. Mas, por algum motivo, resolvo não colocar aquele meu desejo para fora, talvez pelo medo da resposta.

O telefone residencial da casa toca nesse instante, nos tirando do nosso abraço. A Júlia se levanta rapidamente e não o deixa tocar mais de duas vezes, possivelmente para não acordar o João.

– Marta? – Pergunta com os lábios contra o aparelho, e meu coração palpita no peito, aflito. – Ah! – Ela exclama. – Claro, eu vou avisar aos dois, pode deixar. – Ela termina de dizer aquilo e desliga o telefone.

Seu olhar iluminado para mim já revela tudo o que eu precisava saber, mas ela o diz mesmo assim:

– O seu pai acordou.

Fim do capítulo

Notas finais:

Boa tarde/noite, leitoras do meu coração!

Queria fazer um pedido pra vocês, será que posso? Kkkk

Um dia desses, vi que apenas 30 pessoas favoritaram a história, e somente 12 me favoritaram como autora, sendo que eu tenho pelo menos umas 1.000 leitoras constantes aqui.

Vamos aumentar esse número durante essa semana?

Vou ficar imensamente feliz e grata! Sério mesmo!

Semana que vem, volto com os números atualizados pra vocês, pode ser?

Agora voltando ao capítulo de hoje... Esse foi mais um capítulo com uma certa carga dramática, porque achei necessário explorar e aprofundar algumas questões.

O que estão achando?

O que acharam do "monólogo" que a Sofia teve com o pai?

E da conversa sobre os medos, com a Júlia?

E a Júlia chamando a Sofia de amor?? 

Confesso que estou bastante ansiosa para os próximos capítulos, pois acontecimentos importantes estão vindo aí! Se preparem!

Não esqueçam de favoritar a história e de me favoritar como autora!

E de comentar!

Sinto falta de algumas leitoras que andam sumidas por aqui, hein? 

Leio todos os comentários e fico extremamente feliz com cada um deles. Além de ser, de fato, o melhor termômetro para me ajudar a saber como a história está chegando para vocês!

Mais uma vez, obrigada por estarem comigo durante todo esse tempo! E obrigada pelas leitoras que estão chegando agora!

Obrigada pelos comentários, pelo engajamento, pelo carinho e por tudo!

Então é isso, até o capítulo 32! 


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Comentários para 33 - Capitulo 31 – Um medo?:
S2 jack S2
S2 jack S2

Em: 01/09/2024

Estou adorando a forma como a história está se desenrolando...

Tomara que o pai da Sofia tenha ouvido toda a confissão dela...rsrs

A forma como a Júlia lidou com toda a situação e o apoio que ela deu para a Sofia foi muito bonito e de muita cumplicidade.

Responder

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nath.rodriguess
nath.rodriguess

Em: 22/08/2024

Eu não gosto de ler histórias não finalizadas pq eu fico nessa agonia aqui AAAAAAAAAAAA toda hora eu entro aqui pra ver se essa mulher já atualizou essa história, eu tô em cólicas, maldade com quem tem ansiedade kkkkkk 

Eu tô amando cada pedacinho da história, de verdade. Você escreve muito bem, parabéns. 


alinavieirag

alinavieirag Em: 04/09/2024 Autora da história
Muito obrigada, querida! Infelizmente os capítulos não estão finalizados e preciso mexer em muita coisa, toda a semana, antes de postar, por isso a demora. Mas segura a ansiedade e muito, muito, muito obrigada por estar acompanhando e gostando do que estou escrevendo!


Responder

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Edilma Silva de Andrade
Edilma Silva de Andrade

Em: 21/08/2024

Mais um capítulo maravilhoso.

O pai da Júlia vem aí para cumprir o que a filha pediu.

Os medos das meninas são reais.

Dona Marta é mesmo um ser difícil.

Responder

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Brescia
Brescia

Em: 19/08/2024

.      Boa noite autora.

Estou achando que o pai da Sophia escutou foi tudo e voltou para ver tudo acontecer.

Espero que a Marta continue assim, mais próxima da Sophia e não queira separá-las, elas são feitas para estarem juntas, almas gêmeas.

Responder

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SeiLá
SeiLá

Em: 19/08/2024

Bah, q reviravolta autora, amando as suas escolhas!

Responder

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Zanja45
Zanja45

Em: 19/08/2024

Confesso que estou bastante ansiosa para os próximos capítulos, pois acontecimentos importantes estão vindo aí! Se preparem!

RESP.: Amo esses suspensizinhos que minha autora predileta deixa no ar. Vou ficar aflita esperando o que vai acontecer.

Responder

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Zanja45
Zanja45

Em: 19/08/2024

E a Júlia chamando a Sofia de amor?? 

Ah, foi muito lindo e fofo ao mesmo. Que pena que Sofia não pode ser recíproca com ela, pois já aconteceu de ela chamar ela assim pela segunda vez.

Responder

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nath.rodriguess
nath.rodriguess

Em: 19/08/2024

Que história maravilhosa, gente. Principalmente por Sofia ser uma swiftie, mas é impossível não se apaixonar pela Júlia, ela é uma personagem totalmente bem escrita e desenvolvida. 

Responder

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Mmila
Mmila

Em: 19/08/2024

Começando a aparar as arestas em um "conversa ".

Mãe da Sofia, sendo "a mãe da Sofia de sempre".

Aguardando o próximo capítulo o desenrolar dessas situações.

Responder

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Zanja45
Zanja45

Em: 19/08/2024

E da conversa sobre os medos, com a Júlia?


Resp.: Foi muito interessante, porque distraiu Sofia um pouco, já que ela estava muito ansiosa, tentando ser forte por ela e pelo irmão, por conta que ela não tinha muita certeza do poderia acontecer a seu pai. Todavia esse jogo, a priori serviria apenas como pano de fundo, para tentar distrair Sofi de suas angústias, acabou que ele alcancou outros patamares da vida delas, ainda não colocado as claras. Como a Sofia explanou pra Julia que ela tinha medo, que fosse apenas uma novidade para ela- uma experimentacao- , já Julia abordou a questão da admiração que Sofia tinha e sempre teve por ela, acabasse de certa forma confundindo os sentimentos, e de repente se desse conta que era só transferência de carência. Foi muito válido ter essa troca de confidências. Foi muito bom para o fortalecimento do enlace das duas, pois ficou evidenciado os pontos mais temidos que afligia a relação de ambas.

Responder

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Zanja45
Zanja45

Em: 19/08/2024

O que acharam do "monólogo" que a Sofia teve com o pai?

Resp.: Muito emocionante! Essa confissão de Sofia para Sr. Olavo, me deixou com lágrimas nos olhos, foi muita linda a forma como ela se dirigiu ao pai, falando de suas expectativas futuristas, do medo que o pai partisse sem chegar a tempo de ver João Pedro se formando no ensino médio, dela não ter ainda se graduado em Cinema, de ele não saber de sua grande paixão ser a Júlia e até mesmo de não presenciar o nascimento das filhas delas. - Essa parte muito fofissima- Sofia gerando uma menina com as características de Julia e virse- versa.. Foi um marco importantíssimo desse monólogo, porque até então não sabíamos desse desejo de Sofia..

Responder

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Zanja45
Zanja45

Em: 19/08/2024

O que estão achando?

Resp.: Achei o máximo, principalmente essa aproximação que Marta fez junto a filha. Foi uma atitude inesperada por parte dela, mas, como se diz, as coisas não permanecem estáticas para sempre, em algum momento a pessoa vai ser impulsionada por algumas palavras que escutou- Nesse caso, as palavras que Julia disse a ela, conseguiu penetrar fundo no coração de Marta e romper as barreiras que envolvia a mente da mãe de Sofia. E tanto que presenciamos uma mudança palpável nas atitudes dela.

Responder

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solbezerra
solbezerra

Em: 19/08/2024

Capítulo maravilhoso, sempre é preciso abordar esse tipo de assunto. 

Creio que o pai dela lembrará de tudo que ela falou enquanto ele estava "dormindo".

Que venha o próximo capítulo 

Responder

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Zanja45
Zanja45

Em: 18/08/2024

Agora voltando ao capítulo de hoje... Esse foi mais um capítulo com uma certa carga dramática, porque achei necessário explorar e aprofundar algumas questões.

 

Resp.: Foi muito pertinente e necessária as abordagens realizadas, pois a muito a ser explorado no contexto da relação mãe e filha, porque é algo muito delicado, pois afeta a forma de como a família foi desistruturada, desde a fase pueril de Sofia, em que ele viveu em situação de abondono pela mae e nessitamos compreender o porque tudo isso aconteceu. No capítulo de hoje, vimos uma Marta a princípio querendo se eximir da preocupação, visto o jeito de Sofia em face ao estado do pai, porém o que ocorreu em seguida nos deixou perplexas com a atitude inimaginável de Marta, se abrindo com Sofia, de certa forma abrindo seu coração, expondo a situação conjugal dela e o inusitado ocorrendo, ela dando um abraço na filha. Essa atitude dela, apesar de não ser recíproca por parte de Sofi, - por que a muito aprendeu a se resguardar- foi muito significativo partindo de Marta. Entrentanto a filha ainda não está aberta a receber isso que veio por parte da mãe com algo natural,que era para ser desse jeito. Todavia, foi fundamental para tentar resgatar os vínculos afetivos entre elas.Sabemos, que será um caminho árduo para a reconciliação, mas levando em conta o imenso amor que permeia o coraçãozinho de Sofi, que e gentil, amável, não demorara a dar uma segunda chance para a mãe. Só resta a ela dar tempo ao tempo para alcançar o coração da filha outra vez.

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Em: 18/08/2024

Agora voltando ao capítulo de hoje... Esse foi mais um capítulo com uma certa carga dramática, porque achei necessário explorar e aprofundar algumas questões.

Resp.: Foi muito pertinente e necessária as abordagens realizadas, pois a muito a ser explorado no contexto da relação mãe e filha, porque é algo muito delicado, pois afeta a forma de como a família foi desistruturada, desde a fase pueril de Sofia, em que ele viveu em situação de abondono pela mae e nessitamos compreender o porque tudo isso aconteceu. No capítulo de hoje, vimos uma Marta a princípio querendo se eximir da preocupação, visto o jeito de Sofia em face ao estado do pai, porém o que ocorreu em seguida nos deixou perplexas com a atitude inimaginável de Marta, se abrindo com Sofia, de certa forma abrindo seu coração, expondo a situação conjugal dela e o inusitado ocorrendo, ela dando um abraço na filha. Essa atitude dela, apesar de não ser recíproca por parte de Sofi, - por que a muito aprendeu a se resguardar- foi muito significativo partindo de Marta.Entrentanto a filha ainda não está aberta a receber isso que veio por parte da mãe com algo natural,que era para ser desse jeito. Todavia, foi fundamental para tentar resgatar os vínculos afetivos entre elas.Sabemos, que será um caminho árduo para a reconciliação, mas levando em conta o imenso amor que permeia o coraçãozinho de Sofi, que e gentil, amável, não demorara a dar uma segunda chance para a mãe. Só resta a ela dar tempo ao tempo para alcançar o coração da filha outra vez.

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Zanja45
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Em: 18/08/2024

Semana que vem, volto com os números atualizados pra vocês, pode ser?

Resp.:  Simmlaughing

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Zanja45
Zanja45

Em: 18/08/2024

Vou ficar imensamente feliz e grata! Sério mesmo!

Resp : Eu acredito nisso autora, por isso vou fazer das " tripas corações" para que a felicidade seja implantada na sua alma e estampada na sua face.

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Zanja45
Zanja45

Em: 18/08/2024

Vamos aumentar esse número durante essa semana?

Resp. : Estou dentro e aceito esse desafio. Como sugestão, para que surta o efeito esperado( poderia fazer um vídeo ou printar  explicando o passo a passo). Porque num universo de 1000 pessoas possa ser que haja algumas que ainda não saiba como fazer - lo.

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Zanja45
Zanja45

Em: 18/08/2024

Um dia desses, vi que apenas 30 pessoas favoritaram a história, e somente 12 me favoritaram como autora, sendo que eu tenho pelo menos umas 1.000 leitoras constantes aqui.

Resp.: Não é possível o negócio desses. Gente, vamos dar um " gás" e dedicar um tempinho, a pelo menos duas coisas:

1 - Favoritar a autora,

2- Favoritar a história.

P.S.: Para quem ainda não está por dentro, vale lembrar que aqui no Lettera só será necessário vocês realizarem esses passos apenas uma única vez, que já valerão pela história completa. - Ou seja não é preciso que a cada publicação de capítulo vocês façam isso.

 

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Zanja45
Zanja45

Em: 18/08/2024

Queria fazer um pedido pra vocês, será que posso? Kkkk

Resp.: Claro que sim! Se tiver ao meu alcance atenderei a todos os pedidos que desejar.( Não sou o Aladim com sua lâmpada mágica, porém mesmo farei um esforço redobrado). Rsrsrsrs!

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Zanja45
Zanja45

Em: 18/08/2024

Boa tarde/noite, leitoras do meu coração!

Resp: oi, caríssima autora, muito boa noite!laughing

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