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Artem por Maysink

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Palavras: 2370
Acessos: 1110   |  Postado em: 21/08/2024

Capitulo VII

A semana não poderia ter começado pior. Além das inúmeras reuniões que me aguardavam, recebi a desagradável notícia de que tinham invadido o museu durante a madrugada anterior. Para meu alívio, não haviam levado nada de valor – fato muito curioso, mas os prejuízos, consequência do arrombamento do portão do depósito junto a burocracia com a seguradora me renderam uma dor de cabeça incessante. Minha manhã tinha sido uma sucessão de trâmites desgastantes regados a doses excessivas de cafeína e suspiros cansados. As lembranças maravilhosas do fim de semana e a satisfação pelo sucesso do primeiro evento foram completamente ofuscadas com tanto estresse. Sabrina tentava manter a situação sob controle, me ajudando o quanto podia, mas era evidente o quão tensa ela também estava. Entre lidar com a reparação dos danos e reforçar a segurança do museu, estávamos trabalhando arduamente para que nenhuma notícia vazasse e comprometesse o brilho promissor da inauguração do Essentia. 

Depois de designarmos uma pequena equipe de confiança para a manutenção dos danos ocorridos, Sabrina acompanhava incansavelmente os principais veículos de comunicação, enquanto eu aproveitava para checar, pela milésima vez, se nenhuma obra havia sido danificada ou roubada. 

Apesar de estar preocupada com a integridade dos trabalhos artísticos, a curiosidade me açoitava. O vídeo de segurança mostrou todo o empenho das quatro pessoas encapuzadas para entrar nas dependências do prédio, danificando algumas câmeras pelo caminho. Não pouparam esforços para destruir o portão de aço que guardava a entrada pelas docas. Mesmo depois de verificar minuciosamente o inventário e o armazém principal, a constatação de que nada havia sido levado não me deixou nenhum pouco aliviada. Tinha milhões naqueles corredores. Obras tão valiosas que sequer daria para contabilizar. Porque ter todo aquele trabalho para não levar absolutamente nada? Não fazia o menor sentido! 

Passei horas analisando cada detalhe dos vídeos de segurança que conseguimos recuperar. As imagens estavam distorcidas graças ao estrago nas câmeras, mas era possível ver como foram meticulosos, quase como se estivessem buscando por algo específico. Não estavam apenas quebrando equipamentos e arrombando portas, havia uma intenção calculada. Após refazer os passos dos invasores pela tela do tablet em minhas mãos, me sentia cada vez mais intrigada. Algo não se encaixava. O portão de aço por si só era uma barreira significativa. E se a tentativa de invasão não tivesse sido um simples ato de roubo ou vandalismo? Talvez o objetivo não fosse o roubo em si, mas sim, algo mais simbólico.

Enquanto investigava mais a fundo, comecei a notar padrões sutis nos vídeos. Pequenos detalhes que antes tinham passado despercebidos, e, agora pareciam cruciais: o estranho comportamento observador de um dos invasores, mais analítico do que os outros, o caminho exato para a administração seguido despretensiosamente. Havia algo específico que eles estavam procurando, mas o que poderia ser tão valioso quanto as obras de arte em si? Tirando os objetos artísticos, não havia mais nada de valor no prédio. Com isso em mente, meus pensamentos começaram a girar em torno das possibilidades. E se o que procuravam estivesse escondido, guardado? 

Com uma mistura de expectativa e apreensão, apressei-me em direção à minha sala, onde alguns arquivos estavam armazenados com maior segurança. Durante alguns minutos tive como companhia o som constante dos meus saltos ressoando no piso de mármore, acompanhado pela minha respiração acelerada. O interior do meu escritório estava impregnado com um cheiro doce e enjoativo, vagamente familiar – provavelmente o mal gosto viera de um dos invasores. Embora o cofre parecesse intacto e sem sinais de arrombamento, ao revisar os documentos que estavam ali, percebi que faltava a cópia da descrição detalhada das exposições do Essentia. Só então percebi que os invasores não estavam interessados nas obras de arte, mas sim, em informações cruciais que poderiam comprometer todo o projeto. 

Uma sensação de urgência tomou conta de mim, apertando meu estômago em aflição com a compreensão de que aquilo se tratava de uma ameaça muito maior do que uma perda financeira. A invasão era uma tentativa deliberada de prejudicar o projeto, e, indiretamente, Adélia e eu também seríamos afetadas. Se essas informações vazassem, não só perderíamos investimento para o programa beneficente, como também a credibilidade e imagem do MAC e da instituição Zwane estaria em ruínas. Ter noção do ataque nada velado, me jogou num estado completo de torpor. Com as mãos trêmulas, acionei o comunicador em meu ouvido.

— Sabrina, preciso que marque com urgência uma reunião com os Zwane e Thomas. Tenho um palpite sobre o que está acontecendo, e por mais que seja uma mera suposição, não quero correr o risco de não fazermos algo o quanto antes. – digo apressada pelo fone, não dando-lhe tempo para qualquer resposta. Enquanto aguardava a chegada de todos, não consegui ficar parada um minuto sequer. Arrastei um painel branco pela minha sala, restruturando tudo o que poderia ser mudado tão encima da hora. Teríamos que fazer uma nova programação, e tudo o que fosse possível para dificultar qualquer sabotagem que tentassem.

Dado o desinteresse da polícia, era preferível internalizar o máximo possível das investigações, para depois de conseguir algo mais substancial então procurá-los. No silêncio opressivo do meu escritório, eu repassava pacientemente os rastros deixados. Enquanto olhava vagamente para o painel à minha frente, uma teoria se desenhava na minha cabeça. Era óbvio que eles estavam muito bem familiarizados com o trajeto até o cofre, além de saber muito bem o que procurar. Por mais que tenham sido cuidadosos em eliminar o máximo de câmeras, o ato foi específico demais. O que só podia significar duas coisas: havia um patrocinador por trás, o verdadeiro responsável, e quem quer que fosse tinha dinheiro o suficiente para garantir o sucesso daquela missão. Mas quem se beneficiaria com aquilo? 

Eu tinha minhas desconfianças!

Durante toda a minha vida, tive pouquíssimos inimigos, e a maioria deles já estava morto há muito tempo. Embora não fosse fácil passar despercebida quando se tinha uma aparência imutável, o fato de não me prolongar no mesmo lugar ajudava. Permanecer na cidade de Arantes foi uma exceção. Tinha Thomas e sua família, e agora Adélia. Porém, eu sabia o quanto estava arriscando e podia ver as consequências da minha escolha bem à minha frente. 

Não tinha certeza se fazia parte da maldição, mas algumas pessoas pareciam mais propensas a se aproximar de mim, como se houvesse um tipo de obsessão. No momento, apenas um certo casal parecia sofrer do mesmo mal. Após o tour indesejado pelas lembranças repulsivas de Cassandra, não duvidava muito de que ela fosse a responsável. Pensando melhor, parecia até que ela queria que eu soubesse, na verdade. A memória do cheiro da sala me veio à mente, o perfume horroroso sem dúvidas era dela. Como aquela mulher podia ser tão presunçosa a ponto de se denunciar tão descaradamente? Isso só deixou ainda mais claro que ela havia declarado guerra, e eu temia não ser seu único alvo.

Em menos de uma hora, a sala que antes estava ocupada pelas minhas divagações agora cedia espaço para as vozes daqueles que chegaram. Além de Sabrina, também estavam os irmãos Zwane, Thomas e Ian. 

Após um longo e exagerado suspiro, relatei pausadamente tudo o que havia acontecido nas últimas 24 horas. Durante minha narração, a tensão na sala aumentou gradativamente. Thomas, com a expressão severa, fez anotações rápidas, enquanto Ian observava em silêncio, com sua característica feição estoica. Sabrina, que estava em pé ao meu lado, manteve um olhar atento, demonstrando sua total preocupação. 

À medida que chegava ao final do meu relato, o ambiente estava carregado de um silêncio denso e desconfortável. Para minha felicidade, o primeiro a se manifestar foi Thomas, que quebrou o silêncio sepulcral, destacando a necessidade urgente de uma estratégia para proteger o projeto, e a possibilidade da maldita ordem restrição que eu tanto queria, caso conseguíssemos provar a participação dos DuCaine. Ian nos sugeriu uma revisão completa dos protocolos de segurança dos eventos e uma análise detalhada das informações que haviam sido comprometidas. Ao que parecia, ele tinha um contato decente na polícia que poderia nos ajudar a achar alguma coisa que pudesse ligar os DuCaine aos invasores.

— Você realmente acha que eles podem estar envolvidos? – perguntou Adélia, meio abalada, depois de um suspiro cansado. Eu podia perceber o quanto aquela situação estava a afetando. Todos naquela sala estavam envolvidos de alguma forma, mas nós duas seríamos as que mais iriam sofrer o impacto. 

— Depois do episódio da inauguração, não podemos ignorar a possibilidade de que eles possam estar por trás disso. – troco um olhar significativo entre ela e Ian, que assentiu compreensivo. A abordagem nada sutil, aliada a reputação duvidosa dos DuCaine, foram motivos suficientes para colocá-los no topo da lista de suspeitos.

— Eva, primeiramente, gostaria de me desculpar por ter sido tão descuidado, ao permitir a presença deles. Minha irmã já havia me alertado sobre as más intenções dos DuCaine, lamento profundamente por não ter levado isso a sério! – disse Daniel ressentido, superando minhas expectativas. — Não permitirei que esse incidente comprometa nosso trabalho. Irei me unir a Ian nas investigações, também tenho alguns contatos. Garanto que não pouparei esforços para que eles sejam responsabilizados! – sorrio-lhe de maneira compreensiva.

— Sobre o sigilo das informações, irei entrar em contato com um amigo que trabalha com criptografia. Ele tem um software de proteção de dados que podemos usar. Nosso foco agora é fortalecer a segurança, e encontrar evidências concretas antes de fazer qualquer acusação direta. – acrescentou Thomas.

— Perfeito! Por favor, alinhe com a Sabrina sobre a implantação do novo sistema. – ambos assentiram em concordância. — Ian, também acho interessante fazermos uma análise interna dos funcionários do museu, e das filmagens da noite do baile. Talvez tenha passado algo que possa nos ajudar. – acrescentei, dirigindo-me ao guarda-costas, que confirmou prontamente.

Enquanto cada um se ocupava com suas próprias tarefas e saíam da sala, Adélia permaneceu sentada no sofá. Seu olhar reflexivo se manteve fixado em mim. Após um momento de silêncio, ela se levantou, calmamente, oferecendo-me um sorriso mediano antes de se dirigir ao aparador de vidro. De costas, ela se movia com uma graça única, a calça cinza de alfaiataria definia bem o contorno de suas formas enquanto ela se aproximava das garrafas. A luz da tarde, filtrada através da janelas, delineava sua silhueta e destacava o brilho suave do cabelo escuro solto sobre seus ombros. Com gestos firmes e experientes, ela pegou a garrafa de whiskey e a ergueu acima do copo, um movimento fluido e preciso como numa coreografia silenciosa. 

— Não é sua culpa! – disse serena, ao me oferecer o copo com o líquido âmbar, rico e profundo. O aroma intenso da bebida escocesa se misturava ao ambiente, emitindo uma promessa de relaxamento em meio à seriedade da situação. 

— É difícil não se sentir responsável, principalmente quando o projeto está em risco por uma escolha impulsiva que eu fiz. – exalei a frustração na minha voz.  Adélia se sentou novamente no sofá com o prórpio copo em mãos, mantendo a feição imperturbável. Seu olhar agora era compreensivo, e a serenidade em seu rosto parecia transmitir uma empatia sutil.

— Todos nós cometemos erros, Eva. – disse ela com uma voz suave, mas segura. — O projeto não está perdido, apenas sofrerá algumas mudanças. 

Eu olhei para o copo balançando-o em minhas mãos, o líquido dourado dançou suavemente refletindo a luz da sala. A sensação de culpa que me dominava começou a se dissipar, substituída por um lampejo de esperança. 

— É uma boa perspectiva. — reconheci, tomando um pequeno gole, que aqueceu meu interior. — Talvez seja hora de focar no que podemos fazer. – Adélia sorriu com aprovação e carinho, e nossos olhares se encontraram novamente. O calor proporcionado pela bebida, parecia combinar com a quentura familiar que eu sempre sentia na presença dela. 

Um silêncio confortável se instalou entre nós, pontuado apenas pelo suave tilintar dos cubos de gelo no fundo dos copos. A luz da tarde continuava a criar um ambiente intimista, envolvendo-nos sob um véu dourado que transmitia o sentimento de que os momentos de crise eram apenas intercorrências efêmeras do dia a dia. Adélia olhou para o copo em suas mãos e, sem mais palavras, fez um gesto para que me aproximasse. Ela levantou o olhar, e por um instante, o mundo fora daquela sala pareceu desaparecer. Naquele momento, a proximidade e a compreensão entre nós se transformaram em algo mais profundo, um sentimento que se desenrolava com a mesma suavidade e precisão dos movimentos dela se ajeitando no sofá, se virando na minha direção. Seu sorriso cresceu um pouco mais quando sentei ao seu lado, e enquanto o sol começava a se pôr, a sala se iluminava com uma nova sensação de esperança, não apenas para o projeto, mas para a cumplicidade que florescia entre nós.

Após a partida de Adélia, toda aquela mistura de sentimentos em meu interior clamava por libertação, e a única forma que se passava em minha mente, envolvia gesso e água. Foi inevitável me trancar no pequeno ateliê que ficava nos fundos do museu. A música colombiana tocando baixinho ia seguindo o sons ritmados das minhas mãos trabalhando com afinco na escultura à minha frente. O tempo no ateliê parecia suspenso, uma bolha de tranquilidade em meio a desordem do mundo exterior. Cada movimento das minhas mãos com o gesso era um ato de meditação, uma tentativa de amansar a bagunça que havia tomado conta da minha mente. 

Enquanto a escultura tomava forma, uma sensação de clareza emergia, como se o próprio processo criativo estivesse oferecendo uma solução para o que me atormentava. A escultura em que colocava toda a minha energia, representava mais do que uma expressão artística, era um reflexo de minha busca interior. A imagem das mãos se tocando num roçar tímido, entrelaçadas num gesto simplista de intimidade, parecia capturar o anseio e a dúvida do que eu sentia. Era como se, ao moldar a pedra, eu estivesse moldando também uma nova compreensão sobre o que realmente estava acontecendo na minha mente. O resultado refletia o caos de sua autora. 

 

A obra à minha frente sussurrou seu nome em meus ouvidos, Artem.

Fim do capítulo


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Comentários para 7 - Capitulo VII:
SeiLá
SeiLá

Em: 22/08/2024

surprised

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