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Até Você Chegar por AlphaCancri

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Palavras: 1873
Acessos: 1872   |  Postado em: 06/08/2024

Capítulo 15

            Sentou na cadeira da sua própria mesa, estática. O olhar perdido, fixo em um ponto qualquer. Tentava absorver tudo que Sônia tinha acabado de dizer.

            “Ela viaja amanhã.”

            Não conseguia acreditar, racionalizar, que Marisa realmente faria aquilo. Se já tinha aquela viagem agendada, por que não disse nada? Mandou um recado… Como se Laila fosse uma pessoa qualquer, nada além de uma subordinada no trabalho.

            Pegou o telefone da mesa, discou e esperou até Sônia atender:

            — Você pode vir aqui, por favor?

            Quando a secretária entrou na sala, perguntou:

            — Marisa ainda vem ao escritório?

            — Pelo que ela disse, não, doutora.

            Laila manteve a voz imparcial:

            — Essa viagem estava agendada há quanto tempo?

            Sônia pareceu desconfortável ao dizer:

            — Eu só fui informada hoje. Desculpa, eu achei que você já estava sabendo.

            Laila sorriu para ela:

            — Tudo bem, Sônia… Você sabe quando ela volta?

            — Doutora, ela vai se mudar definitivamente… Vai passar todos os anos do doutorado por lá. O doutor Edgar vai ficar e ir visitá-la sempre que possível.

            Dessa vez Laila deixou escapar uma risada. Não porque estava feliz ou se divertindo, mas estava rindo de si própria e da situação:

            — Então deixa eu entender: Todos os processos estão sob minha responsabilidade?

            Ela respondeu, olhando a agenda que trazia nas mãos:

            — Isso. Mas outro advogado vai vir trabalhar com você. Doutora Marisa pediu que a escolha fosse sua.

            Laila meneou a cabeça, sorrindo incrédula:

            — Muita gentileza da parte dela.

*****

            A cada peça de roupa que colocava na mala, Marisa ficava mais fraca. Parecia que, quanto mais se aproximava de deixar o Brasil, mais sua energia vital se esvaía. Esvaziou a mala várias vezes, disposta a sair de casa e ir atrás de Laila. Dizer que queria ficar com ela, só com ela, e que todo o resto do mundo se explodisse.

            Mas não passava de um pensamento impulsivo, e logo depois ela voltava a arrumar as roupas. Tinha feito tudo às pressas, quando foi até a casa do pai conversar com ele, já tinha comprado a passagem. Agora, na véspera de viajar, todo o resto já estava acertado. O pai fez questão de garantir que tudo estaria preparado para quando ela chegasse lá. Caju ficaria com ele e a mãe — pois não confiava em Edgar para cuidar de nada, nem ninguém — e depois que estivesse estabilizada e adaptada à rotina, viria buscá-lo.

            Quando fechou a mala, respirou profundamente. Àquela hora Laila já estaria sabendo. Tentou imaginar tudo que ela estaria pensando… Com certeza nada de positivo.

            Foi até o banheiro, lavou o próprio rosto e se encarou no espelho. Tudo que conseguiu ver foi uma pessoa covarde, medrosa e imatura. Sequer teve a dignidade de mandar uma mensagem para Laila. Continuou encarando o próprio reflexo até ser tomada por um choro que começou devagar e foi aumentando, sacudindo seu corpo com soluços. 

*****

            Laila passou o dia inteiro com uma sensação de irrealidade, como se a qualquer momento alguém fosse sacudi-la e trazê-la de volta ao mundo real. O pouco que conseguiu se concentrar no trabalho só permitiu que fizesse coisas menos complexas. Sônia havia voltado a perguntar sobre quem Laila queria que fosse seu parceiro de trabalho, mas ela não estava com cabeça para decidir nada.

            No fim da tarde, doutor Adriano foi até a sala dela, visivelmente radiante, e teve que ouvi-lo falar por longos minutos sobre como seria a nova vida de Marisa. Depois ele próprio indicou um advogado para ficar no lugar da filha, o que Laila achou ótimo, pois seria menos uma coisa para se preocupar.

            Dirigiu para a casa de forma automática, com os pensamentos longe. Chegou em casa, tomou banho, se alimentou e foi para a cama carregando o tempo todo consigo a pontinha de esperança de que Marisa pelo menos a procuraria para se despedir. Adormeceu com o celular ao seu lado na cama e se assustou com a altura do alarme de manhã. Desbloqueou o aparelho e conferiu as notificações. Nenhum sinal de Marisa.

            Chegou ao escritório pontualmente e, sem que precisasse perguntar qualquer coisa, Sônia a informou depois de cumprimentá-la:

            — Doutora Marisa já está voando… Daqui a algumas horas ela chega em Londres.

            Laila apenas curvou os lábios em um pequeno sorriso e pediu:

            — Você me passa a agenda?

            Ali morreu qualquer tipo de esperança de que Marisa entraria em contato... E principalmente o pensamento que vinha empurrando para o mais profundo do seu ser desde o dia anterior: de que ela mudaria de ideia e ficaria.

            Trabalhou bastante durante todo o expediente, o que foi bom para preencher a cabeça. O advogado designado por doutor Adriano era ótimo, para seu mais profundo alívio. Tudo o que não precisava era ter que aturar um “sem noção” como Edgar.

            Várias vezes durante o dia se pegou olhando para a mesa — que agora doutor Pablo ocupava — e pensando em Marisa… Em como gostava da disposição das mesas daquela forma, pois permitia que trocassem olhares ou que pudesse apenas olhar para ela, que ficava ainda mais linda concentrada no trabalho.

            Quando chegou em casa no fim do dia, deixou a bolsa e foi direto para a varanda. Ficou olhando a vista e o movimento das pessoas lá embaixo. Uma coisa que tinha aprendido anos atrás voltou em sua mente:

            “A vida sempre continua.”

            Não reprimiu a vontade que veio de chorar. Se sentou e deixou as lágrimas rolarem livres pelo rosto. Não as enxugou, não tentou contê-las. Apenas extravasou o que trazia por dentro naquele momento. Ficou horas ali, se permitindo sofrer, chorar a perda do que ela nem sabia nomear.

            Quando as lágrimas cessaram e o rosto secou naturalmente, se levantou, tomou banho e foi dormir sem comer nada.

            No dia seguinte acordou cedo, foi cuidar das plantas, tomou café sem pressa, se arrumou e saiu de casa. Quando entrou no carro, o celular conectou automaticamente no som. Sorriu com a música que começou a tocar. Dirigiu tamborilando os dedos no volante, enquanto acompanhava:

            — Se alguém ligou, minha senhora… Se alguém lhe amou e foi-se embora…

            Parou no sinal e aumentou o volume:

            — Você pode se encontrar… Você deve se ajudar… E viver tranquilamente...

            Entrou no escritório com a disposição que não teve no dia anterior. Cumprimentou Sônia, abriu a porta e cumprimentou Pablo. Se sentou e abriu sua agenda, sabendo por onde começar e tudo o que precisaria fazer… Não só naquele dia, mas em todos ou outros que viriam.

*****

            Assim que chegou ao seu quarto no hotel, Marisa correu para o banheiro. Se ajoelhou e curvou o corpo sobre o vaso sanitário. Colocou para fora o pouco que havia conseguido comer durante a viagem. Quando terminou, deixou o corpo escorregar para trás e ficou sentada no chão do banheiro, com as costas na parede.

            O som do celular tocando fez com que  se levantasse. Pegou o aparelho e atendeu. A voz da mãe do outro lado a fez sentir um nó na garganta:

            — Oi, mãe. Sim, cheguei bem.

            Depois de mais algumas perguntas e recomendações, a mãe passou para o pai, que repetiu as mesmas perguntas e falou as mesmas coisas.

            Quando se despediram e desligaram, Marisa ficou encarando a tela do aparelho. Sentiu uma vontade quase incontrolável de ouvir a voz de Laila, de falar com ela, de explicar… O quê? Qual seria sua explicação para ter sumido, e se mudado para outro continente, sem sequer se despedir?

            Largou o celular na cama, tirou o casaco e a calça, se deitou e ficou encarando o teto, desejando que, pelo menos aquela noite, fosse possível apagar, tirar do mundo a própria existência.

            *****

            — Como você está, amiga?

            Laila olhou para Bárbara e sorriu:

            — Bem…

            A amiga quis se certificar:

            — Mesmo?

            Meneou a cabeça enquanto tomava um gole do drink:

            — De verdade. Não estou completamente recuperada de… Sabe-se lá o que foi isso que terminou na minha vida… Mas vou ficar.

            Olhou para Tales que estava sentado ao lado delas e disse para os dois:

            — Não se preocupem… Para aquele fundo do poço que vocês me tiraram eu não volto.

            O amigo riu e colocou a mão sobre o braço dela:

            — Mas você sabe que pode contar com a gente, não é? Se esse poço ameaçar chegar perto de você de novo, corre pra gente!

            Laila riu com eles e depois disse:

            — Eu não sei o que seria de mim sem vocês.

*****

            Os primeiros dias na nova cidade foram corridos para Marisa. Precisou ir até a Universidade várias vezes até conseguir finalizar a matrícula. Visitou alguns lofts e apartamentos, pois não pretendia ficar para sempre no hotel.

            O problema era a noite. Quando deitava a cabeça no travesseiro, sozinha, longe de casa, da família, de Caju, de todos que conhecia… E principalmente, longe dela.

            Fugiu. Viajou milhares de quilômetros. Cruzou um oceano. E ainda assim Laila estava enraizada no mais profundo de seu ser.

            Naquelas duas primeiras semanas achou que iria enlouquecer. Sentia o cheiro dela de repente, sonhava com ela todas as noites, via o rosto dela em pessoas na rua… Apenas para depois perceber que nada daquilo era real.

*****

            Estava no meio do expediente, tinha terminado uma petição e estava se preparando para ingressar em uma audiência virtual. Aproveitou os minutos que tinha, até a reunião começar, e checou o e-mail pessoal. Uma mensagem chamou sua atenção pelo remetente: Alguém de um grande escritório da cidade, principal concorrente do seu. Os dois escritórios eram os possuidores dos clientes mais importantes e mais ricos da região.

            Laila abriu a mensagem e leu por três vezes. Eles queriam marcar uma reunião, sem compromisso, para fazer uma proposta.

            Encostou as costas na cadeira e ficou encarando a tela. Não estava insatisfeita com o atual emprego, sempre tinha sonhado em trabalhar ali. Se fosse há duas semanas, sequer cogitaria. Mas, naquele momento, não descartaria.

            O que vinha a incomodando era ter que ouvir sempre sobre Marisa e como a vida dela estava ótima. Não que desejasse a ela qualquer mal, pelo contrário. Mas não ia ser hipócrita em dizer para si mesma que não era como uma cutucada — numa ferida que ainda não estava completamente cicatrizada — cada vez que alguém falava no nome dela. Era difícil superar completamente, com Sônia, doutor Adriano e vários outros colegas a mencionando em todas as conversas. Ter que ler o nome dela em vários documentos, quase o tempo todo. E ter que entrar naquela sala todos os dias, olhar aquela mesa e saber que foi tão fácil assim para ela simplesmente deixar tudo para trás.

            Clicou em “responder”, digitou poucas palavras e enviou. Torceu internamente para que fosse a vida lhe abrindo uma porta depois de ter fechado uma janela.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Música: Acenda o farol - Tim Maia


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Comentários para 15 - Capítulo 15:
cris05
cris05

Em: 07/08/2024

Ao mesmo tempo que eu fico com raiva da Marisa pelo papelão que ela tá fazendo, eu consigo entendê-la. Torcendo aqui pra que ela tome as rédeas da própria vida, mande todo mundo pros quintos e vá ser feliz. Quanto à Laila, espero que ela aceite o novo emprego. Vai que através desse novo emprego ela vá parar justamente em Londres. Não vou negar, tô torcendo pra que elas tenham uma nova chance. 


AlphaCancri

AlphaCancri Em: 08/08/2024 Autora da história
É isso, Marisa também tá fazendo muito mal a si mesma, não é? Vamos ver se ela finalmente consegue ser dona da própria vida.


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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 07/08/2024

Vai embora mesmo Laila e deixa Marisa cagona ele precisa sofrer bastante.


AlphaCancri

AlphaCancri Em: 07/08/2024 Autora da história
Você está certíssima!


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HelOliveira
HelOliveira

Em: 06/08/2024

Minha decepção com a Marisa é grande e quero que ela sofra um pouquinho mais.....quanto a Laila estou torcendo para que ela supere tudo isso e de um novo sentido pra vida dela....


AlphaCancri

AlphaCancri Em: 07/08/2024 Autora da história
Que papelão de Marisa, não é? Além de fazer mal pra Laila, ela tá fazendo muito mal pra si mesma…


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Joh olliveira
Joh olliveira

Em: 06/08/2024

Aaaaaaaah continua logo. Posta outro dia 09/08 

Qua aflita eu fiquei. Marisa é muito covarde, quero ver o desenrolar dessa história.


AlphaCancri

AlphaCancri Em: 07/08/2024 Autora da história
Fico muito feliz que esteja acompanhado! Espero que tbm esteja gostando. Próximo capítulo no dia 09/08 (:


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