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Preciso Dizer Que Te Amo por escrita_em_atos

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Palavras: 4733
Acessos: 2028   |  Postado em: 17/07/2024

Casamento part. II

Manuela, Amanda, Julia e Isabela precisaram deixar os amigos alguns minutos antes do começo da cerimônia. As quatro entrariam juntas, antes dos noivos que viriam acompanhados de suas respectivas mães. Manu não tinha tido tempo de conversar com Amanda, mas pode ao menos dizer obrigada pelo cuidado da amiga quando elas estavam na presença de Julia. A morena sabia que aquilo não era nem de longe o que seria quando as duas ficassem de frente com a sua família e mais especificamente com Marcos, mas agora que elas estavam ali não tinha outra opção a não ser encarar.

O jardim estava absolutamente perfeito. Várias cadeiras pretas estavam posicionadas de frente para um altar predominantemente branco enfeitado com arranjos florais que lembravam cerejeiras. Cada uma das madrinhas recebeu um buquê de rosas brancas e rosas amarradas com fitas trançadas nas mesmas cores. Um mestre de cerimônia as acompanhou até a entrada para o caminho que levava ao altar, lamparinas colocadas no chão demarcavam o caminho por onde as madrinhas e os noivos passariam. A cerimônia começou pontualmente às 19h00.

Amanda e Manu ficaram do lado direito do altar, mesmo lado que Willian ficou ao lado de Pedro, Isabela e Julia ocuparam o lado esquerdo. Silvia e Pedro entraram primeiro, ao som de um piano que era tocado ao vivo, a advogada trazia no rosto um sorriso deslumbrante e se emocionou ao beijar o rosto do filho e deixá-lo no altar à espera de Will. O publicitário entrou logo em seguida, acompanhado da mãe, o publicitário lutava para segurar as lágrimas. O som do piano também os acompanhou até o altar.

A cerimônia não poderia ter sido mais bonita, tudo ocorreu como o esperado, a altura do amor que os dois sentiam um pelo outro. No momento da troca das alianças todos se emocionaram com os votos trocados pelo casal. Willian foi o primeiro a falar.

— Quando eu conheci você, a primeira coisa que passou pela minha cabeça foi que faltavam mais pessoas boas como você no mundo. Você me ajudou mesmo sem me conhecer e sem pedir nada em troca, porque isso é o que você faz pelas pessoas. Para minha imensa sorte, meu carro não funcionou naquele estacionamento naquela noite e eu tive a felicidade de te conhecer. Todo dia eu te amo mais, mesmo quando eu acho que não tem como aumentar o que eu sinto por você, aumenta. Eu sou o homem mais feliz do mundo porque posso dizer que sou seu. Então, eu, Willian Debortoli, aceito você, Pedro Magalhães, como meu esposo e prometo te amar, respeitar e fazer feliz pelo resto da vida. — Will finalizou colocando a aliança no dedo de Pedro.

Pedro precisou respirar fundo antes de falar entre lágrimas e sorrisos.

— Todas as vezes em que a vida me fez querer desistir, o amor me mostrou um caminho para voltar a acreditar. Desde que eu te conheci, meu amor, eu me tornei o homem mais confiante do mundo. Você é a melhor causa para acreditar e ter esperança de que a felicidade existe, porque desde que você entrou na minha vida os dias tristes acabaram. Eu amo você e amo a forma como nós somos felizes juntos. Eu prometo que manter essa felicidade vai ser sempre a minha prioridade. Eu, Pedro Magalhães, aceito você, Willian Debortoli, como meu esposo e prometo te amar, respeitar e te fazer sorrir pelo resto da vida. — Pedro colocou a aliança no dedo do Will, finalizando os seus votos.

O juiz que celebrava a união finalizou a cerimônia e os presentes aplaudiram efusivamente o beijo dos noivos. Todos foram orientados a seguir para o outro lado do jardim, onde as mesas estavam espalhadas ao redor de uma pista de dança. Pedro e William receberiam os cumprimentos ali mesmo e depois de cortarem o bolo seguiriam para uma lua de mel de 10 dias em Cabo San Lucas, no México. Tudo muito bem organizado por Silvia.

**

Manuela observava Julia sorrir enquanto conversava em uma roda de pessoas. A morena seguiu a ruiva com olhar quando ela se afastou e pegou uma taça de uma bandeja enquanto parecia procurar por algo. As duas estavam em lados opostos, mas não demorou muito para os olhares se encontrarem. Julia sorriu ao encontrar os olhos que procurava e o sorriso aumentou mais ainda quando Manuela começou a caminhar em sua direção. Manu precisou dar a volta na pista de dança para chegar ao lugar que Ju estava e de forma discreta, pretendendo não chamar atenção das pessoas ao redor, Manu convidou a ruiva para acompanhá-la.

— É impressão minha ou você tá me raptando da festa de casamento do meu primo? — Julia falou enquanto seguia Manuela pela lateral do jardim.

— Não da forma que eu queria, mas talvez eu esteja. — Manu falou com um sorriso e continuou caminhando enquanto Julia a seguia segurando a sua mão.

Manuela conhecia muito bem a casa de Silvia, a publicitária estava mais que acostumada a visitar aquele lugar. Logo depois que saíram do altar, as madrinhas, assim como os noivos e os seus pais, foram levados para fazer algumas fotos. Depois veio os cumprimentos aos noivos e a primeira dança dos novos casados. Quando Manu percebeu já tinha passado um bom tempo desde o fim da cerimônia e ela ainda não tinha se aproximado de Julia. A morena conhecia várias pessoas na festa e por isso toda hora cumprimentava alguém, além disso ainda tinha a sua família, Marcos não tirava os olhos da irmã, aparentemente esperando o momento em que Julia fosse se aproximar.

A ruiva não tinha tentando falar com Manu ainda e mesmo se ela quisesse não conseguiria. Aparentemente muitas pessoas naquela festa estavam interessadas em conhecer a arquiteta, a única representante da família Campana a comparecer à cerimônia de casamento de Pedro. Julia tinha finalmente conseguido um tempo para procurar por Manuela quando a morena se aproximou dela. As duas estavam agora em um gazebo, perto da área da piscina, onde não tinha ninguém e elas, finalmente, poderiam conversar tranquilamente.

— Oi. — Manu falou segurando a ruiva pela cintura e se apoiando no cercado do gazebo.

— Oi. — Julia respondeu com um sorriso satisfeito por sentir o seu corpo sendo puxado contra o de Manu.

As duas queriam conversar, mas os últimos dias sem se ver tinham deixado uma saudade que elas tinham se esquecido como era sentir. Julia enlaçou o pescoço da morena e as duas se sentiram. Os corpos juntos, testas coladas, olhos fechados e uma necessidade de ter certeza que aquilo era real. Necessidade essa que Julia externou.

— Acho que eu ainda não aprendi a lidar com isso. — Julia falou ainda de olhos fechados.

— Isso o quê? — Manu perguntou abrindo os olhos e afastando o rosto para olhar Julia nos olhos.

— Reencontros. — Julia falou se perdendo naquele olhar castanho que a engolia — Quando eu não sabia que te teria de volta eu me acostumei a não esperar, agora toda vez que a gente fica sem se ver... eu tinha esquecido como é essa expectativa.

Manuela sorriu, ela entendia muito bem o que Julia estava dizendo. Os anos de separação tinham deixado um vazio, uma descrença de que algum dia aquele espaço seria novamente preenchido. Agora elas precisavam mudar a perspectiva daquela certeza e reaprender como era saber exatamente onde a outra estava e principalmente compreender onde poderiam estar se quisessem.

— Você não é a única. — Manu confessou.

Julia sabia que ela e Manu ainda estavam recomeçando, a ruiva sabia que reconquistar a confiança de Manuela ia ser a parte mais difícil. Mesmo agora, com elas finalmente começando a se entender, ainda existia uma resistência na morena, Julia sabia como era ter ela completamente entregue e isso ainda não tinha acontecido. Mas, tinha alguns momentos que Julia conseguia enxergar todos os sentimentos que existiam entre elas dentro dos olhos de Manu, tinha sido assim quando elas se viram pela primeira vez depois do retorno da arquiteta, ali mesmo naquela casa. Toda vez que Julia via aquele reflexo de si dentro dos olhos castanhos, ela se enchia de esperança de que tudo ia ficar bem. Aquele era um daqueles momentos.

— Eu acho que a gente vai se acostumar, eventualmente. — Julia falou, voltando a fechar os olhos e unir os rostos das duas.

Manuela não disse nada, ela concordava com Julia, mas naquele momento estava mais interessada em satisfazer a vontade que estava de beijar a boca da ruiva. Beijo que Julia aceitou de bom grado e que arrancou um gemido das duas quando as línguas se encontraram saudosas e ditaram a intimidade daquele contato.

— A gente precisa voltar? — Julia falou quando o beijo terminou.

— Infelizmente. Você sabe o número de gente que está querendo nos ver juntas nessa festa? — Manu perguntou acariciando as costas da ruiva que continuava abraçada a ela.

— Nossa, é verdade. E tem a sua família. — Julia falou com voz de desânimo.

— Você não precisa se preocupar com isso, eles não vão fazer nada. Além do mais vocês já se esbarraram aqui hoje e todo mundo sobreviveu. — Manu argumentou.

— A gente não se esbarrou, eles passaram por mim quando a gente estava indo fazer aquelas fotos. O resto do tempo eu tive o cuidado de me manter afastada.

— Eles não vão falar nada, Ju. Eles não se metem na minha vida dessa maneira.

— Eu não tenho essa segurança que você tem, eles não se metem na sua vida, mas nós duas sabemos que eles devem ter lá as ressalvas deles comigo.

— Mais uma coisa que nós vamos ter que encarar, não é mesmo? — Manu perguntou.

Julia respirou fundo, Manu tinha razão, ela precisava encarar aquele momento e passar por ele. Não existia a possibilidade de fugir da família e dos amigos de Manuela, se a arquiteta pretendia não sair da vida da morena nunca mais.

— Sim… tudo bem, vamos voltar então. — Julia falou decidida e se afastou de Manu, oferecendo a mão para ela segurar.

Manuela ficou satisfeita com a forma decidida de Julia encerrar a questão. A morena não estava com medo de aparecer na frente das pessoas com Julia, a questão para Manu era muito mais sobre a sua privacidade. A publicitária tinha convicção de que a sua vida só dizia respeito a ela e, naquela situação, à Julia, a ideia de ter que se explicar para os outros era incogitável na cabeça de Manu e as pessoas que a conheciam já sabiam disso.

**

Amanda reparou quando Manuela escapuliu com Julia para fora da festa, certamente as duas queriam privacidade para conversar. A médica não esperava que Manu fosse fazer um pronunciamento sobre o assunto, provavelmente ela e Julia iriam agir como se elas estarem juntas fosse a coisa mais comum do mundo, como se elas nunca tivessem se separado. Apenas os mais próximos, aqueles que sabiam a história ou parte dela, é que ficariam atentos às duas juntas naquela festa.

De onde estava, Mandys reparou quando Marcos e Débora saíram da pista de dança e foram para a mesa onde os pais de Manu estavam sentados. Os quatro conversavam e sorriam, mas Amanda sabia que eles estavam à espera do momento em que Julia apareceria. Provavelmente a ruiva tinha sido observada enquanto estava no altar e, a julgar pela expressão de Marcos quando Amanda o cumprimentou acompanhada de Manu, a vida de Julia não estava fácil.

— Vamos dançar, amor? — Isabela falou se aproximando e tirando Amanda das suas observações. A loira acompanhou a esposa com um sorriso e se juntou aos noivos no meio da pista, proporcionando aos convidados uma dança a quatro muito divertida. Mesmo envolvida naquele momento, Amanda viu quando Julia e Manuela voltaram para a festa.

Manuela e Julia voltaram lado a lado, quando elas passaram pela pista de dança, a morena trocou um olhar cúmplice com Amanda, mas continuou andando. Os pais, o irmão e a cunhada estavam juntos conversando em uma mesa e Manu reparou que eles não viram as duas juntas. Antes que Julia ou Manuela pudessem fazer qualquer coisa, Silvia as interceptou com um sorriso genuinamente feliz.

— Meninas, como vocês estão? — Silvia falou com muita naturalidade. Mesmo sabendo apenas recentemente do envolvimento entre as duas, a advogada achava que elas formavam um casal maravilhoso e dava muito força para elas continuarem juntas.

— Muito bem e você, titia? — Julia respondeu.

— Nunca estive melhor.

— Eu aposto que não. — Manuela falou com um sorriso — Provavelmente só aqueles dois ali estão mais felizes do que você. — ela completou mostrando os amigos dançando.

— Eu tenho as minhas dúvidas sobre isso, mas eles estão mesmo radiantes. — Silvia disse rindo.

— Eles merecem. — Manu falou olhando satisfeita a felicidade dos amigos.

— E vocês não dançam? Ainda não vi vocês nessa pista? — Silvia mudou o rumo da conversa.

— A gente... — Julia falou olhando o rosto de Manu, pedindo socorro.

— Vocês nada, podem ir lá dançar com aqueles quatro. Os meninos vão adorar. — Silvia falou indicando a pista de dança para as duas.

Manuela abriu a boca para responder, mas quando olhou para a mesa onde a sua família estava, pensou que não saberia mesmo o que dizer e ia ser muito mais fácil lidar com os amigos.

— Na verdade, essa é uma ótima ideia. Podemos? — Manu falou olhando para Julia.

— Claro, porque não. — Julia disse com um riso nervoso.

Manuela pegou Julia pela mão e as duas foram se juntar aos amigos.

— E aí, morena? — Manuela foi pega pelo braço por uma mulher que Ju não conhecia e a arquiteta não ficou nada satisfeita quando viu o sorriso de Manu quando olhou para mulher.

Manuela abriu um sorriso quando viu Taís. Ela até tinha procurado a amiga pela festa, mas as duas ainda não tinham se encontrado. Manuela soltou a mão de Julia, para poder abraçar a amiga.

— Eu te procurei a festa inteira, onde você tava? — Manu falou quando as duas se separaram.

— Eu também te procurei, mas os meninos convidaram todos os conhecidos possíveis pra essa festa. Fica difícil conseguir ficar cinco minutos sem ver alguém que você não encontra há muito tempo. — Taís explicou.

— Isso é verdade. — Manu concordou.

Julia ficou parada olhando as duas com uma sensação de insatisfação visível. Ela não tinha gostado nenhum pouco da forma íntima que aquela mulher tinha de tratar Manuela, o sexto sentido da ruiva dizia que ali tinha coisa.

— Não vai me apresentar sua amiga? — Taís falou quando reparou na ruiva olhando para ela com cara de poucos amigos.

Manuela se virou para olhar o rosto de Julia e imaginou, pelo olhar da ruiva, que ela não estava gostando nada do jeito de Taís. Provavelmente a situação não ia ficar melhor quando ela soubesse quem era a mulher sorrindo simpaticamente para ela.

— Claro. Julia, essa aqui é a minha amiga, Taís. — Manu falou com calma — Taís, essa é a Julia.

Julia não se incomodou com a falta de um adjetivo apropriado para ela em relação à Manuela. O que tirou a arquiteta do sério foi saber que aquela mulher na sua frente era a famosa Taís. Famosa, linda e muito íntima de Manuela para o gosto da ruiva.

— Muito prazer. — Taís falou com o seu melhor sorriso.

— Como vai? — Julia falou entredentes.

— A gente estava indo dançar com os meninos, porque a gente foi madrinha. Você sabe como são essas coisas, né!? — Manu falou querendo afastar Julia de Taís o mais rápido possível — A gente se fala depois. — a publicitária falou olhando para a amiga com um olhar que sugeria que ela devia concordar.

— Claro. Eu não queria atrapalhar vocês. — Taís falou ainda sorrindo e quando a ruiva se virou e saiu na frente, Taís ficou fazendo gestos que indicavam para Manuela que ela ia querer saber quem era aquela mulher depois.

— Porque a pressa? — Manu falou alcançando Julia, mas a ruiva simplesmente ignorou a pergunta e se aproximou de Pedro, Willian, Isa e Amanda que ainda dançavam animadamente.

Pedro recebeu Julia de braços abertos e os dois ficaram assim por um tempo. Manu se aproximou primeiro de Will e o rapaz girou a amiga na pista com um sorriso de orelha a orelha. Eles se revezaram entre abraços e dança por um tempo. Era difícil conversar ali no meio da pista, por isso Amanda não conseguiu perguntar para a amiga se estava tudo bem e Manu também não teve outra oportunidade de falar com Julia. Isabela e Will estavam adorando a chance de finalmente poder observar Julia e Manuela juntas, mesmo as duas mantendo uma certa distância no meio daquela bagunça que eles estavam chamando de dança.

Depois da segunda música, embora todos estivessem sorrindo bastante, Pedro arrastou o grupo para fora da pista e chamou um garçom para servir todo mundo uma taça de champanhe.

— Um brinde ao casal! — Isa falou erguendo a taça.

Todos brindaram juntos e sorriram.

— E por falar em casal, e aí casal? — Will falou olhando para Julia e Manu.

Manuela simplesmente balançou a cabeça e Julia escondeu o riso bebendo um gole da bebida em sua taça.

— Fica quieto, Willian. Demorou esse tempo todo pra elas saírem da toca e você querendo assustar as duas. Desse jeito elas acabam voltando pra lá. — Isa falou repreendendo o amigo.

Manuela e Julia continuaram em silêncio.

— Vocês dois querem parar com isso. — Pedro falou — Se não é bem capaz da gente nunca mais ver essas duas juntas. — ele concluiu e os quatro riram das duas.

— Mais alguma coisa? — Manuela perguntou como se aquelas piadas não fossem com ela.

— Não. — Amanda falou ficando séria — A gente vai guardar algumas para os próximos encontros. — ela falou dando uma piscadinha para amiga e dessa vez Julia também riu.

Manuela simplesmente levantou a taça em um brinde silencioso e tomou um gole da sua bebida enquanto os outros riam.

**

Marcos estava dando uma olhada pela festa para ver se via a irmã quando a localizou um pouco adiante de onde ele estava, Manu ria acompanhada por Amanda, Isa, Pedro, Willian e Julia. O engenheiro mastigou a seu desgosto de ver aquela cena, Alice havia falado com ele e pedido que ele respeitasse as decisões da irmã. Manuela tinha pedido a mesma coisa, mas não era isso que ele não respeitava, o que o realmente o incomodava era a tranquilidade com que as duas lidavam com aquilo. Aparentemente ele era o único que se lembrava dos últimos anos, tempo que Manu passou sofrendo, mesmo sem admitir, pela ausência e as escolhas daquela mulher.

Mesmo que Marcos quisesse, ele não seria capaz de esquecer tudo aquilo. Alice estava atenta ao filho, ela sabia que ele estava acompanhando Julia com o olhar desde a cerimônia. Claro que Marcos não teria nenhuma atitude inadequada, mas Alice achava melhor evitar qualquer tipo de situação complicada. Ela seguiu o lugar para onde o filho olhava e reparou que Manuela e Julia estavam junto dos outros amigos, consciente de que não havia como aquela situação ser menos complexa a mulher se levantou e acenou para a filha.

De onde estava, Manu conseguiu ver quando a mãe se levantou e a convidou para se aproximar. A publicitária acenou positivamente para mãe e Alice voltou a se sentar. As piadinhas sobre Julia e Manu já tinham parado, agora todos conversavam sobre a festa e a cerimônia com mais tranquilidade. Pedro e Will não iam demorar muito mais para cortar o bolo, os dois ainda iam viajar para o México depois que deixassem a festa, por isso eles precisavam se apressar se fossem querer algum descanso antes da viagem.

— Minha mãe está me chamando. — Manu falou interrompendo a conversa dos amigos — Eu já volto. — ela disse olhando para Julia, que apenas concordou com a cabeça.

— Tudo bem, gente? — Manu falou assim que se aproximou da mesa.

— Tudo. — Marcos respondeu seco.

— Tudo sim, meu amor. — Alice falou olhando de forma repreensiva para o filho — Você devia trazer a Julia até aqui.

Manu foi pega de surpresa.

— Ótima ideia, assim a gente acaba com essa tensão toda. — o pai da morena concordou.

— Vocês estão falando agora? — Manu quis confirmar.

— Ela tá ali, logo atrás de você, filha. — Thomas continuou — Vamos acabar logo com isso.

— Porque não... — Manu falou se virando e indo até Julia decidida — Vem comigo um segundo. — ela falou quando se aproximou da ruiva.

— Oi? Vem pra onde? — Julia falou sendo levada por Manu.

— Meus pais querem acabar logo com isso, eu também. — Manu falou simplesmente.

Julia arregalou os olhos, mas não tinha muito o que ela pudesse fazer. A distância de onde ela estava e a mesa que a família de Manu ocupava era pequena, ela não teve nem tempo de reagir e já estava diante deles.

— Eu acho que você lembra de todo mundo, né!? — Manu falou olhando para Julia, que estava indecisa entre sorrir ou continuar séria — Só a Débora que ainda não fazia parte da família, ela é minha cunhada.

Débora foi a primeira a cumprimentar Julia.

— Muito prazer. — ela falou ficando de pé e esticando a mão para cumprimentar a ruiva.

— O prazer é meu. — Julia respondeu retribuindo o cumprimento com um sorriso educado.

Julia se lembrava bem dos pais de Manuela, embora só tivesse estado com eles duas ou três vezes antes do seu término com Manu, ela sabia o quanto os dois eram simpáticos e gentis. Fisicamente eles não tinham mudado muita coisa, a semelhança física entre Manu e mãe continuava a mesma, Julia não pode deixar de observar, como havia feito no encontro mais recente entre ela e Alice. Os dois ficaram de pé e sorriram para Julia, o que deixou a ruiva um pouco mais tranquila.

— Como vai? — Thomas falou apertando a mão da ruiva.

— Tudo bem. — Julia sorriu.

— Olá. — Alice cumprimentou Julia com um sorriso encorajador.

— Oi. — Ju respondeu.

Durante o tempo em que eles se cumprimentavam, Manuela e Marcos ficaram se encarando. A morena esperava que o irmão não dificultasse o que já não era fácil, Marcos só se levantou da cadeira quando Alice colocou sugestivamente a mão sobre o seu ombro. Julia engoliu em seco, ela soube assim que se aproximou da mesa que o irmão de Manu não estava nada feliz com a sua presença. Marcos não se esforçou para facilitar a vida da ruiva, ele apenas balançou a cabeça em cumprimento e a ruiva seguiu o gesto dele com um sorriso amarelo no rosto.

— Vamos sentar, gente. Por favor, filha, sentados a gente consegue conversar melhor. — Thomas falou pedindo que Manu tomasse alguma iniciativa.

Antes que Manu pudesse puxar uma cadeira para ela ou para Julia, o mestre de cerimônia convidou a todos para o corte do bolo. Julia não foi a única que respirou aliviada, todos naquela mesa ficaram satisfeitos com aquela interrupção oportuna. Aquele era apenas o primeiro contato, certamente teriam outros e, provavelmente, todos eles teriam bastante tempo para se acostumarem com a ideia de conviver em harmonia.

**

Julia estava procurando Manuela pela casa para as duas poderem ir embora, algum depois da saída dos noivos, a família da morena decidiu que também era hora de ir para casa e Manu resolveu dormir no apartamento da ruiva naquela noite. As duas ainda ficaram mais algumas horas na festa, mas Julia já estava exausta e queria muito se jogar na cama o mais rápido possível. Manu tinha dito que ia esperar por ela ali, na sala, mas Ju não a encontrou por lá. Silvia estava se despedindo de um grupo de pessoas e Julia aproveitou para perguntar se a tia tinha visto Manu.

— Ela está aqui na porta conversando com a Taís. — Silvia falou tranquilamente — Ela me disse que vocês já estão indo.

— Sim, nós já vamos. — Julia falou, tentando manter o tom tranquilo, mas a menção ao nome de Taís tinha deixado a arquiteta automaticamente irritada.

— Ok, meu amor. A gente se fala depois, sim? — Silvia falou abraçando a sobrinha.

— Claro, tia. Eu te ligo amanhã. — Julia respondeu carinhosamente.

Manuela ia esperar Julia na sala da mansão para as duas poderem ir para casa. Enquanto esperava, Amanda e Isabela passaram por ali e Manu resolveu as acompanhar até o carro. Depois que elas foram embora, Taís apareceu.

— Ainda por aqui, achei que você já tivesse ido. Eu vi seus pais saindo mais cedo. — Taís falou.

— Eles foram sem mim, eu fiquei esperando a Julia. — Manu explicou.

— A ruiva? Qual é a dela afinal? Ela é prima do Pedro, não é? — Taís questionou.

— Ela mesmo, eles são primos sim, mas essa é uma longa história. Qualquer hora dessas eu te conto. — Manu falou com um sorriso enigmático.

— Se tratando de você e considerando a beleza dela, a história não deve ser tão longa assim. — Taís brincou.

— Você me conhece, mas falando em história e a sua paixão? Cadê? — Manu questionou querendo mudar o rumo da conversa.

— São tantas complicações que eu não sei nem por onde começar. 

— Taís, quando não é complicado com você? — Manu perguntou, rindo.

Quando Julia saiu pela porta localizou Manu imediatamente. Ela estava conversando com Taís e as duas riam de alguma coisa.

— Não sou que complico as coisas, minha cara, mas eu acho que eu vou indo, porque pela cara da ruiva vindo ali, é bem capaz de eu não sair viva se demorar muito pra ir embora. — Taís falou quando viu Julia se aproximando.

Manuela olhou para trás e viu que Julia realmente vinha com uma cara nada satisfeita.

— Vamos almoçar essa semana, aí você me conta dessas complicações aí. — Manu falou abraçando a amiga para se despedir.

— Eu te ligo.

Quando Julia se aproximou, Manu usou o seu melhor sorriso para tentar amansar a fera.

— Vamos? — ela falou.

— Eu achei que você ia me esperar lá dentro. — Julia falou séria.

— Eu ia, mas aí eu vim me despedir da Mandys e da Isa. Depois a Taís apareceu e aqui estamos nós.

— Entendi. — Julia falou sem mudar a expressão e foi andando em direção ao carro.

— Eu já te disse que você não precisa ter ciúme da Taís. — Manu falou indo atrás da ruiva.

— Tem certeza, morena? — Julia falou entre dentes.

Manuela respirou fundo e pegou Julia pelo braço. Ela colou o corpo no da ruiva e encostou ela no carro.

— Você fica irresistível com essa cara de brava. — Manu falou com a boca muito próxima da boca da ruiva.

Julia tentou se controlar, mas foi impossível. Quando ela tentou se aproximar para que o beijo acontecesse, Manuela se afastou.

— Porque você tem esse ciúme todo da Taís? — Manu perguntou olhando nos olhos de Julia.

— Porque você não me contou que ia sair com ela e porque pelo visto existem outras milhares de histórias que eu não conheço. — Julia admitiu.

Manuela continuou encarando os olhos verdes e quando resolveu falar, deixou Julia com ainda mais vontade dela.

 

— Eu passei os últimos seis anos da minha vida tentando encontrar você em cada mulher com quem eu fiquei. Eu não vou trocar você por outra, elas não têm nenhuma chance. — Manuela terminou a frase com um beijo intenso, íntimo e passional. As duas só conseguiram se separar quando ficaram sem ar, foi quando elas resolveram levar aquela vontade para um lugar mais apropriado. Se havia sido de forma proposital ou simplesmente o momento das duas, fato era que Manuela estava finalmente começando a admitir em voz alta coisas que o seu corpo já tinha aceitado a muito mais tempo.

Fim do capítulo

Notas finais:

Oi, povo! Pronto, povo casou e no capítulo de amanhã (será que isso é spoiler pra quem não leu da primeira vez? acho que não) nós vamos fazer uma longa visita a pedaços do passado dessas duas.

 

Inclusive, vou dizer aqui que vou relendo os capítulos antes de postar e às vezes eu penso: eu poderia mudar totalmente isso aqui hein!? Porém, trazer essa história de volta pro mundo também é um pouco sobre celebrar a escritora que eu já fui e aí estou sendo fiel as minhas escolhas autorais daquela época, tenham paciência comigo pq eu mesmo estou tendo que ter kkkkkkkkkkk

 

Enfim, obrigada pela gentileza de sempre. Super beijo pra vocês e até amanhã. ♥


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Comentários para 37 - Casamento part. II:
jake
jake

Em: 02/08/2024

Eu amo essa história. 

Obrigada autora. 

Parabéns!!!

Responder

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 19/07/2024

Mais eu me mordo de ciúmes kkkkk segura Julia.

Eita, saía justa Julia com a família de Manu.

Responder

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NovaAqui
NovaAqui

Em: 17/07/2024

Foi fofo o casamento 

Saia justa com a família da amada

Responder

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Julika Sempre
Julika Sempre

Em: 17/07/2024

Essa história é sensacional.  

Parabéns continue 

Responder

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Mmila
Mmila

Em: 17/07/2024

Casamento lindo dos dois.

Mas uma prova que essas duas estão passando.

Fato é, se amam. 

Acredito que ainda vem muita emoção por aí.

Nao tive o prazer de ler anteriormente a história, mas gosto muito do texto.

Responder

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LeticiaFed
LeticiaFed

Em: 17/07/2024

Ah, já faz tanto tempo que li a primeira versão (pequenina puxada de orelha na autora hahaha) que lembro somente alguns detalhes - um particularmente importante. Claro que vc tem o poder de decidir mudar ou não, mas super entendo manter a versão original. E Julia nesse ciúme todo, te acalma criatura que fizeste por merecer.

Com isso queria saber se continuas escrevendo, se tens alguma outra história pronta ou idéias para um futuro não tão distante...Tenho pensado nisso, quando leio uma história boa, bem escrita, sempre quero mais, então resolvi perguntar. 

Responder

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