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Preciso Dizer Que Te Amo por escrita_em_atos

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Palavras: 4569
Acessos: 2180   |  Postado em: 16/07/2024

Casamento

Com a proximidade da cerimônia de casamento de Pedro e Willian, Manuela se aproveitou da desculpa de estar segurando as pontas no escritório sozinha e tratou de manter o mínimo contato possível com os amigos. A morena sabia que aquela não era a melhor solução, ela chegava a ouvir a voz de Amanda a advertindo sobre o ridículo daquela situação, mas ela não queria lidar com aquilo no momento. Embora outra questão estivesse deixando a publicitária bastante pensativa, os pais dela, o irmão e a cunhada viriam a São Paulo para o casamento dos amigos e o que Manu estava tentando evitar a todo custo, seria impossível de não acontecer, já que todos estariam juntos no mesmo local.

Levando as coisas da forma que deu, passaram-se duas semanas e o casamento, que era só um projeto, finalmente ia acontecer. Manu e Julia não haviam chegado a nenhum acordo sobre como elas iriam se comportar no casamento, Julia até tentou abordar o assunto, mas Manu desconversou e uma viagem de última hora fez a morena passar os dois dias que antecederam a cerimônia em Fortaleza. Agora elas teriam que ver como as coisas aconteceriam na hora e aquilo estava deixando as duas com um certo frio na barriga.

**

Manuela tinha chegado cedo a São Paulo, tão cedo que quando chegou no seu apartamento todos ainda estavam dormindo. Os pais da morena, acompanhados de Marcos e Débora, tinham chegado no dia anterior e estavam hospedados no apartamento da publicitária. Manu aproveitou que todos ainda dormiam e resolveu descansar um pouco também, aquele seria provavelmente um dia cansativo. Quando ela acordou, quase onze da manhã, foi com o telefone tocando. Era Julia quem ligava.

— Oi. — Manu falou ainda deitada na cama.

— Oi. — Ju falou — Te acordei?

— Acordou, mas já estava na hora mesmo. Como estão as coisas por aí?

— Movimentadas. A titia não para de andar pra lá e pra cá dando ordens e o Pedro está mais nervoso a cada minuto. — Julia explicou.

— Posso imaginar. E você, como está? — Manu perguntou.

— Bem. E você? Como foi a viagem, conseguiu resolver tudo que precisava? — Julia falou tentando preparar o terreno para perguntar sobre a família da morena.

— Tudo certo, eu deixei tudo da melhor forma que podia e agora ver como as coisas vão se ajustar. Essa correria só serviu mesmo pra eu ficar cansada com essa correria, eu cheguei tão cedo que precisei dormir um pouco pra não ficar parecendo um zumbi no altar. — Manu explicou bocejando.

— Meu amor, eu duvido muito que seja possível você ficar qualquer coisa menos que deslumbrante hoje. — Julia disse com um sorriso — E os seus pais? — Julia perguntou tentando demonstrar desinteresse.

— Na verdade eu ainda nem vi eles, quando eu cheguei todo mundo ainda estava dormindo.

— Entendi. — Julia fez uma pausa, na esperança que Manuela falasse mais alguma coisa sobre os pais, mas a morena não disse nada — Você vem se arrumar aqui ou já vai vir pronta? — Ju mudou um pouco o rumo da conversa.

— Já vou ir pronta, por causa do pessoal aqui de casa.

— Então a gente só vai se ver à noite? — Julia concluiu.

— Eu devo chegar mais cedo um pouco, mas o mais provável é que sim. — Manu sabia muito bem qual era a preocupação da ruiva, mas ainda não sabia como seria quando todos se encontrassem. Ela estava pretendendo conversar com a família antes da cerimônia de mais tarde, era a melhor opção que ela tinha no momento — Eu vou conversar com os meus pais antes da gente ir, eu te ligo mais tarde. Tudo bem?

Julia respirou fundo antes de responder.

— Eu vou esperar. — ela falou por fim.

**

Com Manuela fora da cidade e com planos de chegar no dia seguinte pela manhã, Julia tinha decidido dormir na casa da tia. Os noivos e as madrinhas, que eram todas consideradas da família, iriam se arrumar lá mesmo, onde a cerimônia iria acontecer. A ruiva tinha tido uma oportunidade de conversar com a tia na noite anterior e os sempre sábios e calmos conselhos de Silvia tinham feito com que a arquiteta tivesse uma noite reflexiva. Era claro como ela e Manu estavam juntas, elas não conseguiam ficar sem se falar por nenhum dia sequer, mas ainda existiam coisas não ditas entre elas e Julia começava a se sentir incomodada com aquilo. A insistência de Pedro e os conselhos de Silvia, somadas a uma sensação de desconforto, fizeram o que era só uma ideia tomar formas de resolução na cabeça da ruiva. Ela precisava conversar com Manuela.

A noite na casa dos Magalhães tinha sido movimentada, os preparativos para a cerimônia que aconteceria nos jardins da mansão estavam a todo vapor. Quando Julia acordou no quarto de hóspedes o vai-e-vem de pessoas já era grande. Ela tomou café e passou o resto da manhã ajudando da forma que pôde. Depois do telefonema para Manu, a ruiva estava mais tranquila, mas não menos ansiosa com os encontros que aquele dia prometia. Julia tentou imaginar como seria reencontrar os parentes de Manuela, parecia ter sido em outra vida que ela havia sido apresentada a eles. A ruiva havia chegado a passar um fim de semana em Belo Horizonte na companhia da família da morena, mas de lá para cá muita coisa tinha acontecido e Julia não fazia ideia de como tudo seria dessa vez.

**

Depois de levantar da cama, Manu foi procurar os seus hóspedes pela casa. Não demorou muito para encontrar todos reunidos na varanda do apartamento jogando conversa fora. A morena encostou no batente da porta, se enroscando no robe que usava sobre a camisola e deu um bom dia geral.

— Oi. — ela falou interrompendo a conversa dos outros. Débora era a mais próxima da porta e foi a primeira a cumprimentar a morena.

— Bom dia, cunhada. Tudo bem? — ela perguntou enquanto as duas se abraçavam e Manu apenas acenou com a cabeça em concordância. Em seguida a morena abraçou o irmão e depois foi a vez dos pais.

— E aí, como vocês estão? — Manu perguntou olhando os outros, ainda abraçada ao pai.

— Ótimos. Estávamos tentando decidir se saímos pra almoçar ou se ficamos por aqui mesmo. — o pai da morena respondeu.

— Vamos pedir e almoçar aqui mesmo. Porque até a gente sair e voltar vai demorar muito e a gente ainda precisa se arrumar pro casamento. — Alice sugeriu.

— Verdade, inclusive porque eu preciso chegar lá mais cedo. — Manu concordou — Mas antes de pedir o almoço eu preciso tomar o café da manhã. — a morena emendou com um sorriso.

— Almoçamos em casa então. — Marcos concordou.

— Ótimo. Vem filha, eu te acompanho até a cozinha pra você tomar café. — Alice falou pegando a filha pela mão.

Manu aproveitou a deixa para pedir a ajuda da mãe. Ela não pretendia pegar a família de surpresa sobre a sua reaproximação com Julia, não que eles não soubessem de nada, mas uma coisa era saber, outra era ver. A morena esperou até as duas estarem sentadas na cozinha para começar o assunto.

— Eu estava pensando que a gente precisa conversar. — Manu falou enquanto se servia de uma xícara de café e um pedaço de bolo.

— Eu também. — Alice falou olhando o rosto da filha.

— Não vai tomar nem um café? — a morena perguntou.

— Não, eu tomei mais cedo. Você está preocupada com o nosso encontro com a Julia? — Alice foi direto ao assunto.

— Mais ou menos isso.

— Sou toda ouvidos. — Alice disse com a paciência usual.

— Eu só não queria que vocês fossem pegos de surpresa com a nossa atual situação, não é como se a gente tivesse resolvido tudo, mas tem ficado bastante claro que ela realmente está de volta à minha vida em alguma capacidade. — Manu tentou explicar.

— O que significa que ela está de volta às nossas também. — Alice falou de forma pensativa.

— Algo assim.

Alice ficou em silêncio. Tudo que ela queria era ver a filha feliz outra vez e pelo o que ela podia enxergar nos olhos de Manu, essa felicidade estava voltando. Até mesmo a maneira como a filha falava parecia ter perdido o tom de melancolia dos últimos anos e Julia era a responsável por isso, Alice não tinha dúvidas sobre isso, mas esse fato não excluía a sua culpa por todas as outras coisas.

— Eu não tenho o hábito de questionar as suas escolhas, eu não ousaria. Mas, como mãe eu acho que tenho direito de me preocupar, mesmo sabendo que você não gosta disso, afinal eu tenho lidado com você a sua vida inteira, você sempre foi assim. O ponto é que eu lembro o quanto você sofreu e o quanto eu sofri por isso também com tudo que aconteceu entre vocês, então eu estou um pouco apreensiva com a volta da Júlia às nossas vidas e eu espero que você entenda isso. — Alice falou.

Manuela respondeu com um aceno de cabeça, porque não sabia o que dizer.

— A gente vai te apoiar, Manu. Como sempre, mas não é só a sua confiança que a Julia vai ter que reconquistar. A da sua família também.

— Eu acho que ela tá consciente disso. — Manu falou.

— A julgar pela conversa que eu tive com ela, eu suponho que sim. — Alice concluiu.

— Você nunca me explicou o que vocês realmente conversaram aquele dia. — Manuela aproveitou a oportunidade para expressar sua curiosidade sobre o assunto.

— Não tem nada para contar. Eu não fico te perguntando as coisas que vocês duas conversam, logo eu espero o mesmo de você. — Alice falou.

— Eu tentei, ninguém pode me julgar por isso. — Manu falou contrariada se concentrando no pedaço de bolo a sua frente.

— Porque você ainda está preocupada com essa conversa?

— Preocupada não é bem a palavra, curiosa me parece mais próximo da realidade.

— Pois então pergunte a ela, se ela quiser te contar eu não tenho nenhuma objeção a isso. — Alice falou por fim.

Manuela apenas acenou a cabeça em concordância e tomou um gole do seu café. Quando a mãe decidia alguma coisa, não voltava atrás.

— Sabe, vai ser até interessante ver vocês duas juntas hoje. Tem tanto tempo que eu não te vejo acompanhada de uma mulher, romanticamente falando. — Alice falou depois de um tempo.

— Eu imagino que todos estejam esperando por esse momento mesmo. — Manuela falou séria.

— Isso te incomoda?

— De maneira nenhuma, eu só não entendo porque toda essa curiosidade em torno de algo tão banal.

— Se não te incomoda para quê ficar evitando isso?

— Eu não evitei porque me sinto incomodada com a curiosidade de vocês, eu evitei porque não gosto que a minha vida particular seja o centro das atenções. Eu achei que você já soubesse disso. — Manu concluiu.

— Quando o assunto é essa história de vocês é tudo tão confuso que eu preferi não concluir nada precipitadamente. O fato é que logo mais nós vamos descobrir como as coisas vão ser. — Alice falou levantando — Eu vou conversar com o seu pai, mas eu sugiro que com o Marcos, seja você quem fale. Eu acho que por ser algo que ele não vai gostar de ouvir, ele vai preferir ouvir de você. — Alice concluiu com um sorriso antes de sair da cozinha deixando uma Manuela com um sorriso amarelo pela conversa certamente nada animadora que precisaria ter com o irmão.

**

Bem mais tarde, depois de ficar pronta para o casamento, Julia foi até o quarto onde o primo estava terminando de se arrumar para esperar a hora da cerimônia.

— Preparado? — ela falou assim que entrou no quarto.

Antes de responder, Pedro admirou a beleza da prima. Os cabelos ruivos estavam presos do lado direito em uma trança embutida que terminava com o lado esquerdo jogado sobre o ombro, totalmente solto. A cor do vestido em contraste com o tom do cabelo era perfeita e ainda tinha aquela maquiagem que destacava o verde dos olhos de Julia.

— Nossa! Desse jeito a Manu vai ter um treco quando te vê. — Pedro brincou — Você está maravilhosa.

— Obrigada. — Julia respondeu fazendo uma reverência — Mas não foge do assunto. Tá pronto pra casar?

Pedro respirou fundo e mostrou as mãos, que tremiam, para a prima. Julia imediatamente segurou as mãos estendidas do rapaz e sorriu.

— Vai dar tudo certo! Você não imagina o quanto eu estou feliz de estar aqui hoje vivendo esse momento com você. — Julia falou.

— Eu também estou muito feliz que você esteja aqui, não seria perfeito se você não estivesse. — Pedro disse e puxou a prima para um abraço.

Os dois foram interrompidos pela chegada de Silvia, que vestia um vestido vinho, nada menos que magnífico, e vinha ver como o filho estava.

— Que bom que você está aqui, Julinha. Assim você me ajuda a tentar acalmar esse meu filho. — Silvia falou com um sorriso.

— Você foi no Will? — Pedro perguntou assim que a mãe entrou na sala.

— Fui e ele está muitíssimo bem acompanhado da Manu, da Amanda e da Isa. As três estão lá abanando ele pra tentar evitar que ele caia desmaiado no chão. — Silvia brincou.

— Pelo menos ele está com as meninas. — Pedro concluiu se sentando em uma das poltronas do quarto.

— A Isa disse que já está vindo pra cá, ela só queria dar um beijo no Will primeiro. — Silvia explicou se aproximando do filho e passando a mão carinhosamente no rosto dele.

— As três vão vir? — Pedro perguntou curioso.

— Acho que a Manu vai ficar por lá, não perguntei. — Silvia foi econômica.

— Hum. — Pedro respondeu encarando a prima, que até o momento estava fingindo que não estava ali — Pois a senhora trate de ir lá e falar pra ela que eu quero um abraço dela antes do casamento também. — Pedro falou ainda encarando o rosto da prima.

Julia deu um sorriso contido e balançou a cabeça negativamente. Todo mundo andava tentando armar alguma forma de colocar as duas juntas no mesmo lugar, existia uma curiosidade tremenda em saber como elas eram juntas, mas as duas acabavam sempre escapando. Naquele dia, pelo visto, elas não teriam para onde fugir.

— Sim, senhor! Eu irei. — Silvia disse sorrindo e deixou a sala.

— Você pensou no que nós temos conversado nos últimos dias? — Pedro falou com o tom um pouco mais sério, assim que a mãe deixou o quarto.

— Pensei. — Julia foi direta — Eu tenho pensado bastante em tudo que você me disse. — ela falou encarando Pedro.

— E? — Pedro inquiriu.

— E eu sei que eu preciso conversar com a Manu, mas eu ainda não faço ideia de como e também não acho que agora ou hoje é o dia da gente ficar falando sobre isso. — Julia concluiu.

— Tá bom, só uma última coisa: seja sincera, é tudo ela vai querer de você. — Pedro falou com segurança.

**

Quando a família Vidigal chegou ao local do casamento, Marcos sustentava uma cara de poucos amigos. Manuela tinha tentado explicar para o irmão como as coisas tinham acontecido, mas ele preferiu não saber os detalhes e disse que era educado o suficiente para não causar nenhum tipo de problema. Manu não estava satisfeita, ela queria conversar com o irmão, mas conhecendo ele como ela conhecia era melhor dar um tempo para ele digerir a situação. Os pais, em contrapartida, pareciam muito tranquilos com relação àquilo tudo e Manu sabia que eles de fato estavam.

Ela não tinha ligado para Julia como havia dito que faria, achou melhor conversar com ela pessoalmente. Foi através de Amanda, que já estava na mansão, que Manu soube onde os meninos estavam. Depois de deixar os pais nos jardins ela subiu para a suíte em que Willian estava se arrumando, provavelmente ele e Pedro estavam muito ansiosos e ela queria dar um abraço nos dois antes da cerimônia. Antes de chegar à porta do quarto onde o amigo estava ela encontrou Silvia, a advogada disse que ia ver como o filho estava, Pedro estava em outro quarto acompanhado de Julia, pelo que Silvia explicou.

— Olá. — ela falou ao entrar no quarto depois de algumas batidas na porta.

— Ai minha deusa, mais uma madrinha arrasa quarteirões. — foi a primeira coisa que Will falou quando viu a amiga.

Manuela sorriu e entrou no cômodo. Ela cumprimentou as amigas rapidamente e foi até onde Will estava de pé andando de um lado para o outro. Era visível o quanto ele estava nervoso.

— Eu estou começando a me arrepender dessa escolha de madrinhas, vocês quatro estão tão lindas que é provável que ninguém preste atenção nos noivos. — ele falou vendo Manu se aproximar de onde ele estava.

— E quem é o louco que vai olhar pra gente tendo dois deuses gregos bem no meio daquele altar? — Manu brincou segurando as mãos do amigo — Como você está?

— Me tremendo inteiro, eu não sabia que casar dava tanto medo e ansiedade juntos. Eu tive pesadelo duas vezes essa semana que eu me estabacava inteiro no meio da minha entrada. — Will falou nervosamente e as mulheres acabaram caindo na gargalhada.

— Eu me lembro bem desse sentimento, esse frio na barriga e essa ansiedade que não passa. — Isa falou.

Manuela sorriu antes de falar.

— Vai dar tudo certo, meu querido. Vocês dois vão se casar e viver felizes para sempre, como nos contos de fada. O Pedro é a princesa e você também. — Manuela brincou e Will revirou os olhos sorrindo — Vocês vão ser muito felizes, eu tenho certeza disso e falta muito pouquinho pra vocês reafirmarem o que todos nós já sabemos: vocês dois nasceram um para o outro. Só se concentra em não tropeçar na entrada e nem na saída.

Will sorriu e abraçou a amiga.

— Não vai me fazer chorar, sua peste. — ele disse ainda dentro do abraço.

— E o Pedro? — Manu falou depois de se separar do amigo.

— A gente vai lá ver ele agora. Vamos nos dividir, a Isa e a Julia ficam lá, eu e você ficamos aqui. Igual vai ser no altar. — Amanda explicou.

— Vão indo então, eu fico aqui. Fala pro Pedro que a gente se vê no altar. — Manu falou com um sorriso.

Antes que Isabela ou Amanda pudessem responder, Silvia entrou no quarto. Ela vinha com um sorriso que parecia permanente em seu rosto naquele dia e não tinha como ser diferente, o filho iria se casar.

— Eu só passei aqui rapidinho para avisar que o Pedro quer um abraço das três antes da cerimônia. — ela falou encarando Manuela — Vão lá logo que eu fico com Will, mas não demorem. Eu deixei os pais do meu genro fazendo sala pros convidados, mas eu também preciso ir lá pra baixo receber as pessoas.

— Sendo assim, vamos todas. — Manu falou e concluiu olhando o amigo — A gente já volta.

— Eu não acredito que todo mundo vai ver você e a ruiva juntas antes de mim. — Will falou contrariado.

— Você não é único, meu querido. — Silvia falou divertida.

— Me poupem pelo menos hoje. — Manuela falou antes de deixar o quarto rindo da revolta dos amigos.

— Eu conto tudo pra vocês depois. — Isa falou antes de deixar o quarto.

Amanda não disse nada, mas sorriu ao acompanhar as outras para fora do quarto. Era sempre divertido ver Manuela lutando contra os seus hábitos reservados em detrimento da necessidade que as pessoas ao seu redor tinham de querer saber mais sobre a sua vida e as suas decisões a respeito dela. No fundo, embora Manu fosse continuar sendo a pessoa que era, ela acabava cedendo muito mais que os outros, porque ela preferia abrir mão dos seus hábitos para deixar as pessoas menos preocupadas com ela. Manu sempre aceitava a curiosidade alheia, ainda que com alguma relutância, se viesse daqueles com quem ela se importava.

**

Amanda foi a primeira a entrar no quarto e foi direto abraçar o amigo. Isa, por outro lado, cumprimentou Julia primeiro e Manuela acabou ficando alguns passos para trás fechando a porta. Julia recebeu a saudação de Isa com um sorriso, mas seus olhos foram atraídos mesmo foi pela entrada de Manuela. A morena estava com os cabelos presos em um coque de lado com a franja caindo sobre a testa, a maquiagem marcava os olhos e na boca um batom na cor berinjela deixava os lábios da morena absolutamente tentadores. Os vestidos das quatro madrinhas, todos na mesma cor, eram de modelos diferentes, mas o de Julia e Manu tinham em comum as costas nuas. Elas se observaram por alguns segundos, se apreciando. Julia não sabia o que fazer, na verdade só ficar ali admirando a beleza de Manuela parecia uma ótima ideia. Manu também estava tentando descobrir como reagir à presença de Julia tão linda diante dos seus olhos, mas não estava sendo fácil.

Amanda foi a primeira a reparar que Julia e Manuela não faziam a mínima ideia do que fazer, Pedro e Isa estavam se abraçando e não perceberam. Sabendo que a amiga ficaria agradecida pela sua intervenção, Amanda tratou de se aproximar de Julia e tirar a atenção da ruiva de Manuela. Julia não gostou de imediato, mas Manu aproveitou a deixa para respirar fundo e ir cumprimentar Pedro.

— Olá. — Amanda falou se colocando entre Julia e a visão que ela tinha de Manu.

— Oi. — Julia respondeu tentando se controlar para o primeiro embate do dia.

— Provavelmente a gente vai precisar de muito mais tempo e encontros pra escapar dessa estranheza inicial, coisa impossível hoje, mas em nome da felicidade da Manu e porque eu não tenho mínima vocação pra guardar ressentimentos, eu espero que a gente consiga ficar bem. — a médica falou com um sorriso simpático.

Julia respirou aliviada. Amanda não era a melhor amiga de Manuela à toa, as duas se conheciam muito bem e Julia entendeu que a única razão para a primeira conversa entre elas ter sido como foi, tinha sido a lealdade da loira, o que fazia com que Ju admirasse ainda mais a médica.

— A gente vai. Obrigada, ouvir isso me deixa realmente aliviada. Eu sei o quanto você é importante pra Manu, logo é importante pra mim também. — Julia falou retribuindo o sorriso de Amanda.

— Eu acho que eu posso dizer o mesmo sobre você. Então nós estamos bem? — Mandys falou com um sorriso feliz.

— Claro!

— Ótimo. — Amanda concluiu.

— Achei que a senhora não viria me dar um abraço. — Pedro falou assim que Manu se aproximou.

— Eu não ousaria cometer tal sacrilégio. — Manu falou abraçando o amigo com um sorriso. Quando os dois se afastaram ela viu que Amanda e Julia trocavam sorrisos — Nervoso?

— Dentro do esperado, eu acho. — Pedro falou com um sorriso nada tranquilo.

— Todo esse nervosismo vai passar quando vocês estiverem lado-a-lado no altar. — Isa falou com um sorriso carinhoso.

— Eu sou obrigada a concordar com a minha esposa. — Amanda falou se aproximando com Julia logo atrás.

Manuela que ainda segurava uma das mãos do amigo sorriu para a ruiva e Julia não pôde fazer outra coisa a não ser retribuir. Mais uma vez Amanda entrou em ação e resolveu ajudar Pedro a ajeitar a gravata, Julia e Manu acabaram ficando uma do lado da outra.

— Oi. — Julia falou ainda hipnotizada pela beleza de Manuela.

— Oi. — Manu respondeu dando um beijo carinhoso no rosto da ruiva.

Isabela observava tudo por cima do ombro da esposa e Pedro também fazia um esforço enorme para ver o que Julia e Manuela estavam conversando, mas as duas não estavam muito interessadas em palavras. O olhar de uma para outra era mais que o suficiente para elas entenderem o que queriam se dizer naquele momento, as duas sabiam que os três amigos estavam curiosos, mas honestamente aquilo não interessava muito no momento.

— E os seus pais? — Julia perguntou em tom de voz baixo.

— Eu conversei com eles, não se preocupa com isso. — Manu falou tranquilamente — Você tá muito linda. — ela não resistiu.

— Eu não sou a única. — Julia retribuiu o elogio com um sorriso luminoso.

— Vamos, Manu? — Amanda falou se virando e dando de cara com as duas se olhando com aquele sorriso apaixonado — A gente só veio te dar um abraço, Pedro. A Isa e a Julia ficam aqui com você, nós duas vamos lá cuidar do seu futuro esposo. — a médica explicou.

Manu deu um aceno de cabeça em sinal de agradecimento a Amanda, a amiga tinha tomado conta da situação de forma a não deixar que o momento fosse constrangedor. Manu colocou a mão na cintura da ruiva e falou ao pé do seu ouvido.

— A gente se encontra lá embaixo. — e deu um beijo no rosto dela antes de se afastar para falar mais uma vez com Pedro — Eu te encontro no altar, mas se você ainda quiser fugir eu tenho um plano pra gente ir agora. — ela falou sorrindo para o amigo.

— Eu até iria, mas a minha mãe comprou um champagne que seria um pecado não beber. — Pedro falou também sorrindo.

— Eu não posso te julgar, foi golpe baixo da dona Silvia. — Manu disse olhando o amigo e os dois voltaram a se abraçar, Manu aproveitou para falar de forma que só o rapaz ouvisse — Você merece toda a felicidade do mundo, meu amigo. Seu coração é lindo e eu tenho certeza que a sua vida vai ficar ainda mais cheia de amor a partir de agora. O mundo é um lugar mais bonito por ter uma família linda como a sua por aqui e quem não é capaz de entender isso, não merece nenhum milésimo da sua atenção.Tá certo!? — ela concluiu olhando o rosto dele.

Pedro se emocionou, era impossível não se lembrar da família Campana no momento como aquele, mas Manu tinha razão. Eles não eram a sua família e não mereciam a sua atenção. As pessoas que realmente importavam estavam com ele ali e aquele era o dia mais importante da sua vida, não valia a pena perder tempo pensando no passado.

— Obrigado. — foi a única coisa que ele disse.

 

Manuela apenas sorriu e deu um beijo no rosto do amigo. Ela e Amanda saíram do quarto e voltaram para junto de Willian. Dali a alguns minutos os amigos estariam no altar se casando e não existia um motivo mais importante do que esse para todos estarem felizes naquele dia.

Fim do capítulo

Notas finais:

Oi, gente. Vai desculpando aí o horário, dia foi estranho e acabei me demorando com a vida, mas está aí a primeira parte do casamento. Eu inicialmente (séculos atrás quando eu coloquei a história no mundo a primeira vez) pretendia fazer um caítulo só, mas ficaria MUITO grande, então dividi em dois e amanhã vem mais.

 

Muito obrigada pela companhia nas leituras e nos comentários. Beijo enorme no coração de vocês e boa noite. ♥


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Comentários para 36 - Casamento:
jake
jake

Em: 26/07/2024

Vai Will

Olha pro chão, cuidado pra não tropeçar....

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 17/07/2024

Felicidades aos noivos e que Will não caía. Kkkk

Responder

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 17/07/2024

Felicidades aos noivos e que Will não caía. Kkkk

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LeticiaFed
LeticiaFed

Em: 16/07/2024

Entao, Julia e Manu em frente uma da outra durante o casório, que fofo!
Vamos aguardar o reencontro da Ju com a Manufamilia e espero que o resto dos Campana não resolvam fazer nenhuma aparição surpresa, humf! 

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Mmila
Mmila

Em: 16/07/2024

O que a Júlia reluta tanto pra contar pra Manu?!?

Nem imagino o que seria. Mas vou torcer que não seja algo tão forte que Manu não consiga perdoar.

Responder

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Brescia
Brescia

Em: 16/07/2024

oi autora.

Finalmente os casais estão se completando, vou chutar que a Júlia engravidou e não quer contar a Manu, rs.

Vamos esperar essa conversa, caso o mala não consiga estragar tudo.

 

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NovaAqui
NovaAqui

Em: 16/07/2024

E vamos para o casório 

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