BOA TARDE LEITORAS, VOLTEI!
Espero que estejam tendo um ótimo domingo e boa leitura!
Capitulo 26 – Faca de dois gumes
Júlia
Mais uma vez, não sei onde estava com a merd* da cabeça quando aceitei o convite da Sofia. Na verdade, eu sei bem onde estava, esse é o problema. Eu não tinha aceitado dormir com ela, é verdade, mas, a conhecendo bem – e conhecendo essa nova Júlia que venho me tornando – eu não duvido que seja exatamente o que vai acabar acontecendo.
Até cheguei a pensar que talvez teria sido melhor tê-la chamado para dormir na minha casa, e assim, continuar longe dos olhares alheios (principalmente dos da Marta), mas eu acabaria me sentindo ainda mais culpada, no dia seguinte, com a Sofia acordando na minha cama.
Eu só espero que a Marta não esteja lá, o que provavelmente não vai acontecer, afinal de contas, antes de tudo, a casa é dela – da minha melhor amiga – e não da Sofia. Mas, ainda assim, eu continuava torcendo para que, por algum motivo, ela não estivesse lá. Porque vai ser no mínimo vergonhoso ter que encarar a Marta agora, depois de tudo o que eu e a sua filha fizemos juntas, sem ninguém saber.
É claro que teríamos de fingir que nada aconteceu e que eu teria que agir naturalmente, o que seria nada fácil, até porque já faz um bom tempo que não venho conseguindo agir naturalmente quando estou com a Sofia.
Essa é a verdade.
Nós não tínhamos tido uma real conversa sobre o assunto – nem tínhamos tido muito tempo para isso – mas acho que nós duas concordávamos que eu simplesmente não poderia chegar para a Marta do nada e dizer: "Sabe a sua filha, a que foi quase a minha afilhada e que eu criei basicamente como se fosse a minha sobrinha? Então... Acontece que andamos quase trepando no banheiro do cinema, na sua casa, na minha (onde, de fato, aconteceu) e em todos os lugares possíveis porque, de repente, pareço ter os hormônios de uma garota de quinze anos e não consigo mais controlar a porr* da minha bocet*."
É, definitivamente isso estava fora de cogitação. Mas, exageros à parte, a Marta não podia saber o que estava acontecendo entre a gente, ao menos, não agora. Não ainda. Quero dizer, na minha cabeça, uma hora isso que vem acontecendo entre eu e a Sofia – e todas essas coisas que venho sentindo – vai passar e não haverá mais nada para ser dito. Pelo menos, é isso que uma parte minha fica tentando me dizer, enquanto que a outra parte não consegue visualizar como isso poderia ser possível, já que quanto mais eu tenho dela, mas eu a quero.
É, eu estou fodida desse jeito.
Paro a minha moto em frente à casa dos Furtados e abro o portão ouvindo um certo martelar do meu coração. Me sinto estúpida, mas não consigo evitar. Volto a subir na minha Harley enquanto tento me convencer de que não estou assim por causa dela. Não estou assim porque estou prestes a ver o seu sorriso convencido e ridiculamente perfeito, suas unhas da mão pintadas de cores alternadas e algum acessório colorido que tenho certeza de que está usando. Não, com certeza deve ser por outro motivo.
Não posso deixar de notar que o carro da Marta não está na garagem, quando passo pelo jardim. Mas era muito cedo para comemorar.
Meus dedos estão indo em direção à maçaneta da porta quando ela se abre, revelando a real razão do martelar do meu coração e fazendo com que todos os meus esforços de pensar o contrário caiam por terra.
– Comecei a achar que não viria mais. – Ela anuncia ao me ver, com um sorriso de contentamento que não consegue esconder.
– Talvez eu não... – Começo a dizer, mas ela me interrompe, nivelando os lábios nos meus enquanto enlaça os dedos nos meus cabelos.
O seu gosto me inunda e me sinto tonta por um segundo, mas então algo dentro de mim me desperta para a realidade.
– Sofia... – A encaro com os olhos arregalados, e ela logo parece entender o porquê da minha reação.
– Relaxa, os homens da casa não estão aqui, só pra variar. – Ela rola os olhos, parecendo entediada.
E eu lá estava preocupada com “os homens da casa”? A mulher da casa, era com quem eu realmente me importava.
– E a sua mãe? – Vou direto ao ponto.
– Está na igreja. – Ela solta um sorriso debochado e irônico, típico dela. – Daqui a alguns meses vai ser a cerimônia de crisma do João Pedro. Acho que ela deve ter ido lá se certificar de que pelo menos um dos seus filhos seguiu os passos de Deus. – Ela deixa escapar mais um daqueles seus sorrisinhos.
Ótimo, a Marta estava na igreja, enquanto eu estava aqui na casa dela prestes a cometer pelo menos uns oito ou nove pecados, todos de uma só vez.
– Vem... – Ela me puxa pela mão, fazendo com que eu a siga até a sala. – Já está tudo pronto para a nossa noite de filmes fora da piscina. – Ela sorri, apontando para uma estante de madeira portátil, que está localizada em frente ao sofá, onde costumava ficar uma mesa de centro. Na tal estante, há uma TV de tubo e um aparelho de Videocassete VHS.
Acabo soltando uma risada sem querer, enquanto me sento no sofá cinza amarronzado. Só mesmo a Sofia para vir com uma dessas. Essa garota tinha vindo de alguma viagem no tempo, ou o quê?
– Não entendi o motivo da risada. – Ela diz, fingindo parecer estar ressentida, enquanto eu sei que, na realidade, estava se divertindo muito com aquilo.
Até porque ela sabia que não estava debochando de verdade. E eu nem poderia, afinal de contas, talvez eu tivesse meio que sido a responsável e a influenciado a gostar dessas coisas, já que quando ela tinha uns quatro anos – no auge dos DVDs – eu ainda tinha o meu velho aparelho de Videocassete e colocava algumas das minhas fitas da Xuxa para ela assistir.
– Eu só achei bonitinho. – Confesso. – Na verdade, eu curto muito o fato de você ser uma garota retrô. – Sorrio bobamente para ela, revelando algo que achei que nunca revelaria.
– Curte, é? – Ela me lança aquele olhar convencido e eu reviro os olhos. Então deixa escapar uma risada, e depois continua. – Foi o Seu Afonso que me deu de aniversário... Ele mandou consertar só para me dar de presente, não é o máximo? – Ela pergunta, com um sorriso no rosto e os olhos brilhando, linda. Perfeita.
– É, ele deve te considerar bastante, não apenas por ser uma funcionária exemplar, mas por todo esse seu carisma. – Digo, e ela sorri faceira para mim.
Mas não era mentira. A Sofia era apaixonante e conquistava qualquer pessoa que a conhecesse, qualquer uma, menos...
– Você sabe que horas sua mãe vai voltar? – Pergunto, de repente, me lembrando da dita cuja.
– Não, mas tenho algumas ideias de como a gente poderia aproveitar bem esse tempo... – Ela se inclina do meu lado, com aquele olhar sugestionante.
– Sofia... – A repreendo, de bom humor.
– Eu sei, eu sei... – Ela bufa, e então se inclina para pegar alguma coisa que está sobre a mesinha ao lado – Qual você quer assistir? – Pergunta enquanto me mostra duas fitas VHS: Navio Fantasma e Anaconda.
Um dia ela me fez ver “Serpentes a Bordo” e agora me vem com essa. Eu juro que estava começando a ficar preocupada com essa sua fissura por cobras e serpentes.
– Depois que você conseguiu o que queria de mim, adeus às comédias românticas, né? – Brinco, fingindo estar séria.
– Eu não... É que essas eram as únicas fitas realmente interessantes que tinham lá no... – Ela começa a se justificar, parecendo um pouco envergonhada, e então volto a sorrir.
– Ei, só estou brincando. – Ela me devolve um sorriso, parecendo mais aliviada. – Navio Fantasma. – Escolho.
– Era a minha opção, também. – Ela se levanta, sorrindo, enquanto abre o compartimento e enfia a fita pela entrada do aparelho.
A Sofia dá o play e se aconchega no sofá, com as costas encostadas sobre meu peito, como costumávamos a fazer antes de... tudo ser diferente. Passo meus dedos entre seus cabelos e, pela primeira vez, depois de um bom tempo, não me sinto estranha. Pelo contrário, tenho a sensação de que tudo parece estar no lugar certo, agora.
A gente fica assistindo o filme por alguns minutos, até que, como geralmente acontecia, ela parece ficar de saco cheio ou entediada em certo ponto, e então começa a fazer alguns carinhos pelo meu corpo, envolta do meu umbigo e passando pelas costelas, até que sobe e vai em direção dos meus seios, por cima da blusa.
Eu a olho como quem dissesse “O que está fazendo?”, mas ela apenas me lança um sorrisinho de quem estava aprontando e volta a passar a pontinha dos dedos em torno da minha aréola e, em questão de segundos, o meu mamilo já está devidamente duro, como se quisesse atravessar o tecido da minha blusa. Como se o seu toque tivesse o poder de acionar algo dentro de mim e me deixar perfeitamente pronta, para ela.
Merd*.
Só leva meio momento para que meu peito comece a subir e descer mais rápido e a minha bocet* começar a latejar descontroladamente.
– Sofia... – A olho nos olhos e ela sustenta o meu olhar na mesma intensidade. – Não me provoca. – Peço, mas, na verdade, eu não queria que ela parasse.
– Por quê? O que você vai fazer? – Ela arqueia uma das sobrancelhas, me desafiando.
– O que eu vou fazer? – Jogo a pergunta de volta para ela, que apenas acena positivamente com a cabeça, enquanto morde o lábio inferior.
Minha nossa... Que garota!
Conhecendo-a bem, como eu já conheço, sei identificar quando ela está visivelmente excitada, como agora. Talvez, só não esteja mais do que eu, que já estava prestes a subir pelas paredes.
Mas que porr*.
Em um movimento repentino, rolo para cima dela, me aconchegando entre suas pernas – no lugar que mais desejei estar – enquanto passo a mão pela sua cintura. Ela sorri, vitoriosa por ter conseguido de mim o que mais queria, e me puxa pela nuca, me beijando e me fazendo ficar completamente acesa, dos pés à cabeça. Todo aquele nosso contexto parecia fazer aquilo ficar ainda mais excitante: o fato de ninguém poder saber e mesmo assim estarmos ali, eu e ela prestes a trepar naquele sofá.
Eu aprofundo o nosso beijo, fundindo os nossos corpos ainda mais conforme me esfrego nela e roço minha bocet* na dela. Ela arfa e gem* em resposta e, sinceramente, não sei por quanto tempo aguentaremos ficar com as nossas roupas, até que... o barulho do motor de um carro – o barulho do motor do carro dela – se espalha pelo jardim e nos atinge em cheio, e eu acabo rolando e indo parar no chão, assustada com o barulho repentino.
– porr*, justo agora? – A Sofia dispara, de mau humor, enquanto volto para o sofá e me endireito, perfeitamente sentada ao seu lado, como se não estivéssemos fazendo nada demais há meio segundo atrás.
Não se passa nem um minuto, quando ouvimos o virar de chaves na fechadura.
– Júlia? – A minha amiga pergunta, provavelmente surpresa com minha visita inesperada. – Não sabia que você estaria aqui.
– É, eu vim assistir um filme com a Sofia nessa máquina do tempo. – Eu aponto para a pequena estante portátil, com a TV de tubo e o videocassete, enquanto sorrio para a Sofia, divertida.
Mas me arrependo da brincadeira assim que vejo o olhar julgador que a Marta lança para a própria filha.
– Que bom que está aqui. E eu estava mesmo querendo que você me ajudasse a pensar em uma madrinha de crisma para o João. – Ela diz com um sorriso exagerado, ignorando por completo o que eu tinha acabo de dizer, ou o fato de eu estar com a Sofia agora.
– Mãe, a Júlia veio aqui por minha causa, não pela sua. – A Sofia dispara e a Marta a olha com as veias do pescoço saltadas.
Eu me encolho e respiro fundo, já prevendo o que está por vir.
– Não seja boba, Sofia, a Júlia é a minha melhor amiga, antes mesmo de você nascer, não se esqueça disso. – Mais uma vez ela é completamente dura com a filha, sem a menor necessidade, e vejo a Sofia bufar, como se estivesse prestes a perder a paciência, também. – Sem falar que vocês não se desgrudam. O que foi? Resolveu grudar na sua tia de novo, depois de velha? – Ela escolhe usar aquelas palavras de propósito, só para deixar a filha ainda mais irritada.
Eu noto quando a Sofia começa a puxar o ar para dar alguma resposta à altura, e então lanço um olhar para ela que suplica: “me deixa resolver isso do meu jeito, é melhor assim, não vamos arranjar ainda mais problemas pro nosso lado” e ela parecer desistir do que quer que estivesse prestes a falar.
– Leva as coisas lá pra cima, a gente termina de assistir no seu quarto, mais tarde. – Toco na perna dela e tento soar o mais gentil possível, dentro do que o “horário” permite.
Ela revira os olhos e se levanta do sofá, ainda de cara fechada para a mãe – que parece tão furiosa quanto ela.
Ficar trancada no quarto com a Sofia era com certeza a pior das ideias, mas era isso ou então o desentendimento das duas poderia render uma noite inteira, e isso com certeza só pioraria as coisas, para todas nós.
Vejo ela arrastar a pequena estante com a ajuda das rodinhas até o pequeno elevadorzinho de carga que ficava estrategicamente localizado entre a cozinha e a sala. Quando a Marta me disse que mandaria instalar um, há alguns anos atrás – porque viu isso em um filme e achou legal – eu jurei que era só uma forma diferenciada de gastar dinheiro. Continuo achando, na realidade, mas até que a Sofia estava fazendo um bom uso da coisa, no final das contas.
– Eu sinceramente não sei aonde isso vai parar, caso você não comece a dar um basta ou não pare de mimar tanto essa menina, Júlia. Por Deus, ela já tem dezenove anos... – A Marta começa assim que a Sofia termina de colocar a estante dentro do pequeno elevador e sobe as escadas, nos deixando sozinhas aqui no andar de baixo.
Mimar tipo dando a minha bocet* para ela foder e meus seios para ela ch*par? É, eu estava mesmo adorando fazer isso, e ainda não tinha em mente uma data para dar um fim nisso. Então, respondendo à pergunta dela, eu realmente não sei aonde iríamos parar. Mas acho que não estava verdadeiramente interessada em saber, no momento. Tudo o que eu pensava agora era na viagem, e não exatamente no ponto de chegada.
– Você viu como ela saiu daqui? – Pergunta enquanto parasse procurar alguma coisa em uma das estantes da sala. – E a maneira como me olhou? Tão insolente... – A Marta continua, porque tudo, absolutamente tudo, tem que ser sobre ela, que era sempre a maior vítima da história.
Tão insolente???
E a maneira como ela tinha falado com a filha, agora há pouco, na minha frente? Não conta? Eu conhecia a Sofia o suficiente pra saber que “raiva” não era exatamente o sentimento que predominava ali. Ela podia dar aquelas respostas atravessadas e parecer puta da vida – e eu sei que ela realmente estava, na maioria das vezes – mas o que ela mais sentia de verdade, mesmo, era mágoa, decepção, tristeza, culpa, pelo fato de a mãe ser tão indiferente e tão estupidamente fria com ela. E isso... isso com certeza acabava comigo.
– Nós estávamos aqui vendo um filme de boa, Marta... – Estávamos fazendo bem mais do que isso, na verdade, e você atrapalhou. – E a Sofia tem razão, aquele era pra ser um momento nosso. – Acabo soltando, sem querer.
Merd*, eu disse mesmo aquilo? Mas que porr* deu em mim?
– O que está querendo dizer, Júlia? – Ela me olha, impaciente. – Eu sinceramente não te entendo. – Ela levanta alguns itens de decoração de algumas das estantes, ainda determinada a encontrar seja lá o que estivesse procurando. – Você tem trinta e seis, é uma mulher madura, independente, como pode querer passar tanto tempo com uma menina? E logo com a Sofia?
“Logo com a Sofia?” O que ela estava querendo dizer, afinal?
– Você também iria querer passar mais tempo com ela, Marta. Se não fosse tão... – Egocêntrica? Narcisista? Uma mãe tão... – Cabeça dura. – Digo o melhor adjetivo que me vem em mente, ou pelo menos aquele que me traria menos problemas.
– Ah, Júlia... – Ela se senta no sofá com uma agenda em mãos, parecendo vencida, ao menos, por ora. – O que eu faria sem você, querida? – Ela diz enquanto revira algumas páginas da pequena caderneta. – Acho que se eu e a Sofia não nos matamos ainda, isso se deve muito a você.
Eu não tinha dúvidas disso, mas, a verdade, é que eu daria tudo para não precisar ser essa pessoa. As coisas seriam tão mais fáceis se...
– Você não vai se sentir excluída por eu não te chamar para ser a madrinha, certo? – Ela corta a minha linha de raciocínio, de repente. – Quero dizer, é que não é assim tão comum chamar a madrinha de batismo para ser a madrinha de crisma... – Resolve se explicar.
– Está tudo bem. – Na verdade, era um bem que ela me fazia.
Esse seria com certeza um péssimo momento para reafirmar esses “laços parentais” com os filhos dela.
– Bem, eu pensei na Helena, aquela minha prima por parte de pai, que mora no Rio. O que você acha dela? – Ela pergunta como se a minha opinião realmente fosse importante, o que eu sabia que não era bem verdade, e que no final das contas ela chamaria quem ela bem entendesse.
Eu nem lembrava daquela mulher, provavelmente tinha a visto uma única vez, em algum evento de família. Vi tão pouco quanto a madrinha de batismo da Sofia. Mas a Marta tinha essa mania de convidar pessoas que nunca conviveram com os meninos... Sem falar que o João Pedro já tinha quatorze, acho que ele poderia muito bem decidir quem ele queria para ser a sua madrinha, mas, se tratando da Marta... Sei que não havia nada que eu pudesse fazer para mudar isso, então...
– Acho uma boa ideia. – É tudo o que eu digo.
– Ótimo. – Ela volta a revirar as páginas da agenda. – Eu só preciso me lembrar aonde eu anotei o novo telefone dela... – Vejo-a ficar com o pensamento distante, por um momento, e então... – Eu tive sorte em cair na mesma turma que você, na faculdade. – Ela levanta a cabeça para me olhar, com um sorriso sincero no rosto.
Fico a olhando com certa estranheza, me perguntando da onde veio aquilo e, principalmente, como ainda conseguíamos ser tão amigas. Nós não tínhamos quase nada em comum, aliás, nunca tivemos. Vivíamos em realidades completamente diferentes. E quando eu via o jeito com que ela tratava a Sofia, desde criança... Aquilo me partia em mil pedaços.
Mas era como uma faca de dois gumes: Se por um lado a forma com que a Marta tratava a Sofia só me fazia sentir ainda mais vontade de me afastar, por outro lado, aquela era justamente a verdadeira razão de eu nunca ter ido embora.
xxx
Empurro a porta do quarto da Sofia, que estava apenas encostada, e logo noto a sua aparelhagem de TV posicionada na frente do seu tapete felpudo, no qual ela estava sentada. Seus olhos passivos não pareciam se atentar em muita coisa, enquanto as luzes da televisão refletiam no seu rosto e nos seus brincos vazados de coração.
Fico admirando aquela cena como se, de fato, eu tivesse ido parar diretamente nos anos oitenta, ao abrir aquela porta.
– Pensei que a Dona Marta tivesse te convencido a dormir com ela. – A Sofia fala daquele jeitinho debochado dela, assim que me vê ali.
É, eu definitivamente tinha demorado mais do que o planejado lá em baixo, bebendo uma rodada de chá que com certeza não estava nos meus planos.
– Você ainda está chateada... Pelo jeito que sua mãe... – Me sento ao lado dela, no tapete.
Fico tentando pisar em ovos, e ser o mais gentil possível, porque sei bem como ela ficava se sentindo depois que a Marta a tratava daquele jeito.
– Eu odeio como ela faz questão de me humilhar na sua frente... – Vejo como ela se esforça para segurar o choro, e aquilo me faz sentir o mesmo nó que deve estar na sua garganta agora. – Sempre foi assim... E ela sempre ficou disputando pela sua atenção. Sempre quis me separar de você.
Isso era verdade, cada afirmação. Ela não estava mentindo, eu só não podia dizer isso a ela.
– Isso não vai acontecer, Sofi. – Seguro na sua mão, tentando passar o máximo de confiança que consigo. – E você sabe como a sua mãe é... – Infelizmente, ela sabia muito bem, mas, por mais acostumada que estivesse, não passava a ser menos frustrante ou decepcionante com o tempo... pelo contrário. – Eu me sinto uma merd*, sabe, me sinto tão culpada, porque... A Marta sempre me tratou muito bem, como uma segunda mãe, então é como se eu tivesse roubado isso de você. Eu sei que ela te ama, mas... esse afeto que ela me dá deveria seu. – Acabo soltando aquilo, porque a Sofia sempre foi capaz disso: de tirar qualquer verdade de dentro de mim, até mesmo as mais enraizadas ou escondidas.
– Não fala assim, Jules... – Ela muda de postura imediatamente, agora tentando ser forte o bastante para me tranquilizar. – Eu sei que minha mãe também não é fácil com você. Na verdade, ela te manipula, com esse jeito supostamente “carinhoso” que ela te trata. – Ela diz fazendo aspas no ar. – E com esse jeitinho dela, acaba te obrigando a fazer tudo o que ela quer que você faça. – Ela diz aquilo, parecendo tão mentalmente resolvida, que eu fico tentando processar a informação por alguns instantes. – Mas que se dane ela... – Ela sobe em cima de mim, de repente. – Que se dane que ela tente me humilhar ou me afastar de você. Porque eu já tenho a melhor parte de você mesmo, não é? – Ela diz naquele tom provocativo, enquanto roça a pontinha do nariz perfeito no meu pescoço.
Droga, como ela conseguia? Como era capaz de transformar uma conversa séria em algo que me faria ficar morrendo de tesão?
Ela começa a se mover, roçando em mim, e retribuo conforme pressiono o meu seio aos dela, já me sentindo completamente quente de novo.
– Sofia... Você sabe que eu posso acabar sendo queimada em uma fogueira ou algo assim por causa disso que estamos fazendo, não é?
Tudo bem, confesso que estava exagerando – ou, pelo menos, é o que eu esperava – mas ainda assim, tinha o seu fundo de verdade.
Ninguém entenderia.
– Bem... se você queimar, eu queimo com você. – Olho bem no fundo dos seus olhos enquanto me diz aquilo e vejo que estava falando sério. Para além das metáforas, ela pareceu querer dizer que estava tão envolvida até o pescoço quanto eu, nessa história.
– Mesmo? – Pergunto, me certificando daquilo.
– Sim... – E então vejo o seu semblante mudar da água pro vinho. – Aliás, eu já estou pegando fogo. – Ela diz em um sussurro, fechando com chave de ouro a mudança repentina de seriedade para safadeza, em questão de segundos.
Acontece que, não era só ela que já estava se sentindo assim.
– Lembra do que você me disse na última noite da piscina? – Pergunto, com algumas ideias na cabeça.
Eu sempre fiz isso: a distrair com algo que gostasse de fazer, tudo para esquecer dos problemas. A única diferença é que agora eu apenas tinha passado a conhecer maneiras melhores e mais eficientes de fazer isso.
– Eu te disse muitas coisas. – Ela responde com um sorriso travesso no rosto. E eu desconfio de que ela já sabia do que se tratava.
– Você sabe... Sobre você se tocar pensando em mim. – Sou mais direta, porque sei que ela espera isso de mim. – Era verdade?
– Cada palavra. – Ela dá um sorrisinho.
– E o que você imaginava? – Insisto.
– Que eu tava me tocando pra você, enquanto você ficava assistindo e me dizendo coisas...
Minha boca entreabre.
Não era exatamente o que eu estava esperando, mas, com certeza, não poderia imaginar algo mais estimulante.
– Me mostra. – Digo e ela me olha bastante surpresa, quase como se perguntasse “tem certeza? É isso mesmo que você está me pedindo?” mas então volta a me olhar com aquele sorrisinho safado, que só ela tem.
– Então senta aí. – Ela manda, acenando a cabeça para a poltrona que fica de frente para a lateral da sua cama e, apesar de eu realmente querer estar no comando agora, apenas obedeço, afinal, aquilo era tudo o que eu mais queria naquele momento.
Ela sobe na cama e se senta com as costas apoiadas na parede, desabotoa o botão do seu short e abre o zíper. Fico extasiada e mal pisco enquanto a vejo passar o tecido jeans pelas pernas, ficando apenas de calcinha e blusa, para o prazer dos meus olhos.
A garota abre as pernas, coloca uma mão dentro da própria calcinha e fecha os olhos por um segundo, com a sensação dos dedos em sua intimidade, enquanto eu a observo. Então começa a dedilhar e se esfregar ali, conforme seu peito vai subindo e descendo, cada vez mais rápido e fora de ritmo.
Puta merd*, acho que eu nunca vi nada tão excitante em toda a minha vida.
– E o que eu te dizia? Na sua fantasia? – Provoco, entrando naquele nosso joguinho.
– Você me dizia pra eu ser uma boa garota e... pra fazer coisas que as garotas adultas fazem. – Ela diz em um sussurro, parecendo até um pouquinho envergonhada, o que é uma raridade, se tratando da Sofia Maria.
Mal sabe ela o quanto minha bocet* já estava molhada, e eu mal tinha começado a fazer tudo o que queria fazer com ela.
Merd*.
– Então seja uma boa garota, Sofi. – Digo firmemente, ainda dentro daquela minha personagem. – Levanta a blusa, eu quero ver os seus seios enquanto faz isso. – Sou firme mais uma vez e ela abre um largo sorriso, em resposta.
Essa é a minha garota.
Ela passa a blusa pela cabeça e os seus seios fartos saltam para fora. Respiro fundo, vendo os seus mamilos ficarem cada vez mais enrijecidos. Merd*, quero eles na minha boca. Quero ela toda na minha boca. Como se não fosse o bastante, ela passa a apertar os próprios seios e a estimular os pontinhos duros com a mão livre, beliscando e puxando aqui e ali.
Socorro.
– Tira a calcinha. – Digo a ela, já descontrolada. – Eu quero ver você. – Sinto ficar ainda mais empoçado entre minhas pernas, apenas imaginando o que está por vir.
Ela arfa com o meu pedido, e então desliza a pequena peça pelas coxas, enquanto morde os lábios e eu apenas observo, vidrada.
O meu coração dispara. Acho que eu nunca me senti assim em toda minha vida. Acho não, eu tenho certeza disso.
Ela volta a abrir as penas e a se tocar ali, bem diante dos meus olhos. Seus dedos deslizam com facilidade por toda a vulva, porque ela está tão, tão molhada... Ela leva os dedos até a sua entrada, e depois retoma para cima, indo e voltando, mas parando por mais tempo no seu botãozinho endurecido, estimulando-o com movimentos circulares.
Sua bocet* rosada, seu clit*ris durinho...
Deus, me sinto completamente excitada em vê-la daquele jeito. Eu quero tanto, tanto tê-la na minha boca, que quase já posso sentir o seu gosto e a sua lubrificação entre os dentes e por toda a extensão da minha língua... A pulsação entre minhas pernas dispara quando penso em prová-la e ch*pá-la pela primeira vez.
Molho os lábios, sedenta por aquilo, enquanto continuo com o olhar vidrado nela. Ela parece estar amando que eu esteja a observando desse jeito, o que se confirma na sua frase seguinte:
– Puta merd*, Jules... Se continuar me olhando desse jeito... Acho que vou goz*r. – Ela diz com uma voz manhosa que me faz derreter ainda mais. Puta merd*. Eu também não ia aguentar aquilo por muito mais tempo.
“Acho que vou goz*r”
Não sem mim, baby
Levanto da poltrona e caminho até ela. Me aproximo, tiro a sua mão com delicadeza e vou beijando a sua barriga, umbigo, vou descendo até chegar lá, mas paro.
– Então goz* na minha boca. – Peço, quase ordenando, meus olhos presos nos dela enquanto a assisto estreitar os olhos e entreabrir os lábios, como se eu a tivesse pego de surpresa.
Ajoelho sobre o seu tapete – o mesmo em que estivemos deitadas no ano novo – e me sinto realizada, tendo tudo o que desejei ter há um bom tempo: pernas e bocet* aberta para mim, enquanto me olha num misto de tesão e expectativa.
A puxo um pouco mais para mim, segurando-a pela parte de trás das suas coxas, e caio de boca.
– Oh, Jules... – Ela gem* baixinho, segurando minha cabeça contra o corpo e caindo de volta na cama quando sente meus lábios entre suas pernas.
Ela está tão quente e molhada... Puta merd*. A Sofia não mentiu quando disse que estava quase lá. Passo a língua por toda a sua bocet*, sem me importar com absolutamente mais nada, a não ser com o aqui e o agora.
A beijo, como se estivesse beijando a sua boca, me lambuzando, me deliciando... Poderia perfeitamente ficar embriagada, apenas com o seu gosto e com o seu cheiro... apesar que eu desconfio que já esteja.
Vou lambendo tudo, desde o seu clit*ris, passando pelos seus pequenos lábios até chegar na sua entrada, como se quisesse a deixar mais limpa, sendo que, quanto mais eu faço isso, mais e mais molhada ela vai ficando. Merd*, quem precisa de tequila quando se tem isso aqui?
Volto para o seu clit*ris durinho e inchado, onde sugo e ch*po, esticando-o e puxando-o para fora, dentro da minha boca, voltando por mais e mais conforme aperto um dos seus seios, sentindo o mamilo rijo fazer cócegas na minha palma.
– Júlia... porr*... – Ela deixa escapar, entre gemidos, enquanto se agita na cama, e aquilo me excita bastante, não vou mentir, mas...
– Sofi... – Me afasto um pouquinho dela, o suficiente para conseguir sussurrar. – A gente não pode fazer barulho, lembra? – Digo, gentilmente, caso ela tenha se esquecido da onde estamos.
Aqui não era a minha casa, e tão pouco estávamos a sós, também.
Ela sorri, ainda parecendo completamente excitada enquanto me olha como se quisesse dizer um “ops”. Eu sorrio de volta e retomo para o que estava fazendo antes disso.
Quase enlouqueço, quando desvio o olhar para ela e desfruto a euforia das suas expressões, ou vejo quando tenta cobrir a boca com a mão, vez ou outra. Eu intensifico os meus movimentos nela, mantendo certa frequência, ritmo e intensidade. É quando ela volta a fazer cada vez mais barulho, e a querer gem*r cada vez mais alto, até que tem a ideia de aumentar o volume da TV.
Sorrio para ela.
Aquela menina é uma gênia.
– Goz* pra mim, baby girl. – Peço, e ela rebol* na minha boca, buscando por um pouco mais de controle, por aquilo que ela mais deseja, e quanto mais aquela garota fica impaciente na minha boca, mais tesão eu sinto por ela.
Eu a ch*po e a sugo com um pouco mais de força até ela ficar em silêncio por alguns segundos, e então sinto o seu ventre estremecer e a sua lubrificação ficar minimamente mais densa do que líquida, e o seu gosto ficar ainda mais intenso e forte na minha boca.
Puta merd*, ela gozou, porr*...
Ela gem* e puxa os meus cabelos com tanta força que chega a doer, mas eu não me importo. Pelo contrário, me sinto foda pra caralh*. Afinal, eu fui a responsável por isso: por ela derreter fodidamente gostosa na minha boca, e mal posso acreditar.
Eu levanto e beijo a sua boca, e ela me puxa, com vontade. Eu passo a língua pela a sua, para que ela sinta um pouco do seu próprio gosto, também.
– porr*, Jules... – Ela diz, ainda ofegante e com a respiração entrecortada. – Isso foi muito bom, aonde aprendeu a fazer essas coisas? – Sorrio de orelha a orelha, feliz, com o meu desempenho. – Eu quero te recompensar. – Ela me olha, com o olhar vidrado, e sinto aquela onda de calor gostosa me atingir em cheio, lá em baixo.
– Quero montar em você. – Digo, ainda muito exigente e pulsando de tesão por ela, afinal, mal tinha me satisfeito ainda. – Depois quero que monte em mim, mas que esteja de costas, dessa vez. – Digo isso e ela sorri, excitantemente animada. – Quero que você me foda enquanto vejo suas costas se movendo, seus cabelos compridos e essa sua bunda gostosa, porr*... – Termino de dizer enquanto ouço um aviso de mensagens vindo do meu celular.
– Só tenta não fazer muito barulho... Se você conseguir. – Ela sorri, maliciosa, enquanto vira a tela do aparelho para mim.
Mensagem de Marta: Manda a Sofia abaixar o som dessa televisão.
Fim do capítulo
Ooooooi leitoras que eu amo tanto!
Vocês não fazem ideia do quanto senti falta de dizer isso aqui hahaha
Fico imensamente feliz em dizer que estou de volta!! E aí, vocês sentiram tanta falta dessas duas quanto eu senti?
Acredito que a maioria aqui já saiba (pois tentei avisar em todos os lugares possíveis kkkk) mas o que aconteceu foi que semana passada foi bem puxada pra mim, com muitos trabalhos da faculdade pra finalizar, pois era a minha última semana de aula do semestre. Então, acabei não conseguindo me dedicar totalmente no capítulo. Mas aqui estou eu de volta, e mais do que isso: com Soju a todo vapor!
Então, indo direto ao capítulo, o que acharam?? Estão curtindo essa nova fase das duas? Tudo o que tenho a dizer é: Aproveitem! Hahahaha
Alguns pontos:
1) Marta sendo escrota, só pra variar kkkkk
2) Eu acabei recriando a capa da história em uma das cenas desse capítulo, quem aqui reparou??
3) Muitas de vocês tinham me pedido para a Júlia estar mais no comando, nas cenas hots. Então quis explorar mais isso nesse capítulo. O que acharam??
Enfim, gente, estou adorando construir essa história com vocês. Só tenho a agradecer, e muito obrigada mesmo pela compreensão de vocês (vocês foram incríveis por esperarem todos esses dias por um capítulo novo) e pelas mensagens carinhosas que recebi.
Como já comentei algumas vezes, tem muita coisa pra acontecer ainda, então, como sempre, peço que continuem comigo, por favoor
E não esqueçam de comentar! O comentário de vocês é tudo pra mim e extremamente importante para que vocês recebam a melhor história possível!
Obrigada por estarem comigo durante todo esse tempo! Obrigada pelos comentários, pelo engajamento, pelo carinho e por tudo!
Prometo ainda pensar com carinho nos pedidos de vocês sobre capítulos extras, viu??
Então é isso, até o capítulo 27!
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Zanja45
Em: 21/07/2024
Muitas de vocês tinham me pedido para a Júlia estar mais no comando, nas cenas hots. Então quis explorar mais isso nesse capítulo. O que acharam??
Resp.: Ah, perfeito. Tudo muito lindo, despretensioso, com teores de luxúrias que beiravam a inocência.
As pinceladas que Alina dá na escrita, através de uma narrativa rica em detalhes e palavras contumazes, é como estar em frente a uma obra de arte, tentando fazer a leitura do que o artista quis passar ao expor seus feitos.
Zanja45
Em: 21/07/2024
Eu acabei recriando a capa da história em uma das cenas desse capítulo, quem aqui reparou??
Resp.: Infelizmente não me liguei muito, pois estava tão na correria para estar pronta na hora da postagem que algumas coisas passaram despercebidas do meu olhar. Porém, se tivesse me atentado mais, veria a foto estampada no card.
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Zanja45
Em: 21/07/2024
Então, indo direto ao capítulo, o que acharam?? Estão curtindo essa nova fase das duas? Tudo o que tenho a dizer é: Aproveitem! Hahahaha
RESP. : Muito bom. Estou simplesmente achando adorável, cada palavra, trocas de carinhos, confidências, cumplicidade, enfim, tudo que elas compartilham, é algo fissurante. E o que dizer da naturalidade com as coisas vão se desenvolvendo?! Para mim, é esplêndido apreciar algo nesse nível.
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Sem cadastro
Em: 14/07/2024
QUE CAPÍTULO, SENHORAS E SENHORAS!!
Alina, está de parabéns. Que capítulo, que escrita e que ritmo.
Sei que vai ter uma parte difícil num futuro próximo, mas a construção do barco que atravessa a tormenta está sendo muito bem feita aqui.
Queria muito um capítulo em que elas acordem e conversem sobre o futuro...
Beijos e obrigada por dividir a tua arte com a gente!
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MVaz
Em: 14/07/2024
QUE CAPÍTULO, SENHORAS E SENHORAS!!
Alina, está de parabéns. Que capítulo, que escrita e que ritmo.
Sei que vai ter uma parte difícil num futuro próximo, mas a construção do barco que atravessa a tormenta está sendo muito bem feita aqui.
Queria muito um capítulo em que elas acordem e conversem sobre o futuro...
Beijos e obrigada por dividir a tua arte com a gente!
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Sem cadastro
Em: 14/07/2024
Uau! que capítulo maravilhoso, adoro quando esses pensamentos absurdos e engraçados fazem parte do diálogo, me deixando com um risinho empolgado por o que estar por vi. Foi f.d.
P.S.: não gosto de xingar, rs.
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