Boa noiteee minhas leitoras mais amadas!
Quase que eu pensei que não conseguiria postar o capítulo hoje, mas consegui!
Espero que gostem, e boa leitura!
Capitulo 25 – Já que estamos na m*rda...
Sofia
Acaricio o contorno da sua barriga, brincando com meus dedos entre suas costelas.
Nem sei por quanto tempo estamos assim, nessa mesma posição: eu e ela nuas, deitadas na sua cama. Parece um sonho, tanto que nem tínhamos feito muita questão de nos movimentarmos, como se pudéssemos acabar acordando dele a qualquer momento, caso o fizéssemos.
Tirando o fato de que, agora era eu quem estava deitada com a cabeça sobre o ombro dela, e não o contrário, tínhamos permanecido basicamente desse mesmo jeito desde que goz*mos e caímos sobre o seu colchão, completamente esgotadas: pernas entrelaçadas, braços envolvendo a cintura... tudo se encaixando perfeitamente, como se isso já tivesse sido escrito há muito tempo e estivesse predestinado a acontecer, mais cedo ou mais tarde, de qualquer maneira.
– No que você tá pensando? – Ela corta o silêncio, de repente, enquanto passa os dedos por algumas mexas do meu cabelo.
– No ano novo. – Confesso. Eu estava pensando em muitas coisas, é verdade, mas tinha algo que não saía da minha cabeça, também. – Você já sentia alguma coisa por mim ali, não sentia?
Pergunto aquilo, me lembrando da resposta que ela tinha me dado, quando quis saber se ela ficaria com alguma garota:
“Se fosse uma garota como você, talvez. Uma que eu possa conversar assim. E eu também não me importaria se ela fosse sexy pra caralh*, como você.”
A Júlia nunca tinha falado comigo daquele jeito antes e eu nunca havia me sentido percebida por ela, pelo menos, não do jeito que eu gostaria. Aquela tinha sido a primeira vez.
– Não com tanta clareza assim, mas... sim, eu já sentia alguma coisa por você ali, só não queria aceitar. – Ela diz com bastante sinceridade, e eu amo isso.
– Eu sabia... – Deixo escapar um sorriso. – Quer dizer, eu desconfiava, mas... ao mesmo tempo, também não conseguia acreditar que você pudesse mesmo estar sentindo a mesma coisa, porque, sério, quando eu iria pensar que você realmente daria alguma chance pra mim? – Afinal, a Júlia sempre me viu como uma criança, não foi? Quando isso mudou?
Talvez, depois que eu parei de agir como uma.
Ela sorri.
– Você sempre me super valorizou. Pensa bem: você me comparava com a Xuxa. – Ela faz uma careta e eu sorrio. – E eu aposto que quando você era criança já chegou a pensar que eu tinha super poderes.
Ela ri e eu também.
– Talvez, quero dizer, a parte dos super poderes, não a de eu te super valorizar.
Não ia entrar em detalhes comentando que eu já acreditei que ela pudesse falar com duendes, quando eu tinha uns seis anos.
– Mas, na verdade, eu sempre fui só a Júlia.
Só a Júlia?
Ela só pode estar de brincadeira. Tem que estar, não é?
– Você não é só a Júlia. – Digo enquanto passo os meus dedos pelo seu colo, pescoço e clavículas. Eu amava as linhas e marcas que tinham ali, as que evidenciavam que ela não tinha mais uns vinte anos. Sei que para a maioria das mulheres aquilo pode ser um terror, mas não parecia ser um problema para ela, e muito menos para mim. – Você é Júlia que adora usar essas blusas curtas que eu amo odiar... – Distribuo beijos pelo seu rosto e vou descendo para o seu pescoço. – Ou essas camisetas largas e compridas de alguma banda que você provavelmente já escutava antes mesmo de eu nascer... – Ela sorri com cada palavra minha, e eu sorrio de volta. – É a Júlia que odeia café, ou chá, mas que ama tequila. – Ch*po o seu pescoço, sentindo a pulsação na pontinha da língua, e ela arfa enquanto puxo o próprio ar com certa dificuldade. – É a minha Júlia. – Sussurro, realizada, por finalmente poder dizer aquilo.
– A sua Júlia... – Ela repete com a mesma satisfação. – Eu nem me dei conta do quanto eu quis que você me dissesse isso, acho que antes mesmo do ano novo.
– Antes? – Pergunto, curiosa. Ela já vinha sentindo isso por mim? – Quando?
– Acho que desde o seu aniversário de Branca de Neve. – Ela confessa.
– Quando eu tinha dez anos? – Começo a rir.
– Não! Não esse, Jesus! – Ela diz, com as bochechas vermelhas, e eu gargalho alto. Se ela soubesse o quanto fica ainda mais linda assim, sem jeito. Eu sabia perfeitamente a qual aniversário ela estava se referindo, mas não pude perder a oportunidade de vê-la corar. – Você é tão estúpida, como eu posso sentir essas coisas por você? – Ela revira os olhos, mas sem deixar de sorrir.
– Eu sou assim mesmo, apaixonante. – Digo jogando o meu cabelo para trás, sorrindo.
– E convencida pra caralh* também, né? – Ela devolve a minha provocação, ainda com o mesmo sorriso nos lábios.
– Uma convencida que você bem que gosta, né? – Provoco de volta, olhando dos seus olhos para a sua boca e ela revira os olhos de novo.
Mas não pude deixar de notar a sua respiração ficando um pouco mais pesada só com o meu tom de voz e os meus olhos nela.
– Eu estava falando do seu aniversário de dezoito anos, quando se vestiu como a Kristen Stewart em “A Branca de Neve e o Caçador”. Acho que foi quando me dei conta do tempo e... de que você já não era mais aquela minha menininha.
– Sua menininha. – Repito enquanto acaricio os seus lábios com a ponta dos meus dedos, gostando muito de como aquela expressão tinha soado em sua boca.
E só aquilo foi o bastante para o meu corpo todo querer se acender outra vez e eu ter vontade de fazer absolutamente tudo com ela de novo.
Merd*.
A Júlia morde o lábio em resposta.
– Mas não foi desse jeito que você tá pensando. – Ela diz como se soubesse exatamente o que estava na minha cabeça, e eu aposto que ela sabia. – Não que eu não tenha percebido o quanto você estava linda naquele vestido, porque... acredite, você estava. – Ela diz aquilo e eu não consigo conter o meu sorriso bobo. – Mas foi mais no sentido de: uau, você estava fazendo dezoito anos, como o tempo passou tão rápido assim que eu não vi? Será que eu aproveitei o suficiente com você? Porque parece que não. Agora você teria uma rotina diferente, vontades e interesses diferentes, os seus próprios sonhos, a sua própria vida... Quero dizer, você continuou do meu lado e apegada a mim por muito mais tempo do que achei que ficaria, mas agora provavelmente seria tudo diferente.
Ela diz aquilo pela primeira vez, tão sincera, tão espontânea, tão... livre.
– Bem... – Ela continua a sua linha de raciocínio. – Faltava bem pouco pra você sair da escola. Depois você ia pra faculdade e provavelmente conheceria a garota dos seus sonhos por lá. Possivelmente não ia demorar muito pra você querer ir morar com ela e adotar um gato, porque é isso o que vocês fazem, não é? – Nós trocamos um sorriso. Mas então ela volta a ficar séria, aos poucos. – Foi quando comecei a pensar no quanto a sua casa ficaria vazia, sem você lá. E em como eu não estava preparada pra isso, pra te perder. – Ela olha para baixo, parecendo umas mil vezes mais vulnerável agora.
Eu fico sem acreditar que ela realmente tenha pensado em tudo isso naquela época. Eu nem imaginava...
– Você nunca vai me perder, Jules. – Eu levanto o seu queixo de leve, fazendo com que me olhe. – E como você pôde ver, nada disso aconteceu. – Dou uma risadinha. – Eu não entrei pra faculdade, não saí de casa, não adotei um gato. – Brinco.
Na verdade, tudo o que eu tinha feito foi ficar ainda mais louca por ela, nesses últimos meses.
– Mas conheceu alguém... – Ela nem precisa completar a frase para que eu saiba exatamente de quem ela estava falando.
– Nunca foi a mesma coisa com a Emma.
Como poderia ser? Não é como se a Emma não fosse a garota dos sonhos, porque ela realmente é. Só não a dos meus. Porque, no fundo, não sei bem desde quando, o meu sonho sempre foi esse aqui.
– Fora que eu não teria ficado com ela se você não tivesse demorado tanto pra me mostrar, mesmo que minimamente, o que tava sentindo por mim. – Digo e ela sorri, parecendo satisfeita com a minha resposta.
Olho para o teto enquanto tento processar todas aquelas novas informações, ainda meio que sem acreditar em tudo o que está acontecendo entre nós duas.
– Então você já sentia algo por mim quando eu enchi a cara no meu aniversário de dezoito e te fiz ficar segurando o meu cabelo na frente da privada a madrugada inteira? – Sorrio, me lembrando daquilo. – Se eu soubesse, teria me humilhado um pouco menos na sua frente. – Brinco.
– Bem, você também fez isso por mim, no ano novo, então acho que está tudo bem. – Ela devolve a minha brincadeira. – Por isso que depois da noite do seu aniversário eu nunca mais quis dormir no seu quarto. – Ela confessa. – Quer dizer, foi tão estranho... Não parecia mais a mesma coisa, não parecia mais certo.
– Não parecia mais certo querer dormir comigo e não poder me comer? – Provoco, com o meu melhor sorriso sem-vergonha.
– Sofi... – Ela respira com certa dificuldade e, a essa altura, já sei que deve estar começando a ficar molhada entre suas pernas, apenas com essas minhas provocações, vez ou outra. – Bem, e você? – Ela pergunta, de repente, como se desejasse afastar algum pensamento. – Quando percebeu que sentia algo assim por mim?
– Eu acho que pra mim foi um pouco antes dos dezoito anos. – Era tudo o que eu podia dizer sem que ela me achasse uma completa idiota, afinal, eu perderia totalmente a credibilidade caso dissesse que, no fundo, sempre sonhei em me casar com ela um dia, antes mesmo de ter o conhecimento sobre a minha sexu*l*idade ou entender de fato o que tudo isso significava. – Só que... acho que parecia algo tão inalcançável que eu meio que guardei a sete chaves, sabe? – Confesso. – Foi só quando eu me senti ameaçada, com medo de te perder pro Sr. Perfeito, que tudo aquilo que eu tava sentindo meio que transbordou de vez para fora... – Desabafo, e ela acaricia o meu rosto, parecendo encantada com cada palavra minha.
– Você não vai parar de chamá-lo assim, vai? – Pergunta.
– Provavelmente, não. – Eu digo e ela sorri. – Você quer que eu volte a chamá-lo de Sr. Bigodão? Eu ainda prefiro esse, mas era mais engraçado quando ele tinha aquele bigode. – Sorrio.
– Acho que não. – Ela sorri de volta e depois parece se perder em algum pensamento, por alguns instantes. – Já que tocou no assunto... – Ela faz uma pausa. – Acho que você precisa saber que eu e o Clóvis não estamos juntos.
O meu coração acelera. Espera, como....
– Isso é sério? – Me sinto uma idiota sorrindo de orelha a orelha, mas não consigo me conter. – Vocês terminaram de novo? Quando?
– A gente nunca voltou, na verdade. – Ela diz aquilo meio sem jeito enquanto eu a olho atentamente, só para ter a certeza de que estou entendendo isso direito. – Eu menti pra você, achei que se eu te falasse que a gente tinha voltado você esqueceria aquele beijo, mas... você parece ter ficado ainda mais insistente depois disso. – Ela sorri como se quisesse me dizer: “que bom que você insistiu”, e deixo escapar um sorriso, também.
– Então vocês não... – Não consigo completar a frase, de tão completamente aliviada que eu tô me sentindo por ela não ter realmente trans*do com ele depois do nosso beijo.
Do nosso primeiro beijo.
Agora que eu a tinha tido por inteiro, não queria nem imaginar a possibilidade de ter que dividir o que é meu com mais alguém. Principalmente com aquele babaca.
– Como eu poderia, Sofi? Era você que estava na minha cabeça, era você que eu queria beijar, era pra você que eu queria dar... – Ela diz com um sorrisinho safado que faz a minha bocet* latejar no mesmo instante.
Puta que pariu, como aquela mulher consegue me deixar assim apenas com meia dúzia de palavras?
– Depois que saí daquela boate, eu entrei em um outro pub, bebi uma dose de tequila... Ok, algumas doses... – Ela sorri. – Eu estava me sentindo tão... perdida. Então eu liguei para o Clóvis, ele me levou para casa, a gente se beijou, mas foi só isso, eu juro. – Ela olha bem nos meus olhos, como se procurasse neles algum sinal de que eu estava acreditando naquilo, de que eu confiava nela. Bem, é claro que eu confiava. Ela nem precisava estar me dizendo tudo aquilo, na verdade, mas eu estava feliz por ela achar que precisava. – Depois eu acordei no outro dia e disse pra ele que a gente não ia voltar.
– E ele aceitou de boa? – Vindo dele, aquilo me parecia uma novidade.
– Ele ainda me liga, de vez em quando, mas acho que ele meio que entendeu que não vai rolar. Eu fui bastante clara da última vez.
– Eu daria tudo pra ter visto a cara do Sr. Perfeito depois de levar um fora seu pela... o quê? Terceira vez? – Brinco.
Ela ri, e depois parece refletir sobre alguma coisa por um momento.
– Acho que esse era o problema, sabe? – Diz, de repente. – Ninguém é tão perfeito assim, e se parece ser, é porque está querendo esconder alguma coisa. Já você... – Ela olha nos meus olhos. – Você não. Você nunca escondeu nada. Com essas suas unhas coloridas – diz enquanto acaricia a minha mão e eu sorrio feito uma idiota – e esse temperamento impulsivo, mas tão transparente, tão sincera... tão doce. Não é fácil ter que admitir isso, mas... você é mesmo apaixonante, Sofia Maria. – Ela termina de dizer aquilo com um sorriso no rosto e eu me sinto nas nuvens, no melhor lugar do mundo, no lugar onde eu sempre quis estar: onde ela confessa sentir tudo isso que eu vinha sentindo por ela também. Não estava mais só na minha cabeça.
Eu me inclino para nivelar os nossos lábios e, rapidamente, o seu gosto me invade, nossas línguas se encontram, pedindo passagem, e tudo volta a se acender de novo.
– Sabe, eu ainda tô morrendo de fome. – Digo, entre beijos.
– Eu posso esquentar as panquecas e tentar fazer outra vitamina, mas a gente precisa limpar aquela bagunça antes.
Sorrio, maliciosa, por dessa vez não ser exatamente desse tipo de fome que eu estava me referindo.
– Eu acho que eu tenho uma ideia melhor. – Volto a lhe beijar e então vou descendo e distribuindo beijos, lambidas e ch*pões pelo seu pescoço e colo, até chegar em um dos seus seios.
Ela morde os lábios, em expectativa e, meio segundo depois, já estou com minha boca em um dos seus mamilos, lambendo e sugando do jeito que eu sei que ela gosta. Coloco não só o seu botãozinho duro dentro da minha boca, mas tudo o que está em volta dele também, e ela afunda ainda mais a cabeça no travesseiro, arqueando as costas enquanto gem*, o que é o suficiente para me fazer descer a mão pela sua barriga, até chegar na sua bocet* que, acreditem ou não, já está enxarcada.
Mas que delícia de mulher gostosa.
– Sofi... Assim você vai me fazer goz*r de novo, porr*... – Ela fala, entre sussurros e gemidos, e minha bocet* ensopa lá em baixo na mesma velocidade.
– Essa é a intenção, linda. – Sussurro antes de voltar a cair de boca nos seus seios, de novo e de novo. – Já que estamos na merd*... por que não nos afogarmos nela, né? – Provoco e ela concorda com um sorriso sacana.
Foda-se.
Quem precisa de panquecas ou de vitamina de morango quando se tem o melhor banquete do mundo todinho, só para si?
xxx
Eu não estava brincando quando comentei sobre o caos que o Sebo ficou depois das minhas férias. Eu acho que ainda precisaria de pelo menos mais duas semanas para deixar tudo em ordem. No mínimo.
Já faz pelo menos uma hora que estou no mesmo setor de filmes de drama, descarregando uma das caixas que foram entregues na minha ausência. Essa é uma das minhas sessões preferidas, então não era exatamente um grande sacrifício descarregar as caixas de papelão e tirar uma por uma daquelas caixinhas plásticas enquanto capas e mais capas enchiam os meus olhos:
Quem quer ser um milionário?
À Procura da Felicidade
Histórias Cruzadas
Titanic
Soul Surfer
A garota loira segurando uma prancha de Surf, nessa última capa, acaba inevitavelmente me levando para um outro lugar, um lugar chamado “Emma”. Eu estaria mentindo se dissesse que não sinto a falta dela. Não necessariamente de uma forma amorosa, é claro, mas da sua companhia.
Sei que ficamos juntas por pouco tempo, mas foi o suficiente para criarmos um certo laço. Bom, pelo menos da minha parte. Afinal, tínhamos certas coisas em comum, no final das contas: mães ausentes – e nem estou falando de presença física, no meu caso – e coragem o suficiente para dar o foda-se para tudo isso. Sem falar que a Emma conseguia levar as coisas de uma forma leve – até mais do que eu – apesar de todas as merd*s que já tinham acontecido com ela. Ah, é, e tinha isso também. Como eu poderia não me importar ou simplesmente dar as costas para tudo o que estava acontecendo na vida dela?
Só que toda vez que eu tirava o meu celular do bolso para mandar alguma mensagem, eu pensava melhor e acabava desistindo. Eu não sei bem como a Emma está lidando com isso, quero dizer, com o nosso término. E se ela for o tipo de pessoa que prefere não ter mais contato nenhum, depois que termina? Eu não posso simplesmente impor a minha presença, não seria justo, ainda mais sabendo que foi por minha causa que a gente terminou. Por minha causa e por causa da Júlia, na verdade, mas ainda assim...
– Você fica a coisinha mais gostosa assim, toda concentrada, sabia? – Sinto seus braços envolvendo a minha cintura, por trás, e sorrio na mesma hora.
– Eu nem te vi chegando. – Digo, me virando para olhá-la. – Que bom que você veio.
Afinal, a Júlia estar aqui e ter vindo por livre e espontânea vontade era como uma lembrança... não, mais do que isso, era como uma confirmação de que tudo o que vivemos ontem tinha sido mesmo real. Não tinha mais como voltar atrás, ou fingir que nada aconteceu.
Que continua acontecendo.
Eu me inclino para beijá-la, não me importando com o local onde estamos, afinal, a gente está em um dos últimos cômodos e em um ponto cego das câmeras de segurança, de qualquer maneira. E então, em pouco tempo, como sempre acontece quando nos beijamos, já estamos ofegantes, minha bocet* já está latejando e eu juro que eu tiraria as suas roupas agora mesmo, se não estivéssemos na merd* do meu trabalho. Encurtamos ainda mais o espaço entre nós, para aprofundar o nosso beijo, tão necessitadas, até que uma pilha de DVDs cai sobre os nossos pés, e a gente para.
– Eu não sei o que estamos fazendo, Sofi... puta merd*. – Ela diz, num sussurro.
– Eu sei. – Sorrio, maliciosa, e ela me repreende com o olhar. – A gente não teve culpa, Júlia. – Digo, por fim, sabendo que ela estava se referindo a um contexto geral, e não exatamente desse momento pontual.
– Você não, mas eu... com certeza tive. – Ela suspira, e quase posso ver o ar pesado, saindo dos seus pulmões.
– Então foi por isso que você veio? Pra me dizer o quanto se sente culpada? – Pergunto, de mau humor, colocando alguns DVDs de volta na estante.
– Não, vim pra te dizer que eu posso deixar pra me sentir culpada amanhã, ou semana que vem... – Ela diz e eu não contenho o meu sorriso. – Almoça comigo. – Ela pede, quase que mandando, e eu até que gosto muito disso, mas...
– Não vai dar, Jules. – Eu digo e preciso me segurar para não sorrir com o quase beicinho que ela faz. – É que eu tô super ocupada com essa pilha. – Digo apontando para um amontoado de DVDs.
Aquilo era verdade, quero dizer, eu tinha muito no que trabalhar aqui, mas nada que me impedisse de tirar a minha uma hora de almoço. Mas a verdade é que eu tinha planos melhores para nós duas.
– Dorme lá em casa hoje. – Sugiro, com as maiores segundas e terceiras e quartas intenções do mundo.
– Dormir? Tipo... no seu quarto? – Ela pergunta, assustada, como se eu tivesse a convidado para passarmos a noite em um cemitério ou qualquer coisa desse tipo, o que –
considerando que minha mãe também estaria lá – era realmente quase a mesma coisa, no fim das contas. Mas, ainda assim, era melhor do que dormir sem ela.
– Qual o problema? Não é como se você não tivesse dormido no meu quarto antes, ou como se a gente já não tivesse feito muito mais do que dormir, também. – Dou aquele meu sorrisinho sacana, que sai sem querer.
– Boa tentativa, Sofi, mas... não. Com a sua mãe em casa, eu acho que não consigo... não posso fazer isso.
– Tudo bem, a gente pode combinar de se encontrar em algum outro dia da semana. – Faço questão de ser bem vaga, e a observo repensar algumas vezes.
Meu sorriso quase querendo escapar dos meus lábios, de novo.
– Eu posso passar na sua casa hoje, depois do trabalho, a gente assiste alguma coisa, mas só. – Ela frisa a última palavra, e acabo sorrindo.
– Então isso é meio que um sim? – Ergo uma das minhas sobrancelhas.
– Eu estou perdida com você, não estou? – Ela sorri. – E eu já consegui te dizer não alguma vez?
– Algumas vezes, na verdade... – Digo me lembrando do quanto não foi fácil chegarmos até aqui. – Mas no final das contas...
– Você sempre consegue ter o que quer.
Ótimo, porque o que eu mais quero agora é você.
Fim do capítulo
Boa noite de novo!
Entãooo... O que estão achando dessa nova fase de Soju? Eu mal acredito que está acontecendo, e vocês? kkkkkkkkkkk
E o que acharam das declarações?
A minha intenção é colocar alguns bons momentos das duas juntas agora nesses próximos três/quatro capítulos, porque mais pra frente teremos um draminha (que vai acontecer de forma gradativa) afinal, as duas terão que enfrentar muitas coisas para alcançar o tão sonhado final feliz! kkkkkkk
Tem muita coisa pra acontecer ainda, então, como sempre, peço que continuem comigo, por favoor
E não esqueçam de comentar! Vocês andaram meio sumidas no último capítulo, considero isso como algo bom, ou ruim? kkkkkkk
Eu sinto muita falta dos comentários de vocês, sem falar que é extremamente importante para que vocês recebam a melhor história possível!
Mais uma vez, eu só tenho a agradecer por tudo. Obrigada por estarem comigo durante todo esse tempo! Obrigada pelos comentários, pelo engajamento, pelo carinho, por tudo
Então é isso, até semana que vem!
Comentar este capítulo:

Zanja45
Em: 03/07/2024
E não esqueçam de comentar! Vocês andaram meio sumidas no último capítulo, considero isso como algo bom, ou ruim? kkkkkkk
RESP. : É, gente, vamos enaltecer bastante, nossa artista, afinal, ela se esforça tanto para nos trazer um conteúdo de qualidade, que merece todo reconhecimento da parte de nós. Então, nada mais justo, que soltar "o verbo".
[Faça o login para poder comentar]

Zanja45
Em: 03/07/2024
A minha intenção é colocar alguns bons momentos das duas juntas agora nesses próximos três/quatro capítulos, porque mais pra frente teremos um draminha (que vai acontecer de forma gradativa) afinal, as duas terão que enfrentar muitas coisas para alcançar o tão sonhado final feliz! kkkkkk
RESP.: Conto com isso. As cenas foram muito picantes, particularmente, amo, cenas, desse tipo. Na mesma medida, que adoro as demonstrações de carinho, que vão para além do desejo físico. Como as que foram protagonizadas pelo casal, mais invejado do momento. - o casal SoJu.
[Faça o login para poder comentar]

Zanja45
Em: 03/07/2024
E o que acharam das declarações?
RESP.: Esplêndidas. Bem suave. Essa troca de confidências entre elas, foi muito bacana. O que dizer dos carinhos trocados?! Foi algo tão palpável, bem realístico, foi como você trouxesse seu coração junto com as declarações delas. Foi incrível, muito massa, mesmo.Nao, cabia em mim de tanto contentamento, vendo algo que se aproxima do cotidiano, das vivências de algumas pessoas.
[Faça o login para poder comentar]

Zanja45
Em: 03/07/2024
Entãooo... O que estão achando dessa nova fase de Soju? Eu mal acredito que está acontecendo, e vocês? kkkkkkkkkkk
RESP.: Está tudo muito lindo e maravilhoso. Realmente, é difícil de acreditar, mas, ocorreu, virou realidade. Esse, tão sonhado, sonho, chegou as vias de fato. Por isso,estou amando esse carinho e cumplicidade que envolve essas duas almas tão sedentas de amor.
[Faça o login para poder comentar]

S2 jack S2
Em: 03/07/2024
Oie!!!
Eu estou adorando como a Júlia está se sentindo leve e feliz, não deixando que o mundo externo atrapalhe esse momento tão mágico e feliz que ela está vivendo com a Sofia. Ansiosa por mais!
[Faça o login para poder comentar]

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]