Capitulo 26
CAP 26
POV SOPHIE
Saudade... Essa é a palavra que me define. Ficar em Fortaleza aquela noite sem meu amor foi horrível, agilizei as coisas o mais rápido possível pra ir embora, sem contar que meus dias de folga iriam se encurtar, essa investigação estava mexendo com todos da delegacia. Assim que cheguei em Natal mandei mensagem pra Vitória mas ela não me respondeu, passei o restante do dia tentando contato e nada. Assim que anoiteceu preparei nosso jantar, mas como imaginava ela não veio pra casa, então resolvi ir ao seu encontro. Em poucos minutos estávamos de volta para casa, Vitória estava precisando urgentemente descansar, ajeitei toda comida na mesa da sala, coloquei almofadas no chão e quando percebi, ela me olhava, linda de morrer, os cabelos molhados, uma camiseta grande deixando suas pernas a mostra, simplesmente perfeita.
- Vem pra cá, preparei tudo aqui na sala pra ficar mais à vontade.
- O cheiro está maravilhoso, foi você que fez?
- Foi sim, espero que esteja do seu agrado.
- Tem como não ficar delicioso se foi você que fez?
- Meu amor está tão galanteadora. Você com essa blusa que não cobre muita coisa nem precisava ser fofa assim.
Ficamos nesse chamego gostoso, mas percebi seus olhos quase fechados então fomos pra cama dormir agarradinhas como já tinha se tornado nosso costume. Logo cedo estávamos de pé, eu também precisava voltar ao meu posto, apesar de ainda ter alguns dias de folga, tudo isso devido a investigação. Dentro da delegacia o sentimento é de apreensão, a investigação corria a passos largos, Vitória passou o dia dentro daquela sala, saiu apenas pra almoçar com a equipe de investigação, o que me deixou chateada, não tive tempo nem pra um beijinho. Naquela noite, assim como nas três seguintes, fui embora sozinha, já estava frustrada com esse desencontro. Já era mais de nove horas quando ela chegou, eu tinha adormecido no sofá a sua espera.
- Amor. (Acordei com seus beijos em meu rosto)
- Oi amor, estava te esperando, acabei adormecendo.
- Vamos pra cama, você vai ficar toda doída se dormir ai.
- Vi, essa investigação ainda vai demorar? Faz tempo que não ficamos juntas, estou com saudade.
- Sophie, desculpa por isso. Eu também estou sentido sua falta, falta dos nossos momentos, mas está um tumulto grande e ainda vou ter que viajar próxima semana.
- Não Vi. Não acredito nisso. Pensei que já estava acabando.
- Oh meu amor, eu também não queria ir, mas é o meu trabalho. Prometo que vou te compensar quando tudo isso terminar.
- Vai demorar demais, quero recompensa antecipada.
Já ia puxando-a pra cima de mim quando ela se afastou.
- O que foi?
- Tô cansada amor, preciso de um banho.
- Tudo bem.
Senti algo estranho, não sei se era coisa da minha cabeça, mas fiquei chateada. Vitória tomou um banho rápido e deitou comigo na cama logo adormecendo, mal deu tempo de um boa noite, fiquei tão chateada que não perguntei se ela tinha jantado. Quando acordei ela já estava de saída.
- Vitória, você já vai?
- Bom dia, amor. Não quis te acordar, sei que está de folga.
- Faz tempo que você acordou?
- Faz sim, fui correr logo cedo.
- E nem me chamou pra ir também.
- Da próxima vez te chamo. Pensei que quisesse descansar. Tenho que ir.
- Almoça comigo?
- Sophie, desculpa. Estou muito atolada, provavelmente vou comer qualquer coisa.
- Tudo bem.
Me deu um selinho e foi embora me deixando tão sentida com aquela frieza, estava me sentindo culpada por algo que nem sei o que era. No sábado à noite, resolvi atender seu pedido e ir pra sua casa, pois ela precisava ajeitar a mala pra viajar na segunda. Cheguei tão acuada, mas me surpreendi com a sua recepção, parecia que não estava acontecendo nada e eu fui empurrando todo aquele sentimento negativo pra dentro de mim.
Nossa noite foi tão gostosa, ela me amou de uma forma tão especial como só ela sabia fazer, me tomou pelas costas quando ia saindo do banheiro, jogou minha toalha longe e foi reconhecendo meu corpo com aquelas mãos maravilhosas, conduzindo meu prazer de forma harmoniosa, sem pressa, sem desespero, só nós duas e nosso amor exalando por toda casa. Nosso domingo foi em clima de preguiçinha, deitadas na cama comendo e nos amando, eu estava com saudade desses nossos momentos então fiz questão de aproveitar.
- Vi, quando você volta?
- Eu não sei. As coisas não estão nada bem, não posso te falar nada a respeito da investigação, mas eu acho que vai demorar.
- Eu sei que você não pode falar. Só queria que voltasse logo.
- Vou tentar voltar no final de semana, Recife é bem pertinho. Você vai sentir minha falta?
- É claro que sim. Vou sentir falta, saudade, tesão, vontade de você e muito mais. (Enquanto falava subi em cima do seu corpo distribuindo beijos)
- Então vem aqui pra eu poder matar um pouquinho desse tesão minha gostosa.
Nosso domingo foi nesse clima gostoso, Vitória viajou na segunda bem cedinho me deixando com o coração apertado, não sei se era a falta e a saudade que eu já sentia dela ou se era aquele sentimento negativo que tinha empurrado bem no fundo do meu coração. No meio da semana descobri que uma equipe iria pra Recife com a custódia dos envolvidos, então fiz de tudo pra conseguir ir também. Assim que cheguei fui procurar minha delegada, estava louca de saudade, mas ela estava prestando depoimento então fui resolver minhas burocracias. Já era quase noite quando Vitória respondeu minhas mensagens e pediu pra eu aguardá-la na frente da delegacia pois ela precisava ir no hotel buscar suas coisas pra podermos pegar o voo. Estava eu e mais três policiais, dos que vieram de Natal, aguardando nossa delegada pra poder ir pro aeroporto quando presenciei a cena mais decepcionante e desesperadora da minha vida.
- Sophie, Sophie, olha pra mim. Não é o que você está pensando.
- SOPHIE, OLHA PRA MIM POR FAVOR.
Fim do capítulo
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