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Preciso Dizer Que Te Amo por escrita_em_atos

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Palavras: 3535
Acessos: 2268   |  Postado em: 07/07/2024

Vicissitude

Julia não demorou mais que cinco minutos para se arrepender por ter mandado Manuela embora. A ruiva sentiu um medo terrível de que Manu aceitasse a sua sugestão e realmente não voltasse nunca mais. Era incrível como os acontecimentos dos últimos dias haviam feito Julia se perder em suas resoluções. Quando reencontrou Manuela, Ju sabia que seria necessário muito esforço e paciência para conseguir o perdão da amada. Ela tinha total consciência de que isso poderia levar tempo e certamente não seria fácil, mas era sua obrigação não desistir e se manter forte por elas. Se a causadora de todo aquele sofrimento era ela, então ela deveria ceder até Manu estar pronta para deixar o passado para trás.

Quando a ruiva saiu do banheiro, Manuela não estava mais no quarto. Julia mais uma vez sentiu medo de ter afastado definitivamente Manu, justamente quando ela teve a primeira chance de estar perto dela outra vez. A situação de Julia não era muito melhor do que a de Manu. A publicitária saiu do apartamento sem conseguir raciocinar direito, ela até entendia porque Julia tinha dito todas aquelas coisas, racionalmente ela sabia que mais cedo ou mais tarde precisaria tomar uma decisão, mas quando o assunto era as duas, tudo se tornava mais complicado na mesma medida em que era intenso. Mais uma vez a morena precisava escolher entre esquecer o passado e perdoar ou seguir remoendo aquela dor, algo que ela havia protelado durante muito tempo.

**

Manuela se encontrou com Willian no aeroporto alguns minutos antes do voo deles partir. Com a desculpa de estar com sono, a publicitária evitou conversar com o amigo durante a viagem. Havia muita coisa passando pela sua cabeça desde sua saída da casa de Julia naquela manhã, Manu estava analisando todas as possibilidades e tentando decidir qual seria o melhor caminho a seguir. Ela e o amigo passariam três dias em Fortaleza, tempo mais que suficiente para ela pensar e repensar que decisão tomar. Manuela era uma mulher decidida, sua personalidade não lhe permitia meios termos e perguntas sem respostas, a menos, é claro, quando ela lidava com o seu passado. Mas ocorreu a ela naquele momento, que talvez, a solução para aquele impasse era deixar que o seu instinto natural lhe dissesse como agir. Com essa ideia em mente ela decidiu que até a volta para São Paulo ela teria uma resposta.

**

Julia estava tentando com todas as forças não cair no abismo que se abria à sua frente. Mais uma vez ela tinha tido Manuela e mais vez ela a iria perder. Ao menos dessa vez ela não tinha tido a publicitária de corpo inteiro, porque ela sabia muito bem como era ter a Manuela apaixonada e carinhosa, perder essa Manu outra vez era algo que a ruiva provavelmente não iria suportar. Resistir. Era isso que ela precisava fazer, resistir ao desejo de desabar, resistir a saudade que certamente viria, resistir ao impulso de procurar por ela e implorar, resistir principalmente ao tamanho daquele amor que ela não conseguia arrancar de dentro do peito. Ela nem mesmo se deu ao trabalho de ir para o escritório, ela sabia que naquele dia nada funcionaria como deveria. Era melhor ficar em casa e recarregar as baterias para o que viria a seguir.

No horário do almoço o celular da ruiva começou a tocar, se não fosse o nome do primo no visor ela não teria atendido, mas para Pedro ela abria todas as exceções.

— Alô.

— Nossa! Quem morreu? — Pedro falou.

— Ninguém que eu saiba. — Julia respondeu sem muito ânimo.

— Que voz é essa, mulher? Nem parece que tava toda feliz ontem.

— Nada. Tô normal.

— Muito normal mesmo. Percebo pelo tom alegre na sua voz. — o rapaz falou com ironia.

— Não é nada. — Julia falou com um pouco de impaciência.

— Ok. Eu só liguei pra saber como você estava, na verdade eu te liguei ontem, mas você não me atendeu.

— Desculpa, eu cheguei em casa e fui direto pra cama. — Julia falou pensando que ao menos ela não estava mentindo.

— Você quer conversar? A gente pode almoçar junto, eu sei que ver a Manu é sempre complicado. — o rapaz sugeriu.

— Você não imagina o quanto. — Julia falou pensativa.

— Eu passo aí no escritório e a gente sai pra almoçar. Pode ser?

— Eu não estou no escritório, mas se você quiser pode vir pro meu apartamento.

— Porque você não está no escritório? — o rapaz perguntou curioso.

— Se você vier até aqui eu te explico. — Julia falou, ela precisava desabafar com alguém ou iria enlouquecer. O primo era a melhor pessoa com quem conversar, ela tinha sorte de poder contar com ele.

— Tudo bem, eu vou. Mas vai ter que ser mais tarde, pelo visto você precisa conversar e só o horário do almoço não vai ser o suficiente. — Pedro concluiu.

— Eu te espero então.

Julia sabia que o primo não iria gostar nada de saber que ela e Manuela haviam ido parar na cama sem se preocupar com o que aconteceria depois, mas ela precisava conversar e Pedro provavelmente ia preferir saber sobre o que estava acontecendo do que o contrário.

**

— Oi, Amanda. Atrapalho? — Alice disse assim que a médica atendeu o telefone.

— Não, de maneira nenhuma. Como vai, Alice? — Amanda respondeu.

Amanda era amiga de Manu há tanto tempo que a amizade havia se estendido ao restante da família, a médica conhecia quase todos os parentes da morena e vice-versa. A mãe de Manu era tão próxima que vivia ligando para a médica simplesmente para saber como andava a vida, mas esse não era o caso daquele telefonema.

— Muito bem e você? — Alice respondeu educadamente.

— Também. Aconteceu alguma coisa? — Amanda perguntou preocupada com o tom de voz da outra.

— Não exatamente. Eu conversei com a Manu hoje e ela me disse que vai ficar em Fortaleza até sexta-feira, então eu estive pensando em ir até São Paulo antes dela voltar. — Alice explicou.

— Sim e por qual motivo? — Amanda foi direto ao ponto, a médica já tinha uma ideia de qual poderia ser o plano de Alice.

— Eu quero conversar com a Julia e tenho certeza que a Manu não vai aprovar essa minha visita.

— Ela não vai mesmo. — Amanda falou preocupada.

— Não há nada que eu possa fazer por ela a esse respeito. Depois de tudo o que aconteceu, eu acho que tenho direito de me preocupar e intervir nessa história das duas. — Alice falou com seriedade.

— Eu não estou dizendo que eu discordo de você, mas a Manu não vai ficar nada satisfeita. Nada com o que você não possa lidar, é claro. — Amanda argumentou.

— Exatamente. — Alice concordou — Então você poderia me ajudar a encontrar a Julia?

— Claro. Nós podemos dar um jeito nisso.

— Ótimo. Eu viajo na quinta e espero me encontrar com ela nesse mesmo dia.

Amanda desligou o telefone e tentou imaginar como seria essa conversa. Ela conhecia Alice há tempo o bastante para saber que Julia teria um momento complicado pela frente. A médica não conhecia ninguém mais direto do que a mãe da amiga, a exceção talvez fosse justamente Manuela, e também não era segredo para Amanda o quanto Alice desaprovava as atitudes de Julia. Esse provavelmente seria um encontro difícil para a ruiva.

**

— Como assim vocês dormiram juntas? — Pedro perguntou assustado.

A noite já tinha caído quando Pedro finalmente chegou ao apartamento da prima, o rapaz tinha um pressentimento de que aquela conversa ia ser longa. Pelo telefone Julia parecia triste e ele tinha a mais absoluta certeza que era por causa de Manuela. Logicamente Pedro jamais arriscaria dizer o motivo daquela mudança repentina no humor da prima, e mesmo que pudesse adivinhar, ele não acreditaria no que havia acontecido entre elas depois de tudo. Os dois estavam na sala acompanhados de uma garrafa de vinho quando Julia soltou a bomba no colo do primo.

— Nesse caso, dormir não é bem a palavra. — Julia falou antes de tomar um gole do vinho em sua taça.

— Me poupe dos detalhes. Como foi que isso aconteceu? — Pedro perguntou incrédulo.

— No sábado à noite ela simplesmente apareceu aqui e praticamente me agarrou assim que eu abri a porta. No outro dia ela foi embora antes que eu acordasse e a gente não conversou. — Julia explicou.

— Sábado? Isso explica o seu bom humor dos últimos dias. — Pedro alfinetou — A gente jantou junto no sábado, na casa das meninas. Eu realmente não entendi muito bem porque ela saiu tão cedo com uma conversa de que preferia voltar pra casa, mas eu nunca ia imaginar que ela viria até aqui. Ainda mais com essas intenções.

— Bom, eu também não imaginava que ela fosse voltar aqui depois da primeira vez.

— Que primeira vez? — Pedro perguntou encarando o rosto da prima.

— Ela esteve aqui, assim que voltou de BH. Foi ela quem me procurou dessa vez também, depois daquela nossa conversa existia algumas coisas que a gente precisava colocar em pratos limpos. Eu achei que era isso, que a gente não ia mais se ver durante um bom tempo a não ser em ocasiões muito específicas, mas eu me enganei. — a ruiva explicou.

— E ontem? — Pedro questionou.

— Ontem depois que você entrou no prédio eu não resisti e fui atrás dela, daí a gente acabou vindo parar na minha cama.

— Então o que foi que aconteceu? Porque já que vocês dormiram juntas pela segunda vez, era de se esperar que você estivesse feliz, como da primeira.

— Ela ia embora de novo antes que eu acordasse, mas eu acabei acordando e a gente teve uma conversa. — Julia falou com tristeza e fez uma pausa para mais um gole de vinho — Eu disse pra ela que eu não queria ela pela metade e que se ela não podia me perdoar era melhor a gente não se ver mais dessa maneira.

— E agora você tá morrendo de medo dela realmente nunca mais voltar? — Pedro falou carinhosamente.

Julia não precisou responder com palavras, seu olhar dizia tudo.

— Vocês duas são as pessoas mais complicadas que eu conheço, mas são também as mais decididas. Eu não acho que você tenha errado em dar esse ultimato na Manu, às vezes era exatamente disso que ela precisava pra tomar uma decisão. — Pedro argumentou.

— Pode até ser, mas eu não devia ter feito isso. Pedro, eu sou a responsável por nos colocar nessa situação. Eu não tenho o direito de exigir nada dela agora.

— Aí é que você se engana. Eu não estou dizendo que você não tenha culpa, você sabe muito bem o que você fez e o que isso significa. Mas a Manu procurou você porque ela quis, o passado de vocês não dá nenhum direito pra ela te tratar dessa maneira. — Pedro falou com convicção.

— Eu não disse que ela tem direito, mas eu pelo menos devia ter sido mais cuidadosa com o que eu disse.

— Eu não estou falando que a Manu esteja errada, é totalmente compreensível a confusão em que ela está agora. Mas se você realmente acha que vocês duas têm uma chance, ela vai precisar se decidir, Ju. É o único jeito. — Pedro sentenciou.

— Você acha mesmo que eu agi corretamente? — Julia perguntou temerosa.

— Eu acho. Sinceramente, o seu papel é ser paciente e dar pra Manu todo o espaço que ela precisar. Isso também significa encurtar os espaços quando for preciso. Provavelmente ninguém no mundo conhecesse a Manu melhor que você e vice-versa, eu tenho certeza que você agiu dessa forma porque lá no fundo você sabe que é o melhor a ser feito. — Pedro disse carinhosamente.

Julia pensou nas palavras do primo durante algum tempo, talvez ele estivesse certo. O único problema daquela história era que Manuela poderia tomar duas decisões e uma delas era não voltar. Julia ficava em pânico cada vez que esse pensamento surgia na sua cabeça. Se Manu simplesmente decidisse que não queria mais a ver, ela não sabia o que iria fazer.

— E se ela decidir não voltar? — Julia externou o seu medo.

Pedro se aproximou da prima e a puxou para um abraço antes de responder, Julia se aconchegou com a cabeça deitada no peito do primo enquanto ele acariciava seus cabelos. Ele sabia que a prima precisava de carinho naquele momento e ele queria deixar claro para ela que não importava o que acontecesse ele estaria ali.

— Se isso acontecer a gente vai lidar com a situação, mas eu e você sabemos que vai ser preciso muito mais que uma decisão pra acabar com essa história toda que existe entre vocês duas. Há umas semanas atrás a gente achava que a Manu nunca mais iria querer falar com você e olha onde vocês estão agora. Você precisa confiar no amor que você sente, Ju. Acreditar que ele vai ser mais forte, como tem sido todos esses anos.

**

Manuela e Willian estavam em Fortaleza a dois dias e já sabiam que a viagem demoraria um dia a mais do que o esperado. Os dois estavam mais que satisfeitos com o resultado daquele trabalho e com os frutos que provavelmente ele traria. Manuela trabalhava durante o dia pensando em Julia e à noite o sono era substituído por incontáveis reflexões sobre o que fazer dali em diante. Embora Willian tivesse notado o estado um pouco agitado da amiga, ele havia decidido deixar que ela contasse quando quisesse. Esse tinha sido o acordo tácito entre os dois desde a conversa que eles tiveram sobre o assunto no escritório da morena. Manuela não poderia estar mais agradecida por essa atitude do amigo, mas mesmo ela precisou admitir que seria impossível o rapaz não questionar o pedido que ela fez para ele na quarta à noite.

Willian estava no quarto se preparando para ligar para o namorado antes de se deitar quando alguém bateu na porta. Ele não tinha pedido nada do serviço de quarto, então presumiu que só podia ser Manuela.

— Ué, achei que você já estava dormindo. — ele disse assim que abriu a porta.

— Quase. — Manu disse com um sorriso — Preciso te pedir um favor antes.

— Diga. — Will falou já dentro do quarto enquanto Manuela fechava a porta e se virava para o amigo.

— Você tem o número da Julia? — ela falou com calma, já esperando a reação que viria a seguir.

— Como? — Willian perguntou se recusando a acreditar naquela pergunta.

— Eu queria te pedir o telefone dela, se você tiver. — Manu explicou.

— E você vai me dizer porque você precisa ligar pra ela? — o rapaz questionou.

Manuela pensou por alguns segundos antes de responder, mas optou por ser honesta com o amigo. Embora não pretendesse entrar em detalhes.

— Eu me encontrei com ela na segunda-feira e a gente teve uma conversa complicada. Eu preciso falar com ela sobre isso.

Willian apenas concordou com a cabeça, ele não sabia o que dizer. Era simplesmente surpreendente aquele pedido repentino vindo da amiga, ainda mais com aquela meia explicação que só despertava várias outras perguntas.

— Só isso? — ele tentou mais uma vez.

— É. — Manu respondeu sem conseguir encarar o amigo.

— Ok. — Will falou resignado — Pode falar o número?

Manuela sabia que Willian iria querer mais detalhes daquela história, mas naquele momento ela tinha outras preocupações em sua cabeça. Assim que voltou para o quarto ela foi até a varanda com o celular na mão, ela tinha esperança que a vista daquele marzão a sua frente fosse capaz de acalmar os seus batimentos cardíacos. Mas ela havia tomado uma decisão e iria até o fim. Com aquele pensamento ela discou o número da ruiva e esperou que ela atendesse.

**

As palavras de conforto do primo haviam sido mais que eficientes para Julia, ela estava mais calma e determinada a ter Manu de volta. É claro que às vezes o medo ainda aparecia, mas agora ela ao menos sabia que Pedro estaria ao seu lado. E ter o primo junto dela era um suporte muito valioso. Ela sabia que Manuela estava em Fortaleza, junto com Willian e que só voltaria em dois dias. Só restava esperar que a morena voltasse da capital cearense com alguma decisão tomada. Julia estava em seu apartamento se preparando para dormir quando o celular começou a tocar, no visor um número que ela desconhecia, mas que seria capaz de melhorar a sua noite em níveis extraordinários.

— Alô. — Julia atendeu curiosa para saber quem estava ligando para ela àquela hora da noite.

Ouvir a voz de Julia do outro lado da linha fez Manu se acalmar, era incrível o poder que a ruiva exercia sobre ela. A publicitária não sabia muito bem o que dizer, por isso continuou calada.

— Alô? Quem tá falando? — Julia falou diante do silêncio do outro lado. Depois de mais alguns segundos esperando por uma resposta que aparentemente não viria, a arquiteta estava disposta a desligar o telefone, mas o que ela ouviu a seguir a fez perder o chão.

— Eu não sei se eu vou conseguir.

Julia precisou se sentar para não cair. Manuela estava do outro lado da linha e aquilo era inacreditável. Ela precisava encontrar algum equilíbrio para continuar conversando. Manu entendeu o silêncio momentâneo de Julia, a ruiva devia estar realmente surpresa com aquele telefonema inesperado.

— Conseguir o quê? — Julia perguntou assim que conseguiu voltar a respirar corretamente.

— Não voltar. — Manu falou depois de alguns segundos.

Julia sorriu inconscientemente antes de responder.

— Eu estava contando com isso. — ela disse se deitando na cama.

— Mas eu também não sei se eu consigo esquecer tudo que aconteceu. — Manu falou com sinceridade.

— Eu não disse que eu queria que você esquecesse, Manu. Eu só quero que você nos dê a chance de ter um futuro, além do passado que já existe entre nós.

— Acontece que eu não sei como fazer isso, Julia. Eu não sei simplesmente desligar as coisas dentro de mim e deixar tudo de lado.

— Tem certeza? — Julia perguntou com tranquilidade.

— Tenho. — Manu respondeu direta.

— Eu discordo. Não foi o que pareceu quando você entrou na minha casa decidida a me levar pra cama, aliás nas duas vezes em que nós ficamos juntas você parecia bem esquecida das outras coisas. — Julia disse com displicência.

— Isso é diferente.

— Então me explica, por favor.

— Quando a gente fica junto não é a minha cabeça quem está no comando, é o meu corpo. Eu não sei se eu vou conseguir esquecer das coisas quando eu não tiver todo aquele desejo de... — Manu preferiu não concluir e Julia mais uma vez sorriu.

— Não tem como a gente saber disso se você não tentar. — Julia falou com carinho — Eu sei que depois de tudo as coisas não vão simplesmente voltar ao normal. A gente tem um longo caminho a percorrer, mas eu só posso fazer isso se você também quiser.

— Eu não sei se eu vou conseguir. — Manu repetiu a frase do começo da conversa.

— Então o que você quer fazer? — Julia perguntou pacientemente.

— Eu não vou dizer 'eu não sei', mas provavelmente eu não tenho muitas certezas. A única coisa que eu sei é que eu não consigo tirar você da minha cabeça, provavelmente eu nunca consegui.

Manuela fez uma pausa para respirar e Julia prendeu a respiração.

— Eu não sei se eu consigo perdoar tudo e passar por cima desse passado, mas eu tenho… que acho que não vou conseguir me afastar de você. Eu acho que a gente vai precisar descobrir junto o que isso quer dizer. — Manuela concluiu com receio.

Julia sabia que aquilo ainda não era a resposta que ele queria, mas ela estava mais preocupada com o fato de Manu ter admitido que não conseguiria se manter afastada e se ela estaria por perto Julia podia lidar com o resto.

— Eu acho que essa é a parte que você precisa deixar comigo. Eu só preciso de uma chance, Manu. — ela falou com convicção.

— Eu não posso te fazer nenhuma promessa, Julia, mas eu te liguei porque eu queria que você soubesse que eu estou tentando. Eu realmente estou tentando entender tudo que isso significa pra mim.

— E isso é mais que o suficiente pra mim. — Julia respondeu com um sorriso — Eu te vejo quando você voltar? — ela perguntou esperançosa.

— Eu procuro você. — Manu disse depois de algum tempo.

 

As duas sabiam que aquele era o primeiro passo e que ainda existia uma possibilidade. E a possibilidade era tudo que Julia queria.

Fim do capítulo

Notas finais:

Oi, meu povo. Mais um vez venho um pouquinho corrida, mas agradeço todos os comentários e as gentilezas de vocês comigo.

 

Reparei que tem aí esse grande movimento contra a postura da Julia e fiquei muito curiosa por saber quem é #timejulia e quem é #timedáumpénelaManu? kkkkkk Enfim, muitas coisas ainda por acontecer e só o futuro vai nos dizer o que vai dar essas duas. Eu particularmente sou #timeconfusão.

 

Beijo pra todas, muito boa semana e até amanhã! ♥


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Comentários para 28 - Vicissitude:
codinomeluz
codinomeluz

Em: 08/03/2025

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jake
jake

Em: 11/07/2024

Oie autora bom eu agora quero as duas juntas para viver o felizes para sempre com direito a um gato um dog  e um bb casinha na praia e na fazenda rsrsrs

Mas acho q as mães irão jogar areia ....veremos ...

#MAJU

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Mmila
Mmila

Em: 08/07/2024

Sou time #MAJU.

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 07/07/2024

Ou rolo  tá não tá 

Vamos esperar o desenrolar.

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patty-321
patty-321

Em: 07/07/2024

Eu creio em segundas chances. Errar é da nossa construção humana, principalmente, quando agimos com impulsividade, o que é bastante comum quando a maturidade ainda não chegou.

Eu Sou time#acreditonoamorsempre.

Boa semana. Ativo amor e luz ???? 

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LeticiaFed
LeticiaFed

Em: 07/07/2024

Team Julia! Com Manu, claro ????

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Mmila
Mmila

Em: 07/07/2024

Sou time #MAJU.

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NovaAqui
NovaAqui

Em: 07/07/2024

Eu sou do time que quero que elas fiquem juntas

A mãe da Júlia é o cão chupando mariola pelo jeito.

A vida da Júlia parece que foi bem complicada quando ela era mais nova.

Eu sempre quero final feliz 

Eu quero as duas felizes juntas

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