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Striptease por Patty Shepard

Ver comentários: 5

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Palavras: 3770
Acessos: 2756   |  Postado em: 25/06/2024

Capitulo 49

 

O silêncio extremamente confortável pairava dentro do carro e Mia olhava atentamente pelas janelas do veículo, como se silenciosamente buscasse pistas pelos bairros que passava para tentar minimamente descobrir para onde estavam indo. Ao seu lado Helena dirigia com um pequeno sorriso nos lábios, pois notava a inquietação da namorada e mesmo assim, nada falava. Em pouco tempo, o cenário mudava, chegavam a um lado da cidade conhecido por ter uma renda menor, com casas mais modestas, mas que Helena particularmente achava bonitas e a lembrava das pequenas vilas de sua cidade Natal.

Ao seu lado, Mia continuava em silêncio, louca para começar com suas perguntas mesmo sabendo que Helena não iria responde-las, por isso mesmo mantinha-se em silêncio, os olhos azuis intercalando pelo bairro que Mia contaria nos dedos quantas vezes já havia visitado em sua vida e claro, em sua namorada dirigindo seu carro, não tinha como negar que Mia sempre ficava hipnotizada com tal ato.

— Ok... Estamos chegando. — Helena quebrou o silêncio.

Mia a olhou com atenção, a velocidade do carro estava sendo reduzida, mas logo em seguida acabou olhando para frente ao notar que havia algo diferente, bem no fim da rua que parecia não ter saída, podia ver que estava extremamente bem iluminado com uma variedade de cores.

— Estamos indo realmente a uma festa. — Mia constatou e Helena deu uma pequena risada enquanto parava o carro e pacientemente começava a manobra-lo para poder estacionar o veículo.

— Estamos. Você vai conhecer a mais pura cultura mexicana. — declarou. Tinha um largo sorriso estampando seus lábios, claramente muito animada por estar com Mia ali. O carro parou de uma vez e enquanto puxava o freio de mão, Helena relaxou um pouco e olhou para a sua morena com mais atenção desta vez. — Aqui é uma comunidade mexicana, esse bairro é composto em suma maioria por mexicanos e algumas vezes por ano eles fazem festas como essa para comemorar a vida, eu acabei me afastando por alguns motivos ao longo dos anos e parei de frequentar, mas é claro que eu não tive como fugir mais depois que levei o Miguel e o Ramon para te ajudarem naquele dia.

— Vou saber quais motivos foram? — Mia questionou e arqueou levemente uma sobrancelha.

— Você com certeza já imagina, mas eu te conto com detalhes depois, prometo.

Mia sorriu fraco com a resposta da namorada, de fato ela já imaginava, só havia entendido que aquele não era o momento de questionar diretamente.

Logo em seguida a morena se inclinou ao mesmo tempo em que sua mão direita era erguida até segurar o queixo de Helena com um pouco de firmeza e também puxá-la para perto para selar aqueles lábios carnudos em um selinho sonoro.

— Então vamos, estou ansiosa pra conhecer todos.

— Sim senhora. — Helena tinha um sorrisinho derretido nos lábios após o beijo e não resistiu em se inclinar só um pouquinho só para roubar mais um beijinho da namorada. — Vamos.

As mulheres agiram ao mesmo tempo, se afastando em sincronia e abrindo ambas as portas do carro, Mia fora a primeira a sair, já que Helena demorou um pouco mais já que havia esquecido a chave do carro no câmbio.

— Está frio, deveríamos ter trazido casacos. — Mia comentou enquanto fechava a porta do veículo e dava alguns passos a frente, aguardando que Helena seguisse primeiro já que ela nada conhecia por ali.

— Acredite, você não vai precisar. — Helena disse enquanto fechava a porta do veículo, travou o mesmo enquanto já caminhava, passando pela frente do veículo para chegar até a sua namorada.

— Isso me lembrou do dia que saímos da festa naquele dia e tomamos a maior chuva. — Mia acusou e arqueou ambas as sobrancelhas como se acusasse Helena de alguma coisa.

A mexicana gargalhou por alguns segundos.

— E mesmo assim você com certeza lembra como aquele dia terminou bem. — Helena deu um sorriso realmente orgulhoso com as próprias palavras, levando Amélia a rolar os olhos antes de dar uma pequena risada.

— Vamos logo. — a morena reclamou enquanto já começava a andar, deixando para trás uma Helena com um sorriso largo nos lábios, mas que não tardou a acompanhar a namorada.

Fora algo totalmente automático, mas que gerou uma grande e silenciosa satisfação para ambas as mulheres, quando elas começaram a caminhar lado a lado e as mãos pareceram chamar um a outra para se unirem até que seus dedos se entrelaçassem e assim, o casal caminhasse juntos e unidos pelas mãos, como se nada temesse ou escondesse, como deveria ser.

— Eles são barulhentos, muito agitados, mas extremamente calorosos. — Helena comentou e Mia deu uma pequena risada.

— Com certeza me sentirei em casa. — Amélia rebateu, imediatamente pensando em sua própria família.

Helena riu enquanto concordava.

A medida que foram se aproximando, Amélia teve uma visão melhor do ambiente, era como um grande parque no fim da rua, o gramado bem verde, algumas crianças correndo para lá e para cá, várias mesinhas típicas de piquenique, uma variedade de luzes espalhadas por todo o local deixava tudo muito bem iluminado, era tudo muito vibrante, os tecidos que cobriam as mesas eram de uma cor bem chamativa, algumas luzes tinham suas tonalidades combinando com as cores, haviam muitas pequenas e coloridas bandeiras penduradas, assim como tiras de pano que dançavam com o vento para lá e para cá também penduradas. Além de tudo isso, também haviam muitas flores, tanto flores feitas a mão com algum material que Mia não conseguia distinguir só olhando, quanto flores naturais.

Mia estava simplesmente encantada.

— Helena? — a Designer ouviu e procurou com os olhos, mas não encontrou quem chamou, na verdade o que veio a seguir a fez arquear as sobrancelhas.

— Helena! — agora foi uma voz masculina.

— A Helena veio!! — alguém praticamente gritou e repentinamente começou a aparecer algumas pessoas.

Amélia imediatamente olhou para a namorada, procurando entender o motivo daquilo, mas quando viu aquele sorriso nos lábios de Helena, nada perguntou, tudo o que fez fora sorrir do mesma forma, por que facilmente percebeu o quão a vontade ela estava.

— Helena! Dios mío. — uma mulher apareceu caminhando em passadas rápidas enquanto limpava as mãos em um pano e ia rapidamente em direção a Helena. — Te extraño.

Helena soltou a mão da namorada apenas para receber a mulher com um caloroso abraço bem apertado que durou alguns bons segundos enquanto as mulheres trocavam palavras em sua língua nativa e Mia apenas observava, mesmo que nada entendesse do que elas falavam, conseguia imaginar, tanto é que tinha em seu rosto uma expressão terna.

A mulher, ainda desconhecida para Mia, se afastou em seguida e tomou o rosto de Helena com as mãos, havia um notório e imenso carinho naquele pequeno gesto que durou mais alguns segundos até que a mulher percebesse Amélia.

— Oh meu Deus, me desculpe! Que indelicadeza. — falou enquanto soltava Helena para voltar toda a sua atenção para Mia para no segundo seguinte já tomar a Designer em um abraço tão caloroso quanto o de Helena, pegando Mia completamente desprevenida, mas que não perdeu tempo em retribuir de igual intensidade, já que tinha certeza que ela era alguém importante para Helena.

Helena riu enquanto observava a cena, o coração dentro de seu peito estava em uma imensa agitação, mas não era ruim.

— Rubia, essa é a Amélia... Minha namorada. — finalmente apresentou e seu coração deu um novo salto, sentiu até mesmo um frio no estômago e pensou ser as tais borboletas.

Rubia se afastou repentinamente, mas ainda tocava Mia com suas mãos, a encarou com os olhos um pouco arregalados, em seguida olhou para Helena.

— Dios mío. — ela falou, claramente surpresa antes de gargalhar e quando o fez puxou Amélia para um novo abraço, tão apertado quanto o anterior. Por cima do ombro da mulher, Mia buscou Helena com os olhos, buscando entender a situação.

E ao notar isso, Helena gargalhou por alguns segundos antes de comentar:

— Amor, essa é a Rubia, é a esposa do Miguel e uma grande amiga. — explicou no momento em que Rubia mais uma vez se afastava. — Ela não fala nada em Espanhol, Rubia.

— Isso não é problema algum, eu estou imensamente feliz em conhecer você, Amélia. — Rubia se afastou, o sorriso largo exalava felicidade e fazia Mia sorrir da mesma forma.

— Eu digo o mesmo, Rubia, vai ser um imenso prazer conhecer um pouco mais das raízes da Helena. — Amélia respondeu.

— Vamos! Quando o Miguel me contou que você entrou em contato com ele, ele me ligou no mesmo instante sabia? Eu fiquei tão feliz. — Rubia falou enquanto envolvia a sua mão a de Mia e em seguida envolveu a de Helena e começou a andar, puxando o casal pelas mãos como se aquilo fosse algo extremamente natural.

— Eu imaginei que ele tinha te contado. — Helena comentou.

— E ele também me falou muito bem de você, Amélia! Mas não me contou sobre o namoro!

— Por que naquele dia ainda não tínhamos anunciado para todo mundo. — Helena explicou enquanto ia olhando em volta, vendo toda a decoração que trazia um gostoso calor para o seu peito.

— Helena! — a mesma voz masculina de antes surgiu mais uma vez, dessa vez com o dono junto. Era Ramon, que já vinha com os braços abertos e um largo sorriso nos lábios. Mia olhava tudo com um sorriso nos lábios, a forma como o homem abraçava a Helena e a tirava do chão com muita facilidade, a gargalhada que a mexicana soltava.

— Todo mundo aqui é imensamente apaixonado pela Helena. — Rubia comentou em um tom ameno enquanto observava a interação agora de outras pessoas que se aproximavam e iam abraçando Helena. — Ela já havia falado sobre nós?

— Não. — Mia foi sincera e desviou os olhos da namorada apenas para encarar a mulher ao seu lado. — Mas sei que não foi por mal, ela ficou imensamente feliz todo o caminho para cá.

Rubia deu um sorriso enquanto voltava a encarar a amiga que a tanto tempo não via, respirou um pouco fundo e então suspirou, um suspiro cheio de alívio. Mia quis perguntar o motivo daquele suspiro, mas imaginou que não devia, afinal, haviam acabado de se conhecer.

— Eles vão adorar te conhecer. — Mia acordou de seus próprios pensamentos quando ouviu a voz de Rubia mais uma vez e quando voltou a olhar para a namorada, ela a encarava de volta e sorriu quando seus olhos se encontraram.

Helena estendeu a mão, mesmo de longe e Mia imediatamente entendeu o que ela queria, Rubia também já que no mesmo instante soltou Mia e a morena pode caminhar livremente até a sua namorada.

E assim começou a inesperada festa, absolutamente todos pararam para receber Helena e principalmente para conhecer Mia que fora tão bem recebida que parecia fazer parte daquela família a muito tempo. Mesmo que todos ali não dividissem o mesmo sangue, tratavam-se como uma grande família e era o que aquela festa era, uma grande festa de família que reunia familiares do bairro que se conheciam a muitos anos e se ajudavam diariamente, todos com a mesma nacionalidade, com exceção de Amélia e de mais alguns que também eram namorados ou namoradas.

— Eles são incríveis. — Mia tinha um sorriso largo nos lábios enquanto caminhava lentamente bem ao lado de sua morena, as duas haviam se afastado momentaneamente rumo a longa mesa de comida.

— Sim, são e agora me arrependo mais ainda de ter passado tanto tempo longe. — Helena comentou. — Oh, suco de tamarindo!! — exclamou de forma um pouco afobada enquanto dava passos mais rápidos até a grande mesa com uma absurda variedade de comidas típicas. Aproximou-se primeiramente de uma das grandes poncheiras de suco e imediatamente pegou dois copos e com cuidado serviu um pouco em cada. — Experimenta, você vai adorar.

— Hmm, eu nunca tomei. — Mia disse enquanto aceitava o copo oferecido e imediatamente levava-o a boca, mas primeiro cheirou o líquido como gostava de fazer para logo em seguida dar um gole, franziu um pouco o cenho enquanto olhava para a namorada. — Hmm, é gostoso! Mas deixa uma acidez bem marcante na boca no final. — disse enquanto desviava o olhar para o líquido dentro de seu próprio copo mais uma vez, então deu um novo gole.

Helena sorriu.

— Sim, exatamente isso. Eu adoro. — Helena falou pouco antes de dar um generoso gole em seu suco e quase gem*u em satisfação logo em seguida. — Eu vou separar algumas comidas que eu tenho certeza que você vai gostar e principalmente que não sejam extremamente apimentadas.

— E eu vou te agradecer imensamente por isso. — Mia garantiu enquanto sorria, era isso, não conseguia deixar de sorrir. E foi assim que ela ficou observando Helena, a mexicana falava calmamente sobre cada comida que ia colocando em um prato descartável para Mia e Mia mal prestava atenção já que estava maravilhada com o quão leve Helena parecia e consequentemente Mia sentia-se cada vez mais apaixonada.

— Por que está me olhando dessa forma? — Helena questionou enquanto voltava a se aproximar de sua garota, arqueou levemente uma sobrancelha.

— Por que você está maravilhosa e eu não consegui prestar atenção em nada do que você falou por que estava te admirando. — Mia foi sincera, tão sincera que desconcertou a mexicana a ponto de fazê-la rolar os olhos. Isso fez Mia rir. — Estou falando sério, não é sempre que eu te vejo tão leve.

— Estou feliz, muito feliz e mais ainda por você estar fazendo parte disso. — Helena confessou e Mia imediatamente sorriu ainda mais, não deixou de aproximar-se para selar os lábios da namorada em um carinhoso selinho.

— E não imagina o quanto eu fico feliz em ouvir isso. — disse baixinho antes de se afastar um pouco. — Agora me explica de novo o que tem aí. — apontou levemente para o prato que Helena segurava.

— Aqui é tudo comida caseira. — garantiu enquanto erguia um pouco o prato bem recheado que segurava, tinha um pouquinho de várias coisas. — Isso aqui é Tamales, é bem temperado, é feito com milho, é levemente apimentado, essa tortilla é com machaca, é uma carne de porco desfiada e muito temperada, você vai amar. Esse burrito é com carne de vaca e é muito suculento... Aqui tem um pouquinho de Pozole, é uma sopa, mas toma com cuidado por que pode ser forte demais, mas vale a pena...

— Espero que a Helena já tenha te apresentado antes nossas comidas. — Rubia se aproximou ao lado de Yolanda, que havia sido mais cedo apresentada a Mia como a esposa de Ramon.

— Só algumas. — Helena respondeu de imediato.

E Mia concordou com um aceno de cabeça enquanto pegava das mãos da namorada o prato que havia sido tão bem montado.

— Eu espero que goste, Amélia, nós sempre fazemos tudo com muito carinho e fique a vontade, sempre temos bastante comida. — Yolanda garantiu.

— Logo, logo não vai ter espaço para se servir nessa mesa. — Rubia garantiu. — As crianças já estão com fome... — a mulher falou no momento exato em que uma criança passara correndo gritando ao ser perseguida por outra em uma clara brincadeira.

— Eu com certeza vou gostar, eu adoro experimentar comidas novas. — Mia garantiu.

— Ela além de ser uma Designer incrível, é Chef de cozinha, vem de uma linhagem de cozinheiros. — Helena explicou as duas mulheres.

Bom, após aquelas palavras de Helena, Mia não teve mais sossego. Mesmo após experimentar tudo o que Helena havia “permitido”, alguém sempre aparecia lhe oferecendo alguma coisa nova, o que resultou no fim em uma Amélia vermelha sendo amparada por algumas mulheres que a socorriam após ela ter experimentado algo apimentado além do limite que ela suportava.

Helena por sua vez se aproximava rindo, trazendo consigo um copo com suco para a namorada.

— Se ela não quiser mais voltar nas próximas festas a culpa não foi minha. — Helena tinha um sorriso largo nos lábios enquanto se abaixava em frente a sua namorada que estava sentada em uma das diversas cadeiras espalhadas. — Aqui, toma.

— Não se preocupe querida, todos tem que passar por isso algumas vezes para se apaixonar ainda mais por nossa comida. — era Yolanda que abanava Mia com um pequeno leque.

— Eu preciso dizer isso pro meu estômago amanhã. — Mia pigarreou logo em seguida antes de dar alguns goles generosos na bebida que Helena havia lhe oferecido, agora entendia bem até demais quando Helena disse que elas não iriam sentir frio ali.

E assim seguiu a noite de festa mexicana, absolutamente todos estavam maravilhados em conhecer Amélia e absurdamente felizes com a presença de Helena, o casal mal tinha tempo de ficar alguns minutos a sós conversando, por que sempre havia alguém conversando com elas, ou tanto Helena era chamada por alguém quanto Mia era levada por outro alguém para conhecer ou ver algo. Mas uma coisa era certa, as duas estavam simplesmente adorando aquilo.

Já havia se passado algumas poucas horas desde o momento em que Mia e Helena haviam chegado, algumas crianças que antes corriam para lá e para cá já haviam cansado e davam lugar para os adultos se divertirem com as músicas animadas e as danças típicas, Helena por sua vez divertia-se, dançando de mão em mão em meio a gargalhadas, hora dançava com Miguel, hora dançava com Ramon, hora dançava com outro e assim seguia a sua diversão enquanto Mia se esbaldava em conversas, aprendendo tudo o que podia, sempre com um sorriso no rosto e muita simpatia, mesmo separadas as duas sempre acabam se encarando, sempre lembrando uma da outra em diversos momentos, claramente felizes e extremamente confortáveis com tudo.

— A Helena está tão diferente. — Yolanda comentou. A mulher estava sentada em uma cadeira ao lado de Mia, as pernas cruzadas e o braço apoiado no encosto para braço enquanto os olhos estavam fixos em seu marido dançando com Helena.

— Diferente como? — Mia questionou enquanto se ajeitava um pouco para encarar a mulher.

— Isso que está vendo agora. — Rubia apontou levemente com a cabeça para a dança. — Só aconteceu uma vez na primeira festa que a Lena veio com o ex marido.

Yolanda concordou com um aceno de cabeça.

— Na festa seguinte ela negava educadamente e não dançou com ninguém, todo mundo entendeu o motivo só de olhar para o Trevor. — fora Yolanda que continuou. Mia não ficou surpresa, já que tinha certeza que o motivo de Helena ter se afastado de todos fora Trevor.

— Eu imaginei que o motivo de ela ter se afastado tenha sido o Trevor. — a morena comentou e logo em seguida levou o copo com suco aos lábios e deu um novo gole, havia se apaixonado pelo suco de Tamarindo. Mas sorriu logo em seguida enquanto olhava para a namorada a alguns metros de distância. — É um verdadeiro crime cortar as asas dela quando da pra ver claramente o quão feliz ela está, feliz, leve, poucas vezes eu a vi assim.

— Ele nunca pareceu muito confortável aqui, até parecia tentar ser simpático, mas os rapazes sempre falavam que ele era muito arrogante e também não gostavam da conversa dele. — Rubia comentou. — Tentamos por anos nos aproximar novamente, mas nunca tivemos sorte.

— Tudo para a Helena, hoje, tem seu devido tempo certo. Um exemplo disso é o nosso namoro, demorou um pouco para chegarmos a isso, demorou para ela aceitar, demorou para ela se sentir a vontade para anunciarmos isso, claro que também demorou para mim por vários motivos, mas cá estamos hoje. Eu aprendi muito bem a lidar com o tempo que ela precisa pra cada coisa, assim como ela aprendeu a lidar com todos os meus porens. — Mia explicou pacientemente enquanto ainda encarava a forma como Helena rodopiava com o som da música mexicana, acabou sorrindo de canto com o que via.

As mulheres ficaram em silêncio por alguns segundos, todas com um sorriso pequeno nos lábios enquanto olhavam seus respectivos pares dançando.

— A Helena é preciosa para todos nós, você sabe por que? — Rubia questionou e desviou os olhos para encarar Amélia, que fez o mesmo e olhou atentamente para a mulher, negou com um aceno de cabeça em resposta. — Por que muitos de nós estão aqui e vivos por causa dela.

— Como assim? — Mia questionou e acabou franzindo o cenho.

— Existe uma fundação criada apenas para o auxílio aos mexicanos, afinal, todo ano morrem centenas de mexicanos tentando entrar nos estados unidos ilegalmente através do Deserto de Sonora, você já deve ter ouvido falar sobre isso. — Rubia continuou.

— É claro, já vi algumas notícias sobre. — comentou.

— A fundação só veio realmente ganhar força para ajudar os clandestinos, quando a Helena começou com as doações mensais. Hoje em dia existem grupos que salvam vários mexicanos perdidos no deserto, infelizmente também recuperam vários corpos para que os familiares tenham pelo menos a possibilidade de enterrar seus entes queridos. Além disso, a fundação facilita a entrada legal de mexicanos, disponibiliza trabalhos e ajuda com o possível para os manter aqui, são e salvos. — Rubia explicava tudo com muita calma e Mia ouvia tudo com muita atenção, mesmo sentindo seu coração batendo mais forte dentro de seu peito. — Eu perdi meu pai naquele deserto, mas por causa da Helena e das doações mensais, consegui que meu irmão e meus primos viessem pra cá com segurança, hoje trabalharam legalmente e vivem muito bem.

— São dezenas, se não centenas de nós, que estão legalmente aqui por causa da Helena, é por isso que todos aqui amam ela, por isso e pela pessoa maravilhosa que ela é, é claro. — Yolanda completou.

Mia sorriu fraco enquanto desviava o olhar para encarar sua morena, deu uma pequena risada logo em seguida enquanto a xingava mentalmente.

— Ela nunca fala sobre essas coisas que ela faz e é sempre assim que eu descubro. — é claro que mentalmente xingava Helena, odiava descobrir as coisas daquela forma, mas a forma como seu coração batia só deixava claro o quão derretida havia ficado.

 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 49 - Capitulo 49:
Mmila
Mmila

Em: 25/06/2024

A intensidade que o casal passa através de sua escrita, é impressionante!

Parabéns autora por essa história maravilhosa.

As duas, a cada dia que passa se conectam em todos os sentidos.

Responder

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edjane04
edjane04

Em: 25/06/2024

Díos mio, que capítulo lindoooo!!

 

A história já tem quase 6 anos, parece que nunca tem fim, rs

Mas a cada notificação de capítulo postado, é reforçada a certeza de que temos uma GRANDE HISTÓRIA S2

Responder

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Brescia
Brescia

Em: 25/06/2024

Boa noite autora.

A sua escrita é tão forte, tão intensa, tão envolvente que o transporte para junto delas é inevitável, são iguais  que se completam, se descobrem a cada momento e o principal, se amam a cada olhar, a cada toque...

Não suma, amo essas duas.

Responder

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Brescia
Brescia

Em: 25/06/2024

Boa noite autora.

A sua escrita é tão forte, tão intensa, tão envolvente que o transporte para junto delas é inevitável, são iguais  que se completam, se descobrem a cada momento e o principal, se amam a cada olhar, a cada toque...

Não suma, amo essas duas.

Responder

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S2 jack S2
S2 jack S2

Em: 25/06/2024

Como eu amo esse casal...a cada capítulo gostando um pouco mais dessa história. <3

Responder

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