Visitas Inesperadas
Manuela estava de costas para a porta, apoiada na mesa de reuniões, olhando pela janela. Julia ficou alguns instantes simplesmente observando os detalhes da mulher à sua frente. O cabelo negro mais longo do que ela se lembrava, as roupas sociais que ela usava e que ficavam perfeitas nela. Mais que isso, o medo, o pavor de não saber o que dizer e de machucar Manu ainda mais do que ela já havia feito no passado.
Julia respirou fundo. Ela sabia que aquele era um momento para o qual ela jamais estaria preparada. Com o coração batendo como louco no peito, ela ousou chamar o nome da mulher a sua frente. Ela teve medo de não conseguir, tamanha era a carga de emoção que ela carregava.
— Manuela. — a voz de Julia saiu baixa, rouca. Como se todos os anos de coisas não ditas entre elas estivessem travando a sua garganta.
24 Horas Antes
Depois de chegar ao hotel, Mateus tomou um banho e decidiu descansar para o dia seguinte. Ele havia vindo ao Brasil com tudo organizado para conseguir o que queria em menos de três dias, mais que isso ele não poderia ficar. Por isso o homem pretendia procurar Manuela no dia seguinte, era a única maneira de chegar até ela sem que Julia descobrisse que ele estava no país.
Certamente a agora ex-mulher não o deixaria em paz se soubesse da sua intenção de procurar Manu. Uma intervenção de Julia só serviria para atrasar o inevitável, Mateus ia procurar a publicitária e não desistiria até conseguir conversar com ela. Depois de um banho e de comer um lanche no quarto, Mateus resolveu ir deitar. Ainda era início da noite, mas a longa viagem permitiu que ele dormisse direto até o dia seguinte.
Quando acordou na quarta de manhã ele tomou um café rápido e desceu para o saguão do hotel onde o motorista o aguardava, às 09h00 em ponto, para levá-lo a uma visita na sede brasileira da Köller Bankengruppe. Mateus não estava interessado nessa visita, mas precisava manter as aparências. Ele passaria toda a manhã conversando com os diretores brasileiros e depois estaria livre para ir ao escritório de Manuela. Lá era o primeiro lugar onde ele procuraria por ela.
— Qual o seu nome? — Mateus perguntou assim que o motorista ocupou o seu lugar ao volante.
— Cézar, senhor. — o homem respondeu dando partida no carro.
— Ok, Cézar. Você conhece esse endereço? — Mateus falou entregando um pedaço de papel para o motorista.
— Sim, senhor. É um prédio comercial bastante conhecido no centro da cidade. — ele disse, devolvendo o papel para Mateus.
— Ótimo. Depois que eu sair da empresa nós iremos até lá.
Mateus seguiu o resto do trajeto em silêncio.
**
Quando Willian chegou ao escritório naquela manhã, foi direto procurar Manuela.
— Bom dia. — ele disse ao entrar na sala.
— Bom dia. — Manu respondeu tirando os olhos da tela do computador e sorrindo para o amigo.
— Tudo bem? — o rapaz perguntou enquanto se sentava de frente para a amiga.
— Sim e você?
— Tudo ótimo. Eu marquei uma reunião com a equipe agora de manhã para falar sobre o nosso novo contrato com a empresa de Fortaleza e porque nós precisamos alinhar alguns detalhes das campanhas que vão ser lançadas no próximo mês.
— Sim, a Teresa me informou. A gente também precisa se reunir com o RH e a contabilidade, acho que a gente vai precisar contratar mais pessoas. — Manu falou deixando notebook de lado e passando a encarar o amigo.
— Porque a gente precisa conversar com a contabilidade sobre contratações?
— Nós não precisamos. Com a contabilidade é uma reunião de rotina. — ela explicou.
— Ok. Vamos organizar isso tudo para essa semana ainda, porque na próxima um de nós vai precisar voltar ao Ceará.
— Verdade. O RH pode ser hoje ainda, na parte da tarde? — ela questionou olhando a agenda do dia.
— Parece ótimo. E a contabilidade a gente tenta marcar para amanhã, porque hoje é impossível ir para uma reunião fora do escritório. — ele respondeu também observando a sua agenda.
— Sim, senhor. Vou pedir a Teresa para organizar tudo.
— E eu vou falar com a Lia também.
— Sorte a nossa, termos secretárias tão competentes. — Manuela falou com um sorriso.
— É verdade, sem elas eu não sei o que seria de nós.
— Exatamente. Próximo tópico?
Willian anotava tudo em uma agenda eletrônica enquanto conversava com Manuela. Nesse momento ele a colocou sobre a mesa, encarou o rosto da amiga e antes de começar a falar se recostou na cadeira.
— O próximo tópico não é sobre o escritório, mas eu gostaria que você não se irritasse e falasse comigo.
Manuela simplesmente concordou com a cabeça. As coisas estavam acontecendo de uma maneira tão descontrolada que ela não fazia ideia de há quanto tempo não sentava para conversar com Will. Ela sabia que estava sendo relapsa com ele, os dois não eram só sócios, antes de tudo eram amigos. Willian a conhecia há tempo o suficiente para saber que Manuela precisaria de um espaço, mas já havia passado quase um mês que Julia havia voltado e eles ainda não tinham conversado de maneira decente sobre aquele assunto.
— Você fugiu de conversar comigo nas últimas semanas e eu respeitei isso. Acontece que eu estou preocupado, todos nós estamos.
— Eu sei. — Manu falou com seriedade.
— Manu, a gente sempre se deu muito bem por uma razão. Você e eu não temos o hábito de julgar as pessoas, nós sempre preferimos não basearmos as nossas ações pelo o que os outros decidiram. A vida de cada um tem suas próprias armadilhas, não dá para saber pelo que cada um passou para chegar onde está. Não é mesmo?
— Sim. Você está absolutamente certo.
— Essa é a razão pela qual eu não julgo a sua decisão de não querer saber da Julia, mas eu sou seu amigo e você nunca precisou medir as suas palavras comigo. A gente sempre contou tudo um para o outro e você não fazer isso agora me deixa muito mais preocupado. E eu não estou falando isso pelo fato de estar absolutamente curioso sobre essa história, porque eu sei muito bem separar as coisas. O fato é que você está toda séria, fugindo de conversar comigo e agindo como uma pessoa que eu desconheço, é assustador. — o rapaz desabafou.
— Eu lamento muito fazer você se sentir dessa maneira. Vai soar um pouco piegas, mas o problema não é você, sou eu. — ela disse com um sorriso.
— Por favor, não ouse brincar de destruidora de corações comigo. — ele respondeu com um sorriso divertido.
— Eu jamais faria isso. Você sabe muito bem que nós dois somos almas gêmeas. Todos os outros são apenas passatempos. — ela continuou a brincadeira.
— Você não tem jeito mesmo, é uma safada. — ele falou rindo da amiga.
Manuela riu junto com o amigo. Era essa leveza que sempre ditou o relacionamento dos dois, eles não se cobravam e não precisavam se esforçar para rirem quando estavam juntos. Existia uma sintonia entre eles que refletia não só no sucesso da iDraw, mas também dizia muito a respeito do relacionamento dos dois fora do ambiente de trabalho. Quando se conheceram, Manuela havia acabado de sair da sua pior fase, havia quase um ano do término do namoro com Julia, e foi o rapaz quem a arrastou de volta para a vida social. Se Amanda havia apoiado incondicionalmente por um lado, Willian havia permitido que Manu enxergasse uma luz no fim do túnel. Mesmo sem perceber o rapaz a ajudou a encontrar uma forma de canalizar os seus esforços e seguir vivendo.
Manuela abaixou a cabeça e deixou o sorriso dos dois ir embora da mesma forma sutil com que havia surgido. Quando voltou a encarar o amigo, o sorriso já havia dado lugar a uma expressão de resignação, a mesma que ela sempre usava quando o assunto era Julia. Ela respirou fundo antes de começar a falar.
— Eu fui pega tão de surpresa por essa volta inesperada dela que acabei enfiando os pés pelas mãos. Eu sinto muito por ter deixado você de fora, mas não foi só com você Will. — Manuela começou.
— Eu entendo que deva ser complicado. — o rapaz concordou.
— Foi e continua sendo, mas eu não pretendo que seja algo que vá afetar a minha vida depois de tanto tempo.
— Aparentemente já tem afetado. — Will falou com sinceridade.
— É o que todo mundo diz. — ela respondeu amargurada.
— E o que você acha?
— Eu acho que eu não quero mais falar sobre isso. Quando eu fiquei sabendo da volta dela eu tive medo de cair na mesma de seis anos atrás, mas isso não aconteceu. E agora a melhor coisa que eu posso fazer é tocar a minha vida, o que eu tenho feito há tempo o suficiente para saber que eu sou capaz. Eu tenho minha família, meus amigos e esse escritório para me preocupar. Eu não preciso agora viver com medo de um fantasma que só existe na minha cabeça.
— Então você está me dizendo que não quer mais saber desse assunto? — Will indagou.
— Exatamente. Eu estava muito bem antes de saber que ela havia voltado, agora eu sei que ela está aqui e isso na realidade não mudou nada na minha vida. Então chega de falar sobre isso. Eu não tenho nada a ver com a vida dela e vice—versa.
— Então tudo bem. Se essa é sua palavra final, só me resta concordar. — Willian respondeu se colocando de pé — Está quase na hora da reunião, vamos?
— Vamos. — Manuela respondeu se levantando e seguindo o rapaz.
Depois daquela conversa, Willian teve o mesmo pressentimento que havia tido no dia do almoço com Pedro e Julia. Aquela história não estava terminada e ainda teria muitos capítulos até aquelas duas conseguirem chegar a um fim definitivo.
— Como essas reuniões abrem o apetite. Vamos almoçar? — Willian perguntou para Manu assim que os dois ficaram a sós na sala.
A reunião havia sido mais longa que o esperado, mas ao menos eles estavam totalmente organizados para as próximas atividades no escritório nos dias seguintes. Como de costume, após a reunião cada um voltou aos seus afazeres e os sócios ficaram sozinhos na sala.
— Vamos. Eu só preciso falar com a Teresa sobre a reunião com o RH, pegar a bolsa na minha sala e nós podemos ir. — ela falou terminando de juntar as anotações e olhando para o amigo com um sorriso.
— Eu também preciso ir na minha sala. — o rapaz respondeu já se levantando — Nós podíamos ir naquele restaurante do shopping que a gente não vai há séculos. O que você acha?
Manuela chegou a abrir a boca para responder, mas foi interrompida quando a porta foi aberta. Eles olharam para a entrada ao mesmo tempo, Willian ficou curioso em saber quem era o homem que vinha acompanhado por Teresa e Manuela ficou tão surpresa que não soube como reagir.
— Você não atendeu nenhum dos meus telefonemas, então eu fui obrigado a vir pessoalmente. — Mateus falou olhando diretamente nos olhos de Manuela.
**
[Eu vou almoçar com a Julia hoje. Nos acompanha? ] 10h42 ~ Silvia
[Isso é um convite ou uma intimação? Kkk] 10h42 ~ Pedro
[Meu querido filho, comigo é sempre uma intimação] 10h44 ~ Silvia
[Foi o que eu imaginei] 10h46 ~ Pedro
[Ótimo. Vamos naquele restaurante aqui perto do escritório. Te vejo mais tarde] 10h49 ~ Silvia
[Ok, até logo, mamãe] 10h52 ~ Pedro
Pedro olhou para o celular depois de responder a última mensagem da mãe e pensou que seria divertido almoçar com as duas. Provavelmente seria bom para o relacionamento dele com a prima. E no fim das contas ele tinha razão, o almoço foi ótimo. O problema começou quando ele se ofereceu para deixar a prima no escritório dela, para aproveitar e conhecer o lugar, e seu telefone tocou.
— Oi, Mandys, como vai? — Pedro atendeu, ele e a prima haviam acabado de chegar ao carro depois do almoço.
— Oi. Escuta, o Mateus apareceu lá na iDraw. O Will acabou de me ligar e pediu para eu ir lá, mas eu não posso sair do hospital agora. — Amanda falou tudo de uma vez, assim que o amigo atendeu.
— No escritório? Como o Mateus foi parar lá? — ele falou no susto e se arrependeu imediatamente. Julia estava sentada ao seu lado dentro do carro, seria impossível ela não perceber o que estava acontecendo.
— Eu não tenho a mínima ideia, mas você precisa ir logo pra lá. Depois a gente tenta entender as coisas. — Amanda falou impaciente.
— Certo. Eu vou. — Pedro falou muito preocupado.
— Vou tentar sair daqui o mais rápido possível, até lá, cuida da Manu. Ela vai precisar. Qualquer coisa me liga. — Amanda falou.
— Pode deixar. Eu dou notícias. — Pedro respondeu e desligou o telefone.
Pedro deu partida no carro e não teve coragem de olhar para a prima.
— Você se importa se eu te deixar perto do ponto de táxi que tem ali na frente? Infelizmente eu preciso ir resolver um problema, a visita ao seu escritório vai ter que ficar pra outro dia. — ele falou na tentativa de contornar aquela situação.
— Pedro, me diz que eu entendi errado? — a voz de Julia saiu tão assustada que Pedro olhou para ela preocupado.
— Como assim? — ele desconversou encostando o carro um pouco à frente do ponto de táxi.
— Pedro, por favor? — Julia não fez menção a descer do carro.
O rapaz respirou fundo e olhou para a prima. Ele precisava ir para a iDraw o mais rápido possível e acreditava que enganar a prima naquela situação não era a melhor escolha.
— Você não entendeu errado. Ao que parece, o Mateus apareceu lá no escritório atrás da Manu. — ele disse olhando para ela e a prima não demorou mais que um segundo para responder.
— Eu vou com você. Vamos rápido, quanto antes a gente chegar lá melhor. — ela falou decidida.
— Eu não acho isso uma boa ideia. — Pedro falou.
— Pedro, a única pessoa que pode fazer o Mateus desistir dessa ideia absurda de falar com ela sou eu. Se é isso que você quer, é melhor nós irmos logo pra lá. — ela falou impaciente.
Pedro encarou a prima indeciso, o rapaz acabou ligando o carro e saindo o mais rápido possível em direção a iDraw.
**
— Aparentemente o seu cinismo continua proporcional a sua falta de caráter. — Manuela falou com ódio no olhar encarando Mateus — O que esse homem está fazendo aqui? — ela olhou para Teresa.
— Eu vim falar com você e não pretendo ir embora até conseguir. — o tom de voz de Mateus era calmo e decidido. Isso só serviu para deixar Manuela ainda mais irritada.
— Teresa, faça o favor de chamar a segurança para mostrar a esse homem onde fica a saída. — Manuela falou entre dentes.
Willian assistia a tudo sem entender, mas a julgar pela cara de Manuela, era melhor aquele homem ir embora o mais rápido possível.
— Eu não sei quem é você ou qual a sua intenção vindo até aqui, mas acho melhor você se retirar agora. — Willian falou sério.
— Meu nome é Mateus Bergmann Köller, eu sou um velho amigo da Manuela. Muito prazer. — ele respondeu com um sorriso olhando para Willian.
Teresa que acompanhava tudo sem saber o que fazer recebeu um olhar incisivo de Manuela e saiu da sala para chamar a segurança. Seja lá quem fosse aquele Mateus, certamente ele não era nada bem-vindo por Manuela. A secretária esperava ter a oportunidade de explicar para a chefe que o homem chegou e foi entrando sem dar oportunidade para ela dispensá-lo.
— Quem é esse cara, Manu? — Will questionou.
— Não acredito que ela te contou nada sobre mim. — ele falou com um sorriso divertido.
— Eu não perderia o meu tempo, agora vai embora daqui antes que a segurança chegue e torne essa situação ainda mais patética. — Manuela já estava de pé a essa altura e tentava controlar a raiva crescente que ameaçava tomar conta dela naquele momento.
— Eu vim até aqui porque nós dois temos muito o que conversar e eu acho mais fácil se nós fizermos isso de uma vez. — Mateus falou.
— Eu não tenho nada para falar com você e tenho a mais absoluta certeza que nada que você tem a dizer me interessa. — a publicitária respondeu.
— A gente pode ficar o dia todo nesse debate. Você quem escolhe. — ele respondeu puxando a cadeira e se sentando do lado oposto ao que Manuela estava.
— Mateus, eu acho que você não entendeu. A Manu não quer falar com você, é melhor você ir embora. — Willian falou bastante preocupado com a amiga.
Nesse momento Teresa voltou acompanhada de dois seguranças.
— Nós dois podemos conversar em particular ou eu posso contar tudo sobre a sua fase pós-término aqui mesmo, na frente do seu amigo. — Mateus falou encarando Manuela.
Manuela encarou Mateus com ódio e sentiu um desprezo tão profundo por ele que não soube como um dia havia chamado aquela pessoa de melhor amigo. Não era possível que aquele Mateus na sua frente era o mesmo com quem ela havia convivido na época da faculdade, Manu não conseguia entender como ela havia se enganado tanto com alguém.
— Pelo visto as suas qualidades de caráter melhoraram bastante com os anos. — Manuela respondeu irônica.
— Obrigada pela observação. Agora a gente pode conversar sozinho ou não? — ele falou com sarcasmo.
— Nós não temos nada para conversar e se você ainda não entendeu isso não há nada que eu possa fazer por você. — ela respondeu encarando Mateus — Por favor rapazes, acompanhem esse senhor até a saída. — Manuela falou para os seguranças.
— Eu não vou desistir. — Mateus falou se levantando — Não interessa que mentiras a Julia possa inventar ou que fantasias ela vai criar para te convencer que eu sou o vilão dessa história e vocês as duas injustiçadas, não é bem assim que as coisas funcionam. Essa conversa não vai terminar aqui. — ele falou olhando nos olhos de Manuela — Eu sei o caminho. — ele disse para o segurança que colocou a mão no seu ombro.
Quando Mateus saiu da sala Manuela se sentou tentando controlar a respiração. A vontade que ela tinha era de quebrar tudo, o que não era um bom prognóstico do seu estado de espírito. Ela respirou fundo e reparou que Willian tinha saído junto com os outros, provavelmente para ter certeza que Mateus ia mesmo embora.
A publicitária se levantou e caminhou até a janela. A adrenalina do embate rápido com Mateus demoraria para passar. Manu estava totalmente incrédula da petulância daquele homem e ainda mais irritada por ter sido pega de surpresa pela segunda vez naquela semana. Não bastava o reencontro com Julia, agora ela também tinha o surgimento repentino de Mateus em seu escritório. Por mais resoluta que ela estivesse em agir como se a volta de Julia não afetasse a sua vida, somente o seu desejo não ia ser suficiente se as coisas continuassem por aquele caminho.
Manuela caminhou até a mesa para se servir de um pouco da água que havia sobrado da reunião. Depois de pegar um dos copos ela se virou para a janela e permaneceu olhando para fora tentando encontrar algum sentido em tudo que estava acontecendo. Foi inevitável não pensar que Julia estava em algum lugar daquela cidade naquele momento, era assustador para a publicitária pensar na proximidade física que existia entre elas agora. Era como se a qualquer momento ela pudesse esbarrar com Julia por aí. Manuela ouviu algumas batidas na porta e achou que fosse algum funcionário. Quando ela ouviu a voz que a chamava, seu coração quase parou, ironicamente a proximidade era ainda maior do que ela podia imaginar.
Fim do capítulo
Oi, gente! Mais um capítulo para apreciação de todas vocês.
Eu estou dando um relida em toda a história agora que voltei a postar aqui e é impressionante como eu escrevia naquela época, as escolhas criativas que eu fiz pra todos as personagens e como eu leio isso tudo agora. Agradeço muito todos os comentários e a gentileza de vocês lerem. Enfim, ainda não chegamos nem na metade, mas a minha gratidão por vocês já é imensa.
Beijo em todas e bom resto de sábado. ♥
P.S.: Pra quem, como eu, sofreu com o vôlei femino hoje: choremos abraçadas, mas lembrando que as olimpíadas estão chegando e o tri vem aí! :)
Comentar este capítulo:
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]