Festa
— Ainda não superei o fato de vocês terem mudado o lugar da festa sem ter me contado. — Pedro reclamava mais uma vez.
— Amor, a gente já está aqui. Chega. — Willian falou irritado.
Os dois haviam acabado de entrar no salão de festas onde aconteceria a celebração do aniversário de Silvia. Pedro não parava de reclamar sobre a mudança do local da festa, da qual só ficou sabendo dois dias antes do evento. Willian e Silvia decidiram mudar a comemoração da mansão da advogada, no Morumbi, para um salão de festas no mesmo bairro. Pedro não gostou de ser informado tão em cima da hora, mas Silvia havia justificado que a mudança foi necessária pelo número de convidados e a quantidade de trabalho que isso ocasionaria em sua casa.
— Chega? Você e a minha mãe estão na minha listinha. — o rapaz respondeu enquanto caminhava entre as mesas, tentando encontrar Silvia.
— Quantas vezes eu vou ter que te explicar que foi uma mudança necessária? — Will questionou exasperado.
— Quer saber, vamos mudar de assunto. Já estou cansado dessa sua ladainha que foi tudo de uma hora para outra. Ninguém faz tudo isso — o rapaz indicou o salão com um aceno — com apenas três dias. Me poupe!
Willian não argumentou e nem poderia, Pedro andou apressado a sua frente e ele ficou sem saber como reverter a situação com o namorado. Afinal não era culpa de Willian que Silvia não quisesse que o próprio filho soubesse os detalhes da sua festa de aniversário. Sem outra opção ele seguiu o namorado até onde ele estava parado próximo a Amanda e Isabela, que aparentemente também haviam acabado de chegar.
— Olá, meninas. — Will disse ao chegar perto deles.
— Oi. — elas responderam ao cumprimento do amigo.
— Tudo bem? — foi Amanda quem perguntou.
— Sim. Ainda não achamos a Silvia. — Will respondeu.
— Olha ela lá. — Isa respondeu apontando para o outro lado do salão.
Silvia já havia visto o grupo do filho e tentava chegar até eles, mas seu caminho era interrompido a todo momento por algum convidado querendo cumprimentá—la.
— Duvido que a mamãe consiga chegar até aqui antes do próximo aniversário. — Pedro falou olhando para mãe.
— Também acho. Vamos ocupar essa mesa e esperar, agora que ela já nos viu. — Isa sugeriu.
— Boa ideia, amor. — Amanda falou se juntando a Isabela enquanto ela se sentava.
Os rapazes acompanharam as duas.
— E a Manu? — perguntou Will.
— Eu ia te fazer a mesma pergunta. Ela não foi ao escritório ontem? — Amanda falou.
— Foi. Quando nós nos despedimos eu perguntei se ela viria com você e ela me respondeu que vocês iam combinar isso hoje.
— Então eu acho que ela não vem mesmo. — disse Amanda.
— Ninguém falou com ela hoje? — perguntou Isa.
Os três responderam não juntos.
— Mas eu acho que ela não faria isso com a mamãe. Elas são muito amigas. — falou Pedro.
Nesse momento um garçom chegou trazendo uma bandeja com bebidas e os interrompeu. Amanda ficou pensando se Manuela apareceria ali sabendo que encontraria Julia, mas não teve certeza nem que sim, nem que não. A decisão de Manuela era uma incógnita, ao menos para os quatro sentados naquela mesa.
**
Silvia chegou à mesa em que Pedro, Willian, Amanda e Isabela estavam sentados com um sorriso de alegria em ver todos ali. Os quatro riam de alguma coisa quando repararam na aproximação da anfitriã da festa. Pedro foi o primeiro a cumprimentá-la.
— Parabéns, mamãe. — ele disse enquanto os dois se abraçavam.
— Obrigada, meu amor. — ela respondeu com um sorriso.
Os outros também a abraçaram e a parabenizaram antes dos cinco se sentarem.
— O que estão achando dessa pequena reunião? — Silvia questionou.
— Pequena? — Pedro falou com uma sobrancelha levantada.
— Eu sei bem o que você vai dizer. Por isso não te falei que seria aqui.
— Acho melhor nós termos essa conversa depois, mamãe. Em particular.
— Ótimo. Vamos aproveitar a festa e você reclama depois. — todos riram da cara que Pedro fez.
— A Julia não vem? — Pedro mudou de assunto.
— Ainda não chegou, mas garantiu que virá. Bom que ela conhece todo mundo.
Pedro olhou de esguelha para Amanda.
— O que me lembra da Manuela. — Silvia continuou.
— O que tem a Manu? — perguntou Amanda.
— Ela me ligou hoje mais cedo e disse que não poderia vir.
— Ela disse por quê? — questionou Isa.
— Ela teve que viajar para Belo Horizonte para resolver alguma coisa, mas disse que volta ainda essa semana. Ela não me explicou o que era, só disse que quando voltar para São Paulo virá falar comigo pessoalmente.
Ninguém disse nada.
— Achei que vocês saberiam por que ela teve que viajar. — Silvia falou.
— Não deve ser nada sério. Se fosse ela teria falado com um de nós. — Amanda disse.
— Certamente era algo importante. — Silvia disse se levantando — Julia chegou, vou recebê-la.
Os quatros olharam para a entrada e viram Julia andando em direção à Silvia, a quem cumprimentou com um abraço. Pedro olhou para Amanda.
— O que faremos? — questionou.
— Nada. — ela respondeu vendo Silvia conduzir Julia para onde eles estavam.
Pedro não havia contado a Julia sobre Manuela, mas sabia que naquele momento ele não tinha escapatória. Quando a prima visse Amanda, ele teria que explicar a ela toda a história. Pensando bem, parecia melhor ele ter Amanda ao seu lado quando fosse conversar com Julia, seria mais fácil ela perceber o abismo que havia entre ela e Manu se isso fosse dito pela melhor amiga da publicitária.
**
Julia sorriu para Silvia assim que a viu acenando dentro do salão.
— Parabéns, titia. — ela disse enquanto abraçava Silvia.
— Obrigada, querida. Acho que ninguém me chama assim além de você, sabia!? Desde criança, aliás.
Julia sorriu.
— Você já era a minha preferida naquela época. — Julia brincou.
— Que os meus outros sobrinhos não me ouçam, mas você também já era a minha. — Silvia disse e gargalhou — Venha, vou te levar até o Pedro.
As duas foram caminhando entre as pessoas, sorrindo e parando quando alguém tinha algo a falar com Silvia. Julia ainda não tinha chegado à mesa que seu primo estava quando reparou nas pessoas sentadas junto com ele. Ao seu lado direito estava um rapaz aproximadamente da mesma altura que ele com cabelos escuros, terno cinza e blusa azul, a esquerda uma mulher também de cabelos escuros curtos e arrepiados usando um vestido preto com bolinhas brancas, mas só quando ela olhou para a outra mulher sentada à mesa, e reparou que ela acompanhava a sua aproximação com os olhos, foi que se assustou. Amanda usava um vestido preto que realçava seus cabelos loiros e seus olhos azuis. A mulher encarava Julia enquanto ela andava em direção à mesa, quando as duas se olharam nos olhos a arquiteta hesitou.
Silvia não reparou na hesitação de Julia, estava ocupada pegando uma taça na bandeja do garçom que passava, para entregar à sobrinha. Julia pegou o drinque e bebeu um gole tentando se recuperar do choque de reconhecer Amanda. Quando as duas finalmente chegaram à mesa, Julia não sabia como agir.
— Deixe-me apresentar a vocês minha sobrinha. — Silvia começou — Julia Campana, esses são Willian Debortoli, meu genro maravilhoso. — Julia cumprimentou o rapaz — Isabela Barcellos, amiga mais que querida. — Julia também a cumprimentou — E por último, mas não menos importante, a espetacular doutora Amanda Albuquerque.
As duas se olharam antes de se cumprimentar. Diferente dos outros dois, a quem cumprimentou com os tradicionais dois beijinhos no rosto, com Amanda ela simplesmente trocou um aceno de cabeça. Amanda falou primeiro.
— Você que é excepcional, Silvia. Como vai, Julia?
— Tudo bem e você?
— Tudo ótimo.
As duas voltaram a se encarar.
— Oi, Julia. — Pedro disse tentando dissipar o clima estranho que se estabeleceu.
— Oi. — ela falou olhando para o primo.
— Vou deixar a Julia com vocês e dar atenção aos outros convidados. — Silvia falou sem perceber o clima instaurado entre eles — Se divirta, meu bem. — ela disse para Julia e depois se virou para os outros — Com licença, meus queridos. — falou antes de se retirar.
Todos ainda estavam de pé. Julia olhava de Pedro para Amanda sem saber o que dizer. Pedro reparou que aquele era o momento.
— Melhor nós três conversamos em um lugar mais reservado. — ele disse para Amanda e Julia.
Willian e Isabela ameaçaram protestar, mas Amanda não deixou.
— Outra hora. — ela disse olhando para os dois — Para onde, Pedro?
— Will? — o rapaz questionou o namorado.
— No segundo andar tem uma sala. Acho que lá dá para conversar mais tranquilamente. — Will falou percebendo a seriedade do momento.
— Nós voltamos logo, tudo bem? — Amanda falou olhando para Isa.
— Ok. — ela respondeu e, depois de beijar o rosto da esposa, Amanda acompanhou Pedro e Julia.
Julia não conseguia dizer nenhuma palavra. Várias possibilidades passavam pela sua cabeça sobre a presença de Amanda ali, mas nenhuma fazia sentido. Quando eles entraram no lugar que Willian indicou, Julia ainda tentava digerir aquela situação estranha.
— Deve ser aqui. — Pedro falou dando passagem para as mulheres também entrarem na sala que parecia uma espécie de camarote com alguns sofás e cadeiras disposto em volta de uma mesa baixa. De dentro eles conseguiam ver o salão lá embaixo através de uma janela de vidro espelhado.
Amanda foi a primeira a se sentar, Julia ainda parecia tentar realizar a situação e Pedro não fazia ideia de como começar a explicar as coisas para a prima. Pedro se sentou na poltrona ao lado da que Amanda ocupava e olhou a prima parada de pé ainda próxima a porta.
— Senta, Julia. Nós vamos explicar as coisas para você. — Amanda falou com seriedade.
Julia caminhou até o sofá e se sentou de frente para os dois, o rosto da arquiteta era uma mistura de confusão, medo e expectativa.
— Pedro? — Amanda olhou para o amigo.
— Tudo bem, vamos lá! — o rapaz tentou parecer relaxado — Direto ao ponto. Amanda e eu somos amigos, muito próximos, e fazemos parte da vida um do outro. Eu sei que vocês já se conhecem, do passado, o que dispensa explicações, mas certamente gera várias perguntas. Bem, é isso.
Amanda olhava para o amigo balançando a cabeça em concordância ao o que ele dizia.
— Só isso? — foi a primeira coisa que Julia conseguiu dizer.
— Sim. — foi Amanda quem respondeu.
— Ótimo. Então nós podemos voltar para a festa e deixar como está. Eu não quero atrapalhar o aniversário da tia Silvia. — Julia fez menção de se levantar, mas ficou paralisada pelas palavras de Amanda.
— Lembra quando você costumava ser namorada da minha amiga e a gente se via quase sempre, às vezes até saíamos juntas? Quando nós compartilhávamos o mesmo cuidado por essa minha amiga, que nós duas chegávamos a ser amigas? — Amanda falava em tom tão duro que Pedro não reconheceu a amiga — Na verdade eu acho que nós tínhamos muitas coisas em comum, eu gostava de você. Mas, e sempre tem um mas, você decidiu fazer tudo que fez e agora você resolveu voltar. Por isso aqui estamos nós. E a razão pela qual você não vai sair dessa sala é a resposta pra pergunta que você está se fazendo desde que me viu naquele salão.
Julia não se assustou com o tom de Amanda, na verdade ela já esperava por isso, o desejo de sair daquela sala o mais rápido possível e deixar para questionar Pedro quando os dois estivessem sozinhos era justamente por não querer enfrentar Amanda. Julia não podia garantir que sairia inteira daquele embate.
— Você se lembra de quem você costumava ser antes de se tornar uma traidora? — Amanda finalizou.
Julia não respondeu e Amanda não precisava de uma resposta. As duas se encaravam e Pedro podia sentir a tensão entre elas no ar. O rapaz teve naquele momento a perspectiva de que a situação de Manuela após o término com Julia devia ter sido muito séria, só algo de uma natureza muito complexa deixaria Amanda, sempre gentil e conciliadora, com uma raiva tão grande como a que ela aparentava naquele momento.
— Não tente negar o óbvio, Julia. — ela continuou — Vamos evitar a protelação e falar sobre o que realmente interessa. Sim?
— Me parece não haver alternativas, não é mesmo? — Julia falou seca.
— Pedro, nos deixe a sós, por favor. — Amanda falou se virando para Pedro.
— Eu não acho que essa seja uma boa ideia. — o rapaz respondeu, pego de surpresa.
— Vai ser melhor assim, Pedro. — Julia falou.
— Como assim melhor? Não sei se é uma boa deixar vocês duas aqui sozinhas.
— Tem mais alguma coisa que você queira falar pra Julia sobre a nossa relação? — Amanda perguntou calmamente.
— Não. Quer dizer, não sei. — o rapaz disse.
— Deixe a gente conversar agora e depois você pode explicar tudo que quiser pra ela.
— Não, Amanda. Eu quero ficar.
— Pedro, por favor. É melhor assim.
Os dois se olhavam, Pedro tentando entender o porquê de ter que sair da sala para as duas conversarem. Amanda sem querer contar que achava que Julia seria mais sincera sem o primo ali.
— Pedro, pode ir. Eu e a Amanda somos adultas, nós só vamos conversar. Acredito que você saiba melhor do que eu o quanto a doutora aqui — Julia apontou para Amanda — preza o diálogo. E nós temos mesmo que conversar, dada a minha descoberta da amizade de vocês. Eu também prefiro que a gente faça isso sozinhas. — Julia argumentou.
— Volte para a festa da sua mãe. A gente não vai demorar. — Amanda finalizou.
Pedro se sentiu encurralado. Não gostava da ideia de ser colocado de lado por Julia mais uma vez. Ainda resistindo ele se levantou e deixou a sala. Sozinhas, Amanda e Julia se olharam nos olhos antes de voltar a falar.
— Eu espero sinceramente que você e o Pedro se acertem. Ele realmente sente a sua falta. — o tom de Amanda era calmo.
— E eu a dele, mas algumas coisas não são fáceis.
— Elas nunca são. Desde que você voltou ele tem andado sem saber como agir, mas acredito que ele sempre soube que no fim das contas vocês vão se acertar.
— Fico feliz em saber disso, você deve saber o que diz. Vocês me pareceram muito amigos. — Julia disse.
— Uma cumplicidade adquirida com a convivência. Ainda assim é da melhor amiga, que ele só encontrou em você, que ele sente mais falta.
— Eu vou fazer o que for preciso para merecer a confiança dele outra vez e voltar a ocupar esse lugar na vida dele. — Julia respondeu com convicção.
— Muito bem. Voltando ao assunto anterior. — Amanda voltou a ficar séria — Eu vou te explicar algumas coisas e espero que a gente consiga resolver essa situação.
— Ok. Estou ouvindo. — Julia disse também séria.
— Eu e o Pedro nos tornamos amigos quando ele começou a namorar o Will, que está em minha vida há mais tempo. — iniciou Amanda — O Pedro foi uma grata surpresa para todos nós, além de trazer a Silvia junto, que também é uma querida. Ele certamente vai te explicar melhor todos os detalhes. O fato é que o Pedro não é só meu amigo, ele também é muito amigo da Manuela.
— E isso responde a minha pergunta. — Julia a interrompeu um pouco nervosa ao escutar o nome da ex.
— Sim. Você queria saber se a Manuela é amiga do Pedro também, bom, ela é.
— E porque ele não me contou isso antes? — Julia falou se levantando e tentando dissipar os sentimentos que a ameaçavam toda vez que o assunto era Manuela.
Amanda observou as reações de Julia, era fato que o nome Manuela a incomodava profundamente. A médica não queria deixar que o seu próprio ressentimento nublasse o seu discernimento, como no começo da conversa, era por Manu que ela estava ali e era pela amiga que ela havia resolvido intervir diretamente. Aquela conversa com Julia tinha dois propósitos: sondar a arquiteta e descobrir porque Mateus havia procurado Manuela. Pedro até estava tentando descobrir alguma coisa, mas o rapaz ficava dividido entre espionar a prima, proteger Manuela e restabelecer a relação com Julia. Não era fácil.
— Acredito que ele tenha feito um acordo com a Manu. — ela falou com suavidade.
— Então ela sabe que eu voltei? — Julia falou em um fio de voz, encarando a janela e as pessoas que andavam pelo salão de festas lá embaixo.
— Sim.
Julia não falou nada, simplesmente voltou a se sentar tentando encontrar algum equilíbrio depois daquela informação. Ela sabia. Manuela sabia que Julia estava de volta.
— E você é capaz de realizar o quanto isso é complexo, Julia? — Amanda continuou.
— Ela ainda vive em São Paulo?... Como? ... Eu... Eu não sei o que... — Julia tentou falar, mas não sabia o que dizer.
— É claro que você não sabe. — Amanda a cortou — Você escolheu não se importar com isso seis anos atrás.
As duas se encararam por alguns segundos.
— Olha, Amanda, eu sei que você tem todo direito de me odiar. É só que as coisas não são assim tão fáceis quanto parecem. — Julia tentou se defender.
Amanda respirou fundo.
— Minhas opiniões são irrelevantes nesse momento, Julia. Não foi por isso que eu vim até aqui. O que eu quero saber é o que você pretende?
— Como assim o que eu pretendo? — Julia falou olhando para Amanda.
— Você voltou para cá, mas voltou por quê?
Julia não foi capaz de responder. Ela sabia que Amanda estava em busca de uma resposta, não, de uma certeza de que ela havia voltado para procurar Manuela. A questão é que Julia não admitia isso nem para si mesma. Ela poderia ter escolhido qualquer cidade do Brasil, a escolha mais certa teria sido o Rio de Janeiro, afinal tinha vários familiares lá. A desculpa que ela deu a si mesma era a de que se não podia ter Manu de volta, pelo menos podia reviver as memórias sempre que visitasse os locais em que haviam estado juntas. Além de São Paulo ser sua cidade favorita no mundo por uma razão simples: era o lugar onde havia conhecido Manuela. Depois de tudo ela estava ali, tendo que permitir a ideia de que nunca seria capaz de superar a falta de Manuela em sua vida e que estar naquela cidade, o mais próximo que ela estaria dela outra vez, era melhor que a perspectiva de viver separada dela por um oceano de distância.
Fim do capítulo
Mais um pra poder acabar com o suspense ou aumentar né!?
Beijo pra todas e muito obrigada pelas leituras e comentários.
Amanhã tem mais. ♥
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