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A Detetive por Isis SM

Ver comentários: 3

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Palavras: 3838
Acessos: 817   |  Postado em: 12/06/2024

Notas iniciais:

Esse capitulo me doí ate para revisar

Capitulo 54

Capítulo 54

 

Qual é o meu nome?

 

 

Rubí

 

A equipe de investigação que estava acompanhando meu caso havia chegado à casa Lisa há poucos minutos e se dedicavam a montar os aparelhos para a operação, a ideia era tentar rastrear a localização nem que fosse aproximado do sequestrador a partir da ligação, meu único trabalho era mantê-lo na linha por tempo suficiente para que o aparelho fosse o mais preciso possível. Há horas eu só conseguia pensar em nomes de suspeitos que me odiasse o suficiente para conseguir orquestrar algo nessa magnitude, fiz lista de suspeitos que foram soltos recentemente e de familiares de suspeitos que eu havia prendido mais recentemente, a equipe que agora estava no apartamento os estavam investigando e meus amigos também em sigilo.

Para ser honesta eu não conseguia confiar em ninguém no DP que fosse mandado por meu antigo chefe o que tornava os oficiais ali presentes todos incompetentes, se eram homens de confiança daquele boçal no máximo eram agentes medíocres e no mínimo incompetentes, enquanto a equipe se movimentava e traçava roteiros que eu poderia usar na conversa eu apenas me concentrava em nomes mais prováveis, não queria pensar na possibilidade de errar e o que isso acarretaria a meu filho e minha irmã, meus pensamentos foram interrompidos com a entrada afoita de Lisa no apartamento.

_Ah vocês já chegaram e aí como estão pessoal? Aceitam alguma coisa? Podem ficar à vontade!

Lisa parecia meio sem jeito e foi direto para seu quarto parecia quase decepcionada por não ter chegado antes, pouco tempo depois recebi uma mensagem em meu novo aparelho e ao conferir estranhei ser justamente de Lisa.

Ser estranho: Não confie neles são agentes de confiança de Terry e tenho meus motivos para achar que ele pode estar envolvido nessa situação toda!

Eu: Não se preocupe eu jamais confiaria no pessoal dele, o que você descobriu? Por mais que eu o odeie, acusá-lo de ser cúmplice de sequestro sem provas concretas seria o fim de nossas carreiras.

Ser estranho: Eu sei, ainda estou investigando, mas não vamos descartá-lo ainda por enquanto apenas seguimos com pé atrás com eles.

Finalizei nossa conversa com um simples ok, se Terry tiver algum dedo nessa história eu juro por tudo que é mais sagrado que vou perder meu réu primário por que eu mesma vou matá-lo com minhas próprias mãos, antes que eu colocasse o telefone no bolso recebi a ligação de Carolina e preferi atender longe dos ouvidos curiosos dos agentes então mesmo estando congelando fui para a varanda a atendendo após me certificar que a porta de vidro estava fechada e não havia ninguém prestando atenção em mim, Lisa havia voltado para sala e tornava a conversar com todos e assim tirando o foco de mim.

_Oi meu bem, aconteceu alguma coisa?

_Oi amor, está tudo bem só queria ouvir sua voz.

 Carolina parecia estranha, o que me deixou imediatamente alerta.

_Carolina sei que tem algo errado o que foi? – Insisti.

_Eu... Por favor, promete que não vai fazer nenhuma besteira?

_Não sei se posso prometer algo assim... – E não poderia mesmo, meus nervos já estavam no limite e manter o controle é algo que não poderia prometer.

_Rubí, por favor, promete para mim, eu nem iria te contar, mas sua mãe contaria de qualquer forma e prefiro que você saiba por mim, mas não quero que isso te tire o eixo agora temos algo mais importante que isso para nos preocupar então prometa para mim! – Senti na voz de Carolina que ela falava muito sério e não tive como negar algo a ela nesse momento.

Respirei fundo e me concentrei na cidade quase toda branca tomada pela neve, seria lindo se estivéssemos em outro momento, depois de alguns minutos em silêncio a respondi positivamente.

_Está bem! Eu prometo agora me conte o que houve.

Ouvir tudo que Carolina me contou sobre a visita de Mônica e ainda ter que manter minha compostura foi à coisa mais difícil que eu fiz levando em consideração tudo que eu estava passando e sentindo naquele momento, mas não saber seria bem pior afinal me deixava pronta para qualquer embate que eu poderia ter com a ex de minha namorada e ouvir qualquer provocação de Mônica na altura do campeonato não seria nada bom para ela. 

_E como você está depois de tudo isso? – Perguntei realmente preocupada.

_Amor não se preocupe Mônica é a última coisa com que estou preocupada nesse momento, mesmo com todo esse assédio dela não é com ela que estou preocupada agora, é com você, por isso que não quero que tome nenhuma providência ou satisfação não vale à pena. 

A voz doce e carinhosa de Carolina me abalou e tive que concordar com ela que Mônica não era a nossa prioridade, não agora pelo menos. Desligamos e eu precisei de mais um minuto observando a cidade antes de entrar limpando a neve que começava a se acumular no meu cabelo, Lisa me questionou se eu estava bem e prometi que depois conversaríamos com calma ela apenas concordou e me entregou uma dose de uma bebida que pelo cheiro imaginei que fosse conhaque, ela parecia saber que eu precisava muito de uma distração e a bebida caiu como uma luva.

A espera pela ligação se estendeu para além do horário combinado, mas aconteceu e todo meu corpo gelou ao ouvir o toque do meu antigo celular, todos na sala pareciam segurar a respiração quando me sentei e com a mão trêmula o peguei na mesinha de centro. Um agente se colocou perto conectou e ajustou o aparelho rastreador no meu celular e me deu o sinal para atender no viva voz.

_Alô!  - Tentei disfarçar minha voz trêmula pigarreando, mas acredito que foi em vão.

A voz do outro lado era robótica e grossa, dificultando seu reconhecimento.

_Boa noite detetive, como está nessa linda noite fria de dezembro? Já comprou os presentes de Natal? _ O que foi? Não teve tempo de perguntar ao seu filho ou a sua irmã o que eles queriam?

_Olha eu não sei o que eu te fiz, mas isso é pessoal então por que não resolvemos isso de uma vez? É a mim que você quer, não é? – Falei já sentindo minha voz vacilar.

_ Ora Rubí e que graça teria se o meu prazer é ver você sofrer? É sentir esse desespero de saber que pode não ver alguém que ama voltar para casa em segurança! Minha satisfação detetive Valdez é saber que um erro seu pode custar à vida de um deles! Isso não tem preço! – A voz parecia vibrar em plena satisfação a cada frase.

_Você é um miserável covarde! Eles são apenas crianças seu cretino! – Falei quase gritando, manter a calma estava sendo impossível, todo meu corpo doía com a ansiedade. _ Como vou saber que eles ainda estão vivos se seu prazer é me torturar? – Perguntei na esperança de ouvir um deles e ter certeza de que estou falando com alguém que realmente está com eles.

_Sou um homem de palavra, mas você está certa e como estou me sentindo muito benevolente hoje vou deixar você ouvi-los.

Meu coração acelerou ao perceber que ele estava se movimentando ouvi ao fundo ele mandar alguém abrir algo e pelo barulho de fundo fazia lembrar algo metálico se abrindo, ele chamou alguém e falou algo, mas não entendi nada, logo em seguida uma respiração forte e frequente se aproximou do aparelho e a voz infantil de Arthur encheu o apartamento.

_Alô?

_Grande Herói? É você meu amor? – Falei já sentindo a voz embargar e as lágrimas rolarem por meu rosto.

_Mamãe? – Disse Arthur choroso.

_Sou eu sim, você está bem? Sua tia está com você? – Falei quase desesperada.

_Mamãe eu quero ir “pa casa” eu quero você e a momy, vem me buscar. –falou o menino chorando partindo meu coração.

_Eu vou meu amor eu prometo, você confia em mim? – Falei tentando não soluçar ao ouvir meu filho me chamar de mãe pela primeira vez.

_Aham, confio.

_ Então tenta não chorar por que eu sempre cumpro minhas promessas está bem?

_ “Tá” bom, vem logo!

Antes que pudesse responder a voz disse algo como “já chega” e “agora você e não tente nenhuma gracinha”, mas não tenho certeza à conversa parecia longe, a voz de Dália saiu contida e eu dei graças a Deus por ela estar viva.

_Rubí? – A voz de Dália saiu rouca.

_Lia, sou eu vocês estão bem?

_Na medida do possível, o que ele quer com a gente? Pierre, ele... – Ela tentou continuar, mas sua voz travou em um soluço.

_Lia, me escuta vai ficar tudo bem eu vou dar um jeito para salvar vocês eu... – Antes que eu concluísse a voz voltou a falar no telefone.

_ Agora já chega, viu como sou um homem de palavra? Agora é a sua vez detetive, já sabe o meu nome?

Eu não sabia.

_Se eu errar o que você vai fazer? – tentei ganhar mais tempo.

_Não sei, talvez te mande um pedaço de algum deles, ou o corpo inteiro vai saber, vai depender do meu estado de espírito. - Disse antes de soltar uma pequena risada. _ E então me diga um nome, agora antes que eu mate os dois pela demora. – Disse irritado.

Engoli a seco e disse o primeiro nome da minha extensa lista de suspeitos, por um ou dois minutos ele ficou quieto antes de soltar uma grande gargalhada que fez meus ossos tremerem não por medo dele, mas do que meu erro poderia causar, olhei para um dos agentes e ele me mostrou que precisava de mais 5 minutos com ele em linha para concluir o rastreio, fechei meus olhos ouvindo sua gargalhada sádica e torcendo que ele se perdesse naquilo, mas se havia alguém no universo que ditava as regras de nossa vida esse alguém me odiava e o desgraçado apenas respirou fundo talvez para se recompor antes de voltar a falar.

_Errou feio, acho que você talvez não seja uma detetive tão boa assim, não é? Nos falamos em breve Rubí Valdez.

_Espera eu... – Antes que eu tentasse contestá-lo ele havia desligado.

Eu estava paralisada, senti Lisa falando comigo e um dos detetives conversando com ela, mas meus ouvidos mantinham um zumbido ensurdecedor, a única coisa que passava pela minha cabeça era que mais uma vez um passo em falso meu pode ter tirado de mim mais do que eu poderia suportar, minhas pernas tombaram no sofá e me sentei tremula, eu nem tinha percebido que havia levantado abaixei minha cabeça e entrelacei meus dedos nos cabelos para tentar aliviar o desespero que havia se instalado dentro de mim. Eu não tinha percebido que chorava até sentir meu corpo soluçar, quando Lisa se colou ao meu lado e me puxou para um abraço apertado eu apenas desmoronei. Por um momento eu só queria trocar de lugar com eles eu nunca senti tanta culpa por ser policial, por seu eu mesma, talvez minha mãe tivesse razão afinal.

Depois de longos minutos de um choro doloroso e continuo me separei de Lisa, sentia que iria vomitar e apenas corri para o banheiro mais próximo e vomitei tudo que nem sabia que tinha no estômago, quando terminei lavei meu rosto e enxaguei minha boca com enxaguante bucal e tentei voltar a respirar de forma normal, minha pressão estava caindo eu podia sentir meu corpo frágil. Lisa me ofereceu uma toalha de rosto e depois de voltar ao sofá é que percebi que estávamos sozinhas só não sabia até que ponto os agentes haviam testemunhado de meu descontrole, mas pouco me importava naquele momento, depois de longos minutos tentando me recompor de olhos fechados comecei a sentir minha cabeça, doía tanto que parecia que iria explodir.

_Lisa? Você tem algo para dor de cabeça? – falei ainda de olhos fechados, de alguma forma eu sabia que ela estava por perto.

_Eu vou pegar, já volto.

Assim que ela voltou mal olhei o comprimido e tomei com um pouco de água gelada que foi um alívio para minha garganta afetada por minha crise de vômito, esperei que Lisa dissesse algo, mas pela primeira ela nada disse e depois de um tempo de silêncio senti minha consciência me deixando e eu apenas me deixei ir.

 

 

Lisa

 

Durante toda a conversa com o sequestrador eu fui tomando nota de tudo que achei relevante eu sabia que Rubí não poderia lidar com detalhes agora eu mesma nem sabia da onde estava tirando foco, assim que a ligação se encerrou eu fiz questão de dispensar os agentes prometendo que me encarregaria da cópia da ligação gravada à última coisa que eu queria era que eles reportassem a fragilidade de Rubí e como o esperado não tardou para ela perder o controle e assim que a abracei ela desmoronou em um choro tão dolorido que não pude dizer nem fazer nada a não ser abraçá-la e ajudá-la como consegui, sendo a amparando após vomitar a alma ou lhe dando um calmante para que dormisse um pouco. Nunca pensei que passaríamos por isso, eu não tive tempo suficiente para conhecer minhas irmãs e temia perdê-las antes que tivesse essa oportunidade, na verdade eu nunca senti tanto medo em toda a minha vida.

Rubí dormiu por quase 10 horas direto, eu não iria trabalhar pela manhã nem que me obrigassem preparei um café forte e outras coisas para que ela recuperasse as forças e assim que ela surgiu na sala de jantar já de banho tomado percebi o quanto estava abatida, seus olhos estavam vermelhos o único sinal que havia chorado novamente, eu mal havia conseguido dormir passei a noite a vigiando e cochilando, se não fosse a cafeína que eu ingeria eu nem sei o que seria de mim naquele momento.

_Bom dia, café? – Ofereci a xícara a Rubí que se aproximava da mesa onde eu estava.

_Obrigada, o que você me deu ontem? Eu apaguei nem sei como cheguei à cama. – Disse ela se sentando e com a voz quase em um sussurro.

_Foi um calmante que meu pai me recomendou uma vez, não tem muitos efeitos colaterais, mas te apaga, achei que você precisava descansar depois de tudo e você não iria aceitar se eu oferecesse. – Falei comendo um pouco da salada de frutas que estava disposta a mesa junto com pães, queijos, torradas e geléia.

_Nunca pensei que iria agradecer em ser dopada, obrigada... Você me levou para cama também? – Perguntou depois de beber seu café.

_Sim, foi meio patético porque carregar alguém desacordado é bem mais difícil do que parece, mas no final deu tudo certo, como se sente?

_Como se um carro tivesse me atropelado, mas estou bem obrigada de novo por tudo que tem feito. – Falou sem me encarar.

_Não se preocupe, não foi nada.

_Os agentes... Eles viram algo? - Ela parecia envergonhada.

_Não, eles já haviam ido embora, mas mesmo que tivessem visto não tem pelo que sentir vergonha Rubí, estamos passando por algo inimaginável não tem como julgar nenhuma atitude ou sentimento que vamos sentir, aguentamos o que dá e como dá para suportar.

Falei de forma carinhosa não sabia se ela aceitaria algum contato físico, mas queria que soubesse que eu estava ali, Rubí me encarou por um breve momento e apenas assentiu antes de voltar a tomar café, mas percebi um olhar mais úmido do que o normal, depois de nossa breve conversa tomamos café em um silêncio quase confortável e depois nos dedicamos a montar nosso quadro de investigação no meu escritório achamos que seria melhor manter tudo em um lugar só e longe da vista dos agentes que viessem ao apartamento. Eu colocava anotações no quadro quando Rubí abriu a porta com alguns relatórios de suspeitos que estávamos investigando antes.

_Sabe eu fico revivendo a conversa com aquele miserável e uma coisa não sai da minha cabeça. – Disse se sentando na cadeira da escrivaninha.

Parei de escrever para prestar atenção no que ela dizia.

_O que é?

_Quando ele foi chamar Arthur para falar comigo eu ouvi um som de porta de metal abrindo e pelo barulho poderia estar enferrujada e o som também parecia abafado.

_Bom poderia ser tantos lugares, olhei para o mapa da cidade que eu deixava preso na parede oposta ao quadro de investigações. _Pode ser um porão velho, alguma fábrica, armazém, galpão e todas as opções são inúmeras na cidade. – Voltei minha atenção a ela.

_Eu sei, se tivéssemos alguma pista de quem é o sequestrador poderíamos diminuir as opções, ou se aquele aparelho inútil tivesse conseguido mapear pelo menos um raio que fosse. – Disse Rubí remexendo os papéis em busca de algo que tivéssemos deixado passar.

Continuamos a especular por mais um tempo até ouvir meu celular tocando, assim que olhei no visor meu coração deu uma leve acelerada, meu pai só me ligaria se Pierre acordasse ou não tivesse resistido e eu torcia que fosse a primeira opção.

_Oi pai o que houve?

_Oi filha, poderia vir ao hospital?

_Claro, mas o que aconteceu? Pierre...

_Ele está melhor e acabou de acordar ainda está meio tonto, mas achei que iria gostar de vê-lo.

Eu nem acreditei no que havia acabado de escutar, agradeci a meu pai e contei a novidade para Rubí que não pensou duas vezes em se arrumar par ir até o hospital comigo, ela foi de carro e eu de moto já que de lá eu iria direto para o trabalho. Chegamos e fomos recebidas por meu pai perto da recepção ele autorizou que nós duas entrássemos desde que não o pressionasse muito, ele ainda estava em recuperação e precisava se manter estável.

 O quarto estava silencioso e Pierre estava de olhos fechados, mas assim que ouviu os movimentos de nossa chegada ele nos encarou aparentemente assustado aliviando a expressão ao nos reconhecer, me aproximei da cama e alisei delicadamente seus cabelos e sorri para meu amigo que se emocionou ao me ver, seu rosto ainda estava meio inchado e com escoriações, um colar no pescoço impossibilitava seus movimentos, mas ele estava vivo e era isso que importava.

_E aí Pepe te deram uma bela surra irmão eu disse para não se meter em jogos ilícitos. – Disse brincando para evitar chorar o fazendo sorrir por entre as lágrimas.

_Oi Pierre, consegue conversar? – Disse Rubí se colocando no campo de visão dele.

_Oi Rubí... Eu sinto... Muito... Eu tentei, mas eles... – Pierre tentava falar, mas sua voz saia arrastada e seu choro não ajudava muito.

_Calma, vai ficar tudo bem, aqui bebe um pouco de água e fala devagar o que se lembra tá bom.

Dei um pouco de água ao meu amigo e depois de enxugar seu rosto e ele se acalmar voltou a contar ainda em seu tom sussurrado e rouco era nítido como estava exausto.

_Eu fui encontrar Dália no parque, a ideia era brincarmos com Arthur e depois irmos ao café comer alguma coisa e de lá iríamos juntos para o apartamento dela... Estávamos caminhando e uma van preta parou ao nosso lado e alguns homens saíram de dentro... Foi tudo muito rápido, eles cobriram nossas cabeças e nos jogaram na van.

_Lembra de algum cheiro, barulho diferente ou se demorou muito para chegarem ao local? – Questionou Rubí anotando tudo que Pierre dizia.

_Eu não sei... Eles não falaram nada, eram homens grandes... Lembro que a van depois de um bom tempo começou a sacolejar muito antes de pararmos... Lembro que meu pé afundou em lama e fui arrastado até um lugar onde fiquei pendurado, Dália e Arthur foram levados para longe de mim, sei disso porque suas vozes ficaram distantes... Fiquei pendurado por um bom tempo até um dizer que estava entediado e começar a me surrar. – Pierre parou de falar como se tentasse não voltar a reviver aquele momento, bebeu mais um pouco de água enquanto se acalmava.

_Eu sinto muito Pierre. – Rubí parecia se sentir culpada por algum motivo.

_Não foi culpa sua. Bom, lembro apenas de apanhar até não ter forças nem para gritar e depois eu apaguei, a última coisa que vi foi minha perna sendo quebrada pela segunda vez, quando acordei estava aqui. – Falou Pierre ainda tentando segurar o choro.

_Pode chorar Pepe, ninguém precisa ser forte em uma situação como essa. - segurei sua mão delicadamente lhe passando conforto.

_Pierre, não quero te fazer relembrar tudo isso, mas toda informação que você der será um passo para encontrá-los entende isso? - Continuou Rubí tentando não pressioná-lo.

_Eu sei, não tem problema o que eu puder ajudar eu farei, pelo visto eles ainda estão com eles, não é?

_Estão isso já está durando quase uma semana. –Disse a ele.

_Certo, você disse que ficou pendurado, sabe me dizer se era uma corda normal ou de aço ou até outro material, lembra como era o lugar? – Continuou Rubí.

_Eu não sei, estava escuro e úmido, parecia abandonado eu fiquei com um pano preto na cara o tempo todo via apenas vultos e sei que tinha correntes penduradas, pelo menos acho que eram porque esbarrei em algumas quando eles me arrastaram para dentro, como fiquei pendurado imagino que tenha sido por elas. Desculpe eu não me lembro de mais nada agora, lá só tinha cheiro de ferrugem e um odor bolorento é o que eu sei.

Depois de tudo que perguntamos deixamos Pierre descansando, tomei a liberdade de chamar um amigo para fazer a segurança dele já que os bandidos poderiam descobrir que ele não havia morrido e voltarem para terminar o serviço, nos despedimos e eu fui trabalhar no último caso que peguei, confesso que não tinha muita cabeça para lidar com nada que não fosse ajudar a achar minha irmã e meu sobrinho e como meu parceiro parecia mais que empolgado em se mostrar competente apenas deixei tudo com ele e me propus em apenas fazer os relatórios, meu objetivo era terminá-los e ir investigar alguém mais interessante, ou seja, o meu chefe, mas antes que eu concluísse meu plano vejo González entrar abatido junto com Enzi e suas caras vindo até mim não eram nada promissoras.

_O que está havendo gente parece que viram um fantasma. – Brinquei, mas meu sorriso morreu ao ver que o assunto era sério. _ O que houve, qual é dessas caras? – Insisti já ficando aflita.

_Lisa... Rubí está indo até o IML, acharam um corpo que bate com as descrições da Dália e achamos que você deveria ir também. – Disse Enzi sentido.

_Eu sinto muito. – Completou Roberto González já choroso.

Eu não consegui processar bem o que estava ouvindo e minhas pernas fraquejaram, agradeci por estar perto da cadeira e me sentei devagar, isso não poderia estar acontecendo, só pode ser mentira.

Fim do capítulo


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Comentários para 54 - Capitulo 54:
Lea
Lea

Em: 02/01/2025

Não, não, não!!

Responder

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Socorro
Socorro

Em: 13/06/2024

Não não naooooooooo

faz isso naoooooo

????

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Mmila
Mmila

Em: 12/06/2024

Mano do céu!

Nossa que situação angustiante. Não posso nem imaginar o psicólogo da Rubí.

Imagina da Dália e do Arth:(

Autora: Está maltratando nosso corações.


Mmila

Mmila Em: 12/06/2024
nossos


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