• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • Preciso Dizer Que Te Amo
  • Vestígios

Info

Membros ativos: 9525
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,492
Palavras: 51,967,639
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Azra

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Legado de Metal e Sangue
    Legado de Metal e Sangue
    Por mtttm
  • Entre nos - Sussurros de magia
    Entre nos - Sussurros de magia
    Por anifahell

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • CEO APAIXONADA
    CEO APAIXONADA
    Por Luciana Araujo
  • Almost
    Almost Unintentionally
    Por mabi

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Preciso Dizer Que Te Amo por escrita_em_atos

Ver comentários: 5

Ver lista de capítulos

Palavras: 3456
Acessos: 2048   |  Postado em: 11/06/2024

Vestígios

Silva entrou no restaurante no centro da cidade cinco minutos atrasada para o almoço com o filho. Pedro já a aguardava e se levantou assim que a mãe se aproximou da mesa. Os dois se cumprimentarão carinhosamente e se sentaram à mesa.

— Tudo bem, meu amor? — indagou Silvia.

— Tudo ótimo, mamãe. E você?

— Tudo maravilhoso.

— Você e o Will resolveram tudo que tinham para fazer?

Silvia sorriu antes de responder. Pedro andava preocupado com o que podia sair da parceria dela e de Willian na organização da comemoração do seu aniversário.

— Willian é o genro que eu pedi aos céus. Quando eu penso que algo pode dar errado, ele já criou a solução perfeita. Hoje não foi diferente.

Pedro nada disse. Silvia e Willian andavam fazendo um verdadeiro mistério sobre a tal festa. A única coisa que o rapaz sabia era que seria na mansão de sua mãe, no Morumbi. Fora isso ele estava totalmente excluído dos preparativos. Pedro adorava a relação entre Willian e Silva, o único pedido do rapaz ao namorado foi para que ele não falasse com sua mãe sobre Julia e Manuela. Silvia não fazia ideia daquela história e Pedro achava que somente as envolvidas naquele relacionamento tinham direito de contar a sua mãe o que tinha acontecido entre elas.

— Não me olhe com essa cara, Pedro. Você teve mais de uma oportunidade de participar, mas não quis. Willian está me ajudando e é isso que importa. — falou a mulher.

— Da maneira que você fala parece que eu sou um filho desnaturado, mamãe. — o rapaz falou.

Silvia revirou os olhos sorrindo.

— Então eu me expressei mal. Perdoe—me, não foi a minha intenção. Eu já escolhi, podemos pedir?

Durante a maior parte do almoço os dois falaram sobre trivialidades. Pedro estava às voltas com a contratação de um novo professor para escola de dança e Silvia estava mais uma vez envolvida em um caso complicado. O rapaz estava satisfeito de ter aquele assunto para falar, não queria ter que chegar ao ponto que sua mãe certamente queria. No último domingo ela e Julia almoçaram juntas e Pedro foi convidado a se juntar às duas, no entanto, ele e Will, já tinham marcado de almoçar com alguns amigos e o rapaz conseguiu se esquivar, mas sabia que não poderia fugir da conversa com a mãe.

— Como foi o seu almoço no domingo? — Ela indagou enquanto esperava a sobremesa.

— Foi ótimo. E o seu?

— Adorável. Julia continua uma ótima companhia.

— Fico feliz por você, mamãe.

Silvia olhou o filho nos olhos antes de voltar a falar.

— Eu tenho respeitado a sua resolução de não ceder a sua prima. Tenho inclusive evitado, ao máximo, todas as maneiras de ajudar Julia a chegar até você. Mas minha paciência com essa situação está se esgotando.

Direta e objetiva.

— E o que você espera que eu responda, doutora? — Pedro respondeu ironicamente.

— Não seja insolente, Pedro. Não combina nem com você e menos ainda com a maneira que eu lhe trato.

— Desculpe. — Pedro respondeu baixando os olhos — Diga o que precisa dizer, mamãe. — continuou o rapaz.

— O que há entre vocês que ainda não se resolveu? A Julia me pareceu tão determinada a te pedir perdão, que eu ainda não sei como foi que não deu certo.

— Bem, ela me pediu mesmo perdão.

— Sim. E aparentemente você ainda não deu a ela uma resposta.

— Não é verdade. Eu disse a ela que era complicado.

— Por qual razão?

Pedro suspirou. Quando a mãe fazia da conversa um interrogatório era difícil não se irritar. Ele detestava.

— Mamãe, por favor, vamos conversar, está bem? Isso não é um interrogatório.

Silvia também respirou fundo. E pensou durante alguns segundos, quando voltou a falar sua voz adquiriu uma expressão muito mais branda e tinha o tom maternal de quem tentava entender antes de ensinar.

— Ok, desculpa. Como foi a conversa de vocês dois, filho?

Pedro reparou que a mãe estava realmente irritada com aquela conversa. Por isso resolveu responder.

— A primeira foi um fiasco, eu não estava esperando e acabou que a gente nem conversou direito. Já no dia que nós almoçamos, houve algum progresso e não nos acertamos definitivamente, mas chegamos a trocar o número de celular.

— Então você pretende conversar com ela novamente?

— Sim. — Pedro respondeu simplesmente.

— E quando seria isso? — Silvia insistiu.

— Mãe, a coisa não é tão simples quanto parece, está bem!?

Pedro não sabia o que dizer para a mãe. Ele gostaria que a própria prima já tivesse contado a Silvia a sua história com Manuela, assim tudo que ele teria que fazer era dizer: “Olha mãe, a minha Manu e a da Julia são a mesma pessoa. Por isso, vamos com calma”. E ele sabia que a mãe entenderia e certamente ajudaria o rapaz a saber como lidar com aquela situação.

— Não sei onde está a complicação. Eu sei que você tem a sua mágoa, eu entendo isso. Acontece que a Julia acabou de voltar, e embora ela não admita, eu sei que aconteceu alguma coisa grave. O divórcio, a volta ao Brasil, o afastamento da família Campana e a maneira como ela reagiu a tudo isso, me diz que tem algo mais. Eu acho que ela não quer me dizer, mas precisa conversar com alguém. Ela precisa de um amigo, ela precisa de você.

— O que a senhora quer dizer com algo mais? — indagou Pedro curioso.

— Da maneira como ela fala e age, parece haver mais alguma coisa. Parece que tudo que aconteceu nos últimos seis meses não foi o pior.

— Ou talvez o fato de todas essas mudanças terem a deixado confusa, seja o responsável por você ter ficado com essa impressão. Vai ver que a ficha dela ainda não caiu, por isso ela está como está.

— Eu não acho. Parece que a Julia tem alguma coisa escondida. Talvez algo sobre o divórcio, ela não fica satisfeita de falar sobre esse tema.

Pedro somente assentiu com a cabeça. Ele não tinha mesmo muito a dizer sobre aquilo.

— Por isso, você precisa ficar ao lado dela. Entendeu? — prosseguiu Silvia.

A essa altura a sobremesa já estava quase no fim e Pedro decidiu que precisava falar com a prima sobre as desconfianças da mãe. E precisava falar com Amanda sobre isso também, com a proximidade da festa de aniversário de Silvia parecia quase impossível Julia e Manuela não ficarem finalmente frente a frente.

— Eu vou ligar para ela. — Pedro disse.

— Faça melhor. Vá visitá-la. — Silvia falou enquanto anotava um endereço em um guardanapo — Esse é o endereço dela, vá até lá e resolva essa história de uma vez por todas.

**

Pedro encarou a porta fechada a sua frente, um pouco hesitante ele tocou a campainha e a porta se abriu quase automaticamente. Uma Julia totalmente surpresa encarou o rapaz. A arquiteta estava entretida olhando algumas salas comerciais que o corretor havia separado quando o interfone tocou e o porteiro avisou que Pedro Magalhães estava ali para vê-la, ela permitiu a entrada do primo e abriu a porta logo ao primeiro toque da campainha enquanto se perguntava o porquê da visita inesperada.

Pedro havia passado o resto da tarde após o almoço com a mãe pensando se era uma boa ideia visitar Julia. Embora se sentisse impelido a falar com Julia sobre as suspeitas de sua mãe, com medo de que pudesse ser algo relacionado à Manuela, ele também sentia certa curiosidade sobre o que poderia haver entre Julia e Mateus que a prima não queria falar. Ele se lembrou do dia em que almoçaram juntos e Julia ficou extremamente aborrecida com um telefonema que recebeu e no qual falou em inglês, talvez Mateus fosse mesmo a chave do problema. No meio de tudo isso estava o sentimento do rapaz com relação à prima, depois de passado o susto do reencontro ele começou a se lembrar da época em que os dois eram inseparáveis e volta e meia se perguntava se seria assim outra vez. Com toda essa confusão na cabeça e apreensivo por ter ido sem avisar, Pedro encarou Julia quando ela abriu a porta.

— Pedro, que surpresa. — falou Julia.

— Olá, desculpa vir sem avisar. Eu pensei que talvez nós pudéssemos conversar.

— Claro. Entra, fica à vontade.

Julia deu passagem para Pedro entrar no apartamento. Não surpreso, o rapaz observou que embora a prima morasse a pouco mais de duas semanas no apartamento, a decoração do local já estava com a cara dela e tudo mostrava que o bom gosto de Julia era proporcional a sua conta bancária. Julia viu o primo avaliar a sala antes de ser convidado a se sentar no sofá, ela não fazia ideia de porque Pedro estava ali, mas estava feliz pela iniciativa do primo de ir até ela. Era, no fim das contas, um bom sinal.

— Mamãe me passou o seu endereço e eu tomei a liberdade de vir mesmo sem avisar. — iniciou o rapaz.

— Imaginei. Você quer beber alguma coisa? — Julia perguntou educadamente.

— Uma água.

— Ok, só um segundo. — Julia falou se retirando da sala.

Antes de chegar ao apartamento de Julia, Pedro não fazia ideia de como seria a conversa, mas no momento em que entrou naquele apartamento ele decidiu que era hora de deixar as coisas acontecerem naturalmente. Julia voltou à sala com água para os dois. Sentados um de frente para o outro no sofá, cada um com um copo de água nas mãos, os dois se encararam. Pedro foi o primeiro a falar.

— Embora eu ainda não possa garantir a você que tudo que aconteceu seja um passado superado, eu acho que está na hora de nós conversamos como adultos e resolvemos essa situação.

— Eu acho ótimo. — Julia respondeu um pouco surpresa.

— Por isso eu vim aqui hoje. — o rapaz continuou — Nas nossas conversas anteriores eu deixei clara minha indisposição em ceder ao seu pedido de perdão, então a minha vinda aqui é o meu ato de boa fé de que eu realmente estarei ouvindo o seu pedido de desculpas dessa vez. Se você ainda estiver disposta a isso, é claro.

Julia sorriu brandamente antes de responder.

— A minha determinação em recuperar a sua confiança não se abalou, eu já esperava sua resistência inicial, mas vim disposta a não desistir. Porém, eu preciso perguntar o que fez você mudar de ideia?

— Se eu te contasse, você não acreditaria. — Pedro pensou em Manuela.

— Tia Silvia deve ter sido bastante persuasiva.

— A opinião da mamãe continua a ter bastante peso em minhas decisões, mas ela não foi a única a me incentivar a fazer as pazes com você. — agora o rapaz pensava em Amanda.

— Muito bem, imagino que você ainda tenha perguntas para mim.

— Muitas, mas acho que prefiro ouvi-las quando você quiser contar. E não como um capricho ou condição para que eu te perdoe.

— Fico grata por isso. — agora era moça que pensava em Manuela.

— Imagino que sim. Eu não vou insistir para falarmos sobre o seu divórcio, se não é isso que você quer. — sentenciou o rapaz.

— Embora você tenha achado as minhas palavras sobre esse tema genéricas, o meu divórcio é realmente um tema delicado. E eu não sei bem porque você ficou com essa impressão, mas eu não tenho problemas em falar sobre isso.

O tom educado e formal que se estabeleceu demonstra o quanto os dois queriam manter aquela conversa amigável.

— Mamãe acha que você não contou a ela tudo sobre o divórcio. Ela está preocupada que você esteja escondendo o que aconteceu. — iniciou o rapaz.

— Como assim o que aconteceu? — indagou Julia.

— Silvia acha que você está com algum problema e que não quis dizer a ela do que se trata. — tentou explicar o rapaz.

— Sua mãe acha que estou escondendo alguma coisa sobre a minha volta ao Brasil?

— É, de certa forma. Ela acha que tem alguma coisa sobre como você está agindo em relação a sua mudança, a separação e ao afastamento familiar, que não faz sentido.

Julia concordou com um aceno e olhou para janela como se alguma coisa passasse pela sua cabeça naquele momento. Pedro a encarou curioso, seja lá o que for que ela estivesse escondendo, realmente existia.

— Então a mamãe tem razão? — questionou Pedro.

Julia demorou a responder.

— Mais ou menos.

— Como assim, Julia?

Julia hesitou e Pedro soube imediatamente que era mais grave do que ele imaginara.

— Eu... bem... — Julia tentou.

— É alguma coisa grave, certo!? — Pedro tentou ajudar.

— Sim.

— E algo para nos preocuparmos?

— Não tenho muita certeza.

— E você vai me dizer algo útil, para eu poder te ajudar? — o rapaz falou por fim.

Julia pensou em todas as possibilidades, uma hora ela teria que entrar naquele assunto. Nem mesmo Tati, sua amiga fiel e companheira, sabia de todos os detalhes do seu divórcio e do seu retorno ao Brasil, mas Ju confiava em Pedro e achava o primo a melhor pessoa para dividir a história completa. Ainda assim a arquiteta teve medo, contar para Pedro as circunstâncias do divórcio seria admitir coisas as quais ela estava tentando se esquecer. Diante da resistência de Julia, Pedro se assustou.

— Olha, Julia, eu sei que nós não estamos exatamente bem um com outro, mas isso não quer dizer que eu não me preocupe com você. Mesmo enquanto você morava na Inglaterra eu não deixei de me preocupar, de querer saber se você estava bem. — o rapaz encarou a prima durante alguns segundos e depois de suspirar continuou — Eu vim até aqui hoje porque a preocupação da minha mãe me chamou atenção. Se você não quiser me dizer do que se trata, tudo bem, mas eu preciso saber se está tudo bem. Entende?

Julia não conseguiu encarar o primo naquele momento. Ela viu nos olhos dele, como em todas as conversas desde o reencontro dos dois, o quanto o rapaz lutava consigo para superar a mágoa e perdoar a prima. Pela primeira vez, mas não pela última, Julia avaliou se o seu retorno ao Brasil havia sido a escolha certa.

— Você não imagina o quanto ouvir essas palavras é reconfortante, significa mais do que eu posso dizer e certamente muito mais do que eu mereço. Eu não vou mentir para você, o meu divórcio foi... É conturbado. Mas eu vou cuidar de tudo, você não precisa se preocupar com isso. A única coisa que eu quero de você é a sua amizade.

Pedro apenas concordou com um aceno de cabeça, se Julia não queria lhe contar ele não iria insistir. Quando disse a ela que esperaria sua disposição para contar as coisas, não estava mentindo. Até a prima querer falar, ele não iria perguntar. Porém, isso não impedia o rapaz de imaginar qual era a raiz do problema, qual seria a razão para todo o segredo de Julia?

Pedro ainda ficou na casa de Julia por um tempo. Os dois conversaram com calma pela primeira vez, a maior parte do tempo eles falaram sobre a carreira dos dois. Julia observou uma sutil diferença na maneira do primo falar com ela, mas em alguns momentos ele ainda parecia não querer dizer alguma coisa. Julia não podia julgá—lo, ela não estava em posição de fazer exigências. No momento a arquiteta se sentia grata pela presença de Pedro e por não ter que contar ao primo coisas para as quais ainda não estava preparada para discutir.

**

Manuela estava trabalhando na mesa gráfica que ficava em seu escritório totalmente concentrada quando ouviu algumas batidas na porta.

— Entre. — a moça falou sem tirar os olhos do desenho que estava fazendo.

— Com licença, Manuela. Eu preciso confirmar sua agenda. — falou Teresa enquanto entrava no escritório.

— Claro, vamos lá. — Manu falou tirando os óculos de grau e indo em direção a sua mesa.

Teresa havia reparado que Manu estava mais séria que o normal nas últimas semanas, a relação das duas, embora muito profissional dentro do escritório, era de amizade e a secretária se preocupava com a maneira como Manuela estava nos últimos dias. Sempre discreta, a secretária não comentou sobre o assunto com Manu, mas andava cada vez mais propensa a essa possibilidade. Teresa se acomodou de frente para Manuela e colocou alguns papéis sobre a mesa.

— Suas correspondências. Você tem uma reunião às 14 horas e o Willian pediu para deixar o restante da tarde livre para vocês discutirem o projeto do grupo de Fortaleza. Os documentos que você pediu mais cedo chegaram e o pessoal do RH quer saber se você quer ou não um novo estagiário.

Manuela acompanhava tudo que a secretária falava enquanto abria algumas correspondências. A semana havia começado sem maiores acontecimentos ou surpresas. A publicitária começava a pensar que talvez tudo fosse se acalmar no fim das contas.

— Bem, avise ao Will que estarei totalmente livre após as quatro.

— Ok.

— Sobre o estagiário eu vou pensar. Não sei se estou disposta a treinar alguém agora, com todas essas viagens para o nordeste.

— Certo, eu vou avisar a eles.

— Mais alguma coisa? — Manu questionou encarando a secretária.

— Bem, eu recebi um e-mail e um telefonema de uma empresa alemã querendo agendar uma reunião com você.

— Que empresa?

— Eles não disseram o nome e eu disse que dessa forma não seria possível marcar nenhuma reunião com você.

— Estranho.

— Muito, mas eles não desistiram. Chegou hoje esse convite para você. — Teresa disse estendendo um envelope para Manu — Como estava junto com outros vários convites que você recebe, eu abri, eu não cheguei a ler, mas dentro tem um bilhete escrito à mão e endereçado a você.

Manuela pegou o envelope sem entender muito bem.

— O que esse convite tem a ver com os alemães?

— É deles. O bilhete eu não li, porque é certamente algo particular, mas o convite eu li. Você conhece alguém que trabalhe para alguma empresa alemã que tenha negócios no Brasil? — a secretária perguntou.

— Não que eu me lembre, o que torna esse convite ainda mais estranho. Qual é o nome da empresa afinal? — questionou Manu.

— Köller Bankengruppe. Eu fiz uma breve pesquisa sobre eles e não tenho a menor ideia de porque eles iam querer fazer negócios com o escritório, a marca deles já é bem consolidada. Mas talvez se você for ao coquetel, você descubra.

Manuela parou de ouvir no Köller Bankengruppe. Não era possível que aquilo estivesse acontecendo. Mesmo sendo quem era, aquele homem não teria coragem de fazer algo daquele tipo. Manu só não caiu porque já estava sentada. Sua mente parou de funcionar durante alguns segundos e ela chegou a cogitar a possibilidade de ter ouvido errado o que Teresa havia dito.

— Manu? Tudo bem? — Teresa questionou parecendo realmente preocupada.

— Como é mesmo o nome? — Manu perguntou ainda incrédula.

— Köller Bankengruppe.

— Não é possível. — Manuela falou para si mesma.

— Então você sabe de quem se trata afinal?

Manuela demorou alguns minutos para olhar para a secretária novamente.

— Teresa, me deixe sozinha, por favor. Eu te aviso se precisar de alguma coisa.

Pelo tom de voz que Manu usou, Teresa já sabia que não adiantava argumentar. Seja lá quem fosse a pessoa que havia endereçado aquele convite e escrito aquele bilhete, parecia que Manu sabia muito bem quem era e não havia ficado nem um pouco satisfeita. Preocupada em deixar a publicitária sozinha, Teresa hesitou em sair da sala, quando alcançou a porta ela viu Manuela se levantar e caminhar até a janela.

 

Manuela estava fora do ar. Ela segurava o convite sem ter tido coragem de olhar para ele. Quando ela abriu o bilhete e reconheceu a caligrafia antes mesmo de ler as palavras, ela não foi capaz de continuar. Era inacreditável que Mateus tivesse tido coragem de lhe enviar um bilhete. Sem tomar conhecimento do conteúdo do papel ela se levantou e o jogou no lixo. Naquele momento o seu nível de incredulidade foi esmaecido por uma raiva descomunal, a traição de Mateus voltou a sua memória e ela não foi capaz de ignorar, como durante a maior parte dos últimos anos, o quanto aquilo ainda a afetava.

Fim do capítulo

Notas finais:

Ei, povo. Muito obrigada pelos comentários todos, vocês são ótimas!

 

Beijo no coração. ♥


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 9 - Vestígios:
Rafaela L
Rafaela L

Em: 30/10/2024

Quero saber que raios de segredo é esse.


Tô de cara com o Mateus...

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Mmila
Mmila

Em: 11/06/2024

Esse Matheus é um can....

Ainda tem coragem de fazendo contato com a Manuela, não bastasse o que causou.

Muita cara de pau. 
Aguardando o próximo capítulo.

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Brescia
Brescia

Em: 11/06/2024

Oi autora.

Está muito bom essa intrigante teia que une todos, estou feliz em saber a cada capítulo uma peça desse quebra-cabeça.

Responder

[Faça o login para poder comentar]

NovaAqui
NovaAqui

Em: 11/06/2024

O cabra era amigo dela!

O cara traiu a melhor amiga 

Ele merece uma surra bem dada 

 

Responder

[Faça o login para poder comentar]

jeslima
jeslima

Em: 11/06/2024

Sinto cheiro de enormes problemas vindo velozes em direção a Manuela. Esse Mateus ainda vai dar dor de cabeça, hein?!

Eu queria capítulo todos os diaaaas! 


Mmila

Mmila Em: 11/06/2024
Eu também.


Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web