• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • Ela não é a minha tia
  • Capitulo 20 – Heather

Info

Membros ativos: 9525
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,495
Palavras: 51,977,381
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Azra

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Entrelinhas da Diferença
    Entrelinhas da Diferença
    Por MalluBlues
  • A CUIDADORA
    A CUIDADORA
    Por Solitudine

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • Improvavelmente
    Improvavelmente
    Por Billie Ramone
  • Esse sorriso
    Esse sorriso
    Por Anonimo 403998

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Ela não é a minha tia por alinavieirag

Ver comentários: 17

Ver lista de capítulos

Palavras: 4706
Acessos: 2652   |  Postado em: 26/05/2024

Notas iniciais:

Olá, leitoras! Espero que estejam tendo uma ótima noite, e boa leitura!

 

Aviso: Esse capítulo contém, em sua temática, violência física e abuso psicológico entre familiares. Tais temas foram abordados de forma delicada, mas achei melhor avisar.

 

Capitulo 20 – Heather

 

Horas antes

 

Emma

 

O Vini liga o rádio assim que entramos no carro, depois de nos despedirmos da família da Maria, e eu não acredito nos meus ouvidos.

É aquela música. A mesma que tocou na sua playlist, quando estive na casa dela:

“Ainda me lembro do dia 3 de dezembro, eu com seu suéter” “Você disse que ele ficava melhor em mim do que em você” “Se você soubesse o quanto eu gostava de você” “Mas eu vejo seus olhos quando ela passa” “Que colírio para os olhos, mais brilhantes que o céu azul” “Ela te deixa hipnotizada enquanto eu morro” “Por que você me beijaria?” “Eu não tenho nem metade da beleza dela” “Você deu seu suéter para ela, é apenas poliéster” “Mas você gosta mais dela” “Eu queria ser a Heather”.

Fecho os olhos com força, afastando a vontade que sinto de chorar – mais de raiva do que de tristeza, ou pelo menos é do que tento me convencer.

– Pode trocar essa porcaria? – Pergunto, irritada, enquanto acendo um dos meus baseados.

– Eita, Emma, o que deu em você, mulher? Te achei estranha o jantar inteiro e agora...

– Nada. – Minto. Se ele não reparou na forma com que a Júlia e a Sofia ficaram se olhando durante toda a noite, não era eu quem ia dizer alguma coisa. – Você se importa de eu assumir a direção, quando pararmos para abastecer? – O tanque já estava quase vazio, e eu precisava muito ocupar a minha cabeça com alguma coisa, ou então explodiria dentro desse carro.

– Tudooo bem. – Ele diz naquele tom de deboche (inclusive, deve ser por isso que ele se deu tão bem com a Maria, e eu com ela) e a gente segue o resto do trajeto em silêncio.

 

Estaciono o carro em frente ao prédio térreo de kitnets, e meu coração aperta quando a luz dos faróis ilumina o seu rosto.

A Lili está sentada na calçada, na frente da nossa porta. Os cotovelos apoiados nos seus joelhos e as mãos cobrindo o seu rosto não me permitem enxergar os seus olhos, mas sei que está chorando.

– Merda.  – Desço do carro e bato a porta com força.

Saio às pressas, quase correndo, e meu coração vai acelerando a cada passo, e, a cada passo, minhas pernas tremem um pouco mais.

Caralh*, caralh*, caralh*.

– O que ele fez com você? O que ele fez!? – Eu vou até ela, gritando, e me abaixo para ficar na sua altura.

– Calma, Emma. – O Vini se inclina atrás de mim e repousa a mão sobre o meu ombro, mas eu só consigo olhar para ela, enquanto meus olhos percorrem o seu rosto e o seu corpo, em busca de qualquer vestígio mínimo de...

– Em... – Ele chama a minha atenção, para que eu a olhe com mais calma, e eu sigo o seu olhar.

Percebo que a Lili está com a respiração completamente desregulada e que respira com certa dificuldade. Merda, deve ter desencadeado alguma crise de ansiedade nela, de novo, com o que quer que tenha acontecido.

Sempre me esqueço de que certas agressões não são exatamente perceptíveis aos olhos.

Ela começa a chorar mais alto e me dou conta de que não vai adiantar de nada eu me descontrolar agora. Ela veio até aqui porque precisa de mim, e eu preciso me acalmar.

– Desculpa, desculpa, maninha. – Eu a abraço forte. – Eu não deveria ter gritado assim com você. Por que não me conta o que aconteceu? Aposto que vai se sentir melhor. – Falo com a voz mais suave que consigo reproduzir agora. Não é muita coisa, mas já ajuda, já que ela começa a tentar parar de chorar para me falar.

– O papai... – Ela diz e sinto um nó na garganta. Minha pele esquenta e o que eu mais quero agora é poder dar um soco em alguma coisa. – Não sei como... mas ele descobriu sobre o futebol, e ele também sabe que eu tenho me encontrado com você. – Ela faz uma pequena pausa, e seus olhos voltam a se encher de água novamente. – Me desculpa, Em, ele perguntou quem me deu as chuteiras e eu... – Ela volta a soluçar.

– E a mamãe, a mamãe não tava lá? – Tento mudar um pouco o foco da conversa, enquanto me faço de desentendia.

Eu sabia muito bem o papel que minha mãe ocupava nessa história. Mas queria que ela me dissesse tudo.

– Ele brigou com ela também. – A Lili diz, soluçando ainda mais, e não preciso de mais nada.

O cenário todo já vem desenhado na minha cabeça: Ele gritando com a Lili, ameaçando, fazendo chantagens, culpando a minha mãe e... 

– Tudo bem, por que a gente não faz assim: você entra, eu te ajudo a tomar banho, como nos velhos tempos, lembra? – Sei que ela não se lembra de nada, já que tinha apenas dois anos quando eu cuidava dela em tempo integral, para minha mãe poder trabalhar e para o pai dela poder encher a cara, como sempre. Mas falo mesmo assim, só para reconfortá-la. – Aí você fica mais calma, e eu deixo você usar qualquer roupa minha, o que acha? – Digo, me esforçando muito para colocar algo que seja parecido com um sorriso na minha cara.

Ela dá um meio sorriso, o primeiro desde que chegou aqui, e aquilo já faz valer a pena todo o meu esforço.

– Emma, e se ele vier até aqui? – O Vini cochicha no meu ouvido, preocupado.

Merda.

– E o seu pai? Onde ele estava quando você veio pra cá?

– Ele saiu. – A Lili diz, enquanto tenta controlar a sua respiração entre um soluço e outro.

– Deve ter ido beber. – Me viro para o Vini, falando em baixo tom. – Ele sempre fazia isso depois de... – Não termino a frase, mas ele entende mesmo assim. – Ele não vai aparecer aqui. – Garanto.

Ou assim eu espero.

 

– Você vai me levar pra casa? – A Lili pergunta quando estou escovando o seu cabelo, no sofá.

Ela está bem mais calma agora, depois do banho, mas sua voz sai temerosa e aquilo parte o meu coração.

– Na verdade, eu tava pensando em uma coisa melhor... O que acha de passar a noite com a gente hoje?

Ela sorri, mas vejo quando as preocupações vão tomando conta do seu rosto de novo, aos poucos.

– Eu vou dormir aqui no sofá? – Ela pergunta.

– É claro que não.

– Esse sofá é meu, garotinha. – O Vini fala, e eu envio um olhar para ele, em agradecimento. Ele entende, pois me devolve o mesmo, em um sorriso.

– Você vai dormir na cama comigo. – Digo.

– Nessa cama grandona? – Ela pergunta, sorrindo.

“Cama grandona”. Ai, Deus, como queria ser criança de novo. 

A gente escuta o barulho alto de três batidas seguidas na porta e o Vini troca um olhar comigo, enquanto a Lili se encolhe.

Eu também me encolho, por dentro, mas não demonstro.

Levanto com o coração batendo mais alto, e olho através do “olho mágico” que eu tinha mandado instalar desde a última vez que o Marcus esteve aqui. Descobri da pior forma que era sempre bom saber quem estava atrás da porta, antes de abri-la. 

– É a mamãe. – Digo me virando para a Lili, passando segurança, e ela relaxa um pouco no meu sofá.

Eu destravo a tranca de segurança, depois giro a chave e, aos poucos, minha mãe vai surgindo no meu campo de visão. Olho para o seu rosto, e ela parece ter ganhado novas rugas desde a última vez que a vi.

Vejo o hematoma abaixo do seu olho esquerdo e sinto minha garganta apertar. Quero chorar, quero gritar, mas essa é a última coisa que posso fazer agora. Tenho que me manter firme, por mim, por nós duas, mas principalmente, pela Lili.

– Cadê a Lívia? Ela está aqui, não está? – Ela passa por mim como se não tivesse me visto.

– Lívia, vem comigo agora. – Ela diz assim que vê a minha irmã.

Ela não pode estar falando sério.

– A Lili não vai sair daqui. – Digo, firme.

– Do que você está falando, Emmanuelle? – Ela me chama pelo meu nome, por aquele meu nome que precisei deletar da minha vida, para que pudesse seguir em frente, e sinto meu estômago revirar.

– Eu estou falando que a Lili não vai sair daqui. Como você pode querer que ela volte para aquela casa depois de tudo que aquele cara fez? Olha o seu rosto, mãe... – Minha voz sai comprometida, na última frase.

– Ele não vai encostar nela. – Ela desvia o olhar de mim, e olha para baixo.

– Do mesmo jeito que ele não encostou em você? Do mesmo jeito que você disse que ele não iria encostar em mim, também? – Estou com tanta raiva que não consigo evitar, as palavras saem por mim.

– Olha o que você fala na frente da sua irmã.

– Ah claro, porque falar isso é pior do que ela ver você apanhando, né? – Não me contenho.

– Ei, Lili, por que não vamos lá pra fora um pouquinho? – O Vini fala com uma voz tranquila.

– Eu não quero ir.  – Minha irmã resiste.

– Lili, vai com o Vini, por favor? Eu preciso conversar com a mamãe. – Peço, e ela se levanta e sai com o meu amigo, contra a sua vontade.

– Mãe, você sabe que é melhor pra Lili dormir aqui em casa hoje, não sabe? – Tento chegar nela de outra forma, mas, pelo seu olhar, não acredito que tenha feito alguma diferença.

– E ela vai dormir aonde? No chão disso que você chama de casa? Olha onde você mora... Você divide uma cama com outro homem, sendo... – Ela não consegue finalizar o seu raciocínio, o que é bom, em partes. – Você é uma vergonha, Emmanuelle. – Ela fala, para me atingir, mas eu já tinha ouvido isso antes, na verdade. E saí mais forte da última vez.

– Pra começar, o Vini é gay, e é o melhor amigo que eu poderia ter. Se eu não tivesse ele pra dividir esse lugar, provavelmente eu estaria na rua agora. – Digo, como se ela tivesse se importado alguma vez. – Porque eu não precisaria estar aqui se você não tivesse me tirado de casa. – Digo, por fim.

– Do que está falando? Você sabe que não foi bem assim. Você saiu.

– Vamos dizer que você não me deu muita opção, né?

Ou eu saía sendo eu mesma, ou ficava, sendo outra pessoa. Porque ela “não ia aceitar sapatão na casa dela”. Além de que eu poderia muito bem ganhar um soco ou tapa do seu marido, se ele estivesse a fim.

Foi essa "opção" que ela me deu.

– A Lívia vem comigo. – Ela muda de assunto rapidamente. Acho que não queria pensar demais, ou então desabaria, caso o fizesse. – Quando você tiver a sua filha, o que eu acho muito difícil que aconteça, você faz o que bem entender com ela. Mas a Lívia é a minha filha, não sua. Eu sou a mãe dela, e dela cuido eu.

Penso em relutar, em dizer que na hora que ela mais precisou, eu fui uma boa mãe pra Lili, aliás, tive que ser, já que não tinha me restado muita opção. Mas falar isso não mudaria em nada, então deixo com que fique com a palavra final. O Marcus ia voltar bêbado demais pra tentar qualquer outra coisa, se é que iria mesmo voltar.

Deixo passar essa noite.

Mas eu não desistiria da Lili. Não assim, tão fácil.

 

– Como você tá? – O Vini pergunta depois de meia hora que estamos deitados na cama, no escuro.

Mas não tinha conseguido pegar no sono – como eu poderia? – e nem ele, pelo visto.

– Como você acha? – Digo, me remexendo na cama e me virando de barriga para cima. – Mas sabe, foi até um pouco bom isso acontecer agora. – Digo, olhando para o teto, sem enxergar muita coisa.

– Bom, Emma? – Ele diz incrédulo, e ao mesmo tempo, compreensivo. – Eu sei que você é sagitariana e vê coisa boa até em cocô de cavalo, mas como pode ver algo de bom nisso, amiga? – Não consigo enxergar o seu rosto, mas ouço o sorriso em sua voz.

– Desde que eu saí de casa, o Marcus nunca mais me deu uma prova concreta das suas agressões. Claro que ele sempre abusou psicologicamente da Lili, mas se mesmo com agressão física, às vezes a gente não consegue chegar em lugar nenhum, quem dirá com agressão verbal. Mas agora... Agora pode ser diferente. Eu só preciso conseguir um advogado, um dos bons.

– Mas isso sai caro, né, Em?

– É, mas eu vou dar um jeito.

Preciso dar.

xxx

 

Já faz algum tempo que estou me virando na cama. Já é de manhã, mas pela luz do dia, que está tímida, sei que não está na hora de acordar, tanto que meu despertador nem tocou ainda. Mas então escuto o meu celular vibrar, e me levanto para alcançá-lo.

Maria.

Meu coração começa a acelerar.

Tinha algumas ligações perdidas e algumas mensagens, também. A primeira tinha sido enviada umas duas da manhã:

“Emma, a gente precisa conversar.”

“Será que a gente podia se encontrar na praia, um pouco antes de você começar a trabalhar?”

Fecho os olhos e respiro fundo. Meus piores pesadelos virando realidade desde ontem à noite. Mas eu não podia fugir disso e fingir que não estava acontecendo. Não mais.

“Tudo bem, nos encontramos na frente do meu posto em meia hora.” – Digito e levanto da cama, em seguida.

– Emma? Que horas são? – O Vini pergunta quando estou terminando de me arrumar. Deve ter acordado com algum barulho que fiz, sem querer. – O despertador não tocou ou...

– Relaxa. Eu que estou saindo mais cedo, na verdade.

– Emma... Você não tá pensando em ir na sua antiga casa, tá? Porque se você estiver eu...

– Não, eu tô indo ver a Sofia, na verdade.

– A Maria? – Ele estranha, e então me dou conta de que tinha a chamado de Sofia, e não de Maria, como sempre faço. Acho que internamente, eu já estava meio que me preparando.

– E você conhece outra? – Retruco. Acaba sendo mais forte do que eu.

– Eita, que alguém acordou de ovo virado. Não é pra menos, depois da noite que você teve, mas eu que não queria ser a pequena Maria hoje. – Ele pisca para mim e volta a se aninhar na nossa cama.

Meu coração se parte em alguns pedaços ao ouvir ele chamando-a assim, mas não digo mais nada, apenas sigo para fora com o meu flutuador preso ao corpo.

Desprendo a corrente da minha bicicleta da grade da janela e coloco os meus fones de ouvido. Não ia escutar Follow The Sun, não hoje. Não poderia. Então reviro uma das minhas playlist e seleciono uma outra música. Dou as minhas primeiras pedaladas do dia ao som de The Sound of Silence, e apesar dos 27º que está fazendo, o vento parece soprar mais gelado conforme minha bicicleta avança.

Quando estaciono perto do meu posto, do nosso lugar, ela já está lá, de costas para mim, de frente para o mar. Seus cabelos compridos dançam conforme o vento e a maresia passam por eles, revelando os seus brincos vermelhos e de corações vazados, os mesmos que ela estava usando naquele dia. Respiro fundo, me preparando para o que está por vir.  

Era preciso ter coragem para fazer aquilo. Mas coragem é algo que nunca me faltou. E eu já tinha feito coisas mais difíceis do que isso.

– Oi, Maria. – Digo enquanto dou alguns passos em sua direção.

Ela se vira para mim, e vejo que não está com uma cara muito boa, na verdade. Parecia que tinha chorado durante a noite toda, ou pelo menos, boa parte dela.

– Emma, eu volto a trabalhar hoje, mas... eu precisava vir falar com você antes. – Ela começa, mas eu a interrompo.

– Sei que você me chamou, mas... Eu queria começar, se você não se importar.

Como em um teste de aptidão física, eu queria ser a primeira, ou então ficaria nervosa demais para fazer o que precisava ser feito.  

– Tudo bem. – Ela concorda, parecendo aliviada e preocupada ao mesmo tempo.

– Você se lembra de quando tocou aquela música, na sua casa? – Ela estranha um pouco a minha pergunta, mas depois a sua testa volta a relaxar e ela parece se lembrar.

– A que você disse que não gostava?

– É. – Faço uma pausa enquanto procuro a melhor forma de dizer aquilo. O meu medo é que não tivesse uma. – Ontem tocou Heather na rádio e... sabe o mais louco? – Faço uma pergunta retórica. – Eu me identifiquei com cada maldita frase. Sem nem perceber, eu ocupei esse espaço que eu falei que nunca ocuparia... Quando me dei conta, eu queria ser a Júlia, só que eu sei que jamais vou ser ela pra você, porque a Júlia é a sua Heather.

Não eu.

– Isso não é verdade, Emma. – Ela diz, mas há mais dor nas suas palavras do que certeza.

– Eu entendo que você não queria que fosse, mas... Quando vocês estão juntas, não há espaço pra mais ninguém. Vocês têm o seu próprio mundo, Maria... Um mundo em que eu não caibo nele. Quando você está com ela... você é diferente. Você é a Sofia. A Sofi dela. – Me forço a dizer aquilo. – É assim que ela te chama, não é? Por isso que você nunca quis que eu te chamasse assim. – Faço uma conclusão rápida, me tocando daquela última parte pela primeira vez.

– Emma... – Ela me olha como se fosse chorar a qualquer momento. Mas sigo forte, afinal, que outra opção eu tinha?

– Eu sei. E eu não estou te culpando por isso. Na verdade, eu já sabia onde estava me metendo desde que te salvei, desde que você me chamou pelo nome dela. – Faço uma pausa, me lembrando daquele dia (que parecia que tinha sido ontem, na verdade), de quando a tirei do mar e de quando fomos para o barzinho e quando...

– "Ela parece uma bomba atômica prestes a explodir e destruir tudo o que está em volta", foi o que pensei assim que nós nos beijamos. “Mas, quem não é assim, ultimamente, não é? A humanidade toda está fodida da cabeça” – Digo com o olhar distante, um sorriso quase saindo do canto dos meus lábios. E então continuo:

– Eu só não esperava que fosse me apegar tanto a você. – Confesso, e uma lágrima cai do rosto dela. Mas continuo com as minhas firmes, onde quer que estejam guardadas. – Ou que você bagunçaria tanto as coisas, com suas histórias sobre a Taylor Swift e os-não-sei-quantos-caras-que-ela-pegou – Eu digo e nós duas rimos, em um “momento fora de hora”. Mas acho que não podia ser diferente, se tratando da Sofia Maria. – Você deixou tudo mais feliz, eu acho. Tudo mais colorido. Até o Vini se apegou a você. – Eu digo com um nó na garganta que me impede de chorar.

Mas aquilo não era sobre o Vini, era sobre mim. E sobre o quanto eu queria que ela fosse verdadeira comigo e com ela mesma, pelo menos uma vez.

– Mas já está mais do que na hora de você admitir certas coisas, não acha? – Provoco, e ela se encolhe um pouco.

– Eu sei. Você tá certa, e foi por isso que quis te encontrar, na verdade. – Ela diz, mas então para.

Eu aceno com a cabeça, a incentivando. 

“Eu aguento, pode falar.”

– Porque eu queria... eu precisava te contar que... A gente se beijou, ontem à noite. – Ela diz, num misto de culpa, tristeza, incredulidade e algo que não consigo identificar direito, mas acho que era o oposto de tudo isso.

Queria estar surpresa, mas não estou. Acho que essa era a pior parte: eu sabia que ia acontecer assim que eu e o Vini saímos de lá, por isso foi tão doloroso me despedir dela. No fundo, eu já sabia que aquele era o início do nosso fim.

– Você tinha razão, a Júlia não é só a madrinha do meu irmão, a melhor amiga da minha mãe ou a mulher que deveria ter sido a minha madrinha. Nem mesmo só a minha melhor amiga... – Ela faz uma pausa, e uma porção de sentimentos transborda pela sua fala, pelos seus olhos e por cada pequena expressão sua. – Bem, pelo menos não é o que eu sinto. E eu já venho sentindo isso por ela há muito tempo, na verdade, muito antes de te conhecer, só que eu sempre achei que fosse algo da minha cabeça, mas...

– Mas não é. – Completo por ela.

Aquilo estava muito claro, era só parar um pouco e ver a forma com que a Júlia olha para ela também, completamente fascinada. Eu entendo a Sofia estar desse jeito. Se uma mulher olhasse para mim assim, eu provavelmente também estaria me sentindo dessa mesma forma, totalmente perdida.

–  Eu sei o que deve estar pensando agora. –  Ela continua. –  Que eu tenho sérios problemas – mais uma vez, vejo o quanto está se segurando para não chorar – que eu só posso ser a porr* de uma problemática que teve tantos problemas com a mãe que acabou desenvolvendo um tipo de Complexo-de-Édipo-Reverso com a mulher que era pra ter sido a minha madrinha.

Complexo de Édipo Reverso? Meu Deus, do que aquela garota tá falando? Só a Sofia Maria pra fazer a minha cabeça explodir e quase ter um acesso de riso, as duas coisas quase que ao mesmo tempo.

– Não, Maria, eu vejo a forma com que você olha pra ela... Que vocês duas se olham, na verdade. Seus olhos brilham e... não tem nada de confuso ou de errado nisso.

Tirando o fato de eu me sentir uma merd* quando isso acontece, tá tudo certo. Na verdade, acho que eu que sempre estive no lugar errado.

– Você ama ela. – Eu ia fazer uma pergunta, mas acabo afirmando sem ao menos me dar conta. Acho que porque era algo tão óbvio, tão palpável, que não cabia em um questionamento.

Não havia espaço para dúvidas.

– Foi só um beijo, Emma... Eu e a Júlia... nunca vai acontecer. – Ela diz com a voz embargada, enquanto seus olhos umedecem de novo.

– Eu não posso ficar contando com essa possibilidade, Maria. – Eu tinha mil coisas para lidar, e me meter em um rolo desses era a última coisa de que precisava agora.

– Eu sei. – Ela leva os dedos até o rosto, secando algumas lágrimas que insistiam a cair. – Eu queria te entregar isso.

Ela tira alguns papeis e um cartão de visitas da sua pequena mochila e os entrega para mim.

“Renato Cavalcante: Direito da Família” – É o que diz no cartão.

– Eu espero que não se importe, mas eu acabei desabafando com a Júlia, sobre a Lili, e ela me indicou esse advogado que trabalha no mesmo escritório dela. Ela até já conversou com ele sobre, e ele aceitou pegar o seu caso sem cobrar nada.

Sinto um misto de sensações. Por um lado, aquilo parecia um milagre, mas, por outro, era quase como um “pagamento” em troca de eu sair da vida delas sem contestar, ou sem abrir a minha boca para alguém, mas... ao mesmo tempo, sei que a Sofia não é esse tipo de pessoa, e que é até injusto eu pensar isso dela. Mas já da Júlia...

– Meio conveniente ela me dar isso agora, não é? – Aquilo escapa da minha boca sem eu querer.

– A Júlia não é esse tipo de pessoa, Emma. Ou você acha mesmo que eu me apaixonaria por alguém assim? – Ela fala aquela palavra pela primeira vez, e acho que leva um susto, mas eu não. – A gente já tinha conversado sobre isso antes de... Eu só quis... – Ela começa a se enrolar nas palavras, um pouco envergonhada.

– Eu sei, Maria, tá tudo bem. E eu acho que vou aceitar, no final das contas. – Digo agitando o cartão no ar.

Eu não estava em condições de recusar, na verdade.

Um silêncio se forma entre nós – apenas o som das ondas quebrando e mais nada – e é quase como se também não tivesse restado mais nada para ser resolvido, o que não é bem verdade, se eu considerar que ainda levaria dias pra processar tudo isso. Que minha vida tinha ido do inferno ao paraíso e do paraíso ao inferno, em tão pouco tempo.

Mas ainda tinha uma última coisa que eu gostaria de poder dizer.

– Eu sei que não deveria te falar isso, e que é a última coisa que quer ouvir, mas... você é uma garota legal demais para que eu não dê a minha opinião. – Começo.

– Ela não está pronta. O que eu até entendo, não é como se fosse fácil, e a minha trajetória está aí para provar isso, quero dizer, me assumir era tudo o que mais queria, mas quando aconteceu, tudo veio a baixo e eu ainda precisei ficar feliz, afinal, fiz a coisa que eu mais queria fazer, não é? – Digo em um tom irônico e dou um meio sorriso. – Mas acho que você já sabe disso, né? Sabe do que eu estou falando. Nós somos lésbicas assumidas e isso é incrível, incrível mesmo. Mas não é assim para todas as mulheres que gostam de mulheres. Eu só não quero que você se machuque demais com essa história. – Concluo, por fim.

– Eu sei. Mas eu não escolhi isso, Emma... Se eu pudesse escolher...

– Eu sei. – Digo.

Talvez, se ela pudesse escolher, ela me escolheria. Mas nunca foi sobre escolhas, nem uma coisa, nem outra.

– Você merecia muito mais do que eu pude te dar. – Ela desabafa. – Você merecia ser a protagonista da minha história.

– Talvez eu deva ser a protagonista da minha própria história, eu acho. – Me forço a sorrir e ela me acompanha, mas depois volta a ficar com cara de choro, de novo.

– Eu amei ser a Maria, a sua Maria, durante todos esses dias. – Ela diz com bastante lágrimas nos olhos e os meus umedecem pela primeira vez, vencidos.

– Eu sei, Ma. – Eu a chamo daquele jeito que tinha me acostumado a chamar, e fica claro, na mesma hora, que nós duas sabemos que aquela é a última vez que vamos ouvir aquilo. – Eu jamais queria que você tivesse se afogado. Mas fico feliz por ter acontecido na frente de uma das minhas bandeiras. – Eu digo e então ela me abraça forte, e desaba.

Ela não estava feliz com o nosso término, e constatar aquilo me destrói. Mas eu sei que quando o pior desse sentimento passar, ela também vai concordar que foi o melhor, para nós duas.

Eu enterro o meu rosto no seu pescoço, por uma última vez, guardando na memória o cheiro do seu shampoo com aroma de frutas, as suas pulseiras coloridas, os seus brincos chamativos e tudo aquilo que fez com que eu me sentisse estranhamente feliz, durante todos esses dias. Então percebo o quanto me acostumei rápido demais com essa felicidade. Porque nós nos acostumamos depressa com as coisas boas, difícil mesmo é se acostumar com o vazio que fica, quando as perdemos.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

 

Boa noite, leitoras! 

Postando um pouquinho mais cedo de novo hahaha acho que quando eu conseguir, vou postar domingo de noite, quando eu não conseguir, posto na segunda de manhã mesmo. 

Sei que muitas de vocês ficaram um pouco "em choque" com o capítulo passado, compreendo que houve uma certa "quebra de expectativas", mas peço que confiem no processo (e em mim), por favooor, pois vai dar tudo certo kkkkk

Mas então, o que acharam desse capítulo narrado pela Emma? Esperavam? Ficaram com o coração despedaçado? kkkkk confesso que fiquei um pouquinho, porém, a Emma é uma personagem muito querida pra mim, e eu não achava justo a Sofia não ser sincera com ela, ou continuar mentindo e agindo pelas costas. Por isso, esse capítulo foi muito necessário.

O que acharam da conversa das duas? Concordam que a Sofia tinha que ter contado sobre o beijo, ou não? 

E concordam com a Emma, por ter terminado? 

Vocês acham que a Emma volta a aparecer na história??

Como que vocês acham que a Sofia vai agir, quando voltar a falar com a Júlia, agora que ela e Emma não estão mais juntas? 

Teremos muitas emoções vindo aí! Não me abandonem! 

Não esqueçam de comentar, por favor! 

Obrigada por estarem comigo, pelos comentários, pelo engajamento, pelo carinho, por tudo. E até semana que vem!

 


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 21 - Capitulo 20 – Heather:
Letticia.lima
Letticia.lima

Em: 25/06/2024

Por favor não some com a Emma, ela tem muita história ainda. Quanto Júlia e Sofia vai ser difícil essas duas e vou ter raivas que eu já sei kkkkk mas não consigo parar de ler

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Hanna28
Hanna28

Em: 03/06/2024

Emma tem que continuar na história

Ela não foi colocada apenas como um estepe da palhaçada da Sofia e sim,tem seu fundamento no decorrer da trama...

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Renata Cassia
Renata Cassia

Em: 02/06/2024

Eu estou mais apegada nessa história a cada capítulo. Torcendo muito pelo casal Sofia e Julia, porém eu gostei tanto da Emma que até chorei com o término delas. Emma merece muito alguém tão bom quanto a Sofia. Bjs autora ,não demore a postar, pois sempre lhe aguardo  ansiosamente.

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Zanja45
Zanja45

Em: 29/05/2024

Expectativas altas, para o reencontro depois daquela cena maravilhosa que as duas viveram na boate.


Sofia está muito fragilizada, processando tudo que houve entre elas, e agora sem o escape da Emma, piorou a situação. No entanto, possa ser que a Sofi se aproveite do momento e dê umas aproximadas maiores da Julia, todavia quando ela estava com Emma, isso nunca fora impedimento para acontecer. Por outro lado, quando ela souber que júlia regrediu ao ponto de reatar com Clóvis, possa ser que ocorra justamente ao contrário e ela queira se distanciar da julia por um tempo. Mas tem a volta para o trabalho, que pode ocupar a cabeça dela. - Quem sabe não ocorra alguma distração?

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Zanja45
Zanja45

Em: 29/05/2024

Para mim a Emma deveria continuar na história. Poderia constituir um vinculo de amizade com Sofia, já que o namoro não deu certo. Eu acho que a Emma não tem o porquê sair da história, até porque tem situações na trama que diretamente estão ligadas a ela. Como as questões de sua irmã, mãe,  envolvidas em questões abusivas e agressões no seio familiar. Então, Alina, você podia pensar alguém para compor a trama e fosse para fazer par romântico com a Emma. ( Pensei até no advogado indicado por júlia, porém, como Emma é lésbica assumida, não vai dar, a não ser que o advogado fosse uma mulher-trans ou algo nesse sentido).


Hanna28

Hanna28 Em: 03/06/2024
Emma merece ter seu final feliz!
Seja sozinha ou com uma garota espetacular



Zanja45

Zanja45 Em: 03/06/2024
É, concordo plenamente contigo. Sou completamente a favor disso.



Zanja45

Zanja45 Em: 03/06/2024
Poxa! Com essas palavras você me levou a raciocinar. E como se dissesse: que nós já somos completos e, não necessariamente, precisamos ter alguém ao nosso lado para sermos felizes estarmos bem? Mas o que vier é consequência. Se estivermos bem consigo mesmo, isso que é o mais importante?



Zanja45

Zanja45 Em: 03/06/2024
Você foi muito certeira com essa colocação a respeito da Emma.


Responder

[Faça o login para poder comentar]

Zanja45
Zanja45

Em: 29/05/2024

Pela amizade que as duas estavam construindo, foi bom a Sofia ter confidenciado que beijou a julia, já que Emma estava abrindo o coração para Sofia e sendo clara quanto a o porquê estava terminando com ela. Apesar de que achei que não tivesse mais relevância, porque Emma não deixou a namorada concluir o queria falar, tomou a palavra, tirou as próprias conclusões que Sofia com a conversa iria terminar com ela. Tomou a dianteira, pondo fim ao relacionamente.

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Zanja45
Zanja45

Em: 29/05/2024

Não gostei muito do término da Emma. Achei que ela tomou as decisões no calor da emoções, foi muito abruptamente. Ela está passando por um momento muito delicado com sua irmã e depois da descoberta dos sentimentos de Sofia por Júlia. - Foi o estopim para o término. Mas, é admiravel, o jeito decidido dela. - Uma mulher de personalidade forte e marcante.


Até breve!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Zanja45
Zanja45

Em: 29/05/2024

 


Foi muito pertinente a conversa entre a Emma e Sofia, sendo transparentes com os sentimentos de ambas, porém, achei que o rompimento foi de uma maneira muito abrupta. No entanto, respeito a decisão da Emma, porque ela percebeu que estava sobrando no relacionamento, e não teria chance alguma de permanecer com ela, nestas condições. É evidente, que Emma estava sofrendo por ter que terminar com Sofia, pois ela criou um apego, todavia, era necessário ela seguir em frente.(Não poderia ficar a espera de Sofia gostar dela de uma forma que gostaria).


Até breve!


 


 

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Zanja45
Zanja45

Em: 29/05/2024

Foi muito relevante, você ter elucidado o ponto de vista sobre a ótica da Emma, dando mais importância ao personagem dela. E até explorado esse lado mais dramático - familiar em que viveu a Emma e que permeou as suas decisões. E o motivo que levou ela a romper com esses laços familiares, consequentemente saindo de casa, por que não teve opções, nem apoio da parte da mãe. E, também, trazendo a baila os problemas enfrentados por sua irmã, Lili. - Que vive problemas similares aos vividos por ela, enquanto vivia sobre a égide do padrasto, Marcus. - Em que Violências fisicas e psicológias, eram coisas constantes no seu cotidiano.


Até breve!


 


 


 


 

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Zanja45
Zanja45

Em: 29/05/2024

oi, boa tarde, minha autora favorita!


Não esperava, esse capítulo narrado pela Emma. Foi muito inusitado. Cheio de surpresas. A começar?do ponto de vista, dela, pós - aniversário. - Quando ela se deu conta, após ouvir a melodia Heather, o significado de cada letra da música para Sofia, e analisando a letra ela percebeu que apesar de querer ser como "a Julia", jamais alcancaria esse patamar na vida da namorada.


Por isso, quando saiu de casa já esta decidida a colocar um ponto final na história com Sofia, nem esperou finalizar o que ela tinha para falar. E expos tudo de maneira certeira e as claras, sem chances para arrependimentos. Emma parece até libriana e não sagitáriana (hahaha!). (quando não quer mais algo, você pode fazer o que for que não volta mais atrás na decisão tomada. - Você pode até "carregar agua no cesto", que não faz mais sentido para ela.)


....


As questões de violências domésticas sofridas tanto por Lili quanto pela mãe de Emma, no âmbito familiar, foram enfoques muito importantes, pelos quais, não aguardava neste capítulo. Para mim, foi uma surpresa maior do que os outros acontecimentos da trama que já tinha seus desdobramentos bem  evidentes. - Que poderia pender para qualquer direção.


Até mais!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Sem cadastro
Sem cadastro

Em: 26/05/2024

Woww!!

Tadinha de Lili, tomara que a Emma consiga livrar a pequena do que quer que seja. Sofia sendo honesta foi fofo, mas se não fosse tbm não seria ela. Boa semana!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Mmila
Mmila

Em: 26/05/2024

Eu aqui em lágrimas com essa conversa das duas.

Foi necessária.

E vamos portais cenas dos próximos capítulos de Sofi e Jules.

Responder

[Faça o login para poder comentar]

patty-321
patty-321

Em: 26/05/2024

Muito intenso e profundo. Dói né? Mas a Emma cair na a real foi o melhor, a Sof nunca vai conseguir ir avante amando outra pessoa. E tomara que esse advogado ajude no caso da irmã. Pena que na vida real há crápulas como o seu padastro. 

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Zanja45
Zanja45

Em: 26/05/2024

É,  ficamos em estado de choque, inicialmente, mas nada que não possa ser revertido. Eu, particularmente, quando criança, queria saber a sensação de tomar um choque. Sabe que fiz? Enfiei um arame numa tomada. Resultado. - Senti um estremecimentono corpo e no coração,e nunca mais quis experimentar um negócio desses, pois, poderia não estar mais viva para contar a história.(Kkkkkk!) Então, tudo é válido, mesmo que quebre expectativas. O mais importante mesmo é viver de maneira emocionante. - É claro que respeitando as normas de segurança( quanto ao experimento  realizado) e a cronologia da história (Tem uma uma ordem para ocorrer). ( A gente pode até opinar dar pitaco, enfim, porém o rumo dos acontecimentos que dá é você que é a autora da história). Portanto, estou pronta, para o quê der e vier. (Rsrsrs!). Continue, Alina, quebrando nossas expectativas a vontade, porque é o inusitado que nos prende cada vez mais ao enredo da sua história.


Bjs!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

edjane04
edjane04

Em: 26/05/2024

Woww!!

Tadinha de Lili, tomara que a Emma consiga livrar a pequena do que quer que seja. Sofia sendo honesta foi fofo, mas se não fosse tbm não seria ela. Boa semana!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Sem cadastro
Sem cadastro

Em: 26/05/2024

Boa noite, Alina!

Estou gostando que você está postando adiantado. Para mim ficou ótimo, pois não me atraso mais nas segundas - feiras para ir ao trabalho.( Sou viciada, então só cuido de me arrumar pro trabalho, depois que eu leio). (Rsrsrs!).

Abraços!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

S2 jack S2
S2 jack S2

Em: 26/05/2024

Nossa!!! Que capítulo!!!
As palavras até fugiram.
Eu fiquei com o coração despedaçado, esse é a definição perfeita. Pela Emma, pela sua irmã, pela sua mãe...
Agora eu torço que a Emma tenha o final que ela merece.

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web