A Detetive por Isis SM
Capitulo 40
Capítulo 40
Complicações, um novo inimigo?
Rubí
A ligação de Gonzalez veio durante a minha rotina de corrida e imediatamente voltei do meio do caminho para me arrumar e sair para o Departamento parecia que finalmente teríamos um culpado sobre a morte do advogado e assim eu teria tempo de ir atrás do desgraçado que ousou me ameaçar. Chovia naquela manhã e a pista não me permitia acelerar então durante o trajeto relembrei os depoimentos e as condições em que encontrei o escritório, havia algo errado em toda aquela história e hoje eu iria descobrir ou eu não me chamava Rubí Valdez.
Quando cheguei todos já estavam à minha espera menos Lisa o que estranhei de imediato, mas ela teria que nos alcançar depois.
_ Estou aqui o que encontrou González?
_Bom avaliamos os conteúdos da câmera que você encontrou e você precisa ver isso! - Disse González animado dando play no monitor.
O vídeo mostrava várias discussões entre a vítima e um homem de terno caro, em uma cena específica o homem chegou a esmurrar o rosto da vítima sendo contido por Breno O'Neill. A gravação foi adiantada até o dia do assassinato. No monitor vimos o homem ainda não identificado chegar calmamente com outro homem suspeito que se vestia todo de preto como um segurança, ambos surpreenderam o advogado que pareceu aflito, eles tiveram outra discussão tensa onde a vítima parecia se negar a algo e quando o homem percebeu que não o faria mudar de ideia fez sinal para seu comparsa chegar próximo a vítima e encostar o cano da arma em sua cabeça, o homem de terno fez a suposta proposta novamente e recebeu um claro não da vítima que teve sua vida ceifada naquele momento. O restante do vídeo mostrou o comparsa forjando o suicídio enquanto o outro arrumava o terno e saia da sala.
_ González tente melhorar a qualidade das imagens dos rostos dos dois homens e fale com a inteligência para tentar ver se algum dos dois tem passagem pela polícia, acredito que pelo menos o atirador tenha, imprima fotos dessas imagens também! Enzi localize Breno O'Neill quero saber se ele conhece algum desses dois...
_Desculpa o atraso gente o que eu perdi? - disse Lisa ofegante ao chegar à sala de reuniões.
_Que bom que resolveu se juntar a nós detetive preciso que veja as filmagens verifique o paradeiro dos seguranças que estavam de plantão na noite do assassinato e depois vamos atrás deles, aqueles dois não conseguiriam tudo isso sem ajuda! Se ninguém tem nada a perguntar vamos ao trabalho!
_Nossa depois que esse caso acabar quero uma dose dupla de whisky lá no The Rock! - afirmou Roberto González com ar cansado.
_Todos nós amigos, mas no momento vamos ao trabalho! - Concluiu Enzi ao saírem porta a fora.
O dia correu agitado entre relatórios, broncas do meu chefe que exigia uma conclusão do caso até o final da semana e estávamos em uma quarta-feira. Enzi e eu fizemos o interrogatório com o sócio da vítima e ele afirmou que nunca havia visto aquele homem antes a não ser naquele dia da briga, questionamos o teor da conversa e o advogado pareceu nos esconder alguma coisa e como não tínhamos mandato para segurá-lo tivemos que liberá-lo logo em seguida. Pedi a Enzi que emitisse um mandato oficial para que Breno pudesse depor com a presença de um advogado e isso só o tornava cúmplice de assassinato, porém até lá eu precisava aguardar o retorno dos outros. Minha cabeça latej*v*, mas não era apenas o caso que me incomodava aquele maldito cartão me atormentava quem poderia estar por trás disso? Por que envolver minha família? Como soube quem era minha irmã? Quanto tempo levaria até chegar em Carolina e Arthur ou até minha mãe? Todas aquelas perguntas e eu sem um maldito suspeito, poderia por Mônica como uma suspeita, mas aquela víbora não iria me ameaçar quando sua empresa está sobre investigação, não ela não era tão ousada ou era? Me perguntar quem poderia me odiar não era uma opção afinal eu já havia prendido várias pessoas que com toda certeza me odeiam, massageei minhas têmporas em busca de aliviar a dor de cabeça que começava, eu estava completamente perdida, com medo e sem saída e tudo piorou quando recebi a mensagem no meu celular.
A QUANTO TEMPO DETETIVE, ESTÁ MUITO BONITA HOJE RECEBEU O MEU CARTÃO? ESPERO QUE TENHA GOSTADO DAS FLORES...
NOS FALAMOS EM BREVE!
ASS: S.M.P
Lisa
Encontrar Mercedes nunca me fazia bem e desde o nosso primeiro encontro ela vinha me ligando em horários esporádicos para pedir mais dinheiro e eu nunca continuava a conversa quando chegava nesse ponto, mas hoje ela estava alterada e eu preferi encontrá-la antes do trabalho o que foi um erro, meu humor já estava péssimo por causa da situação chata que aconteceu entre eu e Luna e só posso torcer que ela não esteja pensando besteiras, parei a moto e esperei por Mercedes por mais ou menos meia hora até que ela finalmente desse o ar da graça, seu estado estava péssimo seus cabelos estavam desgrenhados e presos em um coque descuidado, seu cheiro denunciava a falta de higiene e sua magreza era evidente, eu achava que não poderia ficar mais triste ao vê-la, mas me enganei.
_ Mas o que aconteceu com você? Perguntei ao vê-la se aproximar, estava ainda mais abatida, cabelos desgrenhados e roupas imundas, seu cheiro era repugnante e ela tremia.
_Desculpe eu perdi a hora. - Disse Mercedes pouco antes de desmaiar.
Meu coração parou no instante em que a vi desacordada em meus braços o que houve depois foi no automático ligar para a emergência, dar entrada no hospital, ligar para o meu pai para avisá-lo que Mercedes estava de volta as nossas vidas e essa foi a parte mais difícil para mim. Demos entrada no hospital de papai e tudo aconteceu muito rápido e a levaram para algum lugar que eu não poderia entrar, o jeito era esperar. Olhei o relógio e eu estaria mais do que atrasada em cinco minutos, mas no momento o trabalho não era minha prioridade.
_Lisa?
_Papai como ela está? - Disse levantando e o abraçando e ele retribuiu o abraço forte como sempre.
_Ela está estável, mas muito fraca, está desnutrida, desidratada e a grande quantidade de componentes químicos no sangue impedem que eles possam administrar algum medicamento então por enquanto ela está no soro e em monitoramento, ela vai ficar bem só precisa ser desintoxicada antes de qualquer exame. Disse ele enquanto nos acomodávamos no sofá da sala de espera.
_E lá vamos nós outra vez, não é? -Disse em tom irônico e triste. _Desculpe não ter falado antes eu pensei que iria dar conta sozinha dessa vez. - Disse me encostando no sofá com as mãos entrelaçando os cabelos soltos.
_Não precisa se desculpar, você não tem culpa das decisões dela, ela vai se recuperar e quando estiver bem vemos o que acontece está bem? Por que não vai para casa e descansa? - Falou dando tapinhas no meu joelho parecia que eu era uma criança de 12 anos de novo.
_Não posso já estou atrasada para o trabalho, se acontecer alguma coisa me liga tudo bem? - Falei me levantando com esforço meu corpo parecia pesar toneladas.
_Não se preocupe eu aviso e Lisa você não precisa agir como se estivesse sozinha querida, você não está! - Disse segurando meus ombros e depois me abraçando e dando um beijo em minha testa.
Fui a viagem toda para o trabalho tentando não pensar nas consequências de ter minha progenitora em minha vida de novo, por mais que eu a amasse ela nunca trazia boas situações. Entrei correndo no saguão do DP e acabei esbarrando em um policial que nunca havia visto antes, deveria ser novato, mas era forte e muito mal-humorado.
_Bom dia Miguel quem era o cara novo? - Falei para o guarda que ficava na recepção e cuidava da catraca de entrada no Departamento, Miguel era um cara alto, negro e muito simpático que mantinha o bigode sempre aparado e se orgulhava de ser só o recepcionista porque podia deixar sua grande barriga de cerveja estufar o uniforme, todo mundo adorava aquele cara inclusive eu.
_Que cara novo? - Perguntou confuso.
_O que trombou comigo na porta, ele quase me derrubou você não viu? - Falei passando meu cartão no identificador da catraca.
_Vai ver você não conhece todo mundo no DP sabichona e não tivemos registro de novos policiais nem cadetes desde que a sua turma formou. - Falou ele tirando onda com minha cara.
_Acho difícil, eu conheço até a estagiária do RH dessa espelunca, tenho certeza de que nunca o vi antes...- Falei brincalhona, porém intrigada.
_Sei... Vem cá você não está atrasada não? – Miguel cruzou os braços em cima de sua grande barriga de cerveja rindo da minha lerdeza, me despedi dele e corri até a sala de reunião, mas todos já estavam de saída.
_Desculpa o atraso gente o que eu perdi? - Cheguei ofegante à sala de reuniões depois de ter corrido o mais rápido que eu pude.
_Que bom que resolveu se juntar a nós detetive preciso que veja as filmagens verifique o paradeiro dos seguranças que estavam de plantão na noite do assassinato e depois vamos atrás deles, aqueles dois não conseguiriam tudo isso sem ajuda! Se ninguém tem nada a perguntar vamos ao trabalho! - Rubí parecia não ter dormido nada e estava agitada. Vi as filmagens e depois fui fazer o que ela pediu, imergi no trabalho para evitar pensar em Mercedes e em toda a problemática disso.
_Nossa eu devo ser péssima de cama, se estiver me evitando me avisa.
_Oi Luna, desculpa eu não tive muito tempo para pensar hoje. - Falei encarando a loira cacheada que estava encostada em minha mesa.
_Cadê sua chefe? -Luna olhou ao redor a procura de Rubí e nem eu sabia bem onde ela estava.
_Não sei acho que ela falou algo de relatório e falar com o escroto do nosso chefe. – Olhei ao redor imitando seu gesto e tentando lembrar o que Rubí havia me dito sem sucesso.
_Então posso te roubar um beijo e te fazer almoçar? – Luna sussurrou como se fosse um segredo.
_Claro! - Me levantei e me encostei nela para selar nossos lábios rapidamente, nossos olhos se encontraram e segurei seu queixo a fazendo continuar a me olhar. _ eu já estava com saudade sabia?
_Acho bom mesmo, vamos talvez a gente demore um pouco para voltar. _O sorriso ladino que me deu me fez pensar que não íamos apenas almoçar.
Saímos do Departamento e seguimos para o seu apartamento, mal chegamos a sua porta e já estávamos nos beijando como se não nos víssemos há semanas, tiramos nossas peças de roupas sem deixar de nos beijar, Luna pulou em meu colo e entrelaçou suas pernas em minha cintura enquanto eu a segurava e a levava para o quarto entre beijos e pequenas mordidas, ela tinha o poder de me fazer esquecer até o meu nome. Tirei seu sutiã e suguei os bicos de seus seios rosados um a um os sentindo endurecer em minha boca, Luna suspirava de prazer e enroscava seus dedos em meu cabelo, segui beijando e sugando da sua barriga até chegar na calcinha onde lambi e suguei seu sex* por cima do tecido só para provocá-la, seus suspiros e pequenos gemidos me enlouqueciam, afastei a pequena peça para poder sentir seu gosto e invadir seu interior com minha língua a deixando ainda mais excitada antes de penetrar meus dedos e senti-la rebol*r sob minha mão, voltei a beijar sua boca enquanto seguia seu ritmo para lhe dar o prazer merecido, eu ainda a beijava quando afastou nossas bocas para poder gem*r alto quando gozou. Seguimos nossos desejos por mais um bom tempo até que estivéssemos saciadas.
O ar ainda me faltava quando consegui falar algo.
_Isso foi intenso! -
_É a sua punição por me deixar excitada e ir embora. – Luna riu ao se deitar sobre meus braços se aconchegando em meu peito.
_Desculpe por isso, vou tentar não fazer de novo. – Lhe disse sem muita convicção.
_Sei... Você não consegue evitar Lisa, então não prometa o que sabe que não vai cumprir. Mas eu preciso que seja sincera comigo, o que você e Rubí tem afinal? Você é a fim dela ou algo assim por...
_Não! Meu Deus claro que não já disse várias vezes que não. -Só a ideia me causava repulsa.
_Então você deve algo a ela? Por que ela é tão importante para você? Até onde sei vocês estão trabalhando juntas a poucos meses, é que não faz sentido para mim! – Luna se ergueu apoiando -se com o cotovelo para me encarar.
_Olha isso é complicado, mas eu te garanto que eu não sinto nada romântico nem por ela nem pela irmã dela e nem pela namorada dela só para deixar isso bem claro, não tem nenhuma mulher na minha vida além de você. – Acariciei seu rosto antes de beijá-la, senti seu sorriso entre o beijo antes dela se afastar de novo.
_Ok... Pelo visto você não vai contar o que há de errado, não é?
_Desculpe, mas por enquanto eu não posso. - Falei colocando seu cabelo atrás da orelha.
_ Ei relaxa, está tudo bem me conte quando sentir que deve, só peço que seja sempre sincera por favor. - Ao ver minha cara de desapontada por não poder contar tudo Luna tratou de me animar.
_Eu serei não se preocupe, jamais faria algo para te magoar. –Era verdade era mais fácil eu sair magoada do que magoar alguém.
_Então o que anda te deixando tão preocupada ultimamente? - Perguntou acariciando meu rosto com as pontas dos dedos.
Luna tinha o dom de me fazer falar, acho que me sentia segura com ela, sentia que eu poderia confiar nela e isso me fez falar sobre o incidente com minha mãe biológica e sem querer acabei soltando sobre a suspeita de Rubí estar sendo seguida, sobre nossas suspeitas sobre Mônica ser uma mulher perigosa e seus contatos na polícia, o que me fez pensar que ela poderia sim infiltrar alguém lá dentro com ajuda do nosso chefe que como sabíamos era amigo de sua família apenas para vigiar e perseguir Rubí, por mais absurda que fosse a hipótese achei melhor não descartá-la. Depois que contei o que podia e talvez até o que não podia me senti mais leve e até já havia voltado a rir de algo que ela me contava, a observei atentamente e eu não cansaria de admirar aquela mulher, não havia dúvidas que eu estava completamente apaixonada por ela.
_Então o que vai fazer no feriado? - Perguntei enquanto acariciava suas costas com a ponta dos dedos.
_Não sei, não sou de comemorar essa data nunca foi costume em minha família então normalmente só descanso mesmo por quê?
_O que acha de almoçar com minha família? Minha mãe irá fazer um almoço de ação de Graças e me intimou a chamar algumas pessoas que eu goste... então o que acha?
_Nossa que honra claro que vou, não sei com que cara eu vou conhecer seus pais, mas eu adoraria. – Disse rindo, mas senti que ficou nervosa com o convite.
_Não se preocupe ela sabe que estou conhecendo uma mulher incrível e que não demos nenhum título ao que temos então ela não vai te perturbar com perguntas. –Falei rindo.
_Saber disso não diminui meu nervosismo- Admitiu. _ Mas gostei da parte da mulher incrível. – Falou se movimentando para ficar em cima de mim de novo.
_Só falo verdades, é uma mulher incrível, mega inteligente, linda, cheirosa e extremamente gostosa. –A cada elogio a beijava a fazendo sorrir e como eu amava vê-la sorrindo.
_Então você quer almoçar ou trans*r de novo? – Ela beijou meu queixo e desceu seus lábios pelo meu pescoço.
_Acho que você já decidiu. - Disse antes de me entregar novamente ao prazer.
Mônica
_ Como assim ela tem um novo suspeito? Você é um incompetente, para o que te pago se não consegue sumir com uma merd* de câmera!
_Desculpe senhora, mas ela age muito rápido a desgraçada é boa no que faz..
_Então eu deveria colocar ela no seu lugar seu imbecil! E o que você sugere que eu faça enquanto ela fuça onde não deve, hãn?
_Se me permiti senhora, sugiro que viaje a negócios e deixe que me encarrego dos outros dois.
_Está bem, mas se você falhar Delegado, vai desejar a morte ao que espera por você eu fui clara?
_Perfeitamente se... senhora!
_É incrível como eu estou cercada de idiotas! - Disse esbravejando antes de discar o próximo número do celular reserva. _Oi Sou eu, como andam as coisas? - Falei ríspida.
_Tudo pronto, as mensagens já começaram a serem entregues senhora.
_Pelo menos isso, escute siga com o plano eu não estarei aqui até depois do feriado de ação de Graças, mas me comunicarei com você por outro número quando for seguro, não me desaponte!
_Não se preocupe o cara é esperto e o que não falta é ódio nele.
_Perfeito! Quero ver Rubí em completo desespero.
_Sim senhora e o que faremos se ela estiver acompanhada?
_Faça o que quiser, me surpreenda!
_Pode deixar, boa viagem senhora.
_Obrigada Feliz dia de Ações de Graças antecipado. - Desliguei com um sorriso quase vitorioso nos lábios, Rubí mexeu com a pessoa errada e logo ela saberia disso, primeiro iria destruir seu psicológico depois sua vida. Apertei o botão para chamar minha secretária que chegou no minuto seguinte com alguns papeis.
_Sim senhora?
_Preciso que reserve meu quarto no mesmo hotel em Milão, para hoje quero estar lá logo no início da tarde mande preparar o jatinho.
_Alguma reunião que eu precise reagendar? - Falou a ruiva, ela parecia melhor ainda estava magra, mas não parecia tão abatida e poderia arriscar que já começava a perder o medo de estar em minha presença, isso era interessante.
_Apenas remarque para que seja online, o que são esses documentos em sua mão? Não tenho tempo de avaliar mais nada hoje.
_Esses são novos contratos, mas já foram avaliados e só precisam de sua assinatura são apenas rotina.
_Está bem me entregue aqui. –Falei já louca para me livrar daquela burocracia chata, odiava ter que ficar relendo documentos, a liberei para que agilizasse o que pedi e para seu alívio não iria precisar dela durante o tempo que passaria viajando, estava ansiosa para ver a ruína de Rubí e apenas isso me interessava.
Fim do capítulo
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