Eita fubá..k..vai voar pena1
Capitulo 105. Rei morto, rei posto.
Depois de resolver algumas coisas do regimento e ajudar a mãe na cozinha, Andressa subiu até o quarto do casal. Ao entrar viu que Márcia dormia tranquilamente e se deitou ao seu lado observando a esposa. Começou a acariciar a coronel que já se remexia na cama com o contato. Ficou observando o quanto a coronel com quase 60 anos, continuava atraente. Os cabelos praticamente estavam quase grisalhos, as mãos começavam a enrugar aos poucos coisa natural do ser humano. Os olhos continuavam aquele azul acinzentado de anos atrás e sabia também que eles sempre transmitiriam o amor que Márcia sentia por ela até que chegasse o dia em que teriam que se separar para voltar à pátria espiritual. O casamento era perfeito, é claro que as vezes tinham suas diferenças, mas sempre se acertavam e logo a harmonia do casal estava de volta. Tinham seis lindos filhos. Três rapazes (Nicola, André e Gabriel) e as moças (Perfídia, Celina e a esquentada Antônia). Seis porque Perfídia a mais velha tinha sido adotada com muito amor por Andressa e assim como os irmãos, ela era uma Mantovanni de linhagem pura. Parou de observar a esposa quando viu que essa havia acordado.
-- Oi meu amor, faz tempo que você está aí?
-- Sim! Tempo suficiente para te observar e pensar no tempo em que estamos juntas, na nossa vida conjugal, nos nossos filhos, enfim. E no quanto estamos envelhecendo.
Márcia riu da colocação que a esposa havia feito minutos atrás.
-- Ficando velhas não! Utilizadas pelo tempo.
-- É verdade meu amor. Utilizadas pelo tempo.
Márcia olhou carinhosamente para a esposa. Depois a enlaçou em seus braços dizendo:
-- Vem aqui que eu vou te mostrar quem está utilizada pelo tempo.
-- Quero provas. Respondeu Andressa.
Como sempre Márcia e Andressa se amaram intensamente. A coronel deixava a esposa em ponto de bala e claro que ela gostava já que Andressa amava uma safadeza. Principalmente quando Márcia a possuía de tudo quanto era jeito até se lambuzarem de tanto prazer.
-- Até que enfim resolveram sair do quarto! Disse dona severina ao ver as duas descendo a escada.
Andressa ficou sem graça pois a sala estava cheia e o comentário feito pela mãe, havia deixado a filha vermelha igual a um pimentão.
-- Minha querida sogrinha, nós estávamos conversando vários assuntos! Respondeu Márcia para a sogra.
-- É eu imagino os tipos de assuntos que vocês conversaram. Ainda mais estando ambas na cama!
Márcia procurou os filhos e viu que eles estavam assistindo filme na biblioteca que também era o escritório da mãe. Resolveu não interromper porque as crianças estavam tão concentradas que nem perceberam a mãe abrir a porta. Fechou em silêncio voltando para a sala.
-- Então minha nora, você vai acatar a ideia da sua nora? Disse o sogro de Márcia sob os olhares atentos da enteada, da esposa e da futura neta.
-- Sim coronel. Eu pensei muito e conversando com a Andressa, resolvi que vou acatar essa ideia que de momento me parece a melhor alternativa.
-- É isso mesmo minha nora de momento essa é a única opção. Eu no seu lugar, faria a mesma coisa. Nada melhor do que você dar ao rato aquele queijo que ele mais gosta. Não adianta dar queijo prato se ele gosta do gorgonzola ou de rockford.
Márcia analisou as palavras do sogro. Percebeu que tanto Rafaela quanto Raimundo tinham razão. Ela teria que barganhar o melhor queijo que tivesse para pegar não só um, mas vários ratos. Principalmente o rato mestre e esse ela fazia questão de pegar pelo rabo. Decidiu que chamaria o major para conversar. Deixá-lo-ia pensar que estava por cima da carne seca. Porém, o capitão Prado continuaria no presídio, mas teria que fazer papel de bobo da corte até que tivesse o restante das provas para a prisão do major e seus aliados. O que ninguém imaginava é que, Prado havia colocado câmeras em lugares estratégicos porque assim como a coronel, o capitão também era uma raposa bem astuta. Então, só teriam que esperar o momento para contra atacar e esse estava chegando. Márcia preferiu esperar a plena recuperação do capitão Ferreira e dos outros três policiais que também foram vítimas dos mandos e desmandos do major para que eles pudessem depor.
Depois da conversa, foram jantar. Dona Severina, Perfídia, Antônia e Celina haviam feito arroz, feijão, bife de fígado, batata frita e salada de rúcula com queijo fresco, tomate cereja e manga. Nicola como sempre, encheu o prato. Todos sabiam que o menino desde que era bebê sempre foi bom de peito, mamadeira e atualmente não dispensava uma boa refeição. Assim como Márcia, o menino não gostava de frango. Gabriel também não era fã dos penosos, mas as irmãs até que gostavam. Ainda estavam jantando quando Cláudia, a esposa e os filhos chegaram.
-- Boa noite chegamos em uma ótima hora!
-- Entre minha amiga! – Aproveitem e venham jantar conosco. Disse Andressa para a comadre.
-- Obrigada Andressa! – E vocês crianças tudo bem?
-- Sim madrinha! Respondeu Celina.
Depois de se acomodarem para jantar, Cláudia disse para Márcia que precisava falar com ela e Andressa. Um assunto era sobre André e o outro da ajuda que ela estará dando para a amiga na missão que lhe fora confiada, ou seja, as mamães poderiam contar com ela tanto no caso do filho quanto na investigação e prisão dos ratos.
Na manhã seguinte Márcia recebeu o major em sua casa. Deixou Malaquias muito a vontade ao qual esse achou que estava limpo em relação as barbáries que haviam tornado o presídio Romão Gomes em um verdadeiro campo de concentração.
-- Então coronel eu posso voltar para a diretoria do presídio?
-- Sim major, o capitão Prado continuara sendo seu auxiliar. O senhor tem o meu apoio e também terá o dele. Nós até já conversamos e ele ficará à sua disposição para o que precisar.
-- Obrigada coronel pela sua confiança. Eu sinceramente achei que perderia o meu cargo. Até porque aquela história que andam falando por ai, não tem cabimento. Eu prezo muito pelos prisioneiros. São como meus filhos e o que aconteceu com o Arruda, foi culpa do major Bergamota. Eu só cumpri ordens!
-- Então está bem major. A partir de amanhã o senhor volta ao seu posto. Passar bem!
-- Obrigada coronel, até mais ver.
Quando o major saiu, Rafaela virou-se para a sogra dizendo:
-- Coronel, eu estou besta com tanta cara de pau e cinismo desse homem! Dona Andressa, esse meliante não tem escrúpulos! – Nunca imaginei que na polícia houvessem pessoas assim!
-- Está vendo minha nora o que você terá que enfrentar em sua carreira? – Você irá encontrar muitos assim como ele. Porém também irá encontrar pessoas honestas e decentes. Amigos que lhe serão sempre fiéis.
-- Mas coronel como eu vou saber em quem confiar? – A senhora um dia não estará lá para me orientar e a Andressa também não porque ela já tem o regimento para comandar. Como eu vou saber?
Andressa chegou perto da nora dizendo:
-- Tenha calma ainda falta muito tempo. Esse mesmo tempo irá se encarregar de te dar a experiência que eu, a sua sogra, seu pai e tantos outros temos. É claro que erros acontecerão. Porém, no momento certo você conseguirá tirar proveito desses erros. Só assim irá aprender. E não se esqueça que o tempo além de bom conselheiro, é também o senhor da razão.
A moça ficou mais calma com as palavras tanto de Márcia quanto de Andressa. Resolveu que depois conversaria com a noiva sobre o assunto
Fim do capítulo
A coronel resolveu colocar o plano da nora em ação. Andressa também aprovou e agora deixarão o major achar que está novamente se dando bem.
Como disse o sogro para Márcia:
- " Não se pode dar queijo prato se o rato gosta de gorgonzola ou rockford."
A coronel já tem quas tudo armado e será só questão de tempo até que os ratos caiam nas raoeiras. principalmente o rato mestre.
Olá meninas!
Boa leitura pra vocês.
Amor!
Beijos te amo!
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Marta Andrade dos Santos
Em: 08/05/2024
Eita, já estou com pena kkkkk.
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