Sem observações!
Capitulo 106. O rato está quase caindo na ratoeira.
Como era de se esperar, o major Malaquias chegou no presídio militar todo cheio da razão. Como para o coronel ele estava acima de qualquer suspeita, logo tratou de mandar chamar o capitão Prado em sua sala. Assim que chegou perguntou:
-- Bom dia major, o senhor mandou me chamar?
-- Bom dia capitão, entre!
-- Capitão o assunto é o seguinte, a coronel me disse que o senhor continuará como meu auxiliar aqui no presídio certo?
-- Sim major! – Ontem mesmo a coronel me avisou que continuaria trabalhando juntamente com o senhor, ao qual, eu não tenho o que falar e nem protestar. A não ser que o senhor já tenha outra pessoa em vista. Disse observando as palavras e atitudes do oficial.
-- Não! – Não tenho ninguém em vista e também fiquei sabendo que o senhor fez um bom trabalho enquanto eu estive fora. Forçadamente por motivos de força maior.
-- Acontece major que eu tentei fazer o melhor possível enquanto o senhor estava ausente. Porém, agora que voltou, creio não ser tão necessário que eu fique bancando a baba de marmanjos. Principalmente de certos oficiais.
Malaquias ficou olhando seriamente Prado. Esse por sua vez se fez de sonso como se não estivesse entendendo a reação do por enquanto seu superior.
-- Cuidado com suas palavras capitão. Eu não sou benevolente igual a sua ex-comandante e posso me aborrecer facilmente.
Prado que era tinhoso igual uma serpente quando queria, deu a resposta imediatamente e a altura para o major.
-- Eu também major posso me aborrecer facilmente. Também não sou igual a coronel Mantovanni. Por isso eu e ela sempre nos demos bem cada um no seu quadrado. Agora se o senhor me der licença, tenho coisas para terminar.
-- Pode ir capitão, se precisar eu mando chamar novamente o senhor.
Assim que o capitão saiu, Malaquias tratou de chamar imediatamente o novo ajudante de ordens que fora mandado para ele por intermédio da coronel. É claro que ele nem imaginava que a raposa do deserto estava sabendo e vendo tudo o que fazia. Ela estava acompanhando todos os desenrolares da “história” pela tela do computador.
-- É, o Prado fez um excelente trabalho. Preciso promovê-lo a major imediatamente.
-- Com quem você está falando meu amor? Perguntou Andressa que chegava com uma bandeja de queijos e vinho.
-- Oi minha linda! – Hummm, queijo e vinho?
-- Sim esse é somente para nós e antes que você pergunte, as crianças estão comendo o deles junto com os meus pais.
-- Isso é muito bom! – Mas vem aqui que eu vou te mostrar uma coisa. Disse chamando a esposa para frente da tela do notebook.
Andressa ficou abismada tanto com a estrutura que Prado e Márcia haviam montado para observar os passos do major quanto olhar e ver suas ações que não eram nenhum pouco condizentes com as regras da polícia militar.
-- Meu amor, mas esse Malaquias é mesmo um pilantra. Olha o que ele está fazendo com o ajudante de ordens! Já está passando da hora de vocês darem um basta nesse safado. Se fosse eu, deixaria o Bergamota acabar com a existência dele. Afinal, foi por causa desse vagabundo que vocês dois, estão praticamente de relações cortadas.
Márcia estava atenta ao que a esposa falava para ela. Realmente Andressa estava totalmente certa em relação ao que disse sobre o major Bergamota. Pelo que constava, ele não queria tão cedo uma reaproximação com a coronel.
-- Sim Andressa e pelo que conheço do Bergamota, ele não vai querer se reaproximar de mim tão cedo. E o pior é que a culpa foi minha. Acusei um dos melhores oficiais de prevaricação e trairagem com um subordinado. Se eu fosse ele faria a mesma coisa.
-- Mas como você poderia adivinhar? – Todos vocês caíram na armadilha desse vagabundo e por causa dele um dos seus melhores amigos está de relação cortada com você e os outros. Até com o meu irmão ele está arisco.
-- Acho que você tem razão meu amor, vou deixar que ele e o Bergamota se entendam.
-- Só tome cuidado para que as coisas não desandem. Não quero ver você e nem a nossa nora baleadas. Eu já chorei muito por isso e eu não quero mais te ver no hospital brigando com a morte. Aliás, nem você e nem nossos amigos.
Márcia não respondeu nada para a esposa. Somente o tempo, os momentos e as ações de cada um ditariam as regras.
No final daquela tarde, recebeu a visita do capitão. Prado passou para a coronel todas as ordens que Malaquias havia dado e também havia um relatório sobre os serviços braçais, horário de banho, almoço, jantar, café da manhã que era somente pão, manteiga, leite com café e as torturas. O major escolia a dedo quem seria o torturado. A coronel quando leu tudo aquilo, sentiu-se mal pelos colegas que ali estavam. Eles haviam feito coisas erradas? Sim! Mas não seria por isso que deveriam sofrer com essas barbáries. Decidiu com o capitão que no final da semana ele receberia voz de prisão junto com o major. Mas somente para figuração. Quem ficaria preso seriam o major e seus cupinchas. E ela a coronel Mantovanni jogaria a última pá de cal em Malaquias.
-- Então Prado você entendeu o plano?
-- Sim coronel estarei esperando a minha “prisão”.
Fim do capítulo
Nos próximos dias a coronel fará uma limpeza no covil.
Qual será o fim de Malaquias?
Bergamota irá se vingar quando sober?
Aguardem!
Bj minha querida Patty!
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