Um dia
No outro dia de manhã, como prometido, ele bateu na porta do meu quarto para me acordar. Ainda sonolenta, fui tomar meu banho e desci. Olhei de relance para onde estava as fotos para saber se não tinha sido impressão minha, mas, ali estava. Junto a uma antiga foto dele em meio a fazenda, sozinho, estava a minha e de minha mãe, comigo ainda no colo. Peguei e analisei mais de perto. Ao mesmo tempo que era estranho, era reconfortante de alguma forma.
― Téo – disse ele da cozinha – vamos tomar café?
Assenti e, colocando aquela retrato de volta no lugar, me juntei à mesa posta com duas xícaras e uma grande variedade de coisas que me fez perder fácil ao olhar para a mesa.
― Você dormiu bem? – meu pai puxou a cadeira para que eu sentasse ao seu lado.
― Dormi sim, e o senhor?
― Tentei...– ele respondeu com um sorriso tímido – Bom, daqui nós vamos buscar sua tia – e logo foi seguindo para servir o meu café primeiro antes de colocar o próprio – que já está nos esperando e de lá vamos atrás de uma roupa pra você. Não estou falando mal de suas nem nada, é que pra esse evento precisa de uma maior formalidade...
― Não, eu entendo – realmente não tinha nenhuma vestimenta com aquele caráter.
― Temos um senhor que faz as nossas roupas, um alfaiate excelente – disse ele tomando um gole no café – Vamos tirar suas medidas e eu pedi prioridade pra ele entregar logo, eu...
Ele deu uma breve tossida antes de pegar o pão na cesta do centro.
― Acredito que não seja do teu estilo usar um vestido.
― Ah, não mesmo – respondia envergonhada – mas, se for obrigatório, eu...
― Não – Tadeu apontou para que eu parasse o que estava falando – você vai usar o que se sentir confortável. Um blazer, então? Com um bom caimento, ficará bonito em você.
Ele só falou da minha tia, mas não citou de sua mãe e nem da outra irmã. Me questionava se deveria falar sobre, ou se teria o momento para isso. Bem, não queria pensar naquilo àquela hora da manhã.
Assim que terminamos o café, seguimos para buscar Patrícia. Chegamos e ela já nos esperava na frente, de óculos escuros, cabelo preso e uma postura impecável mesmo tão cedo.
― Bom dia! – disse ela já abrindo os braços em minha direção – Ah, que ótimo que você veio, Téo! Estava com medo de que não quisesse vir.
― Ela estava duvidando – ele dizia em um tom mais animado – mas, falei que nós estaríamos esperando por ela animados...
― Já falou com o seu Antônio? – ela entregou as malas ao irmão e me puxou pelo braço – Quero essa garota impecável com a gente nesse evento, pra todo mundo olhar e ficar “Nossa, aquela moça que é a filha do Tadeu Monteiro? Que linda!”
― Já está tudo certo – ele revirava os olhos brevemente – de gente mandando já não basta a mamãe.
― Ela vem só pra isso, Tadeu – andávamos em direção ao carro – vem ela, a Simone, o marido e os filhos, só avisando mesmo.
Sentia um embrulho no estômago de pensar em me encontrar com elas depois de ter lido tudo aquilo em relação a mim e à minha família.
― Eu estou sabendo...
― Então por isso que a Teodora tem que estar perfeita, pra ela olhar pra ti – e puxou meu rosto para encará-la – e ficar sem palavras, porque aí ela não abre a boca pra falar merd*.
― Para de colocar pressão na cabeça dela, Patrícia. Já não basta tudo isso que aconteceu...
― Eu já tinha dito a você – ela continuou falando assim que chegamos e abrimos a porta pra entrar no carro e seguir o caminho, com ela tomando o lugar do passageiro e eu indo atrás – Teodora, eu falei pro seu pai desde muito tempo que essa situação era muito estranha.
― Podemos não...
― Não, agora eu vou falar – ela gesticulou para que ele continuasse dando partida e seguindo embora e se virou pra mim – Téo, seu pai chegou pra mim muito tempo atrás – ela frisou o “muito” – e falou pra mim que tinha conhecido sua mãe, e que estava muito apaixonado e tudo mais...
Escutava ele respirando fundo, como se controlasse o grunhido descontente que fugia de sua garganta, balançando a cabeça em negativa. Como resposta, a irmã só fez olhar ainda mais feio para ele.
― Enfim, era sua mãe. Aí nossa mamãezinha querida o manda voltar pra cá porque nosso pai decidiu que já estava na hora dele crescer e tomar conta das coisas aqui...
― Porque você inventou de morar fora e me deixou sozinho e... – Ele fez menção de falar um palavrão, mas, provavelmente por eu estar ali, mudou de ideia. Ela logo interveio.
― Meu querido – seu tom era assertivo – eu fui tomar conta das outras coisas, não é problema meu se o papai queria que você ficasse aqui tomando conta da fazenda. Não tinha sido pra isso que tu tinha ido pra lá?
Ele bufou consigo e desviou o olhar, pegando o caminho para a rodovia.
― Mas aí, ele não teve coragem de dizer não – ela apontou para o irmão novamente – e tudo bem, a gente era jovem e tínhamos pavor deles, aí, curiosamente, a namorada do Tadeu que a mamãe não gosta misteriosamente some e não fala mais nada com ele, e o que ele fez?
― Patrícia, para, por favor...
― Achou que ela não queria mais conversar com ele e ficou por isso mesmo – e deu com os ombros – ficou com medo de ir atrás dela e ela confirmar que não queria mais nada com ele, ou da mamãe ir atrás dele e puxar pela orelha, não sei...
Meu pai ficou em silêncio, mas dava pra notar que cerrava seus dentes um contra o outro.
― Eu insisti, mas, ele ficou assim – e se voltou mais séria ainda para ele – e adiantou de alguma coisa? Nada!
― Tá, e agora você quer que eu faça o quê? – disse ele em um tom revoltado, se virando pra ela – Vá lá com a Elisa e peça perdão de joelhos por ter pensado uma coisa e na realidade era outra?
― É o mínimo que você poderia fazer pela mulher que passou anos tentando entrar em contato contigo! – dessa vez os ânimos da minha tia que aumentavam – E agora, que tu sabe o que aconteceu, de novo, tu não faz nada!
― Qual é a parte do “a Elisa me odeia e não quer falar comigo” tu não entendeu?
Sentia que ele ia parar o carro e começar a discutir com ela a qualquer momento.
― Você é muito covarde, Tadeu – seu tom era indignado – eu quero saber se tu vai ficar calado assim quando a Simone aparecer e ver a Teodora do nosso lado.
Engolia em seco mais uma vez, apertando minhas mãos contra as coxas.
― Porque eu – ela enfatizou a frase – não vou fazer isso, e você que se vire pra apartar a briga.
― É melhor eu não ir então.
Ambos se viraram na minha direção, e minha tia me olhou como se eu tivesse proferido um grande absurdo.
― Não – ela continuava a falar no tom mais alto que o normal, com o cenho franzido – claro que não, Teodora! Elas querem isso, que você abaixe a cabeça e recua, mas você não vai fazer isso.
E segurou minha mão, a balançando com força.
― Não se preocupe, tá bom? Você vai estar com a gente, não vai te acontecer nada.
Tentei me dar por convencida por aquela frase, mesmo que eles tenham voltado a discutir e eu a tentar ignorar toda a confusão que se tornava. Meu pai parecia tremer de raiva, mas ela também não estava diferente. Já havia se tornado uma discussão que não dizia respeito a mim ou qualquer coisa relacionada.
Ao chegarmos no alfaiate, eles já pareciam menos irritados um com o outro. Um senhor já idoso, com óculos fundo de garrafa e usando uma roupa que me fazia lembrar um personagem de um filme de época nos cumprimentou de imediato.
— Irmãos Monteiro, a que devo a honra? Oh! – ele me olhou surpreso – Você eu não conheço.
— É minha filha, a que te falei – e o senhor arregalou ainda mais os olhos, como se prestasse mais atenção para me analisar – a Teodora.
― Hm... – ele me olhou das cabeça aos pés e concordou com a cabeça – Ótimo, vamos tirar suas medidas.
Enquanto aquele senhor me media com uma fita e pedia para que ficasse em poses específicas, ri comigo mesmo lembrando do comentário de Catarina fazendo alusão que eu era a princesa herdeira de algum reino que não recordava o nome. Sentia como se fosse fazer o vestido do meu baile.
— Pronto – ele deu um sorriso satisfeito – agora, vamos pros modelos.
― Isso fica comigo – minha tia logo disse, indo para o meu lado – vamos lá ver.
Meu pai mexia no celular, fazendo algumas ligações. Já ela me mostrava um dos modelos disponíveis.
― Esse vai ficar ótimo em ti – e mostrou para o alfaiate – o que o senhor acha?
Ele encarou sério à imagem e para mim, pegando a fita novamente que estava em seu pescoço. Fez algumas anotações e acenou com a cabeça.
― Vai ficar perfeito nessa bela moça – ele deu seu sorriso amigável mais uma vez – com certeza vai ser o centro das atenções.
Curiosamente, minha tia tinha escolhido os modelos de blazers, mesmo que não tivesse comentado sobre meus gostos e nem nada do tipo. Talvez fosse uma boa observadora.
— Vocês vão ficar aqui? – Tadeu voltou para onde estávamos – Tenho que resolver um negócio urgente.
― Não, vamos fazer umas compras – ela me olhou de relance, concordando com a cabeça – não é, Teodora?
― Não sei se é necessário... – dizia por fim, mas logo foi ignorado.
― Então, assim que acabarem, me liguem, tá bom? Até mais! – dizia ele para nós, que nos despedimos do senhor e seguimos para o outro lugar de escolha da minha tia.
― Ah, Patrícia! – uma mulher a recebeu animada, já a abraçando assim que entrou – Que coisa maravilhosa te ver!
O lugar era requintado e cheirava a estofado novo misturado a algo mais cítrico, provavelmente misturado nas roupas que ali estavam dispostas. Elas conversaram brevemente enquanto olhava o entorno.
― Essa é a Teodora – ela apontou para mim, enquanto a mulher no local sorria pra mim.
― Ah, já tinha te visto por aqui – disse ao se aproximar pra dar um abraço – mas, ainda não te conhecia. Você... – ela cerrou os olhos, como se tentasse puxar uma memória – É amiga do menino dos Martins, o...
― Cristiano – dei um tímido sorriso, concordando, e ela deu um largo riso.
― É, ele mesmo! Você se dá com a Catarina também ou só com ele?
― É, eu... – franzi o cenho, já que a confusão me atacou por alguns breves segundos sobre a resposta – Me dou bem com os dois.
― Ela está precisando de umas roupas que deixem ela mais séria, pra começar a ir com a gente pras coisas, sabe? – minha tia se voltou logo pro meu lado – Minha sobrinha tem essa cara de neném angelical que não faz mal pra ninguém, pelo menos com uma roupa certa ajude ela com isso, sabe?
― Sei exatamente o que te indicar, Téo – ela continuou com o sorriso amigável – vamos?
As peças de roupa consistiam em camisas de manga, umas lisas, outras com listra, na sua maioria de cores claras e calças de linho estilo no estilo que tinha no alfaiate. Ao experimentá-las, ria comigo mesmo ao me ver tão arrumada assim.
Mostrei à minha tia e perguntei como ela. Ela somente concordou com a cabeça, satisfeita.
― Você está ainda mais linda, Teodora. Gostou de quais?
― Eu gostei desses – apontei para as peças separadas em um canto – mas...
― Agora vamos escolher uns sapatos, porque não dá pra ir pra lá de chinela.
― Mas, tia... – ainda era estranho chamá-la assim, mas agora parecia mais natural – Não vai ficar caro?
Ela olhou de relance pra mim e deu uma risada genuína.
― Meu amor – disse segurando meu queixo – dinheiro pra gente não é problema. É você dizer qual você gostou mais que você terá.
Eu não fazia ideia de como escolher, então ela se propôs a ajudar. Separou alguns sapatos mais formais, assim como um tênis e perguntou se estavam confortáveis e se tinha gostado. Fiquei receosa, mas, quando ela me viu hesitando, só pegou os que estava olhando e pediu para passar no caixa.
Ela também tinha separado algumas coisas pra si. A dona da loja, a mulher que tinha nos atendido, agradeceu e assim saímos de lá.
― Agora só falta uma coisa – dizia ela balançando as sacolas de compras e conferindo se estava tudo ali – arrumar nosso cabelo. Uma amiga minha me indicou um salão excelente que tem aqui por perto, deixa eu ver aqui o endereço...
E isso era bom, porque meu cabelo estava sem corte e desgrenhado, com as pontas soltas deixando-o com um aspecto ainda mais bagunçado. Seguimos dessa vez para o salão, onde fomos bem atendidos por um dos rapazes de lá.
― E então, o que vão querer? Alguma sugestão?
― Eu vou querer mais ou menos assim... – Ela apontou para um modelo no telefone – E você, Téo? Tem alguma ideia?
Ele me ajudou a procurar uma que não tirasse tanto o comprimento, mas que o deixava mais comportado. Assim que ele lavou, passou alguns produtos e começou a cortar, já podia sentir a diferença. Vi minha tia rindo no canto.
― Não é que... – ela pressionou os lábios, me olhando pelo espelho – Fiquei pensando na Elisa vendo que você é a cara do seu pai.
Realmente, não dava para negar a semelhança entre nós, coisa que minha mãe já tinha constatado vez ou outra com amargor, e parecia que, quanto mais eu me olhava no espelho, mais eu via algo dele em mim. Não era incomodo, só era peculiar. Eu sabia que era de um jeito que me diferenciava fisicamente da minha mãe, mas jamais pensava de onde poderia ter vindo disso.
Agora, que sabia, parecia fazer sentido. No entanto, acho que minha mãe não me associava a imagem dele, mas uma minha, própria, mesmo com a similaridades em tantos pontos em nossa aparência.
Assim que terminamos, meu telefone tocou. Era Catarina perguntando se eu não ia lá almoçar.
― É claro que você vai lá – minha tia disse assim que viu que dizia que estava meio ocupada – vamos!
Desliguei e seguimos caminhando para lá. Não era longe, e ainda tinha o ponto curioso que vez ou outra, quando ela passava em algum canto, alguém a cumprimentava animado, mesmo ela não morando lá há tanto tempo.
Quando chegamos na frente, ela me recepcionou. Confesso que tive que me conter para não parecer tão explícito minha animação em vê-la.
― Téo! – disse ela abrindo o portão, indo logo me abraçar e beijar meu rosto. Meus lábios tremiam – e dona Patrícia Monteiro...
Ela estendeu a mão em um gesto educado, ao qual minha tia logo acatou.
― Catarina Martins, o clone não autorizado do tio.
― Por favor, entre – ela gesticulou para que entrasse, mas, acabou negando – A mamãe está aí, ela vai adorar te ver.
― Ela está ali? – minha tia olhou por entre os ombros de Catarina. Assim que a viu, a animação entre elas foi mútua – Ah, que coisa maravilhosa!
Elas basicamente correram uma atrás da outra, se abraçando empolgadas. Já Catarina me olhou de relance, e levou os dedos até meu cabelo, o jogando pra trás.
― Ficou ótimo.
― Você gostou? – ela assentiu de volta, afirmando – Então, pra mim está ótimo.
Ela deu um risinho, mordendo os lábios e entrelaçando sua mão na minha. Não me importei com mais nada além disso. Fomos para seu quarto e ali ficamos por um tempo, deitadas ao lado uma da outra, meu corpo colado ao dela, meu nariz roçando em seu pescoço, meus olhos fechados, como se só estivéssemos nós ali, e não tivesse nada além disso, nem mesmo a conversa em outro cômodo, nem mesmo o barulho da comida no fogão ou até mesmo a reclamação que vinha do quarto ao lado.
Na hora do almoço, comemos todos juntos, até mesmo Cristiano se juntando a nós.
― Por que você sumiu? – perguntei assim que terminamos de comer.
― Não queria incomodar – ele disse dando com os ombros – a conversa que chegou aqui é que você ia resolver umas coisas com sua família e não sei o quê...
― Deixa de ser chato, Cris – respondi em um tom sério, com as sobrancelhas franzidas – isso não justifica você me ignorar.
― Não é ser chato, só queria respeitar seu espaço – ele fazia um bico com os lábios – sem contar que eu não estou te ignorando – e deu com os ombros – é só que você tem passado muito tempo com ela...
― Uma coisa não tem nada a ver com a outra – segurei seu braço para que ele me olhasse, mas, ele voltou a dar com os ombros.
― Pra mim, tem – e me olhou de relance – não gosto de me sentir um incômodo, e sabe muito bem que a gente não se dá bem.
Suspirei fundo e neguei com a cabeça. Não queria me preocupar com aquilo agora. Minha tia logo gesticulou para mim, chamando minha atenção.
― Téo, seu pai pediu para irmos lá com ele, pode ser? – disse ela guardando o telefone, e me vi com Cristiano terminando de lavar a louça e voltando para o quarto sem dizer mais nada.
Despedi-me das demais pessoas da casa com um abraço apertado, principalmente de Catarina, no qual me permiti demorar mais.
― Até depois – ela sussurrou em meu ouvido antes de beijar meu rosto e pressionar minha mão por um instante. Minha tia, ao meu lado, se despedia deles com um abraço e um beijo no rosto.
Só que, eu a tinha ouvido dizer que eles podiam fechar o portão porque meu pai já estava na esquina. Porém, não ouvi nenhum carro chegando.
― Será que aconteceu alguma coisa? – perguntei para ela, que se prestou a dar um risinho contido.
― Não, Téo – e me olhou de relance – só queria conversar contigo sobre uma coisa antes dele chegar.
Sentou-se no banco da frente da loja e gesticulou que me juntasse a ela, colocando as sacolas de lado e cruzando as pernas. Já eu apoiei meus braços em minhas pernas, me questionando se ela queria perguntar alguma coisa sobre minha mãe ou de algo do que tenha acontecido.
― É que você e seu pai tem mais em comum do que só a fisionomia – ela pigarreou antes de continuar a falar, parecendo tomar um ar mais tranquilo – tem atitudes de vocês que parecem muito um com o outro, e uma delas é...
Pressionou os lábios, deu um breve estalo e se voltou pra mim.
― O fato de vocês esconderem as coisas muito mal, Téo.
Nessa hora, sentia meu estômago revirar mais uma vez, e tive certeza de que realmente meu rosto mostrou toda a reação que senti ao ouvir aquilo. Porque, no fundo, eu sabia do que ela estava falando.
― Em que momento você pretendia falar para a gente do seu namoro com Catarina?
Fim do capítulo
Se vira, Teodora.
Comentar este capítulo:
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]