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Ao Norte de lugar nenhum por shoegazer

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Palavras: 1677
Acessos: 913   |  Postado em: 05/05/2024

Cartas ao vento

Ele leu a tudo que tinha no envelope. Abriu carta por carta, analisou foto por foto, passou minutos incontáveis olhando para cada palavra escrita ali. Minha única ação era encarar a sua reação diante a tudo aquilo. Não expressava nenhuma.

Tadeu olhava para a foto em que eu estava no colo de minha mãe. Passou um bom tempo com os olhos ali, até que deu um longo suspiro. Engoliu em seco.

E seus olhos começaram a ficar marejados, em seguida de um soluço contido, no qual tentava esconder com as costas da mão contra a boca, mas, aos poucos, lágrimas tímidas desciam do seu rosto.

― É... – E voltou a olhar para a foto – Eu já desconfiava que podia ter alguma coisa errada.

Pensei em me aproximar, mas, sentia que aquilo era um momento dele. Suspirava mais alto, tentando tomar o ar que fugia para si, e se levantou, colocando as mãos na cabeça, andando de um lado para o outro.

― Como minha mãe e a Simone tiveram coragem de fazer isso comigo?

Não era uma pergunta a qual podia dar a resposta. Tadeu olhava para o outro lado, procurando evitar que o visse assim. Me levantei, e apoiei minha mão em seu ombro, parando ao seu lado.

― Com a gente – e o olhei de relance.

Ele continuou desviando o olhar, consternado. No fundo, ele deveria desconfiar de alguma coisa depois de tudo que aconteceu, mas, ter a certeza foi o pior.

― Eu deveria ter feito alguma coisa... – suas palavras saíam falhas – Meu Deus... Bem que a Patrícia falava que aquilo era estranho...

― Como? – franzia as sobrancelhas, confusa.

― Elisa ter sumido do nada – Tadeu respirava pausadamente, deixando o ar sair pela boca – nunca ter chego nenhuma ligação, eu nunca conseguir falar com ela porque o número dava como errado... De nunca ter mandado uma carta questionando por medo da reação, de achar que ela estava me evitando...

E se virou pra mim, enxugando as lágrimas que ainda insistiam em cair.

― Desculpe, minha filha. Eu não sei o que dizer... – mostrou novamente minha foto ainda bebê para mim – saber que eu perdi isso não é fácil.

― Não foi porque o senhor quis... – voltei a chamar sua atenção.

― Mas, foi porque a sua vó quis.

Suas palavras eram amargas, ditas entre os dentes, como uma mágoa adormecida que, aos poucos, voltava a borbulhar.

― Não sei com que cara eu vou encarar elas, eu... – fechou os olhos, e de um alto suspiro, colocando a foto – Não consigo nem pensar direito, Teodora.

Talvez ele precisasse de um tempo para si. Nada disse. Só fui para a frente, sentei-me em uma das cadeiras de balanço e ouvi de fundo seu murmurar contido de raiva atrelado a uma tristeza sem fim.

Não sentia remorso, mas não podia deixar de me sentir mal por vê-lo assim. Balancei-me devagar na cadeira, com as pernas flexionadas, apoiadas na cadeira, olhando para o horizonte sem conseguir pensar em nada demais além do que acontecia ali.

Não demorou para que ele aparecesse e, com os olhos cerrados e expressão séria, se sentou ao meu lado. Olhou-me de relance, e voltou a falar, mesmo com a voz embargada.

Esticou o braço e segurou minha mão, chamando minha atenção.

― Não importa o que aconteça, você não deixa de ser minha filha.

E deu um suspiro contido, cerrando os dentes.

― Tu vai pra esse jantar comigo, dona Maria ou Simone querendo ou não, entendeu, Teodora? – e apertou minha mão com firmeza.

― Mas, e se...

― Não tem “e se” – e colocou a mão contra o seu peito – Você e eu, iremos como uma família, tá bom?

Eu não esperava essa reação dele. Em minha mente, ele pediria pra deixar pra lá e assim seguirmos a vida normalmente, ignorando o fato de que a família dele, com exceção de minha tia, me odiava e queria que eu não existisse. Mas, talvez ver, tatear e ler tudo aquilo que minha mãe sempre quis ter dito e nunca ter chegado fez com que ele soubesse do que realmente se tratava.

Tadeu continuava abalado com aquilo. Talvez dissesse a si mesmo que tudo que minha mãe tinha dito pra mim era mentira porque era mais fácil para ele acreditar que ela, por algum motivo, fosse por ciúmes ou pura teimosia, não quisesse que eles tivessem mais contato, sobretudo porque ele foi embora.

Não que ela quisesse o tempo todo que ele fosse um pai para a filha deles e que foi impedido disso por tanto tempo.

Mas, o que importa é que nós estávamos ali um com o outro. Levei sua mão que estava contra o peito, que ainda batia acelerado, contra mim, como uma afirmativa de que eu estava ali. Como uma família.

Foi até onde estava e me deu um abraço. Nós nunca tínhamos nos abraçado daquele jeito, como se fôssemos realmente íntimos e, principalmente, como se precisássemos daquilo.

Não sabia que precisava até ele fazer aquele gesto, no qual fechei meus olhos, apertei minhas mãos contra sua costa, cravando meus dedos contra sua camisa e apoiando minha testa em seu ombro. Já, ele voltava a suspirar pesado, tentando conter de qualquer jeito aquilo que sentia.

― Me desculpe...

― Tá tudo bem – voltei a dizer – vai ficar tudo bem.

Pelo menos era no que eu acreditava, e no que me segurava, assim como nos apoiávamos um no outro ali.

Não fizemos mais nada além daquele toque físico tão parental. Ele se afastou, esfregou brevemente o topo da minha cabeça e tentou sorrir.

― Bem... Quer ver o seu quarto?

― Pode ser.

Ali, não havia nada demais. Lembrava mais um quarto de um hotel refinado do que realmente de uma casa. Uma cama larga, bem arrumada, toalhas em cima da cama, itens de higiene pessoal dispostos ali, um grande armário vazio e uma janela branca que dava pra lateral da fazenda.

― A casa é sua, Téo – disse ele da porta – fique à vontade.

Minhas coisas cabiam em um lado. O banheiro ficava anexado, tão grandioso quanto o quarto. Entrei, tomei banho, troquei de roupa e desci, indo de encontro ao Tadeu. Deparei-me com ele ainda olhando para algumas das fotos, com o pensamento bem longe dali, tanto que demorou a perceber que tinha chegado e estado ao seu lado.

― É, desculpa, eu...

Ele olhava para a foto amassada que minha mãe tinha me dado, que tinha os dois.

― Me lembro desse dia – ele balançava a foto devagar, me mostrando – nós saímos pra comer, então fomos pra casa dela, aí sua avó foi e tirou a foto – e deu um sorriso contido – disse que estávamos muito bonitos pra não registrar.

E guardou junto com os outros documentos, já de volta no envelope.

― Pena que não dá pra ver direito.

― Posso fazer uma pergunta pro senhor?

Assim que concordou, me aproximei.

― O senhor ainda gosta da minha mãe?

Meu pai riu, negando brevemente, cruzando os braços.

― Eu... – e pressionou os lábios, como se voltasse a linha de raciocínio por um segundo – acho que a melhor resposta que posso te dar é que meu eu do passado gostava muito da sua mãe do jeito que conheceu.

― E isso significa...

― Que não a conheço mais pra dizer se gosto ou não.

― É – concordei com um breve aceno – o senhor tem razão.

­― E, é como você me disse – ele voltou a dar um lampejo de sorriso – pelo menos, temos o agora, não é?

Voltei a concordar. Não adiantava mais pensar nas possibilidades passadas, e sim nas futuras. Só nelas ainda poderíamos fazer alguma coisa.

E, para elas, eu tinha alguns planos.

Passamos mais um tempo conversando, e a sensação de que tinha era que meu pai era um homem reprimido e brevemente amargurado, como um pássaro trancado em uma gaiola no qual sequer podia cantar sem a permissão de sua dona, que passou tanto tempo nela que era incapaz de se ver longe das grades no qual foi exposto.

Afinal, como era ter uma vida no qual não podia ser vivida?

Talvez por isso ele fizesse questão de que eu não fosse presa aos tão temidas negócios da família, com o receio latente de que tivesse o mesmo destino, mesmo que ainda desejasse que eu seguisse não por uma obrigação, mas como uma continuação.

Me perguntava qual seria sua reação se soubesse do que acontecia comigo e com Catarina.

Ele pediu uma pizza na hora do jantar. Comemos em silêncio, assistido o jornal, demonstrando ainda mais como aquela casa era solitária. Estava exausta, e ele parecia estar bem distante dali, assim como estava mais cedo. Me despedi falando que ia dormir, e ele me deu boa noite, ainda distraído, falando que ele iria me acordar porque iríamos sair cedo.

Fui para o quarto, e assim que me deitei, deslizei as mãos pelo colchão procurando inconscientemente por alguém que não estava ali. Peguei o telefone, e fiz questão de a avisar como sentia falta do seu toque ao meu lado. Não demorou para que a resposta viesse no mesmo tom.

“Mal vejo a hora de chegar amanhã.”

Senti logo um arrepio no estômago, que sempre era seguido de um sorriso idiota. Conversamos mais um pouco e ela me dizia que as coisas na casa com o irmão continuavam não seguindo bem, o que talvez justificasse ele não estar falando comigo. Depois de um tempo, desci para tomar água, e me deparei com uma cena a qual não esperava.

Meu pai continuava olhando para as fotos que tinha levado, compenetrado com uma em mãos, como se analisasse cada vez mais os detalhes que tinham ali, até que colocou uma delas no porta-retratos que tinha ali perto, e voltou a olhar as demais. Não o queria atrapalhar, então voltei no mesmo passo para o quarto. Foi quando me deitei novamente e o sono e o cansaço acabaram me vencendo, mais uma vez.

Eu precisava descansar. Os dias que se seguiriam não seriam dos mais fáceis.

Fim do capítulo

Notas finais:

Tenho muitas perguntas: Quais são os planos dela?

O pai ainda nutre sentimentos ou ele falou a verdade?

E, o mais importante: Cadê o capítulo do encontro de família?

 

Calma que ele vai aparecer quando menos esperarem kkk


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Comentários para 35 - Cartas ao vento:
Brescia
Brescia

Em: 06/05/2024

Oieee.

Foi bom para os 2 essa conversa, vê-lo tão ligado no que ele perdeu por causa da mãe. Acho que essa reunião será bem interessante.

Responder

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edjane04
edjane04

Em: 06/05/2024

Bora Tadeu!!!

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