A Detetive por Isis SM
Esse capitulo é grande!
Capitulo 38
Capítulo 38
Rubí
Dirijo com as janelas abertas, mas a noite está fria, estamos em novembro é natural a temperatura estar caindo a cada dia, logo preciso fechar as janelas e ligar o aquecedor do carro, assim que me distancio do trabalho vou me dando conta de como estou exausta física e mentalmente, sintonizo na rádio local e a voz de José González cantando Crosses enche todo o carro e eu aumento o som, a música me acalma um pouco apesar da letra de alguma forma me lembrar muito do meu pai, hoje seria um daqueles dias que só queria abraçá-lo, ele me perguntaria o que tinha de errado e eu diria que meu mundo estava em colapso e que eu nunca me senti tão perdida, ele me apertaria um pouco mais e diria algo engraçado eu ia rir só para agradá-lo e iríamos ver o que poderíamos achar na geladeira de mais doce para comer.
Suspiro com a lembrança e sinto aquela pontada de saudade, minha cabeça voa para minha pequena família, pela hora Carolina já deve ter voltado da faculdade lembro que hoje ela só teria uma prova e espero que tenha se saído bem, Arthur provavelmente está acordado correndo pela casa e Lia estará terminando o jantar. Mesmo sendo precoce eu me sinto feliz e completa com os três em casa, sei que meu relacionamento foge completamente de um padrão esperado, mas acho que é exatamente por isso que gosto tanto de como as coisas são.
Eu estou quase perto de casa quando meu telefone toca e sei que é Carolina, mas ao olhar o retrovisor percebo que há uma possibilidade de eu estar sendo seguida então deixo o telefone no mudo e ao invés de entrar na garagem do meu prédio eu acelero e sigo em frente, quando estou a duas quadras de distância paro na calçada e destravo a arma do coldre e aguardo com o banco do carro um pouco deitado. O carro preto com vidros escuros passa lentamente por mim como se quem estivesse dentro dele estivesse me observando, apesar de não conseguir ver ninguém por causa dos vidros muito escuros tenho uma sensação estranha, tento me acalmar e espero por uns vinte minutos antes de voltar a me mover e mesmo sabendo que não há ninguém atrás de mim dou algumas voltas antes de retornar ao caminho de casa, sei que terei mil ligações e mensagens, mas não posso me dar ao luxo de tirar minha atenção da estrada.
Sou recebida com um abraço apertado de Carolina que me parece aflita o que me deixa ainda mais tensa, mil cenas terríveis passam em uma questão de milésimos na minha cabeça, mas para meu alívio não há nada de errado com ninguém apenas um mau pressentimento de Carolina e para não alimentar seu stress prefiro não comentar sobre minha pequena suspeita.
_Tem certeza de que está tudo bem? - Insiste Carolina.
_Sim, não se preocupe mi amor. - Digo acariciando sua bochecha.
_Às vezes tenho medo de te perder, por que você não pode ser uma simples professora?
_Porque eu seria uma péssima professora e você sabe disso. - Digo para fazê-la sorrir um pouco antes de segurar seu rosto com as duas mãos e beijá-la delicadamente nos lábios.
_Ei Bibi, ainda bem que chegou o jantar já vai sair logo e vê se vão fazer isso no quarto. - Dália implica conosco passando por nós na sala fingindo estar incomodada com nosso simples beijo.
Antes que eu pudesse perguntar por Arthur o menino veio correndo do meu quarto e pulou nos meus braços, senti seu cheiro de bebê e o apertei contra mim tentando entender o que ele queria dizer, todas as noites que conseguia chegar cedo eram a mesma coisa e eu amava tudo aquilo. Carolina nos observava brincar no sofá enquanto colocava os pratos e sorria e a cada sorriso eu me apaixonava, Dália pareceu inquieta durante o jantar então aproveitei para ajudá-la com a louça como desculpa para que ela desabafasse era minha tática e ela sabia disso.
_Eu preciso te falar uma coisa. - Começou ela nervosa.
_Então diga, sabe que não precisa dessa cerimônia toda não sabe?
_Sei... Então... Eu mudei meu curso na faculdade. - Falou ela rápido para não demonstrar sua apreensão.
_Que bom nunca achei que seu sonho seria ser advogada e qual curso está fazendo agora? - Disse tranquilamente.
_Então, eu fui há uma palestra na minha primeira semana de aula, era uma palestra sobre arte moderna com um dos mais novos artistas da área, o cara era simplesmente um gênio e você sabe como amo pintar e desenhar e assistindo a palestra dele eu vi que era o que eu queria fazer sabe. - Falou sonhadora.
_Eu sei bem como você é ótima nisso e confesso que estranhei você não ter escolhido esse curso antes, mamá já sabe? - Falei receosa da resposta.
_Não, mas você irá me ajudar a contar, não é? Podemos contar quando formos à missa de Papá, ela sempre faz um almoço em homenagem.
Eu já havia esquecido do aniversário de morte do meu pai, sempre era um dia péssimo onde íamos a missa, almoçávamos algo que ele gostava de comer e quase sempre eu e mamá discutíamos por alguma coisa, eu ia embora e acabava bebendo no meu apartamento sozinha. Este ano seria diferente, mas nada indicava que seria melhor.
_Por favor, Bibi, não sei se vou ter coragem de desiludi-la sozinha?
_Você não vai desapontá-la apenas por mudar de curso, ela precisa ver o que é melhor para você e não para o ego dela. – Sequei os últimos pratos sem encará-la._ Não vou falar por você, até por que a senhorita já é bem adulta para isso, mas estarei lá para impedir que ela surte contigo está bem? - Antes que eu terminasse Dália já estava me abraçando e me dando um monte de beijos em agradecimento, apesar de acalmá-la eu por outro lado apenas coloquei mais uma preocupação na lista.
Por mais que eu tentasse dormir eu não conseguia, minha cabeça rodava com o caso, com a suposta perseguição, com a ideia de a ex de minha namorada ser uma psicopata ou assassina e querer se vingar dela e de Arthur entre outras coisas... Minha cabeça estava tão pesada que pensei que iria explodir e como sinal uma pequena enxaqueca já começava a apontar, Carolina ainda estava no sofá digitando algo no laptop quando cheguei a sala e me aconcheguei ao lado dela.
_O que houve? Outra dor de cabeça? – Ela simplesmente fez carinho em meu rosto com uma mão enquanto salva o que estava escrevendo com a outra.
_Está fraca mais sei que vai piorar.
_Estou começando a ficar preocupada com essas suas dores de cabeça. - Disse ela preocupada me colocando deitada em suas pernas para massagear minhas têmporas
_É só o estresse desse caso, assim que eu o resolver ficarei ótima e com todo esse mimo que você me dá não tem como eu não melhorar. – Sentindo sua massagem comecei a relaxar, era incrível como ela tinha o poder de me fazer ficar em paz com um simples gesto.
_Entornar café em você foi à melhor coisa que eu poderia ter feito sabia? – Sua voz saiu em um tom baixo enquanto me fazia carinho entre os cabelos.
Abri meus olhos para encarar aquela imensidão azul que me encarava com tamanho afeto que meu peito doeu, eu não tinha dúvidas que a amava e que eu nunca suportaria perdê-la, a sombra dessa ideia me impulsionou para me levantar e beijá-la. Sua boca envolvia a minha enquanto nossas línguas se encontravam momentaneamente, era para ser um beijo simples, mas nossa necessidade por maior contato era muito mais forte e tivemos uma força de vontade memorável para nos conter até o nosso quarto e trancá-lo para eventuais surpresas matinais, assim que a porta estava devidamente trancada não pude esperar nem mais um segundo para sentir seus lábios colados aos meus, entrelacei minha mão em seus cabelos a pressionando com meu corpo contra a porta enquanto aprofundava o beijo, desci por seu pescoço dando mordidas e beijos a fazendo suspirar, ela pulou em meu colo envolvendo minha cintura com as pernas enquanto a conduzia ainda aos beijos para a cama. Peças de roupas foram perdidas pelo quarto tamanho nossa necessidade em estarmos entregues ainda mais, sua boca descia por minhas curvas fazendo meu corpo entrar em chamas, apesar de nossa paixão não nos apressamos ao ápice, Carolina parecia querer assim como eu que aquela noite não acabasse tão cedo.
Eu queria sentir tudo que aquela mulher poderia me oferecer e com isso em mente nos virei na cama para que eu ficasse por cima, me coloquei entre suas pernas deixando rastro de beijos, mordidas e pequenos ch*pões desde o seu pescoço, colo, seios e barriga. Desci para suas coxas me dedicando em beijar e morder de leve a fazendo quase gem*r de prazer, sorri ao ver sua ansiedade em me ter entre suas pernas então apenas desci com minha língua pelo lado de dentro de sua coxa direita e fiz o trajeto com a língua até sua virilha onde beijei e ch*pei a fazendo tremer em expectativa, passei a língua de baixo para cima em seu sex* molhado e quente de forma que seu gosto explodiu em minha língua me entorpecendo em um prazer totalmente novo, me dediquei a massagear e ch*par seu clit*ris antes de mergulhar minha língua em seu interior me guiando pelas lembranças das vezes em que ela fez o mesmo comigo para tentar lhe dar o mesmo prazer que eu senti tantas vezes, lambi e ch*pei saboreando cada gemido que a fazia sentir e consequentemente me estimulando a ousar a ir mais rápido alternando entre ch*padas leves e fortes de acordo com seus movimentos e necessidades, aos poucos Carolina foi me guiando pelo caminho que ela sentia mais prazer e não demorou muito para sentir seu corpo corresponder positivamente com um orgasmo delicioso, ainda excitada por conseguir fazê-la goz*r voltei a beijar seu corpo até chegar em seus lábios onde ela passeou sua língua por minha boca e queixo saboreando seu próprio gosto, esse simples gesto me deixou completamente molhada e pelo que senti ela também já estava pronta para continuar então a beijei enquanto me posicionava entre suas pernas a penetrando com dois dedos a fazendo arfar de prazer e começar a rebol*r, o prazer percorreu todo meu corpo ao sentir sua excitação escorrer por meus dedos a cada investida, quase g*zei quando ela levantou a perna pressionando meu sex* com sua coxa e a cada movimento que eu fazia o atrito entre minhas pernas pressionava meu clit*ris descarregando ondas de prazer por todo meu corpo e me fazendo aumentar a velocidade ritmando nossos corpos naquela dança deliciosa e erótica levando ambas a goz*r juntas, deitei sobre seu corpo suada pelo esforço, ofegante, Carolina me abraçou junto ao seu peito e percebi o quanto nossos corações estavam acelerados, nos beijamos entre sorriso de satisfação e amor, Carolina não sabia ainda mas ela era o meu lugar no mundo e eu faria tudo para ver aquele sorriso todos os dias.
Lisa
Diferente do que imaginei não começamos a nos beijar imediatamente assim que chegamos em seu apartamento infelizmente, Luna falava sobre como sentiu falta de casa nesses dias que ficou longe e entre outras coisas que mal consegui prestar atenção, ela me enfeitiçava com seus gestos e risadas altas e eu só queria ficar ali a admirando ou a beijando e foi por isso que a puxei pela cintura assim que ela terminou de abrir a cortina e selei nossos lábios, ela contornou meus pescoço com os braços e nos beijamos intensamente apesar de ser de uma forma menos afoita.
_Eu senti sua falta, já disse isso?
_Disse, mas nào canso de ouvir. - Disse encostando minha testa na dela de olhos fechados, senti sua mão acariciando meu rosto com carinho.
_Vou tomar um banho por que não pede algo para comermos para pôr o assunto em dia? Se quiser tenho toalhas limpas no banheiro de hospede caso queira relaxar antes de comer. - Disse ela me dando mais um beijo e se afastando para o quarto, não antes de piscar de forma sedutoramente, essa mulher não sabia o poder que tinha sobre mim.
Fiz o que ela pediu apesar de não saber se pizza era uma ideia muito boa, mas era a única coisa que eu tinha em mente, Luna me emprestou uma roupa confortável para que eu pudesse ficar mais à vontade durante nosso jantar e eu realmente precisava de um banho quente meus ombros estavam tensos de tanto trabalho e eu estava exausta. Comemos nossa pizza com vinho que ela mesma escolheu, Luna me contou sobre sua viagem com tanta empolgação que não tive coragem de interrompê-la, adorava vê-la gesticular e ver seus lindos olhos castanhos brilharem ao narrar uma palestra que fez e como todos a aplaudiram, sinto que poderia ouvi-la falar para sempre. Fomos para sala onde ela ligou a Tv conectada no seu aplicativo de música e encheu nossas taças novamente, tocava uma música suave que não reconheci, nos sentamos em seu tapete e continuamos nossa conversa hora divertida, hora cheia de duplo sentido, mas nada me preparou para sua péssima mania de me ler tão facilmente.
_ O que houve Lisa, não quis falar nada antes, mas, te sinto abatida, preocupada... Tem alguma coisa errada? - Disse ela delicadamente, mas em mim teve um efeito de um soco no estômago.
_Claro que não, por que você acha isso? - Menti.
_Bom se não quer me contar, não há necessidade, mas quero que saiba que pode contar comigo eu só quero ajudar de alguma forma. – Tomou mais um gole de vinho ainda com seus olhos nos meus.
Não consegui dizer nada, mas senti todo o estresse dos últimos dias se apossar de mim como um furacão incontrolável, só percebi que havia começado a chorar quando senti seus braços em minha volta me confortando de algo que ela não fazia ideia. Chorei em seus braços e foi difícil me acalmar, mas Luna não pareceu se importar com o tempo em que fiquei soluçando, apenas me apertou mais forte enquanto fazia carinho em meus cabelos, quando finalmente me acalmei e a encarei, vi uma ternura tão tocante que eu sabia que poderia lhe contar qualquer coisa.
_É engraçado, eu nunca pensei que poderia contar esse lado da minha vida para alguém, mas para você eu me sinto bem em compartilhar. -Sequei minhas lágrimas e sorrindo entre algumas fungadas.
_Fico feliz que se sinta assim, sou toda ouvidos vamos lá só pôr para fora. - Disse ela sorrindo de forma doce.
_Ok..., mas já te aviso que não há nada de bonito em minha história.
_Não se preocupe com isso só conte.
_Tudo bem... Quando eu tinha 10 anos eu fui deixada em um orfanato, fiquei na tutela do estado até os Macclain irem fazer suas visitas beneficentes e sabe lá Deus como eles se encantaram por mim e decidiram me adotar, logo eu uma das mais complicadas daquele lugar. - Disse sorrindo amargamente enquanto rememorava cenas que nenhuma criança deveria ter como memória e nem o gole de vinho conseguiu aliviar o gosto amargo que as recordações me causaram.
_Meu Deus Lisa, isso é horrível eu sinto muito... – Luna segurou minhas mãos acariciando-as, seu toque era leve e gentil.
_O pior vem agora e eu nem contém um por cento da minha história, enfim... Minha mãe biológica reapareceu quando eu tinha dezesseis anos e tornou minha vida um inferno, ela tem alguns problemas com álcool e um problema maior ainda com drogas. Acredito que ela só não me atormentou enquanto eu era pequena porque meus pais adotivos se mudaram daqui durante toda minha infância e metade de minha adolescência, antes eu não entendia, mas no primeiro escândalo que minha mãe biológica fez eu os entendi perfeitamente, ela sempre arrumava uma forma de me encontrar e me fazer lhe dar dinheiro ou algo do tipo, um dia já farta de tudo aquilo eu pedi que meu pai a internasse ela até tinha concordado depois de uma overdose que quase a matou, mas ela fugiu da clínica e passei um bom tempo sem vê-la.
_E agora ela está de volta? - Disse Luna preocupada enquanto acariciava minha mão que estava entrelaçada na dela.
_Está... Parece que nunca vou ficar em paz enquanto ela existir, mas ao mesmo tempo sinto que tenho que ajudá-la sabe? Eu não sei o que fazer, ela estava tão debilitada quando a reencontrei que pensei ver apenas um fantasma de uma mulher morta há anos.
_ E seu pai biológico por que nunca ajudou em nada?
_Ele não pode, pessoas mortas não podem fazer muita coisa. - Disse fria antes de terminar o último gole de vinho.
_Desculpa, eu não queria..., mas que droga... Eu não queria piorar as coisas para você, me desculpa. -Luna estava claramente sem graça por medo.
_Não piorou em nada meu bem, de certa forma é bom poder falar sobre isso, obrigada por me ouvir. - Falei encarando seus olhos e me perdendo neles a essa altura eu já havia parado de chorar e só amargava as lembranças.
Luna apenas sorriu e me beijou devagar, um beijo tão carregado de sentimento que não tive outra escolha a não ser retribuir completamente entregue.
Eu nunca quis me apaixonar, me apegar a alguém ou criar laços. Luna mexeu com tudo que eu pensei que sabia sobre sentimentos e agora eu era uma bagunça total, mas isso não era ruim, eu estava amando cada sentimento novo que descobria.
Nosso beijo tinha gosto de vinho e promessas, foi lento e exploratório como se aquela fosse a primeira vez que nossos lábios se tocavam, senti sua língua procurar a minha então lhe dei o que procurava e isso desencadeou uma necessidade repentina por mais contato, Luna parecia estar com a mesma urgência e sentou-se de frente para mim em meu colo apenas para me deixar ainda mais louca do que já estava, minhas mãos se mantiveram em sua cintura, mas em poucos minutos elas estavam passeando e apertando seu corpo enquanto Luna se dedicava em beijar e morder minha boca, maxilar e pescoço.
_Lu, se você não parar eu não vou responder por mim. – Disse ofegante.
_Então não responda. _ Ela sussurrou entre nossos beijos.
Encarei Luna por tempo suficiente para entender seu olhar faminto e não pude deixar que ela esperasse nem mais um minuto, até por que eu mesma não aguentaria então nos entregamos a beijos ferozes e marcantes enquanto nossas mãos se preocupavam em se livrar das peças de roupas, Luna me puxou para que eu ficasse por cima, nossos corpos nus se movimentavam para se encaixar enquanto eu a beijava ali mesmo no tapete de sua sala, mordiscava e ch*pava seu pescoço, colo e seios até que eu sentisse que ela me queria mais intimamente o que não demorou muito, senti seu sex* úmido onde deslizei meus dedos a fazendo gem*r em meus lábios, ela se contraiu e me apertou em seu interior apenas para me provocar ainda mais, me pediu que aumentasse a velocidade e eu a obedeci enquanto ela arranhava minhas costas que provavelmente ficariam marcadas, alternei as investidas entre fortes e lentas me deliciando com seus gemidos manhosos, penetrei dois dedos em forma de pinça para acertar em seu ponto de prazer e lá pressionei meus dedos no ritmo que ela pedia nossas bocas só se afastavam para que pudéssemos respirar e para que Luna gem*sse alto. Senti seu clímax chegar mais de uma vez e não me cansaria de sentir milhares de vezes, a cada grito ou gemido que ela fazia mais embriagada de prazer eu ficava e para minha surpresa ela não deixou que meu prazer fosse negligenciado, mesmo aparentemente sendo sua primeira vez com uma mulher, Luna se sentou encostando nossos sex* e rebol*ndo devagar foi me levando a loucura, ter aquela mulher sobre mim me enchia de tesão, nos entregamos ainda mais naquela noite e eu só queria que aquele momento durasse para sempre. Quando acordei demorou um tempo para que eu me acostumasse à visão do quarto, Luna estava aconchegada entre meus braços e seus cabelos cacheados e volumosos se espalhavam entre o travesseiro e meu ombro, se alguém me dissesse que eu um dia dormiria com uma mulher e ainda estaria com ela no dia seguinte eu riria e o chamaria de louco, normalmente eu só me relacionava com mulheres que não iriam me querer lá quando acordassem e isso nunca foi um problema até agora.
Me desvencilhei do seu corpo com certa dificuldade e senti vontade de voltar para cama quase que imediatamente, mas me obriguei a ir tomar um banho antes de decidir o que fazer, porém meu celular tocou com uma mensagem de Rubí o que foi estranho já que ainda não era nem cinco horas da manhã, então preferi verificar e como eu suspeitava, ela precisava de mim. Me vesti o mais rápido que pude e saí do apartamento, como eu não queria falar besteira de novo achei melhor não deixar nenhum recado. Rubí já me esperava na garagem do meu prédio e parecia aflita quando nos cumprimentamos, nos sentamos na cozinha enquanto esquentava água para fazer café e só depois com nossas xícaras em mãos começamos realmente a conversar.
_ Como assim você acha que estava sendo seguida?
_Eu não sei Lisa, o carro era muito suspeito e como agiram... Não havia nada de normal naquilo! – Disse Rubí massageando as têmporas com os dedos indicadores.
_E o que faremos?
_Ainda não sei, eu só... Precisava contar para alguém, não queria preocupar a Carolina sem necessidade ela já anda com muita coisa na cabeça, por hora vou ficar atenta e preciso de sua descrição porque pode ser gente de dentro do DP, ultimamente não confio em quase ninguém naquele lugar. – Disse Rubí antes de tomar um bom gole do café quente em sua frente.
Conversamos mais um pouco sobre suas suspeitas antes irmos para o DP, mesmo depois do teor da conversa mudar para nosso caso atual aquela pequena suspeita de que Rubí possa estar em perigo me deixou inquieta e se alguém de dentro do departamento estivesse envolvido eu iria descobrir e sinceramente eu não iria querer ser essa pessoa.
O dia foi corrido, voltamos à casa de Leonard Freeman um dos colaboradores das empresas de Mônica, ele nos mostrou cópias de documentações que eram no mínimo comprometedoras, mas confesso que não via como aquilo seria útil em algo.
_ As empresas dessa mulher é podre e de acordo com essas documentações ela teria motivos de sobra para ter o rabo preso com alguém. – Disse Rubí pensativa.
_Tudo bem, mas esse monte de papel só mostra que ela é corrupta e sonegadora e pelas datas isso foi a anos antes de Mônica assumir as empresas do pai, o que isso tem a ver com a morte de um advogado? – Falei confusa olhando dos papeis para Rubí.
_Bom, sabemos que ele era o melhor em livrar as empresas de renome da mira da justiça, mas não aceitava nenhum caso em que acreditava que a empresa estava indo contra questões delicadas... E se ele cansou de recusar e decidiu delatá-los? – Rubí me encarou pensativa.
_Ou ele aceitou e viu como a empresa era imunda e abandonou o caso, os clientes não viram isso com bons olhos e o demitiram definitivamente... – Falei tentando encaixar as peças na minha cabeça enquanto Rubí dirigia de volta para o DP.
Passamos o dia em ligações e em busca de casos que ligassem as empresas de Mônica, percebi que Luna não falou comigo o dia todo, mas fiquei muito enrolada para poder lhe mandar algo e imaginei que ela estaria da mesma forma. Ainda não sabia o que iria dizer a ela ou como agir e preferi me enfiar no trabalho para não ter que lidar com tudo aquilo no momento.
Por volta das seis horas da noite recebi uma ligação de um telefone desconhecido e por um momento meu coração parou em imaginar quem estaria do outro lado, mas me surpreendi quando ouvi a voz baixa de Mirella do outro lado da linha, ela foi rápida em dizer que precisava conversar e em me passar o endereço em que podia me encontrar, Rubí havia ido com Gonzáles ao escritório de advocacia da vítima para verificar seus últimos casos ou tentar descobrir alguma pista de quem poderia ter raiva o suficiente para matá-lo, então precisei ir sozinha. O local onde nos encontramos era uma cafeteria em um bairro na periferia da zona norte, Mirella estava em uma mesa nos fundos e parecia distraída olhando a janela ao seu lado, me sentei a sua frente e só então ela me encarou parecia diferente de quando a vi, mais pálida e com um olhar vazio seja lá o que aquela menina estava passando com certeza a estava consumindo.
_Que bom que veio, não posso demorar aqui, mas você disse que eu poderia te ligar. – Suas palavras saíram frias e sem emoção.
_Sim e por isso eu vim, em que eu posso ajudar? – Disse calma ignorando suas olheiras e ar cansado.
_Eu estou disposta a ajudar vocês a acabar com a Mônica, mas preciso que me ajude com algo antes...
Rubí
Estávamos a horas no escritório da vítima olhando os antigos casos em busca de algo, eram montanhas de papeis que não iriam a lugar nenhum, Gonzáles parecia concentrado em sua tarefa apesar de o ver bocejando com frequência e não podia julgá-lo eu mesma já me sentia exausta, deixei meu corpo relaxar por alguns segundo na poltrona de couro negro e macia e olhei ao redor tentando visualizar as coisas pelo ângulo do homem que há poucas semanas estava sentado exatamente onde eu estava. Olhei a sala e nada parecia diferente de outras tantas locações de advocacia, sala ampla com estantes entupidas de livros da área, mesa de madeira bem cuidada, alguns quadros de paisagens mortas e um frigobar, então olhei para a porta e estranhei a moldura fina de madeira que contornava a porta ter em sua parte superior algo como uma base maior que o resto do material então me levantei para olhar de perto e por uma fração de segundos pensei ter visto um reflexo ou brilho não tinha certeza.
_ O que te deu para ficar olhando para o teto? – Perguntou Gonzáles sem me dar muita importância.
_Você não acha estranho essa porta ser tão fora de contexto com o resto? – Perguntei chamando sua atenção para onde eu estava olhando.
_Eu já vi decoração de todo tipo, mas... Essa parte maior não parece ser algo que um designer de interiores faria, veja como as bordas estão mal encaixadas isso está mais para um homem metido a marceneiro querendo dar um jeitinho. – Disse Gonzáles com seu jeito debochado.
_Ou uma forma de alguém que estava sofrendo ameaças esconder uma pequena câmera que seu próprio sócio não sabia, me ajude aqui preciso olhar isso de perto. – Falei pegando a primeira cadeira que encontrei.
O material escondia a fiação e uma câmera de pequeno porte, mas de uso duradouro apesar da bateria estar por um fio, desinstalamos o pequeno equipamento que parecia ter sido feita para que a tirassem rapidamente e a levamos para análise juntamente com alguns rascunhos que pareciam desconexos, mas que não poderíamos descartar... Voltamos para o DP com um pequeno fio de esperanças. No corredor do departamento quase sou atropelada por Luna que parecia enfurecida, ao questionar o motivo de tanta raiva fui apenas fuzilada com o olhar e preferi não insistir, se tinha uma coisa que aprendi em um relacionamento com uma mulher mesmo sendo mulher é que quando ela fecha os olhos em duas fendas não é saudável questioná-las mesmo quando estamos certas, quando Carolina fazia isso eu nem tentava argumentar e se revirasse os olhos eu sabia que estava encrencada.
_Não sei o que Lisa aprontou, mas não queria ser ela... – Disse Gonzáles rindo.
_Foi ótimo trabalhar com ela... – Falei rindo de volta. _ Como anda seu lance com o dono do restaurante?
_Ele é um amor de pessoa, mas essa semana estará na Itália para visitar sua família e por incrível que pareça eu estou com saudade. – Disse cabisbaixo.
_Olha só se não é o senhor não me apego apaixonado gente... –Impliquei sabendo que ele iria se irritar.
_Falou a sapatão recém-formada, beija uma mulher e já praticamente casa, me poupe, se poupe e nos poupe querida! –Como esperado Gonzáles se irritou o que me fez rir ainda mais.
Segui para minha área do escritório ainda rindo, mas perdi o humor quando vi em cima da mesa um buquê de rosas fúnebres com um cartão negro entre as folhas. Meu coração estava disparado ao pegar o bilhete onde dizia em letras grandes e digitadas:
Você não irá fugir Rubí ou devo começar por sua inocente irmã? Estou sempre te observando...
Ass: Seu maior pesadelo!!
Fim do capítulo
ë galera acho que agora é só ladeira a baixo, será?
Comentar este capítulo:
HelOliveira
Em: 30/04/2024
Coração quase saindo pela boca, ansiosa pra saber o que vai acontecer e como Rubi vai sair, torcendo pra Lisa pegar a Mônica com ajuda da Mirella, e por falar nela ninguém merece passar por tudo isso.
Até o próximo
[Faça o login para poder comentar]
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]