A Detetive por Isis SM
Oiiii voltei maiscapitulos para vocês e esse também pode ser pesado viu já aviso. Mas tambem tem cenas interessantes...
Capitulo 37
Capítulo 37
Rubí – 02/11/2017 09h
Fazia duas horas que eu e minha equipe estávamos ouvindo nosso chefe nos questionar sobre a investigação, ele só esqueceu que em uma reunião estratégica ele tem que ouvir nossos argumentos e métodos antes de criticá-los, controlei minha vontade de me retirar da mesa a cada "incompetentes" que ouvia, Lisa parecia absorta em seu mundinho particular e em suas anotações, Enzi e Gonzáles faziam suas melhores caras de paisagens e o acéfalo do meu chefe continuava seu discurso. Quando eu comecei a me perguntar qual a maneira mais segura de jogá-lo pela janela sem ser descoberta ele finalmente encerrou seu discurso com um simples "espero os resultados conclusivos em minha mesa até domingo ou os agentes especiais assumirão o caso" e se retirou.
_Sério que ele acha que um caso desses será resolvido até domingo? – Gonzáles recolhia seus relatórios que mal foram mexidos.
_Ele vai continuar esperando, não vou dar resultados inconclusivos só pela pressão. – Me levantei da mesa sentindo os primeiros sinais de uma enxaqueca.
_Lisa que mal lhe pergunte o que tanto você anotava daquele besteirol? – Gonzáles perguntou em seu melhor tom indignado.
_Na verdade eu estava passando a limpo minhas anotações, por quê? A reunião já acabou? _ Lisa com sua cara de inocente fez todos rirem.
_ Às vezes eu me sinto de volta ao colegial com vocês e isso torna esse trabalho fácil. – Enzi ainda ria a ponto de ter lágrimas nos olhos.
_Bom agora vamos fazer a reunião de verdade gente, precisamos esclarecer alguns tópicos importantes.
Comecei a explicar minhas teorias e linhas de investigação e assim que todos relataram e anotaram suas novas tarefas nos despedimos com o desafio de encerrar o caso antes do feriado de ação de graças que seria duas semanas a contar daquele dia. Enzi e Gonzáles não se demoraram em ir até o primeiro nome da lista que a secretária de Mônica nos entregou no dia anterior, Lisa e eu fomos ao segundo que conseguimos contato e estávamos confiantes de que teríamos alguma pista ou até uma confissão.
Mônica- 02/11/2017 20h30min
Já passava das 20 horas e nem horas de sex* violento me fez relaxar como eu queria, eu poderia ter continuado, mas seria problemático ficar sem secretária por mais duas ou três semanas. Olhei o corpo de Mirella estendido na cama adormecido após meia hora de choro sufocado no travesseiro, sua fragilidade fora o que me fez escolhê-la, ela era frágil sim, mas resistente e até corajosa, fazê-la chorar e se submeter a mim era como uma droga e eu não conseguia parar de usá-la, a única que tratei diferente foi Carolina, ela foi a única que me fez sentir prazer sem a necessidade de violência, foi a única que eu não quis machucar e a única que ousou me largar, mas isso irá mudar e seremos uma linda família de novo, enquanto divagava fui tirada de meus devaneios pela voz de Mirella.
_Eu já posso ir?
_ Olha quem acordou você me parece bem! -Disse me aproximando da cama e me sentando próxima o suficiente para pegar em seu queixo, ela tentou evitar meu toque, mas consegui pegar em seu rosto com força o suficiente para que não se mexesse.
_ Isso gosto de você quietinha! – Cheguei meu rosto perto do dela e ainda consegui sentir o meu cheiro ao redor de seus lábios e sorri com a lembrança, voltei a encarar seus olhos que já apresentavam novas lágrimas e como eu adorava essa sensação de medo que eu proporcionava.
– Como bom comportamento eu vou te liberar se não precisar de ajuda médica o motorista a deixará em casa. Disse a soltando e indo em direção a mesa onde havia deixado uma garrafa de whisky e gelo, depositei algumas pedras em um copo e me servi de uma grande dose da bebida enquanto ouvia Mirella se arrumando o mais rápido que seu corpo conseguiu, tomei um longo gole da bebida sentindo-a queimar meu interior, assim que vi o carro se dirigir para o portão fui atrás do meu celular eu precisava mudar algumas coisas em que andei pensando e como eu sabia que ele ainda não havia começado a executar o plano original daria tempo de sobra para fazer algumas alterações o imprestável do meu subordinado havia me informado de alguem que poderia sujar as mãos com prazer pelo simples desejo de vingança, ao terceiro toque ouvi a voz gutural do homem do outro lado da linha.
_Na escuta!
_Quero marcar uma reunião para fazer algumas alterações no plano, anote o endereço que vou lhe passar e me encontre lá amanhã às 20h! - Enquanto ditava o endereço da antiga fábrica abandonada não pude deixar de imaginar como a preciosa Rubí ficará desolada quando cair em minha armadilha.
Carolina - 02/11/2017 20h30min
Olhei no painel do carro e já passava das 20h e não pude deixar de pensar se Rubí já estaria voltando para casa ou ficaria até tarde trabalhando de novo, se havia se alimentado bem ou se apenas ficou a base de café o dia inteiro.
_Terra chamando Carolina, onde essa cabecinha está hein? - Disse Matheo ao meu lado.
_Eu estava pensando em como minha vida mudou tanto em pouco tempo e não tem como não relacionar toda essa mudança a Rubí. - Falei pensativa com um sorriso leve nos lábios.
_ E eu fico extremamente feliz por isso, um dia farei um jantar em homenagem a Rubí por isso. -Disse Matheo sorrindo. _Me fala o que você anda pensando, desabafava.
Eu e Matheo éramos amigos desde o meu primeiro ano na faculdade e agradeço a Deus por tê-lo encontrado, Matheo foi por muito tempo como um irmão e consequentemente acabou sendo por muito tempo a única família que eu tinha, sem ele eu não teria aguentado tudo que aguentei.
_Você quer mesmo ouvir minha ladainha? – Falei rindo.
_ E desde quando eu não ouço? –Deu de ombro despreocupado.
_Tudo bem, mas depois você vai me contar em que pé anda esse seu rolo com Roberto. –Ri o fazendo corar, depois de um tempo continuei meu monólogo._ Eu não sei por onde começar, eu me sinto tão feliz nesses últimos meses que tenho medo de estar sonhando e acabar acordando sabe? E no meio disso tudo eu ainda me sinto insegura pelo fato de ser a primeira mulher com que ela se relaciona e como bônus ainda tenho um filho. - Disse olhando fixamente a estrada.
_Mas ela demonstra que se sente diferente ou que não quer algo? Porque até onde eu vi aqueles dois se amam e Arthur não se apega fácil as pessoas.
_É isso que me assusta mais ainda, Arthur grudou nela desde a primeira vez, ele sempre foi tão desconfiado e do nada se apega tanto a alguém... Fico com medo de não dar certo entre mim e Rubí e ele sair machucado.
_Eu duvido muito que vocês não deem certo, mas se caso aconteça tenho certeza de que Rubí não vai deixar o Arthur de lado por sua causa.
_Espero que não tenhamos que decidir isso nunca. –Ride nervoso só em pensar na possibilidade. _Outra coisa que me incomoda é que desde que nos conhecemos e isso já faz quase nove meses, tudo aconteceu tão rápido que mal conversamos sobre nós e muito menos sobre como ela está lidando com toda essa mudança, não tivemos tempo de focar em aniversários de namoro ou em planos bobos e agora morando juntas parecemos mais casadas que namoradas sabe? Eu sei que estou sendo paranoica. - Disse ao ver a cara de incredulidade de Matheo.
_Ainda bem que você sabe, mas eu te entendo, eu só acho que se você pensa tudo isso porque não fala logo para ela? Não é melhor saber o que ela acha disso tudo ao invés de se matar em dúvidas?
Encarei meu amigo por um breve momento antes de voltar a dirigir, e concordando com ele decidi que na primeira oportunidade iria tentar conversar com Rubí sobre tudo isso e torcer para que ela não interprete nada errado, continuamos conversando sobre seu quase relacionamento com o amigo de Rubí e ele parecia empolgado em fazer dar certo e ao que tudo indicava Roberto Gonzáles também, mas mesmo com toda a falação de Matheo eu ainda sentia algo me incomodando, uma sensação estranha como se algo muito ruim ainda fosse acontecer, a primeira coisa que fiz ao chegar em casa foi abraçar meu filho e beijá-lo muito, ele logo se rendeu em uma risada gostosa me fazendo sentir bem melhor, a segunda foi ligar para Rubí.
Lisa 02/11/2017 21h45min
_ Lisa eu vou indo, precisa de carona? – Disse Rubí bocejando.
_Não obrigada, eu ainda tenho que finalizar algumas coisas antes de ir e eu estou de moto. Falei ainda digitando meu relatório concentrada, mal ouvi quando Rubí saiu da sala, assim que finalizei e salvei tudo no pen drive olhei as horas e me assustei em como já estava tarde, de qualquer forma eu não tinha ninguém me esperando em casa, olhei mais uma vez o celular aguardando alguma mensagem de Luna, mas ela havia dito que estaria em um jantar e não iria poder pegar o celular então resolvi reler as últimas mensagens que trocamos e apesar de eu adorar conversar com ela nenhuma mensagem dizia algo sobre o que ela pensava ou sentia e isso apenas piorava minha insegurança, eu nem sabia que poderia ficar tão afetada por uma mulher até ela surgir.
_ O que tem de tão engraçado nesse celular que você não para de sorrir?
Olhei assustada para a entrada da sala e meu sorriso apenas aumentou, Luna estava "se é que é possível" ainda mais bonita, seu cabelo loiro e solto contrastava com a escuridão da sala que tinha como únicas fontes de luz as luminárias da minha mesa e da Rubí. Não consegui esperar ela se aproximar e fui ao seu encontro a abraçando forte e consequentemente sentindo seu cheiro e como eu senti saudade desse cheiro. Nos afastamos apenas para poder nos encarar, era difícil não a beijar de uma vez, mas eu precisava deixar que a iniciativa fosse dela não queria correr o risco de ir rápido demais.
_Eu senti sua falta! – Disse Luna colocando meu cabelo para trás da orelha com uma das mãos.
_ Não mais do que eu senti a sua. – Falei quase sussurrado atraindo sua atenção para meus lábios onde ela passou o dedo indicador levemente como se pedisse autorização.
Luna pareceu entender meu convite e diminui a distância entre nossos lábios, me beijando suavemente explorando sem pressa, eu não quis interromper seu momento então apenas a deixei conduzir pelo tempo que ela achou necessário, nos afastamos o suficiente para que eu pudesse ver o brilho de desejo em seu olhar a puxei pela cintura novamente, subi uma mão para sua nuca enquanto as suas envolviam minha cintura, a beijei devagar, mas deixando claro o meu desejo e saudade ao ousar passear minha língua pela sua e ao mesmo tempo seus dedos apertaram minhas costas, o beijo foi se intensificando e não pude deixar de conduzi-la para encostá-la na mesa que estava a minha direita o que foi uma ideia pra lá de infeliz pois Luna acabou se desequilibrando ao tentar sentar em cima da mesa e com isso derrubando a luminária, alguns papéis e quase o monitor que só não caiu porque fui bem rápida.
_ Você está bem? – Disse aflita e ignorando o ataque de risos de Luna.
_Estou, mas não posso dizer nada da luminária. – Falou levantando o objeto quebrado. _ De quem é essa mesa? Preciso ressarcir o dano. – Disse tendo outro ataque de riso.
_ Eu acho que é do Gonzáles, mas eu não lembro, "me surpreende que eu ainda lembre meu nome", mas depois eu me acerto com o dono. – Me aproximei para mais um beijo, agora mais calmo e me certificando de apenas encostá-la na mesa.
_Por que não vamos lá para casa comer alguma coisa e eu te conto como foi o seminário e você me diz como andam as coisas? – Sugeriu Luna limpando o batom de meus lábios com o polegar. Não tive que pensar muito para aceitar o convite, arrumei meio que de qualquer forma à mesa peguei todas as minhas coisas e partimos para o seu apartamento, ter Luna na garupa da moto tão próxima a mim era reconfortante, ela fazia eu me sentir mais leve por simplesmente sorrir e isso era muito novo para mim, mas eu estava gostando de cada sentimento que ela me despertava, Luna fazia eu me sentir viva.
Fim do capítulo
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