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A Detetive por Isis SM

Ver comentários: 1

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Palavras: 4441
Acessos: 1188   |  Postado em: 25/04/2024

Capitulo 30

Capítulo 30

 

Lisa

 

Dias depois.

 

Desde que tomei a cotovelada no nariz Rubí vem enchendo meu saco para que eu a acompanhe aos treinos de defesa pessoal e ontem quando voltávamos de um chamado ela finalmente me convenceu, cheguei na hora marcada no Dojo em que ela estava e me orientaram a trocar minhas roupas e seguir direto pelo corredor. Percebi que em cada sala havia uma modalidade e grupos de diferentes idades em treinamento, fui direto para onde Rubí estava e observei da porta enquanto ela fazia uma espécie de apresentação para os alunos de faixas diferentes que a observavam, fiquei impressionada em sua concentração, força e habilidade, vendo seu potencial me fiz uma nota mental para nunca em hipótese alguma tirar ela do sério, definitivamente Mônica foi muito sortuda por ela ter se segurado, porque se não ela sairia daquele apartamento com muito mais que um lábio cortado.

Rubí finalmente terminou sua apresentação que depois eu saberia que se chamava Kata que é uma espécie de golpes combinados da arte do Karatê usado como um tipo de apresentação, pelo menos foi isso que entendi, por fim o professor dispensou a turma ficando apenas comigo, Rubí e mais dois alunos que eram mais avançados.

_E então? Pronta para aprender a se defender sozinha? – Falou Rubí sorrindo e um pouco ofegante.

_ Depois do que vi aqui, não mesmo. Há quanto tempo você luta Karatê?

_Karatê desde os quatorze anos, mas Hapkido e Taijutsu desde os vinte anos mais ou menos, por que se me lembro foi na época que entrei para a polícia não tenho muita certeza.

Apenas sorri e elogiei sem querer admitir que não fazia ideia do que era o tal do Hapkido e o tal do Taijutsu, começamos com alguns aquecimentos e até aí tudo bem nada diferente do que já fazia em meus treinos de Parkour, até o mestre Jin Yong me chamar para as primeiras lições de defesa pessoal, ele passou algumas instruções de como sair de enforcamentos, tentativas de abuso e demais situações difíceis que mulheres infelizmente acabam sendo submetidas, por fim ele começou a ensinar a se defender de ataques diretos e nesse momento me lembrei imediatamente de Luna, será que se ela soubesse pelo menos alguns golpes ela teria conseguido fugir dos ataques? Porém entre eu achar uma boa ideia e ela concordar havia uma distância enorme. Em meio a minha distração acabei sendo derrubada com tanta força que senti meu ar deixar os pulmões, devido a minha falta de ar o mestre achou melhor encerrar a aula por hoje e eu dei graças a Deus.

_ Que bela queda hein, como você está? – Disse Rubí com ar de diversão, mas senti que estava preocupada.

_Bom, eu estou dolorida de modo geral então a queda só foi um bônus, mas eu gostei, fez eu me sentir mais confiante. – Disse ainda ofegante e transpirando em litros.

_Que bom que gostou vai ver que em um mês você já estará dominando tudo. – Disse Rubí rindo e me ajudando a levantar.

Conversamos mais sobre os diferentes tipos de modalidade de arte marcial e me interessei muito por uma que se eu não me engano se chama Jiu Jitsu, ela consiste em imobilização, torção e golpes mais efetivos, saímos do Dojo com energia revigorada e muito dolorida, hoje eu ia dormir de conchinha com algum remédio para dor com toda a certeza. Rubí parecia mais solta e falante comigo do que o normal, se eu soubesse que fazer algo que ela gosta a deixaria tão à vontade comigo eu teria feito desde o começo, ela me contava sobre alguns casos mais complexos em que esteve e eu ouvia fascinada me segurando para não fazer mil e uma perguntas e pela primeira vez me senti parte da vida dela como eu queria desde o começo, desde o momento em que falei com ela pela primeira vez mesmo que ela não se lembrasse.

_Você acha quer seria muito repentino, trazer Carol e Arthur para morar comigo e Dália? – Falou ela de repente.

_Eu não sei... Você se sente pronta para se casar? – Falei meio indecisa.

_Eu também não sei... Às vezes acho cedo demais outras acho que já estou perdendo tempo e que eles já deveriam estar perto de mim... Eu sou libriana, decisões difíceis não é meu forte, o que você acha?

_Bom eu sou geminiana, se você fica indecisa eu então... – Falei de modo brincalhão a fazendo gargalhar. _ Conversa com a Carolina afinal essa decisão não cabe apenas a você, né? – Dei de ombros sem saber como ajudá-la.

_Olha só não é que você tem um lado sério às vezes! - Disse ela em tom de implicância e eu apenas ri.

_E qual é o problema com você Lisa? Já faz um tempo que seus pensamentos estão longe, que foi está apaixonada? – Ela me olhou brevemente enquanto o sinal estava fechado.

_Que nada, eu estou bem é sério, é só impressão sua. –Desconversei olhando para janela.

_Lisa, se não quer contar eu entendo, mas não vem com essa que está bem... Posso ter te conhecido só há alguns meses, mas já sei bem como você é... Bom se quiser desabafar é só falar.

Rubí definitivamente estava me surpreendendo com toda a sua atenção, mas o problema não era que eu não queria contar, era que eu também não sabia o que estava me incomodado, simplesmente minha cabeça tinha tantos pensamentos ao mesmo tempo que eu tinha certeza que iria explodir.

_Acabei de lembrar do soco que você deu naquela mulher, nossa a galera ficou de boca aberta. –Falei rindo.

_Você não tem ideia do quanto eu me segurei para não a fazer engolir os dentes, aí só de lembrar me sobe uma raiva. – Rubí imediatamente fechou o semblante.

_Eu imagino... Sabe tem sim uma coisa que eu queria contar, só não sei se você vai me dar razão. –Eu estava receosa e falei tudo sem encará-la.

_Vai em frente, me conte então. –Rubí estacionou na vaga do DP e se virou para me dar mais atenção.

_Semana passada Luna apanhou do noivo. – Lembrar ainda me deixava triste.

_Nossa que babaca, ela está bem? Denunciou ele?

_Pois é, ela demorou a me contar, lembra que eu disse que havia algo errado em ela me evitar? Então ela estava toda marcada e ficou com vergonha, medo, sei lá, só sei que não denunciou o imbecil.

_Que merd*, eu sinto muito por ela.

_Se fosse com Carolina o que você faria? – Falei rápido sem entender o porquê de fazer uma comparação dessas, levando em consideração que Rubí e Carol já tinham um relacionamento e eu estava longe de ganhar um beijo que fosse.

_Bom imagino que a situação seja diferente, mas eu deixaria meu distintivo em casa e iria atrás do desgraçado até no inferno, claro que isso está longe de ser o correto, mas eu me conheço e não sou tão boazinha assim. – Falou pensativa.

_Eu mandei dar uma surra nele, ele não tem como descobrir, mas me sinto mal por eu ser uma policial e não ter pensado como uma, desculpa eu só senti tanto ódio que quando me dei conta eu já havia feito. – Falei sem encará-la e já esperando a bronca e o sermão que não vieram.

_Lisa, eu não preciso dizer que foi uma atitude estúpida, mas não serei hipócrita para dizer que não faria o mesmo, a diferença é que eu usaria meus próprios punhos, enfim tem certeza que não tem como ele te ferrar com isso?

_Tenho, ele é um verme qualquer, se ele tentar me processar caso descubra eu tenho os melhores advogados há meu dispor, ele vai acabar ficando até sem onde morar para deixar de ser babaca, não se preocupe. – Falei um tanto aliviada.

_Bom se é assim, apenas não faça de novo... Luna sabe disso? – Perguntou antes de sair do carro.

_Não... –Fiz uma careta já imaginando como seria se ela descobrisse.

_Bom espero que ela fique feliz quando descobrir, senão você estará em apuros. –Falou rindo e saindo do carro, a acompanhei pegando minhas coisas.

_Eu vou arranjar uma forma de contar a ela. – Disse colocando a arma no coldre na minha perna.

_É eu sei que vai, sério que contratou capangas para surrar o cara? – Falou mais próxima de mim de forma que só eu pudesse ouvir.

_Sim, três e não eram pequenos. - Falei sussurrando a encarando.

Rubí me chamou de louca e começou a rir, enquanto eu contava em sussurros como o encontraram e tudo que se sucedeu depois, apesar de já fazer duas semanas que tudo aconteceu os jornais ainda lembravam do fato para exemplificar como a cidade estava ficando violenta, nesse tempo Luna ainda estava abalada, mas já mostrava sinais de recuperação emocional significantes eu fazia de tudo para ajudá-la a sair da fossa e agora acredito que nossa amizade havia dado um grande passo. Eu havia chegado na parte da história onde pedia para que os capangas dessem um recado ao babaca e Rubí me olhava risonha, acredito que para quem olhasse de longe pareceria que estávamos flertando o que não nos incomodou em nada, porém ao ouvir meu nome ser pronunciado por aquela voz tão familiar meu sangue gelou por medo dela ter ouvido algo, paramos de falar na mesma hora e Rubí voltou ao seu estado sério e saiu em direção a nossa sala pedindo que eu não demorasse, cumprimentou Luna com um acenar de cabeça que foi respondido com um meio sorriso nada amigável, provavelmente ela estava de mal humor para não sorrir fácil como sempre fazia.

_Desculpe não queria atrapalhar, eu só vim entregar o resultado das amostras que Gonzáles pediu e pensei em dar um oi. – Disse seca e com um olhar cortante.

_Imagina, não atrapalha fico feliz por você já estar de volta à ativa. –Falei sorrindo e fingindo que não senti seu olhar cortante em minha direção, será que ela ouviu algo?

_É voltei sim, bom nos vemos depois tenho que voltar para o laboratório. – Disse se inclinando para sair, mas andei rápido para alcançá-la.

_Ei o que foi? Está tudo bem? – Falei parando em sua frente para impedi-la de ir.

_Está tudo ótimo, sério Lisa eu preciso ir. – Falou tentando se esquivar.

_Se continuar me tratando assim vou te seguir o dia todo até você me tratar bem. – Falei rindo.

_Você não faria isso. – Seu tom indicava sua irritação.

_Quer pagar pra ver? – Falei dando um sorriso de lado levantando uma das sobrancelhas.

Por um momento Luna ficou calada apenas me olhando de braços cruzados e meu sorriso que antes era convencido deu uma vacilada, por um momento fiquei com medo dela não mudar sua atitude e me confessar que ouvira tudo, mas apenas riu e balançou a cabeça negativamente fazendo eu respirar aliviada.

_Tudo bem, desculpe eu estou no meu pior período apenas, mas eu realmente tenho que ir agora. – Disse mais calma em seu tom de voz rouco de sempre.

_OK então, quer carona para ir para casa ou seu carro já voltou do conserto?

_Quem dera, o carro era do Eduardo e ele mandou seu secretário buscá-lo na oficina ontem, hoje quando fui à oficina só recebi a notícia. – Disse de uma forma cansada. _Mas aproveitei para jogar tudo dele no lixo e tacar fogo, se ele quiser algo que vá buscar no inferno. – Completou brava me fazendo imaginar a cena.

_Então vai querer carona?

_Eu saio as 19h se não for problema. – Disse mais calma e sorrindo de leve.

_Seu pedido é uma ordem. –Falei brincando como sempre, nos despedimos com um breve abraço e seguimos cada uma para o seu lado...

O resto do dia foi de trabalho e mal tivemos tempo de comer, estávamos com um caso difícil no momento, havíamos atendido a um chamado que nos levou a um corpo de um advogado morto em seu próprio escritório com um único tiro na cabeça, o homem de 40 anos foi encontrado por sua secretária e a mesma chamou a polícia, ao que tudo indica o crime havia sido cometido durante a madrugada, por se tratar de um nome conhecido nosso chefe colocou Gonzáles e Enzi para ajudar mesmo eles estando finalizando um caso recente, sim meu chefe é um idiota. Gonzáles solicitou as câmeras de segurança da última semana e as estudava com atenção em sua mesa enquanto seu parceiro reunia os nomes e finanças da empresa para ver se havia prováveis roubos ou algo ilegal que levasse a sua morte prematura. Eu e Rubí revisávamos os depoimentos em busca de algo que nos levasse a mais alguma pista enquanto o exame de balística não saía porque diferente de filmes e séries, qualquer tipo de exame em cima de supostas pistas que tínhamos demorava certo tempo para serem feitos e havia um orçamento que precisávamos respeitar de acordo com cada caso, logo tentávamos trabalhar com o pouco que tínhamos e o mais rápido possível.

O dia passou lento e totalmente estressante, Rubí recebeu uma ligação de Carol dizendo que Arthur estava febril e que iria levá-lo ao médico e isso já deixou Rubí tensa e um pouco desconcentrada o que eu entendo perfeitamente, Gonzáles e Enzi se desdobravam para poder dar conta do último caso então preferi trabalhar nos depoimentos em casa e focar nos vídeos de segurança que eram vários, trabalhei nisso por todas as horas seguintes, apesar de amar o que eu fazia eu tinha um compromisso com Luna então teria que deixar alguns vídeos para estudar em casa também.

As 19h eu já a aguardava apoiada em minha moto, ventava um pouco e tudo indicava que iria chover essa noite, Luna apareceu na portaria e meu sorriso foi instantâneo ela usava um jeans surrado e colado ao corpo, seu cabelo solto em cachos moldava seu rosto que revelava um sorriso contido, vestia uma jaqueta de couro marrom e botas as deixando da minha altura e linda.

_Sempre pontual gosto assim. - Disse ela brincando e me abraçando forte, senti o cheiro de seus cabelos e quase protestei quando se afastou de mim.

_ Claro que sou pontual, fui criada por pais britânicos afinal.

Disse lhe entregando o capacete que ela aceitou sem pestanejar, coloquei a mochila com o notebook para frente do corpo e me acomodei na moto para que ela pudesse se sentar na garupa e pouco tempo depois já estávamos ganhando as ruas, senti suas mãos indecisas se me abraçava ou não para se segurar, sorri com sua timidez e a incentivei colocando suas duas mãos ao meu redor e pedindo que segurasse firme, deduzi que ainda estava sem graça comigo ou insegura de ficar tão próxima de outra pessoa depois de tudo que passou nas últimas semanas, mas  ela não apenas segurou como encostou sua cabeça em minhas costas me abraçando forte me fazendo ficar com o corpo tenso, a chuva nos alcançou na metade do caminho e caia sem pena nos encharcando em poucos minutos. Assim que chegamos em seu apartamento Luna me ofereceu uma toalha e roupas secas pedindo as minhas para pôr na máquina e em meio ao seu estado de espírito preferi não negar a ajuda, tomei um banho rápido e vesti um short e uma regata que ela havia me oferecido, o apartamento tinha sistema de climatização tanto para frio quanto calor então as peças de roupas eram mais que suficiente, Luna havia tirado sua roupa molhada e vestia apenas um camisão cinza e não pude deixar de pensar  que ela estava quase nua por baixo me recriminando na mesma hora, eu não poderia pensar esse tipo de coisa de uma amiga e ponto final. Antes de ir para o banho pediu que eu providenciasse alguma coisa para jantarmos e eu não pensei duas vezes antes de ligar para o meu restaurante mexicano favorito e pedir tacos e nachos com  queijo, assim que a entrega chegou nos sentamos na sala mesmo para comer na mesinha de centro, Luna pôs uma música para tocar de ritmo tocante, ela me disse que se chamava So much more than this de Grace Vanderval eu nunca havia a escutado antes, mas gostei muito da letra, comemos em um clima descontraído, mas eu sentia que precisava contar o que eu havia feito a seu ex-noivo antes que ela soubesse por outra pessoa, preferi finalizar o jantar antes de estragar algo, a chuva parecia que não iria acabar tão cedo eu já estava preocupada caso ela me pedisse para ficar pois aí eu não teria para onde correr caso ela ficasse brava. Depois do jantar nos sentamos no sofá e ela me serviu uma taça de vinho, na altura do campeonato eu já havia desistido de ir embora e meu trabalho iria ficar para amanhã de qualquer forma.

_O que você sente pela Rubí? -Luna me encarou séria me pegando de surpresa.

_Como assim? Ela é minha chefe e nos damos bem. -Dei de ombros não entendeu o teor da pergunta e sua expressão séria.

_Como se eu fosse acreditar, eu sei que ela namora e tudo mais, mas quero saber se você sente algo platônico por ela? – Bebeu um gole pequeno de sua taça ainda esperando minha resposta.

Eu ri sem graça e comecei a mexer no cabelo de nervoso, eu ainda não estava pronta para me abrir sobre meus sentimentos em relação a Rubí ainda, ela pareceu perceber meu desconforto e continuou.

_Bom se você a ama dessa forma deveria contar a ela, não acha? Eu iria querer saber se alguém fosse afim de mim. - Falou dando de ombros, mas senti suas bochechas corarem e achei super fofo, apenas sorri e balancei a cabeça negativamente.

_Olha a única coisa que você precisa entender é que eu não sou afim da Rubí e eu definitivamente não sou do tipo que falo dos meus sentimentos facilmente. -Falei descontraidamente. _ Porque o interesse? – Me ajeitei de frente a ela para lhe dar total atenção.

_Nada em particular, eu só nunca havia visto vocês tão próximas e você sempre atende a tudo que ela pede. - Disse meio nervosa e bebendo um gole generoso do vinho.

_Atendo a tudo que você pede também. - Falei um pouco baixo e percebendo seu rosto ficar vermelho.

_Atende? - Sua voz saiu um pouco baixa e um tom que entendi como provocação e senti meu corpo esquentar na mesma hora.

_É só você pedir, afinal você ainda tem dois pedidos. – Joguei meu cabelo para trás em um ato nervoso e tentando mudar para um ar de brincadeira.

_Eu... Não tenho certeza se quero usar meus desejos agora. – Percebi que engoliu em seco olhando em meus olhos e desviando para minha boca.

Ficamos nos olhando por um breve momento que pareceu ser horas até que meu telefone tocou nos tirando da tensão que havia se instalado, eu iria ignorar, mas era o toque de Rubí e eu precisava atender, pedi licença e respirei fundo antes de me dirigir a varanda para atender a chamada. Quando voltei Luna havia ligado a televisão e para o meu desespero a desgraça do programa fazia um especial sobre assaltos violentos na cidade e claro que a surra que o babaca tomou foi documentada, ele aparecia dando uma entrevista ainda muito machucado no hospital e falando como tudo aconteceu de repente, minha raiva subiu na mesma hora, porém assim que ele acabou de falar uma mulher com uma menina pequena de mais ou menos 2 anos começou a relatar como foi difícil encontrar seu marido naquela situação e o quanto ela agradecia por ele estar vivo. Demorei um tempo para assimilar que o marido em questão era o ex-noivo de Luna e meu queixo só não caiu por que ela desligou a televisão.

_Luna você está bem? -Perguntei me aproximando ainda em choque.

_Eu não acredito nisso, que escroto, babaca, ele nunca ia se casar comigo é claro que não! Esse escroto já é casado e ainda tem filho Lisa! Uma criança de 2 anos! Isso é inaceitável! - Disse gritando e começou a chorar partindo meu coração.

Me aproximei devagar e a abracei tive que ignorar a dor em meus braços e costas devido ao treino de mais cedo quando ela me apertou mais forte contra ela e tentei apenas confortá-la. Luna ainda resmungava entre soluços, não sei ao certo se de ódio ou tristeza, mas na dúvida preferi ficar quieta e só a ajudar a se acalmar. Depois de um pequeno intervalo de seu choro ela se afastou pondo as mãos no rosto e secando suas lágrimas, sua expressão era de ódio e optei em ir buscar um pouco de água para ela.

_Desculpa eu juro que não dou esses surtos com frequência, mas eu não consegui reagir bem aquilo tudo, agora tudo faz sentido, as longas viagens intermináveis, ele nunca me apresentou para a família e nem amigos com a desculpa que não se dava bem com a família e que no ramo dele não havia ninguém confiável... A surra foi pouco, esse imbecil deveria ter perdido todos os dentes... Ai que ódio! – Sua voz saia rouca e transparecia todo seu rancor.

_Então você não se importa dele ter apanhado? - Falei um pouco receosa sentindo meu coração disparar.

_Você está brincando? Ele apanhou foi pouco, acho que eu beijaria cada bandido só pelo favor! – Se levantou furiosa indo até a janela da varanda.

_Sério? Bom, acho que beijar todos seria exagero... Talvez alguém tenha mandado fazer isso com ele... – Fui em sua direção um pouco sem graça.

_Nossa iria ser muita sorte, eu sei que parece ser crueldade, mas meu lado que está com muito ódio não se importa, mas não acho que ele tenha tantos inimigos para isso ser mandado. -Quando se virou para mim vi que seus olhos e nariz estavam vermelhos e mantinha um sorriso triste.

_Vendo como ele é não precisa de muitos inimigos... -Falei séria para que ela prestasse atenção e me aproximei um pouco mais dela.

_E quem seria o mandante Lisa? Você? - Ela riu em descrença, mas percebendo que eu desviei meu olhar e não fiz nenhuma menção de brincar com a ideia, imediatamente seu sorriso foi murchando. _ Lisa você tem algo a me dizer?

_Olha você pode ficar brava comigo, mas não me odeie... Eu estava com ódio dele e acabei sendo levada pelo momento... Eu nunca iria perdoar alguém que machuca quem eu gos... Que é importante pra mim. Agora vou pegar minhas coisas antes de ser chutada daqui, com licença. - Disse tudo rápido e me virei para ir até a área de lavanderia, eu não suportaria se ela me mandasse embora então preferir agir na frente.

_Lisa onde você vai? - Falou séria me fazendo estancar no meio do caminho. _Você acha que vai falar que mandou surrar meu ex-noivo por ele ter me agredido e eu vou ficar calada? - Se aproximou de mim com determinação e eu já previa as palavras duras que ouviria. Ela ficou bem na minha frente com as feições indecifráveis.

_Olha eu sinto mui...

Comecei a dizer mais Luna selou seus lábios nos meus me deixando sem reação, foi um simples tocar de lábios e foi o suficiente para fazer meu coração disparar, ela abriu levemente os lábios para se encaixar melhor nos meus e senti uma corrente elétrica percorrer meu corpo todo, mas antes que eu a puxasse para aprofundar o beijo ela recuou alguns passos um pouco assustada creio eu com sua própria atitude.

_Ok, o que foi isso? - Falei ainda me recuperando do choque.

_Eu falei que a pessoa merecia um beijo, você acabou de confessar que mandou dar a ele o que ele merecia e ganhou um beijo... É só isso... - Falou enquanto pegava sua taça e colocava mais vinho, parecia nervosa ou confusa não sei ao certo. Enquanto ela falava fui saindo do meu susto e me aproximei dela ficando em sua frente o que a fez ficar ainda mais nervosa.

_Tudo bem, mas não é assim que se beija... É assim!

Luna só teve tempo de pôr a taça intocada na mesinha ao lado do sofá antes de eu segurar seu rosto com as duas mãos e beijá-la com todo o desejo que já havia suprimido, o beijo foi lento e sua boca logo se abriu para aprofundar nossos lábios, minha mão esquerda seguiu do seu rosto para a sua nuca enquanto a minha direita a puxava pela cintura grudando nossos corpos e a fazendo soltar um gemido involuntário, quando minha língua tocou a sua eu a pressionei um pouco mais contra mim intensificando o beijo que já estava tomando um ritmo um pouco mais quente então diminuí o ritmo e mordi seu lábio inferior antes de me afastar ofegante ironicamente tocava no rádio baixinho Kiss me - Sixpence None The Richer. Luna parecia sem fôlego e surpresa ao mesmo tempo, aproveitei o copo de água que estava próximo e o bebi completamente para clarear minha cabeça que não pensava em nada que                                                                                                                                                                                          não fosse levá-la para cama.

_Nossa... - Disse antes de pigarrear para clarear a voz. _É... Está tarde né? Eu vou preparar o quarto de hospedes para você descansar, não que você não o conheça... Já volto. - Disse rápido e sem me encarar por muito tempo antes de ir em disparada para o corredor, senti que ela ficou desconcertada e eu pela primeira vez também não sabia o que fazer então decidi que quando ela voltasse eu iria embora, mas o raio e o trovão que se seguiram me fizeram desistir da ideia. Ela voltou um tempo depois e tentei convencê-la que ficaria bem no sofá, mas ela insistiu e não pude contestá-la, nos demos um "boa noite" no corredor e o clima era confuso, eu normalmente entendia quando uma mulher queria ou não algo comigo, mas com Luna nada era certo eu não sabia se pedia desculpa ou deixava as coisas rolarem, ela por outro lado agia como se nosso beijo não tivesse tido importância e não seria eu a perguntar então fingi que nada havia acontecido. Dormir seria impossível então tentei trabalhar no relatório e percebi que meu foco não estava lá grande coisa, o jeito era passar boa parte da noite lembrando do beijo e me questionando se aquilo iria se repetir algum dia, hoje era 16 de outubro de 2017 e eu nunca iria esquecer esse dia.


Fim do capítulo


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Comentários para 30 - Capitulo 30:
Lea
Lea

Em: 27/12/2024

Então o embuste tem outro família, só espero que a esposa descubra o quão crápula ele é.

Será que a Luna tem sentimentos por Lisa??

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