A Detetive por Isis SM
Capitulo 31
Capítulo 31
Lágrimas
Rubí
Abri a porta do meu apartamento ainda ofegante da corrida e me deparei com o caos em forma de casa apesar da bagunça me fazer sorrir imediatamente. Carolina e Arthur passaram o fim semana comigo e Dália e a estadia se estendeu até hoje quarta-feira, Arthur corria pela casa só de sunga de carrinhos enquanto Carolina já vestida para o trabalho tentava sem sucesso alcançá-lo, Lia saia da cozinha com uma torrada na boca e alguns livros nas mãos passou por mim como um furacão apenas se despedindo rapidamente e quando perguntei se queria carona só murmurou um "não precisa", pelo menos foi o que entendi, quando Arthur finalmente me viu veio correndo e pulou em meus braços soltando gargalhadas enquanto uma Carolina muito furiosa voltava para o quarto balançando a cabeça negativamente quando eu apenas dei de ombros ao pegá-lo em meu colo.
_Ei grande herói, qual o motivo dessa correria?
_Tô fugindo da Momi... - Disse rindo e ofegando.
_Como se eu estivesse de brincadeira senhor Arthur, você vai ficar de castigo quando eu voltar do trabalho e deveria levar umas palmadas, mas eu estou quase atrasada. - Disse se aproximando de nós enquanto colocava os brincos. - Tem certeza que não vai te atrapalhar ficar com ele pela manhã? - Me perguntou ainda tentando pôr um dos brincos.
_ Não se preocupe, vou para o DP apenas depois do almoço e caso minha irmã não chegue deixo ele com você. - Falei deixando o menino no chão que correu para o sofá quase que imediatamente e começou a pular em cima.
_Você é a melhor namorada da existência, obrigada. - Disse segurando meu rosto com as duas mãos e me beijando rapidamente.
_ É mesmo? Então me dá um beijo melhor! - Disse lhe puxando pela cintura, mas a mesma se desvencilhou rapidamente.
_Nem pensar, seu filho se comportou muito mal hoje e estou em cima da hora. - Falou rindo pegando a bolsa e dando um tapa na perna de Arthur para que parasse de pular fazendo o menino começar a fazer bico para chorar.
_Agora ele é meu filho? - Disse rindo e cruzando os braços.
_Ué você que disse, não lembra? "nunca mais se aproxime da minha mulher e do meu filho"... Palavras suas baby. - Falou tentando imitar minha voz me fazendo rir.
_Ok, você venceu. - Disse me rendendo.
_Agora me deixa ir que o metrô vai estar um inferno e eu...
_Negativo, você não é minha mulher? Então vai de carro! - Disse lhe dando a chave do meu carro particular.
_Rubí eu nem sei o nome daquele carro quanto mais dirigi-lo.
_É um ecosport SUV de 2016, agora você sabe e ele é fácil de dirigir, agora pega a chave.
_ Mas eu...
_Sem, mas nem meio mas, você leva o carro e vai ficar com ele até segunda ordem, agora anda por que você vai se atrasar lembra? - Falei colocando as chaves na sua mão e abrindo a porta.
Carolina revirou os olhos a contragosto, mas não discutiu, antes de sair ainda a puxei para um beijo decente e observei seguir pelo corredor com seu gingado que me fazia perder o juízo, fechei a porta ainda rindo e fui dar atenção a um rapaz zangado jogado no sofá, com toda a correria esqueci de avisar que hoje era meu aniversário, mas estava tudo bem podíamos comemorar um outro dia de qualquer forma. Quanto a Arthur me senti na obrigação de conversar com ele sobre obedecer a sua mãe e o quanto ela havia ficado triste com o comportamento dele, acho que meu drama surtiu efeito, pois o menino logo pediu desculpas e foi se trocar e fazer sua escovar os dentes para tomar café logicamente com minha ajuda. Como tínhamos planos de colocá-lo em uma escolinha no próximo semestre, decidi ajudá-lo a escrever o próprio nome para poder mostrar a mãe quando ela chegasse e ele ficou superanimado, assim passamos boa parte da manhã e confesso que foi muito bom.
Comparado com a manhã a tarde foi um inferno já começando com um encontro muito improvável, assim que entrei no departamento de polícia vi Mônica se despedindo de meu chefe com um abraço e sorrisos, me aproximei devagar e sentindo minha fisionomia mudar quando ela começou a vir em minha direção.
_Olá Rubí, que mundo pequeno não é mesmo? Imagina que hoje tirei o dia para visitar amigos da família e descubro que você é uma subordinada de um dos amigos mais próximos de meu pai! - Disse debochadamente.
_O que pretende com toda essa simulação Mônica? Que foi? Ficou com saudade da surra e quer repetir- Falei baixo de modo ameaçador me aproximando dela.
_Você ainda não sabe com quem está se metendo, se pensa que vai ficar com o que é meu está muito enganada. - Sua pose dissimulada caiu por terra e assumiu sua verdadeira face.
_Você não tem nada e nunca teve, eles não são mercadorias põe isso na sua cabeça de uma vez! - Comecei a me retirar quando a mesma pegou em meu braço, meu corpo todo se retesou de raiva e respirei fundo para não quebrar sua mão rapidamente.
_Eu não terminei de falar!
_Querida se você não a soltar você vai falar fofo porque não vai sobrar um dente para contar história dessa vez. – Ouvi a voz de Gonzáles saindo sabe Deus de onde para impedir que eu realmente fizesse uma besteira em puxou para longe dela. _Rubí eu tenho uns relatórios que acho que vai querer ver e quanto à senhora acredito que já deu seu espetáculo por hoje e a não ser que queira uma plateia e pipocas eu aconselho que tome seu rumo. - Continuou ele com seu tom debochado.
_Eu vou, mas isso ainda não acabou! – Mônica alisou o terninho que vestia e saiu batendo seus saltos no chão de madeira.
Esperei a vagabunda sair porta a fora para conseguir entrar na sala e ir para minha mesa, meu dia não poderia ser normal afinal. Lisa que havia visto tudo de longe veio correndo saber o que havia acontecido e expliquei tudo aos dois desde o momento que entrei no corredor e há vi com nosso chefe.
_Nossa que merd*, será que ela vai tentar te sabotar? Porque o Terry não é um cara lá muito sensato né? Gente e se eles estiverem...
_Deixa de fantasiar Lisa e sinceramente Rubí não acredito que ela esteja querendo outro nocaute então deixa essa perua de lado e vamos trabalhar? - Gonzáles com seu tom ácido me fez sair do torpor daquele encontro infeliz.
_Ok, vamos lá o que temos?
_ Analisei as câmeras e percebi que elas foram grampeadas, ou seja, no intervalo entre 21h e 6h da manhã as imagens são apenas cenas repetidas, então peguei os nomes de todos os seguranças e os do monitoramento também, infelizmente graças a essa merd* de "grampo" não temos nada além disso.
_Isso bate com os depoimentos de alguns funcionários que disseram que a vítima sempre saía depois do horário nas quartas-feiras e sextas-feiras. – Completou Gonzáles.
_O que me leva pensar que pode ter sido uma morte encomendada, não tem como descartar a hipótese. -Minha cabeça tentava se concentrar no caso e juntar as peças.
O caso estava começando a tomar forma finalmente, pedi que Gonzáles pedisse uma autorização para termos acesso as câmeras das lojas e prédios ao redor do edifício para análise, Lisa ficou encarregada dos relatórios enquanto eu aproveitava para analisar as informações que Enzi havia trazido. Pelo que foi apurado por ele previamente a vítima havia atendido a várias empresas e ganhou a maioria das causas ou conseguido acordos, porém havia dois casos que me chamaram atenção, o primeiro fora recusado e havia anotações de transferência para outro advogado e o segundo ele havia desistido no meio do caminho e transferido para outro colega também e ambos eram da mesma empresa, New Elegance, porém os motivos não foram revelados e teríamos que ir mais fundo para descobrir. Passei a tarde toda tentando falar com algum representante da New Elegance, mas foi impossível, parecia que ninguém estava disponível o que não era novidade alguma. Por volta das 17h a viúva de Jean Durant chegou para que pudéssemos ter uma noção do que poderia ter acontecido com ele, Marie estava nitidamente abalada, suas mãos tremiam e sua aparência revelava suas noites sem dormir, mesmo com toda a dificuldade em lembrar do marido ela nos respondeu com clareza todas as nossas dúvidas. Jean era meticuloso quanto aos casos que pegava e só defendia os casos onde sabia que o seu cliente poderia ser de fato inocente ou que poderia ter apenas parcela de culpa podendo então conseguir determinados acordos, nos revelou também que a mais ou menos dois anos ele vinha tendo alguns problemas com um de seus sócios por não atender empresas que poderiam ser culpadas por seus processos ou que pudessem ter algum envolvimento no mercado negro.
_Jean era um homem de princípios, nunca imaginaria que algo assim pudesse ocorrer a ele. -A mulher parecia verdadeiramente abalada.
_Eu lamento sua perda senhora, estamos trabalhando para que o culpado seja preso em breve. - Disse Lisa amigavelmente e Marie apenas concordou com a cabeça.
_O nome New Elegance traz alguma lembrança a senhora? - Perguntei apenas por curiosidade e eliminar a hipótese de ameaça não relatada à polícia.
_Meu marido não falava de seus clientes comigo, a única coisa que sei é que a última briga que Jean teve com seu sócio foi por não aceitar novamente o caso dessa empresa e eu só sei porque no dia eles não brigaram verbalmente como sempre faziam, tive que pedir ajuda do nosso motorista para separá-los.
_ E essa briga faz quanto tempo?
_Há alguns meses, acha que pode ter a ver com sua morte?
_Não podemos concluir nada de imediato estamos apenas tentando montar o quebra-cabeça, qual o nome do sócio do seu marido? – Lisa perguntou sem rodeios.
_Breno O'Neill, esse homem só sabe o valor do dinheiro, ele me procurou essa manhã para que eu vendesse a parte de meu marido na empresa para ele e eu claramente recusei, até porque eu nem cabeça para isso tenho. – A indignação e revolta estava clara em suas palavras.
A última informação sobre a venda da empresa de advocacia em que Jean Durant era basicamente dono nos deu outra linha de investigação a ser feita então Lisa se encarregou de investigar sobre o sócio e seus últimos passos nos últimos quinze dias enquanto eu me encarreguei da apuração do depoimento e cruzava as informações já obtidas, depois de mais algumas perguntas padrões liberamos a esposa da vítima e começamos a trabalhar nas informações que tivemos.
Enquanto trabalhávamos observei que Lisa estava estranhamente silenciosa, não poderia dizer que a conhecia muito, mas quando meu pai ficava quieto em seu canto eu sabia que havia algo errado, apesar de não termos nenhum laço de alguma forma Lisa tinha essa mesma forma de lidar com algo que a perturbava, suspirei com a breve lembrança dolorida que tive de meu pai e resolvi puxar assunto.
_ Lisa que horas são? "Ótima forma de puxar assunto Rubí parabéns" - Se eu tivesse uma consciência fantasmagórica ela com certeza estaria revirando os olhos de tédio.
_São 19h30min por quê? - Disse distraída enquanto digitava em seu computador.
_Larga isso aí vamos dar uma respirada e continuamos amanhã. - Falei já colocando a jaqueta.
Lisa pareceu meio desacreditada do meu convite e tive que ser mais incisiva para fazê-la se mexer, preferi ir de carro para ir direto para casa depois e Lisa me seguiu de moto. Nos acomodamos no balcão do The Rock que hoje estava quase vazio e pedi uma cerveja e Lisa pediu um refrigerante o que achei novo, mas associei ao fato de estar de moto, passamos as últimas duas horas conversando e me controlei para não implicar com o fato de Lisa parecer completamente apaixonada por Luna depois de terem se beijado, apesar dela não ter me confessado estava nítido sua paixão pela loira cacheada, deixei que desabafasse e me controlei para não rir de seu desespero ao ter que encontrá-la em algum momento, tentei ser o mais sensata possível, mas a adverti que era péssima em lidar com esse tipo de situação e ela concordou me fazendo lembrar de meus próprios surtos por Carolina. Brindamos a nossa confusão e antes de irmos ela me parou a meio passo do meu carro.
_Ei Rubí... Espera!
_O que foi? Eu realmente não posso beber mais uma...
_Queria te dar algo, só fiquei meio sem graça de dar antes sei lá... Aqui ... Feliz Aniversário! - Disse rindo e meio sem graça.
Eu não sei bem qual foi minha reação, mas tenho certeza que estava com cara de idiota, Lisa me estendeu um pacote quadrado com uma fita verde de cetim que envolvia a caixa e terminava em um pequeno laço, dentro havia um cordão prata com dois pingentes, um com uma pequena cruz e o outro era os dez mandamentos, meus olhos se encheram de água na mesma hora. Eu nunca fui uma pessoa religiosa, mas aquele cordão era idêntico ao que meu pai tinha no dia de seu assassinato, ele não o tirava por nada, apesar que aquele era de um prata mais fosco e esse parecia mais ouro branco do que prata fora isso eram idênticos, olhei do presente para Lisa ainda segurando o choro, pois ela não iria entender nada e provavelmente era uma puta coincidência, então apenas fechei os olhos e respirei fundo antes de falar, mas Lisa já me envolvia em um abraço apertado e reconfortante que não pude deixar de retribuir e minhas lágrimas apenas seguiram seu curso silenciosas, mas as sequei antes que ela pegasse no pé por isso.
_Lisa, obrigada. - Disse baixo e com tom de voz embargado.
_Eu que agradeço. - Disse se afastando e com lágrimas nos olhos.
_Pelo que? - Perguntei confusa.
_Por ser minha amiga. De verdade, obrigada.
Nos encaramos por um tempo até cairmos em um riso sem sentido, apesar do momento Lisa pareceu lembrar de algo e se foi apressada, eu apenas entrei no carro e chorei como aquela menina de 12 anos que sentia falta do pai, Lisa não tinha como saber como o presente havia mexido comigo ou o que ele significava, mas eu sempre seria grata a ela. Depois de mais um tempo me recuperando segui finalmente para meu apartamento onde pretendia comemorar meu aniversário com pizza e filme com minha família, Dália provavelmente havia feito algum bolo, mas se não tivesse feito tudo bem também.
Abri a porta do meu apartamento e o silêncio foi à primeira coisa que percebi, aquele apartamento há muito tempo não era quieto assim e eu sempre deixava algum abajur ligado, meu coração disparou com a ideia de que algo estava errado, tentei ligar a luz, mas não havia funcionado, coloquei a mão na cintura em busca da arma, mas lembrei que Carolina me obrigava a deixar a arma no carro ou no cofre dentro do meu escritório, fechei a porta silenciosamente e fui a passos leves verificar os quartos, mas nada estava errado, só restava a cozinha, me aproximei lentamente e ao chegar ao arco da entrada uma explosão de vozes cantando parabéns quase me fez morrer do coração, Arthur veio correndo ao meu encontro querendo me abraçar e logo o peguei no colo para que ele me desse beijos estalados e me deu uma cartinha de aniversário que segundo ele foi escrito por ele sem ajuda, o apertei em meus braços já emocionada, depois Carolina me abraçou sorrindo e me beijou carinhosamente o que fez os convidados aplaudirem e assobiarem em incentivo, minha cara esquentou imediatamente.
_Bom não sei se você irá gostar do presente, mas espero que sim. – Disse ela me estendendo um embrulho mediano.
_Poxa mi amor obrigada! Mas não precisava. –Disse a abraçando e selando nossos lábios rapidamente, não tive tempo de abrir, pois logo Gonzáles se aproximou rindo e eu já sabia que iria me perturbar a semana toda por me ver em um momento de guarda baixa.
_Olha só não é que a chefe durona não é tão durona assim? Estou chocado – Disse rindo e com seu tom natural de deboche- Aqui esse é o meu não sabia o que poderia te dar, mas quando vi na loja achei a sua cara!
_Tenho até medo do que vai estar dentro dessa caixa, mas obrigada sei que você me ama secretamente. –Disse rindo o abraçando o que fez todos gargalharem.
_Será que consigo abraçar a melhor irmã do mundo? - Disse Dália vindo me abraçar e retirando um coro de puxa saco dos convidados. – Aqui esse é o meu.
Dália me entregou um embrulho pequeno que também parecia ser uma caixinha, me abraçou apertado e perto do meu ouvido disse o quanto se orgulhava de ter uma irmã como eu e que me desejava toda a felicidade do mundo, aquilo já foi o suficiente para me deixar com os olhos cheios de lágrimas de novo, Lisa que notei estar no fundo da cozinha veio me abraçar me dando os parabéns e fingi estar aborrecida por ela saber da festa e não ter me contado e a ameacei que teria volta mas ela estava feliz demais por ter sido a primeira a me presentear que não se importou com meu comentário, Enzi mesmo sem jeito me deu parabéns e estendeu o seu presente que era quase no mesmo formato do de Carolina, eu não podia negar que tinha ficado muito feliz com a surpresa, eles pensaram em tudo até o bolo era temático de policial com uma pistola e um alvo desenhados em cima dele o que achei incrível e também estava muito bom, Carolina e Dália haviam rodado a cidade atrás de alguém que o fizesse. Não recebi nenhuma ligação de minha mãe, mas já esperava por isso afinal dona Maitê Soledad era muito orgulhosa para vir falar comigo apenas por ser meu aniversário eu já estava acostumada com essas atitudes dela e eu também não era muito diferente para ser sincera.
Todos se divertiram, beberam e comeram em um clima de descontração que era muito bem-vindo depois de dias de trabalho tão estressantes, Arthur foi o único que dormiu cedo acho que a falta de convidados de sua idade o deixou entediado e quando vi estava dormindo no colo de Dália. Ver todos os meus amigos, minha irmã e a mulher que eu amo ali reunidos me fez rir e chorar ao mesmo tempo, nem preciso dizer que amei os presentes, Carolina havia me dado um livro que eu estava louca para comprar do autor Rafael Montes se chamava Jantar secreto o que me surpreendeu muito já que eu mal havia comentado sobre ele, apenas em conversas esporádicas que eu nem imaginava que ela iria lembrar, Dália havia me dado um conjunto de pequenos brincos de prata em formatos de estrelas e luas que ficariam lindos em meus vários furos na orelha que há tempos não sabia o que era usar uma joia, Gonzáles havia me dado uma xícara que tinha uma imagem de bateria transparente que se preenchia quando colocasse o liquido quente e eu amei, Enzi havia me dado um novo conjunto de cadernetas de capas duras e espirais e eu o agradeci muito, pois as minhas estavam decadentes e ainda acompanhou uma caneta linda que jamais iria levar para o trabalho, o dia 18 de outubro nunca foi tão cheio de emoções como este e eu poderia dizer que iria me marcar para sempre.
Fim do capítulo
Aproveitei os capitulos fofos não sei se os próximos serão assim... Obrigada por ler!!!
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