Capítulo 29

Rubí

Domingo 08 / 10 / 2017

Eu nunca pensei que uma festa de criança daria tanto trabalho, Dália e eu chegamos cedo e pedi que ela levasse nosso pequeno aniversariante para passear assim deixando o terreno livre para a festinha, Arthur não tinha amigos de sua idade a não ser os sobrinhos de um amigo de Carol que já garantiram presença, mas queríamos que ele tivesse uma festinha que ele pudesse se divertir até cansar. Preparamos a sala do pequeno apartamento de Carol com bolas e trouxemos uma mesa apenas para pôr o bolo e as lembrancinhas, havia um painel e acredito que tudo que uma criança de três anos poderia querer e já imaginava seu rostinho ao ver a decoração de seus heróis favoritos.

Depois de tudo pronto mandei mensagem para que Dália o levasse para meu apartamento onde almoçaríamos todos juntos. Como combinado perto da hora de receber os convidados Carol voltou para casa para deixar os convidados se acomodarem, logo ela me ligou dizendo que Enzi fora vestido de Batman só para agradar o aniversariante o que ele não sabia era que o aniversariante era fã do Batman e também estaria vestido como ele. Quando eu, Dália e ele chegamos foi só alegria e como já esperado Arthur surtou quando viu o Batman vindo pelo corredor, ele simplesmente pulou em seus braços e não largou mais, a festa contava apenas com 8 crianças e isso mais os adultos já lotavam o apartamento, entre as crianças estavam os dois filhos de Tafari Enzi, Akin que havia completado 4 anos a pouco tempo e Daren com 6 anos, Michele trouxe seu afilhado Bernardo de 5 anos e sua sobrinha de 4 Lavínia, Matheo trouxe seus 3 sobrinhos, os gêmeos de 7 anos Enzo e Lorenzo e a caçula Pietra com 5 e foi o suficiente para enlouquecer e divertir a todos, Convidamos apenas os amigos mais próximos e minha surpresa foi ver Juan na festa, lembrando que fui noiva dele e agora ele era nosso advogado aquilo era no mínimo estranho, Carol fez questão que ele viesse e iria contar algo mais fomos interrompidos pela a campainha, vi Carolina atender e perder seu sorriso, coloquei o aniversariante no chão a tempo de ver Mônica entrar porta a dentro sem ser convidada, trajava um sobretudo preto e seu olhar vagou por todo o apartamento, senti Dália vir para meu lado esquerdo e Lisa já estava ao meu direito quando Mônica resolveu me encarar.

_Ora, ora, vejo que cheguei em boa hora não é mesmos! Como não convidam a mãe para a festa do próprio filho? - Disse arrogantemente.

_ Até onde sei as mães deles estão presente e isso não inclui você, então se fizer a gentileza de se retirar será um favor, você não é bem-vinda. - Disse me aproximando e ignorando os olhos arregalados de Carol.

_Mônica você não veio em boa hora então se puder voltar amanhã nós podemos... - Carolina tentou falar, mas Mônica em toda sua impertinência a cortou antes que concluísse.

_Você está surda? Ele perante a lei me pertence então o apronte que estou com pressa! Falou com rispidez.

_Na verdade isso está prestes a mudar senhorita Bennett, eu iria comentar com vocês hoje Rubí e Carolina, mas iria esperar até o final da festa, bom eu não sei se leu os e-mails que lhe passei nas últimas duas semanas senhorita Bennett, mas lhe enviei a cópia desse documento que lhe tira a guarda temporária do Arthur até a sessão de guarda que será agendada de acordo com a disponibilidade das agendas das envolvidas, por tanto hoje você não pode levar a criança eu lamento. -Disse Juan em um único fôlego fazendo Carolina e eu o encarar na mesma hora, Carolina claramente emocionada.

_Eu não dou a mínima para quem você é ou o que seja esse monte de baboseira escrita nesse papel, meus advogados tomarão providencias e eu vou levá-lo hoje e agora, Carolina traga ele agora! - Disse Mônica gritando.

_ Mônica pelo amor de Deus vai embora, marcaremos uma reunião e conversaremos eu e Rubí não queremos tornar as coisas piores. -Disse Carolina se aproximando de mim e segurando minha mão.

_Não me interessa o que você e sua vadiazinha querem ou não! - Declarou Mônica com pura fúria.

_Você me chamou de que?

Enfrentei Mônica com meus nervos à flor da pele deixando Carolina e me aproximando perigosamente dela, ouvi Lisa dizer um "merd*" e se aproximar de mim pedindo para eu me acalmar, porém apenas levantei a mão a impedindo de que continuasse. Os outros convidados não emitiram um único ruído e até as crianças pareciam saber que não era hora para brincar e se mantiveram perto de seus responsáveis, o clima era de tensão.

_Repete o que disse. - A desafiei.

_Va- di - a satisfeita?

Ela repetiu desafiadoramente, mas seu sorriso morreu quando viu o meio sorriso felino que lhe dei antes de lhe dar um soco tão potente que suas pernas perderam o equilíbrio, ela levou a mão ao rosto e algo havia sido cortado ou quebrado, pois havia sangue em sua mão, não tanto o quanto eu gostaria, antes que ela pudesse dizer algo em protesto a peguei pelos cabelos e travei seu braço nas costas e a conduzi aos tropeços pelo corredor até o elevador, Lisa fez o favor de abrir a porta e depois de chamar o elevador que não demorou a surgir a empurrei para entrar.

_Sua desgraçada, você me paga! - Disse aos berros, mas sem sair do lugar ainda segurando o rosto e toda descabelada.

_Agradeça por não te jogar dentro da passagem de lixo, minha paciência com você acabou e vou te dar um aviso! Nunca mais se aproxime da minha mulher e do meu filho se não um lábio partido será o menor de seus problemas, tudo que for para ser resolvido com Carolina sobre Arthur será tratado somente através do advogado e eu espero ter sido bem clara! - Disse liberando a porta do elevador para uma Mônica enfurecida e com os lábios sangrando.

Quando o elevador começou a descer respirei fundo e me virei me deparando com Carolina com olhos arregalados, Lisa segurando o riso e Dália se abraçando em uma clara demonstração de tensão.

_Ainda acho que deveria tê-la jogado na entrada do lixo se serve de consolo. - Disse Lisa segurando o riso, mas soltou uma gargalhada quando Dália deu crise de riso, sendo seguida de Carolina.

_Eu também, mas achei que ela não passaria por lá. - Disse rindo e abraçando Carol que estava rindo, mas ainda estava trêmula. _ Você está bem mi amor? - Perguntei em seu ouvido.

_Agora sim, obrigada por tudo e me desculpa por tudo também. - Falou me parando a alguns passos da porta.

_Não se preocupe e não precisa agradecer eu fiz o que eu já deveria ter feito há muito tempo e ainda foi pouco, agora temos um bolo para cortar e ânimos para acalmar. – Segurei seu rosto com as duas mãos e selei nossos lábios em um selinho demorado.

Demorou um pouco para acalmar os ânimos e retomar a música e as brincadeiras, não encontrávamos Arthur em lugar algum e meu coração já estava aflito, o apartamento não era grande para que ele sumisse sem que víssemos e logo mil coisas passaram por minha cabeça, porém Carolina parecia calma arrumando os docinhos e lembrancinhas.

_ Carol não acho o Arthur em lugar nenhum! - Disse nervosa.

_Olhou dentro do meu armário? Olhe no canto perto dos meus sapatos ele costuma se esconder de mim lá para não tomar banho e quando Mônica aparece assim é para lá que ele vai. -Disse indo para cozinha novamente.

Abri o armário e o chamei, ele recolheu o pesinho que estava à mostra e continuou quieto e se eu não o tivesse visto realmente acharia que não havia ninguém lá.

_Vamos lá grande herói, não precisa ter medo sou só eu. - Falei me ajoelhando no chão.

_Eu não vou ir com ela! Eu não vou! - Disse o menino choroso.

_Ela não vai te levar ok, você vai ficar aqui comigo e com sua mãe.

_Você promete? - Disse depois de um tempo.

_Só se você sair daí e me dá um abraço.

Não demorou dois segundos para um Arthur com olhos cheio d'água vir ao meu encontro e me abraçar forte, senti que ele tremia e o acalmei o máximo que pude, Carol apareceu na porta e veio ao nosso encontro pegando o menino no colo e juntas o acalmamos o suficiente para que pudéssemos voltar para festa. Pouco antes dos parabéns ele já havia esquecido a visita infeliz e já corria e brincava, cantamos os parabéns e ele deu seu primeiro pedaço para mãe e o segundo para mim o que me fez ficar levemente emocionada.

Por volta das 23h os convidados já estavam indo embora, percebi que Enzi e Michele estavam bem próximos hoje e vi quando foram embora juntos, Gonzáles e o amigo de Carolina conversavam na varanda em tom baixo e não quis atrapalhar, Lisa foi embora primeiro que todos e se prontificou a levar Dália em casa pois eu sabia que ela teria uma apresentação da faculdade amanhã e não queria atrapalhar, senti que ela e Dália me escondiam algo, mas preferi dar uma chance para que me contassem depois afinal ambas haviam me ajudado muito nesses últimos dias com a festa e daria essa folga como pagamento, por enquanto. Arthur só se aquietou para dormir por volta de 00:30min, tivemos que quase obrigá-lo a tomar banho para vestir o pijama e se deitar, por fim o cansaço venceu e o arrumamos no sofá cama da sala para termos um pouco de intimidade.

_Nossa ainda bem que festa de aniversário é só uma vez por ano, eu sinto que minhas energias foram sugadas! - Disse para Carolina que tomava banho enquanto eu me jogava na cama apenas de calcinha e camiseta.

_Eu sei bem, mas você fez um bom trabalho e ele amou tudo! – Carolina vinha ao meu encontro apenas com o roupão e soltando os cabelos, senti seu cheiro invadir o quarto e sorri quando ela parou na minha frente e me beijou, eu estava sentada então ela se colocou no meio das minhas pernas e intensificou o beijo segurando meu rosto com as duas mãos.

_Eu fiz mesmo um bom trabalho? – Minha voz saiu baixo entre o beijo e já meio perdida nas sensações que ela gerava em mim.

_Fez sim, eu pensei em até adiantar o seu presente de aniversário por isso. - Disse ela sedutoramente entre um beijo e outro então se afastou e ligou o celular, uma música leve e sensual começou a tocar descobri depois que se chamava Fantasy de Alina Baraz, enquanto a música tocava ela abriu o roupão, vestia um espartilho com cinta-liga pretos e transparentes em algumas partes estratégicas, seu cabelo já havia crescido bastante nos últimos seis meses e agora se moldava por seu rosto descendo em cascatas por seu busto, Carolina seguiu o ritmo da música e começou a dançar em meu colo seguindo as pausas da música, em alguns momentos rebol*va lentamente me olhando com um sorriso sedutor e um brilho diferente em seus olhos azuis profundos, senti seu sex* quente encostar por alguns segundos em minha coxa, mas antes que eu pudesse fazer algo ela se afastou e começou a dançar de costas para mim, quando a música mudou meu tormento aumentou, reconheci imediatamente quando Dance for You da Beyoncé  começou a tocar, Carolina dançava e me provocava, me beijava e mordia e sempre me impedindo de tocá-la e aquilo estava me levando à loucura. Meu corpo estava quente e excitado a ponto de sentir molhar a cada rebol*da, quando ela encostou em minha perna rebol*ndo e me beijando foi a perda total de minha sanidade, fiz ela envolver minha cintura com as pernas a levantei em um único movimento e a deitei de costas na cama me colocando entre suas pernas, nosso contado era urgente e faminto e em segundos eu já estava nua, ela estava tão quente e molhada quanto eu, abri os botões da frente de seu espartilho liberando seus seios que logo tratei de ch*par com sofreguidão, seu gemido ao sentir meus lábios e língua em seu mamilo eriçado foi a prova que ela sentia e queria as mesmas coisas que eu e não me demorei em dar-lhe o prazer que queria, minhas mãos dançavam por seu corpo apertando e explorando enquanto nossos beijos nos embriagavam, tirei sua calcinha minúscula e me deitei por cima colocando minha perna no meios das suas sentindo seu líquido umedecer minha coxa, Carolina sussurrou que me queria dentro dela e sem demora a penetrei com dois dedos lentamente, ela rebol*va e eu só mexia meus dedos em forma de pinça quando ela se distraia arrancando um gemido contido que me deixava cada vez mais em êxtase a cada toque mais profundo, entre seus sussurros e pedidos para ir mais rápido intensifiquei as investidas seus dedos marcavam a pele das minhas costas, meus dedos foram pressionados em seu interior e eu amava senti-la daquela forma tão entregue, seu gozo escorria por entre meus dedos e senti seu corpo relaxar enquanto sua respiração voltava ao normal. Passamos a noite nos dando prazer e exaustas dormimos grudadas. Nada no mundo me prepararia para o que eu estava sentindo naquele momento e antes que eu pudesse evitar ou reprimir eu lhe disse o que já sentia à algum tempo.

_Eu amo você! - Eu disse em seu ouvido escondendo meu rosto em seu pescoço, Carolina se afastou e levantou meu rosto para me olhar com seus olhos brilhantes e me beijou de forma lenta e deliciosa.

_Eu te amo mais. – Sua voz saiu sussurrada seu carinho em meu rosto somado ao seu olhar apaixonado me deu a certeza de que suas palavras eram verdadeiras.

Fim do capítulo