Bom dia de novo, leitoras!
"Segundo capítulo" do dia, continuando da onde o anterior parou, espero que gostem!
Capitulo 15 – O Jantar: PARTE 2
Sofia
– Não, eu ia dizer que você está linda, Jules, para qualquer versão sua.
Ela não consegue esconder o sorriso bobo, e aquilo a deixa ainda mais perfeita.
– Se a sua mãe perguntar, diga que está tomando refri. – Ela diz despejando um pouco de caipirinha no copo rosa com desenhos de golfinhos que eu era apaixonada quando criança, ao ponto de só querer usar ele.
Nem sabia que esse copo ainda existia, mas, aparentemente, ela sabia, e não duvido que ela quem o tenha guardado ali, no fundinho de um dos armários.
– Você sabe que daqui a alguns dias eu já faço dezenove, né? – Devolvo a sua provocação.
– Você já disse isso pra sua mãe? Porque eu acho que ela com certeza esqueceu.
– O que eu esqueci? – Minha mãe caminha em nossa direção acompanhada do Senhor Perfeição logo atrás dela.
Sinto o meu estômago embrulhar e, dessa vez, não era por conta da tequila.
– De ligar um dos conjuntos de luzes lá do jardim. – A Júlia improvisa na mesma hora, e eu tento conter a vontade de rir.
– Por que está bebendo essa bebida de quinta, Júlia? Até parece que eu não comprei os melhores vinhos para essa noite. – Ela gira a garrafa de tequila com certo desdém. – Aposto que isso foi ideia sua. – Minha mãe me fuzila com os olhos.
– Não, eu pedi para a Sofia comprar. – Ela me defende, o que não me deixa menos irritada, pelo contrário.
– É, a Júlia continua com essa mania estranha de beber bebida de homem. – O Clóvis diz com uma boa dose de arrogância e preciso conter a vontade louca que sinto de dizer umas boas verdades para ele.
– Não sabia que bebida tinha gênero. – Digo levando o meu copo até a boca (porque só bebendo) e vejo que a Júlia luta para conter um sorriso.
– E fumar? Você sabia que a Júlia fuma? – Minha mãe diz como se a Júlia não estivesse mais aqui e ignorando completamente a minha presença também, é claro. – Eu fiquei sabendo há pouco tempo e...
– Eu vou atrás da Emma. – Digo especialmente para a Júlia e saio dali levando o meu copo comigo, fugindo para longe daquela sessão de tortura.
Eu não sei como a Júlia conseguia aguentar aquilo.
– Não sei o que minha mãe te falou, mas é tudo mentira. – Digo com uma dose a mais de sarcasmo quando encontro a Emma em um cantinho do sofá da sala.
– Tá tudo bem, Ma? – Ela pergunta enquanto me analisa. Provavelmente deve ter notado que minha cara não está das melhores e que o que eu tô bebendo naquele copo com certeza não é refrigerante.
– A gente não devia ter vindo. – Digo sentando ao seu lado.
Eu não sei o que eu tinha na cabeça quando pensei que suportaria esse jantar.
– Calma, respira, tá? Vamos pensar em uma coisa de cada vez. A gente janta, depois fica mais um pouco pra fazer uma hora, então poderíamos ir para a minha casa... – Ela diz levantando uma das sobrancelhas, sorrindo, e já sei onde ela quer chegar. – Se o Vini estiver certo, ele não vai estar lá tão cedo. – Ela sorri. – Se você quisesse... a gente podia aproveitar e... você sabe. – Ela se aproxima do meu pescoço, onde enterra o rosto e passa a roçar a pontinha do nariz.
Estremeço, mas é uma sensação boa, e não quero que ela pare.
Eu quase concordo sem pensar duas vezes. A Emma podia estar certa. Talvez é disso que eu estou precisando, relaxar um pouco. Ela quer isso, quer dizer, ela me quer e... talvez, só talvez, não fosse tão má ideia dar uns passos a mais com ela. A gente podia tentar algumas coisas juntas e... se divertir com isso.
A verdade é que eu tô tão, tão cansada. Essa história com a Júlia suga todas minhas energias. Porque nunca é só sobre ela. Mesmo se o Clóvis não existisse, sempre teria a minha mãe entre nós duas e eu não aguento mais, talvez eu só devesse ir até o fim com a Emma. Talvez assim, só assim, eu consiga esquecer tudo isso. Seguir em frente de verdade.
– Sabe, não é má ideia. – Digo e ela se afasta para me olhar e já sinto frio onde antes estava quente, mas então aqueço de novo quando vejo que ela não consegue disfarçar o seu sorriso de felicidade.
– Mesmo? – Ela pergunta como se ainda não acreditasse.
– Mesmo. – Eu confirmo e ela se aproxima um pouco mais, até nossos lábios se tocarem um no outro e...
Alguém pigarreia atrás de nós duas, e basta aquele pequeno som para eu reconhecer a quem ele pertence.
– A sua mãe já vai servir as entradas. – A Júlia me olha ao dizer aquilo, sua voz sai séria demais ao mesmo tempo em que suas bochechas estão vermelhas demais, também. Eu podia jurar que ela estava irritada, ou até mesmo com ciúmes, mas... Não deve ser isso. Ela só deve estar enlouquecendo com esse jantar, assim como todo mundo, aparentemente.
Falar em todo mundo...
– Espera, então o meu pai chegou?
– Sim, o Seu Olavo acabou de estacionar o carro lá na garagem. – A Júlia termina de dizer com um sorriso no rosto, sabendo o quanto aquela notícia me deixaria feliz.
– Emma, você se importa se eu...
– Vai lá. – Ela sorri docemente para mim, como sempre.
Eu passo pela porta e caminho às pressas pelo jardim, descendo até a garagem. Meu pai está abrindo a porta do motorista quando chego lá.
– Pai! – Grito enquanto vou correndo ao seu encontro.
– Filha... – Ele diz sentindo o meu abraço. – Isso tudo é saudade?
Ah, o senhor nem faz ideia.
– Minha menina... Deixa eu olhar para você. – Ele diz nos afastando um pouquinho. – Você está linda... cheia de vida, e de cor, como sempre.
Meu coração derrete aos poucos e sinto vontade de chorar.
Quase tinha me esquecido de que o meu pai era o responsável por me lembrar de que um dia eu já fui uma filha desejada, ao menos, para ele. O único problema é que ele não era exatamente um pai presente. Se ele tivesse sido menos ausente durante toda a minha vida, tenho certeza de que as coisas poderiam ter sido muito diferentes por aqui.
Caminhamos pelo jardim lado a lado, sem nos desvencilharmos por completo do nosso abraço.
– Pai, essa é a Emma. – Digo me afastando um pouco dele quando finalmente adentramos a sala principal.
– É claro que é. – Ele abre um sorriso para ela. – Não esperava menos, minha filha tem um ótimo gosto para mulher. – Meu pai pisca o olho para ela e fico tímida de repente.
“Com certeza eu não puxei ao senhor nesse sentido, pai”, penso.
– Muito prazer, querida, você é linda, e aposto que muito inteligente também, e gentil. – Meu pai aperta a sua mão e a Emma retribui com todo o seu carisma, provando que ele estava certo.
– Pensei que não viesse mais. Já estava quase mandando servir as entradas sem você. – Minha mãe chega e estraga tudo, como sempre faz.
Meu pai se fecha um pouco e o ar fica pelo menos cinco vezes mais pesado.
Minha mãe e a Júlia apresentam o Clóvis a ele – vemos uma decadência gigantesca de “pessoa apresentada” aqui – e nós nos sentamos a mesa.
As entradas são servidas, e eu – que já estava pronta para meter o pau nesse menu só porque minha mãe quem tinha o preparado – tive que dobrar minha língua porque, ao menos dessa vez, ela parece ter acertado em alguma coisa. Os aspargos ao forno com queijo, tomates cerejas e manjericão salpicado por cima estavam com uma cara maravilhosa, assim como as ostras gratinadas.
– Desculpa, Emma, eu deveria ter pensado em preparar algo menos complicado para você. – Minha mãe começa e sinto os pelinhos da minha nuca eriçarem. – Você nunca deve ter comido ostras, eu suponho.
Lembram do que acabei de dizer sobre minha mãe ter acertado em algo? Pois esqueçam. É inacreditável como ela conseguia errar mesmo acertando. Meu sangue ferve por debaixo da minha pele.
– Não tem problema, mãe, porque se for o caso eu ensino para ela, até porque é só desprendê-la da concha com o garfo e depois ch*par com bastante vontade, nada de novo. – Eu digo reforçando o meu tom sugestivo nas minhas últimas palavras e minha mãe revira os olhos com tanta força que por um momento quase penso que eles irão despencar do seu rosto a qualquer hora.
– É, e eu já comi ostras outras vezes, na verdade. – A Emma diz e nós duas trocamos um sorriso, e eu a incentivo silenciosamente para que ela continue. – E ch*par com vontade é algo que eu entendo. – A Emma também não deixa barato, e aquilo me faz lembrar o porquê de ainda estarmos juntas, seja lá o que for que estamos tendo juntas.
Eu olho brevemente para a mesa e todos estão meio sem jeito, tirando o meu pai, que parece estar se divertindo bastante com aquilo. A Júlia tá toda estranha com uma cara que não consigo decifrar, então não conta.
“Você só precisa enfiar a comida pela garganta, Sofia.”, fico lembrando a mim mesma. “Logo, logo isso termina e você vai ter algo muito melhor do que comida para se deliciar”, tento me convencer de que é aquilo que eu quero enquanto olho para a Emma, que está bem do meu lado. Mas não é ela quem rouba a minha atenção a todo instante.
O prato principal – salmão ao molho de maracujá – é servido depois de algum tempo e o jantar segue normal, quero dizer, isso se você considerar falar merd* sem parar como algo normal. E nem preciso dizer quem eram as pessoas que estavam monopolizando a conversa.
Enquanto eles emendavam uma conversa chata atrás da outra eu só conseguia prestar atenção nela. Em como ela está hipnotizante com aquela roupa elegante, sexy e ousada pra caralh* (nas mesmas proporções), e com aquela sombra dourada que está dando um destaque ainda maior para os seus olhos azuis. Me sinto completamente presa naquele olhar, como se eu estivesse vendo a cor azul pela primeira vez.
Caralh*, qual é o meu problema, Deus?
– E você se lembra daquela sua fase de querer ser cantora, Júlia? – Ouço o Clóvis falar, de repente, e aquilo me traz de volta para a conversa.
E eu odeio o jeito como ele fala.
– Nós estávamos no começo do namoro, eu acho. – Ele continua. – E depois você me disse que chegou a escrever algumas letras em Nashville. – Ele diz em tom de deboche, no mesmo nível de arrogância que senti que tinha sido comigo, mais cedo.
– É, a Júlia voltou muito mais ajuizada daquela viagem. – Minha mãe diz e eu só consigo pensar que a Júlia voltou um pouco mais apagada de lá.
Eu mal termino de processar tudo aquilo que acabei de ouvir quando o Clóvis começa novamente.
– Eu queria aproveitar que estão todos reunidos aqui... – Ele começa a anunciar e vejo que minha mãe está reluzente, enquanto a Júlia se encolhe ainda mais naquele canto da mesa.
Merd*, ela estava certa, ele vai dizer que vai se mudar, ou... ou...
– Eu também queria aproveitar que estão todos reunidos aqui, na verdade. – O interrompo enquanto sinto meu coração bater como um martelo e a adrenalina ser injetada no meu corpo, me impedindo de voltar atrás. – Se você não se importar das damas falarem primeiro, é claro. – Digo aquilo olhando para ele.
– Sofia... – A Júlia sussurra para mim, um pedido desesperado para que eu pare.
– Sofia Maria, eu não sei o que está fazendo, mas é melhor parar com essa palhaçada agora mesmo. – Minha mãe me ameaça.
Mas eu não paro.
– Não é possível que vocês não sintam vergonha de agir dessa forma. Vocês não pararam de criticar a Júlia nem por um segundo, desde que estou aqui, e aposto que tenha sido assim durante o dia inteiro que passaram juntos. – Digo me direcionando aos dois, o martelar do meu coração ensurdecendo os meus ouvidos. – Como vocês podem criticar algo que torna a Júlia quem ela é? A música faz parte dela e se vocês não conseguem enxergar isso, tem algo de muito errado com vocês dois. E você, Clóvis, deveria vibrar por ela, mesmo que ela resolvesse voltar com a banda e ficasse tão famosa ao ponto de você se sentir mal pela música não ser mais algo só de vocês dois. – “Porque é o que eu faria, porque é o que eu faria”, aquilo fica ressoando dentro de mim. – Se você não é capaz de fazer isso, você não merece a mulher que tem. E você não merece o meu pai, mãe. – Termino de jogar a merd* toda no ventilador.
– Sofia Maria! – Minha mãe grita, cada veia do seu corpo parece estar saltada para fora como se ela estivesse literalmente prestes a explodir.
– Filha... – Meu pai também me repreende, mas sem chegar nem perto do estado de surto da minha mãe.
– Veja bem, querida... – O Clóvis se direciona a mim com aquele seu tom de desdém e eu posso jurar que eu seria capaz de quebrar o nariz dele se eu tivesse a oportunidade. – Eu sou o namorado dela e você...
– E eu sou a merd* da família dela, você está na minha casa e é só a porr* de mais um babaca.
Meus dedos criam vida própria e disparam até o copo em minha frente e em questão de segundos todo o seu conteúdo é arremessado bem em cima dele, molhando boa parte da sua camisa polo, a mesa, o chão e o restante da porr* toda daquele jantar maravilhoso.
Puta que pariu.
Há uma ausência de sons ensurdecedora ao mesmo tempo em que escuto alguns grunhidos que destoam do silêncio. É provável que minha mãe esteja tendo um choque anafilático agora mesmo, mas não posso dizer ao certo, porque não consigo olhar para ninguém ali, a não ser para ela.
Nossos olhos se encontram como se houvesse um maldito ímã que sempre atraísse os nossos olhares.
A Júlia está com uma feição indecifrável, parecendo tão distante e tão perto ao mesmo tempo. Seus olhos estão confusos, e, ao mesmo tempo, cheios de vida, da mesma forma que estavam ontem à noite.
– Ninguém deveria deixar a Júlia num canto. – Digo aquilo sem tirar os olhos dos dela, nem por um segundo.
Eles cintilam ainda mais e vejo uma pequena película de água se formar em cima deles. A Júlia respira fundo, como se o ar tivesse sido tirado dela por um momento. Se ela começar a chorar agora...
Eu não vou aguentar ver aquilo de novo.
– Se vocês me dão licença... – Levanto da mesa.
Minha mãe ensaia algo para me falar, mas não fico para o início do seu espetáculo. Saio da nossa mesa de jantar e caminho em direção ao jardim, atrás de algum canto mais reservado onde ninguém me veja dali de dentro. Um lugar em que eu possa respirar. Vou até a nossa piscina, onde sento na beirada, mergulhando meus pés na água parcialmente gelada.
Merd*, merd*, merd*, o que foi que eu fiz?
Eu queria estar me sentindo arrependida, só que não estava, nem um pouco. Se eu pudesse voltar no tempo, eu faria de novo. Será que eu estava me revelando uma bela de uma psicopata? Imaginem só, que belo filme: “Precisamos falar sobre Sofia Maria”. Acabo sorrindo para o meu reflexo na piscina.
Eu sei que não deveria estar rindo em uma hora dessas, mas eu estava. Talvez de nervoso, ou de puro desespero, porque com certeza eu fodi com tudo depois do que fiz nesse jantar. A Júlia jamais me perdoaria.
Mas ele tinha merecido, não tinha?
Ah, tinha.
Escuto alguns passos vindo em minha direção e olho para cima com certa expectativa.
– Maria? – A Emma surge entre algumas plantas do nosso paisagismo perfeito.
Suspiro, desapontada por não ser exatamente a loira que eu imaginei vindo até a mim agora.
– Ei, você tá legal? – Ela diz se sentando do meu lado, enquanto examina o meu rosto, mergulhando os seus pés na água, da mesma forma que fiz meio minuto atrás.
– Tirando o climão que vai ficar nessa casa nas próximas décadas, sim.
Talvez. Não sei.
Ela fica em silêncio por um momento.
– É, o clima realmente pesou lá dentro depois que você saiu. – Ela diz e se faz um silêncio absurdo a partir do momento em que ela não recebe mais nenhuma resposta minha.
– O que rola entre você e a Júlia? – Ela me pergunta com uma certa dose de receio na voz e eu começo a me sentir nervosa.
– Ah, você sabe, a Júlia era pra ter sido a minha madrinha e...
– Eu sei... – Ela me interrompe. – A sua mãe já fez questão de contar essa versão da história minutos atrás. – Ela se esforça a dar um sorriso. – Eu queria mesmo é saber a sua versão.
A minha versão? Engulo em seco.
– Eu não sei o que você quer que eu diga. – Digo cabisbaixa, e acabo sendo muito mais transparente do que gostaria.
– A verdade? – Ela olha para baixo, como se percebesse que tinha me pedido demais. – Eu lembro do que você me chamou... quando nos conhecemos. – Merd*. – Você me chamou de Júlia. Eu sempre soube que não foi por acaso. Mesmo sem saber de quem se tratava, eu sabia que essa tal de Júlia devia mexer com você, ao contrário, você não teria chamado pelo nome dela em uma situação daquelas... E, depois de hoje, isso com certeza ficou bem mais palpável agora.
– Hã? – Acabo dizendo aquilo em voz alta, enquanto tento processor tudo o que ela tinha dito.
– É que foi no mínimo estranho, aquela sua reação, por causa de uma mulher que aparentemente é só a madrinha do seu irmão e a melhor amiga da sua mãe, eu acho... – Ela diz, e por incrível que pareça, não está irritada nem nada do tipo.
Sua voz continua calma, suave e gentil, o que só faz eu me odiar ainda mais por tê-la colocado em uma situação dessas, por não ter contado sobre a Júlia, por não ter dito logo a verdade quando tive a oportunidade, no dia em que ela esteve aqui.
– A Júlia é... a minha melhor amiga. – Digo com meus olhos querendo se encher d’água. Mas que droga. Aquilo não era a verdade, estava longe disso, mas foi o mais perto que consegui chegar dela. – É que eu não aguento ver como ela está se anulando, por causa da minha mãe... por causa daquele idiota... – Acabo colocando parte daquilo para fora, sem nem me dar conta.
– É... o cara parece mesmo ser um verdadeiro hétero top e tal, e você estava certa, a sua mãe não é nada fácil. Viu como ela tentou me atingir? Ela só não sabe que eu já tenho uma mãe fodida o suficiente e que nada mais me atinge. – Ela se força a sorrir mais uma vez. – Mas, falando da Júlia... ela também já é bem grandinha, né? Tem o quê? Uns vinte e nove, ou trinta anos? Ela provavelmente sabe se virar, Maria.
Ela deveria estar certa, eu queria que estivesse, mas não. Ela não a conhecia como eu. E depois da noite que tivemos ontem, e de tudo o que ela me contou...
Ela ainda está aqui, ainda é a minha Júlia e ficou mais claro do que nunca que ela não está bem com tudo isso, que ela não está feliz, mas que não consegue sair dessa.
Ao menos, não sozinha.
Fim do capítulo
Então me contem, por favor, o que acharam desse jantar? kkkkkkkk
E o mais importante: O que acharam da atitude da Sofia? Me falem, quero saber!
O que vocês acham que pode rolar nos próximos capítulos?
Muito obrigada por estarem aqui desde sempre, como sempre falo, vocês fazem toda a diferença, e obrigada para quem está chegando agora!
Não deixem de comentar!
Até semana que vem!
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Letticia.lima
Em: 25/06/2024
Carambaaaa que jantar foi esse hein? Na minha cabeça a Emma vai virar amiga e confidente da Sofia e pode até ajudar ela com a Júlia kkkkk

Zanja45
Em: 24/04/2024
Sinceramente, Alina, não sei muito bem o que esperar do próximo. Porque foram tantas emoções que esse capítulo nos trouxe. Que os acontecimentos deste deixaram indecisos os próximos rumos.
O pronunciamento de Clóvis para mim, babou. - Gostei! Esses planos quaisquer que ele tivera, para mim foram por água abaixo. Pois, já não tem mais clima, se ele tinha pretensão de pedir Júlia em noivado ou casamento, já passou. - Só no proximo, se tiver, é claro.
Sofia tinha pretensões de passar a noite com a Emma - era o que ela queria, haja visto, que era da vontade da própria Em. Porém, depois dessas declarações da Sofi e da descoberta que a Julia é alguém importante para a Sofia. Fica difícil palpitar sobre as duas.
O clima entre Sofi e Jules está mais ameno e descontraído, pode até acontecer algo entre as duas, porque os diálogos, declarações e olhares foram tão velados e intensos entre elas, que tudo ou nada pode ocorrer.
Se a Sofia dormir em casa, possa ser que ela divida a cama dela com a Júlia e acabe de rolar alguma coisa.
O Clóvis vai passar mais uma noite na casa da Marta e vai dormir no sofá-cama da sala e no domingo ele zarpa, já que na segunda – feira ele trabalha. Os planos dele vir morar na cidade, vão ficar para mais adiante.
Ninguém sabe como Marta vai se portar em relação a Sofia, depois de tudo o que houve e do que ela disse. Todavia, como o pai de Sofi veio, provavelmente ele vai apaziguar mais as coisas.
Até o próximo!!!
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Zanja45
Em: 24/04/2024
A atitude da Sofia foi muito louvável, porque tanto Clovis quanto Marta estavam massacrando a Júlia, com comentários inapropriados, sem necessidade alguma. Apenas com o intuito de desvalorizar os talentos da Julia. E ninguém merece ser criticado o tempo inteiro como os dois fizeram com ela. Sofi só disse tudo aquilo, porque ela já estava muito saturada do comportamento de ambos, em relação a Júlia. Então nada mais justo do que ela falar o que estava sentindo. Foi inebriante o jeito que ela falou. - Digna de aplausos!
“[...] – Como vocês podem criticar algo que torna a Júlia quem ela é? A música faz parte dela e se vocês não conseguem enxergar isso, tem algo de muito errado com vocês dois. E você, Clóvis, deveria vibrar por ela, mesmo que ela resolvesse voltar com a banda e ficasse tão famosa ao ponto de você se sentir mal pela música não ser mais algo só de vocês dois. [...] – Se você não é capaz de fazer isso, você não merece a mulher que tem. [...] “
Depois disso tudo o “Sr. Perfeito” como diz Sofi, ainda quis sair pela tangente, só pelo fato de ser o namorado dela, achava no direito de atingir a Júlia da forma que ele fez. Menosprezando a música que ela fez, anulando – a como um ser, como não tivesse capacidade de levar nada adiante. Claro – Com pessoas como ele e a Marta a seu lado não teria chance alguma.
Só que eles não contavam que Sofia “chutasse o pau da barraca” da forma como fez e acabasse de vez com o “show de horrores” protagonizados pelos dois. Fazendo que eles provassem de seu próprio veneno. Primeiro, interrompendo o pronunciamento de Clóvis, segundo, dizendo para mãe que ela não merecia estar casada com o pai dela e por último a bebida derramada na camisa polo dele, na mesa e no chão. - Foi fantástico!
E Sofia, ainda foi além, de forma apaixonada, enalteceu a Julia de forma única, porque ela conhece como de fato ela é, dizendo: “Ninguém deveria deixar a Júlia num canto. [...]”. Remeteu a frase no início do “capítulo 14”, do filme favorito da Júlia, Dirty Dancing, “ninguém deixa a baby num canto”. Foi como um apoio incondicional a Julia, dizendo que assim como a atriz do filme em questão, o ator principal, por não gostar dela, querer deixar - lá de fora. Ela pode seguir o mesmo exemplo e ter liberdade de fazer o quiser, independente do que as pessoas pensem ou digam a seu respeito. Porque o importante é o que você é, e não o que os outros querem que você seja.
Até Mais!
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Zanja45
Em: 24/04/2024
Boa noite, caríssima, Alina!
Esse jantar... que jantar maravilhoso! Adorei! Desde as entradinhas de Sofi, elogiando a Júlia - colocando-a lá em cima. As provocações dela para com a mãe (o jeito que ela foi vestida diz tudo). O pai que finalmente apareceu – apesar de na maioria das vezes estar ausente, Sofia tem uma boa relação com ele. Esse jantar deu muito “pano pra mangas”, mesmo. Até a Emma que entrou de “gaita no navio”. Ou melhor, só foi convidada, porque Sofia estava com ódio do que a Julia havia dito, por ela ter falado que ela só estava com Emma para fazer frente, porque ela estava com o Clóvis. Sofreu os ataques de Marta, porém Sofia, conseguiu revidar, desbancando as ofensas da mãe para com a "namorada". - Foi muito engraçado, Sofi ensinando Emma a comer ostras. Na defesa de Júlia, foi espetacular, comovente. Clóvis quis diminuir a Julia e se deu mal. Sofi foi em sua defesa com garras e dentes. - Mostrando por “ A+B” que não merecia a namorada que tem. E o finally perfect foi derramar o conteúdo do copo de bebida na camisa polo dele, acabando com as chances de haver quaisquer declaração pretendida por ele, neste jantar.
Até Breve!
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S2 jack S2
Em: 23/04/2024
Olá!!!
Estou adorando todo o desenrolar desse jantar, adorei a reação da Sofia, e a Emma que me perdoe, mas ela está sobrando faz tempo. Ansiosa pelos próximos acontecimentos...
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patty-321
Em: 23/04/2024
Eita que o caldo entornou. Gostei. Vibrei. E agora, Julia? Vai criar coragem? Que cara nojento esse Clóvis, ele e a marta podiam ficar juntos. Casal top . Kkkk

Zanja45
Em: 24/04/2024
Também pensei nisso, Clóvis e a Marta como par. Porém não ia prestar. Coitada da Sofia. Imagine, se já está difícil com a mãe que tem, unida ao Clóvis, então, como seria? rsrsrsrs! Ia ser tenebroso!
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