A Detetive por Isis SM
Capitulo 18
Capitulo 18
Saudade, Prisão e Surpresas
As investigações seguiam a todo vapor e o dia foi mais do que exaustivo, para melhorá-lo meu chefe parecia ter sido possuído por um demônio e minha vontade de lançar uma bomba na sala dele parecia uma ideia muito atraente, o cara além de ser extremamente arrogante não tinha nenhuma noção de prazos e sua prepotência me fez questionar quem o havia lhe dado o cargo e por qual motivo ele se mantinha nele por mais de 20 anos, provavelmente alguém que não estava em seu juízo perfeito, após ter que refazer pela terceira vez mais de cinco relatórios com mais de quatro páginas cada e jogá-los em cima de sua mesa me permiti a uma pequena pausa, aproveitei o momento para ligar para Carolina e aplacar um pouco a falta que ela me fazia.
_ Oi, que surpresa você ligar, normalmente me manda mensagem, está tudo bem? - Perguntou Carolina claramente preocupada.
_ Pois é, eu não vou admitir que precisava ouvir a sua voz, então nem adianta insistir. Aliás acho isso uma carência altamente adolescente. – Apesar do meu tom de falso sério Carolina soltou uma gargalhada maravilhosa do outro lado da linha.
_ Ok, então eu não vou insistir, mas se te deixa feliz em saber... Eu também fiquei pensando em você o dia todo. – Carolina nunca perdia a oportunidade de usar seu tom mais sedutor, parecia que tinha prazer em me deixar vermelha.
Se havia uma coisa que Carolina sabia fazer era me provocar e só o jeito com que pronunciou as palavras já me deixou levemente excitada e preferi mudar de assunto antes que ela me fizesse largar meu trabalho e ir até seu apartamento, tivemos que falar pouco graças a palhaçada do meu chefe a minha investigação estava toda atrasada e eu tive que voltar aos meus afazeres. Por volta das 20h Dália me mandou mensagem me avisando que já estava em casa e que Lisa tinha sido uma ótima companheira de compras e que se divertiram bastante, aproveitei que ela estaria cansada para fazer o jantar e pedi que ela ficasse à vontade para pedir comida, eu iria chegar bem tarde e ela não precisava me esperar.
Como sempre guardava uma muda de roupa sobressalente no vestiário do trabalho preferi tomar um banho antes de acabar meu turno e as 21h30min eu tocava a campainha do apartamento de Carolina, fui até lá apenas guiada pela necessidade que eu tinha de seus beijos e sentir seu toque, toquei a campainha com mais afinco e começava a cogitar a possibilidade dela ter saído quando enfim a ouvi dizendo que já estava indo. Carolina abriu uma fresta na porta para ver quem era e assim que me viu destrancou a porta sorrindo, ela estava apenas de toalha e com o corpo ainda molhado, claramente estava no banho quando cheguei, minha respiração estava presa em algum lugar e minha boca havia ficado seca de repente.
_ Oi! Entra, desculpa, eu estava no banho você não avisou que viria se não eu...
Interrompi o que Carolina falava com a única forma que eu conseguia que era com um beijo, segurei seu rosto com as duas mãos e a beijei de forma delicada, porém intensa, ela logo envolveu meu pescoço com os braços e nossos beijos delicados passaram a ser desesperados, ela me encostou na porta onde tirou minha blusa e logo em seguida meu top, me beijou mordendo de leve meu lábios e passeando a língua por eles até encontra a minha língua e sugá-la me fazendo gem*r entre o beijo. Tudo o que eu conseguia pensar era o quanto eu a queria e ela parecendo perceber meus pensamentos começou a tirar minha roupa me deixando apenas de calcinha branca com detalhes redados dos lados, Carolina se separou de mim apenas para deixa sua toalha cair me fazendo vê-la nua e na mesma hora senti meu sex* pulsar, ela era linda, seu corpo tinha as curvas no lugar certo e seios fartos aos quais tinham bicos rosados e eriçados tentei me aproximar, mas ela me jogou de volta a porta e voltou a me beijar de forma lenta passeando suas mão por minhas coxas nuas e minha cintura, sua boca explorava meu maxilar e subia por meu pescoço chegando a minha orelha e sussurrou com a voz sexy.
_ Eu quero te ch*par, você deixa?
Eu quase não consegui responder um sim com minha respiração acelerada, ela sorriu e apenas desceu seus beijos por meu colo e se dedicou a ch*par meus seios, passeou a língua quente e úmida em meus bicos os sugando logo em seguida sempre acompanhado de apertões leves e precisos e em certos momentos enquanto roçava de leve seus dentes em meus mamilos ela fazia questão de me olhar, eu estava em êxtase e enlouquecendo com a expectativa do que estava por vir, Carolina me mostrava uma postura muito mais dominadora e sexy do que me lembrava de nosso encontro e eu estava adorando conhecer aquele lado dela. Seus beijos e mordidas seguiram por minha barriga e ela enfim se agachou e tirou minha calcinha com a boca, e como aquilo me excitou, distribuiu beijos por minha coxa esquerda a ergueu por cima de seu ombro e sem aviso prévio passou sua língua forte por meu clit*ris me fazendo soltar um pequeno gemido de prazer, ela sorriu e me olhando passou sua língua por toda extensão de meu sex* e só depois começou a ch*par com vontade, por reflexo enrosquei minha mão em seu cabelo a pressionando no local o que a fez soltar um gemido de satisfação, o som me deixou ainda mais excitada e eu já soltava gemidos agudos quando ainda me ch*pando Carolina penetrou dois dedos me fazendo gem*r ainda mais alto, ela alternava as estocadas entre fortes e fundas enquanto sua língua se dedicava ao meu clit*ris, sua mão livre segurava minha perna e tudo que eu me ouvia dizer era para que ela não parasse, não demorou muito para que eu chegasse a um orgasmo que fez minhas pernas ficarem tremulas, Carolina me puxou pela mão me conduzindo a seu quarto, trocamos beijos quentes e provocantes pelo caminho até a sua cama onde ela se sentou me puxando para seu colo, traçou beijos por meu pescoço, queixo e colo enquanto apertava minhas pernas e eu movida pelo desejo rebol*va em suas pernas louca por mais, não havia necessidade de conversar não naquele momento, ela parecia saber o que eu precisava antes mesmo que eu soubesse, sabia onde me tocar ou onde beijar para que meu desejo ascendesse, eu me sentia desejada e tudo nela me atraía desde sua boca carnuda, seu sorriso, seu olhar que me aquecia e me desafiava a descobrir seus segredos e eu queria descobrir. Estávamos cansadas, suadas e ofegantes quando enfim ela se pronunciou.
_ Você pode me fazer surpresas sempre que quiser é sério. - Disse ofegante e risonha.
_ Do jeito que fui recebida vou cogitar a possibilidade de vir todos os dias.
Disse rindo e me virando de lado para encará-la e me deparar com a visão mais sexy do mundo que era Carolina com os cabelos bagunçado após o sex*, não contive o impulso de me aproximar mais de seu corpo e beijá-la, nos beijamos de forma calma, envolvente e carinhosa o que a fez sorrir e me olhar com aqueles olhos brilhantes que me cativavam. Carolina se levantou para tomar outro banho me deixando pensativa em sua cama, me virei de bruços e fui atingida pelo cheiro de seus cabelos no travesseiro me fazendo sorrir com a lembrança de seu corpo grudado ao meu, era nítido que me sentia muito bem quando estava com ela e o sex* era incrível. Me aconcheguei mais a seu travesseiro e acabei dormindo, fui acordada com beijos em meu rosto e costas e ainda sonolenta sorri antes de me virar me deparando com aquele par de olhos azuis.
_ Quanto tempo eu dormi? – Me sentei na cama passando a mão no rosto.
_ Só uma hora, não quis te acordar antes porque você parecia bem cansada e dormia tão profundamente que não tive coragem, está com fome? - Disse ela sorrindo.
_Você é um anjo e sim estou morta de fome. - Disse lhe dando um selinho.
_Que bom, por que não toma banho enquanto arrumo a mesa para jantarmos. - Disse já se levantando. _ Coloquei suas roupas ali na poltrona e tem toalha limpa no armário do banheiro fica à vontade. - Disse antes de sair do quarto.
Me levantei levando minha roupa para o banheiro onde já havia uma banheira cheia e com água quente a minha espera e aquilo me surpreendeu, nunca ninguém havia feito algo assim antes e se aquilo tudo era para me conquistar Carolina estava no caminho certo, será que era tão ruim pensar em querer algo mais sério com ela? Será que ela queria isso? Terminei o banho me sentindo relaxada e feliz, me arrumei e encontrei Carolina arrumando uma mesa pra dois, a ajudei a pôr as travessas na mesa e me sentei enquanto ela servia a comida que estava com uma cara ótima, começamos a comer e a conversar de forma animada, contei sobre meu estresse no trabalho e ela me ouvia e me acalmava, ela me falou que Lisa conseguira uma entrevista na empresa de publicidade onde sua mãe trabalhava e eu engoli meu ciúme para lhe desejar sorte afinal ela precisava de um emprego que melhorasse suas finanças para tentar brigar pela guarda de Arthur e eu a ajudaria com o que fosse.
_ Bem eu ainda não sei se vão me aceitar por que como você sabe, eu tranquei a faculdade e normalmente só aceitam quem ainda está estudando ou já finalizou.
_ Você vai conseguir, eu sei que vai pense positivo está bem? Você pode contar comigo se precisar de algo é só falar. - Disse segurando sua mão.
_Qualquer coisa? Tem certeza? - Disse com voz sugestiva.
_Sim claro. - Falei meio nervosa.
_ Você é incrível Rubí, vou lembrar disso quando precisar, mas bem que você poderia dormir aqui hoje né? - Disse manhosa.
_ Então, eu bem que queria, mas minha irmã veio morar comigo e hoje é a primeira noite dela aqui não queria deixá-la sozinha, você entende né?
_ Ah claro, entendo sim fica para outro dia se você quiser é claro.
_ Vou cobrar isso. - Disse a fazendo rir e me socando mentalmente por não ficar de uma vez.
Conversamos um pouco sobre minha família e acabei contando o quanto eu e minha mãe não nos dávamos bem desde que decidi ser policial, ela nunca aceitou que eu havia desistido da faculdade de advocacia para me tornar policial, dizia que aquilo não iria trazer meu pai de volta e que ela não havia me criado para matar pessoas, ela sempre foi muito teimosa e a única pessoa que a fazia voltar atrás era meu pai e com seu falecimento apenas Dália conseguia amolecer razoavelmente seu gênio, ela era a menina comportada e obediente enquanto eu sempre acabava a desapontando de alguma forma, desistir de ser advogada foi uma de minhas inúmeras decepções e depois de uma briga horrível eu fui embora de casa e só voltava nos aniversários de Dália e mesmo assim mal nos falávamos e foi assim desde então. Carolina apenas me abraçou e tentou me convencer que ela duvidava que minha mãe me odiasse e que um dia quando conversássemos tudo iria ser diferente, quando a questionei sobre seus pais ela simplesmente disse que não os tinha e simplesmente mudou de assunto, já passava de 00:00h quando tive coragem de ir embora e Carolina me levou até o carro onde me deu um beijo demorado e como era difícil me afastar daquela mulher. Cheguei em casa e Dália estava vendo algum filme na televisão e me juntei a ela, se ela percebeu minha roupa diferente e meu cheiro de sabonete não disse nada, estava mais interessada em me contar o quanto ela e Lisa se deram bem e o quanto ambas gostavam de coisas parecidas, perguntei discretamente se Lisa a havia cantado ou algo parecido e ela me respondeu que não fazendo uma careta que me fez rir, logo em seguida me mostrou as roupas novas que comprou como uma criança que mostrava seus brinquedos, por fim consegui convencer minha irmã mais nova de ir dormir, mas não antes de ela me fazer querer me jogar da sacada.
_Bibi quando quiser trans*r é só avisar que vai dormir fora eu já sou adulta lembra? E passa uma maquiagem nesse pescoço porque dá para ver de longe esse ch*pão! - E entrou no seu quarto rindo me deixando sem palavras.
Duas semanas depois
Recebemos um comunicado que haviam achado o suspeito e fugitivo Calton Murphin no subúrbio da cidade e no momento estávamos nos encaminhando para o local, Lisa ia no banco do carona conferindo a munição e checando nossas armas, estava concentrada e preferi não tirar sua atenção, eu dirigia em alta velocidade sendo seguida por algumas viaturas. Ao longo da semana descobrimos que Jenifer não foi a única aluna a ser chantageada pelo reitor, com seu afastamento outras jovens o denunciaram sendo uma delas ainda menor de idade, Joseph foi mandado para prisão e aguardava julgamento por abuso sexual e estupro, minha tarefa era acrescentar assassinato a sua ficha e mantê-lo preso por ainda mais tempo.
Chegamos ao local e pedi que cercassem a casa, era uma residência em um dos bairros pobres da cidade, as ruas ainda não eram asfaltadas as casas inclusive a que estávamos cercando estavam em más condições, se não fosse a movimentação no local poderia afirmar que era uma cidade abandonada à própria sorte. Pedi para que Lisa esperasse no carro, mas ela se recusou e saiu do carro com determinação e eu a segui com a arma em punho a instruindo para que ficasse ao lado esquerdo enquanto eu ocupava o direito. Chamei pelo nome do suspeito e bati na porta como manda o protocolo e não obtive resposta, testei a fechadura e a porta se abriu facilmente, olhei brevemente ao redor apontando a arma e nada, Lisa checou a cozinha e encontramos um cigarro aceso, carreiras de cocaína e um ambiente sujo a área também estava vazia nos restando apenas o quarto na parte de cima, subi devagar sendo seguida por Lisa em meu encalço, o quarto estava fechado e montei guarda enquanto Lisa conferia o banheiro no final do corredor e voltou balançando a cabeça negativamente, chamei pelo suspeito e dessa vez uma voz masculina respondeu.
_ Porque você não vai se foder sua cadela e leva esses cretinos com você, eu não vou voltar pra cadeia tão fácil.
_ Bom você não me dá escolha! -Disse apenas para que Lisa ouvisse.
Fiz um gesto para que ela se afastasse da porta e atirei na maçaneta que se espatifou e abriu, o homem começou a atirar nos fazendo encostar cada uma de um lado da parede e quando enfim parou ouvimos um barulho de algo caindo do lado de fora, Lisa olhou para o quarto e se aproximou da janela confirmando que o homem havia fugido e logo em seguida se jogou da janela com facilidade me deixando com a boca aberta com a leveza de seus pulos sob o telhado da casa paralela a que estávamos, desci as escadas e passei no rádio a minha cintura o ocorrido e entrei no carro seguindo Lisa que ia como um gato pulando de telhado em telhado seguindo o homem que pelo que imaginei estava tentando fugir pelos becos entre as casas, virei em uma esquina e freei no momento em que o homem escorregou na areia a minha frente entrando em novas vielas e começando a correr, sai do carro e sai em disparada atrás dele com um olhar rápido vi Lisa correndo e pulando do telhado em cima do homem que desequilibrou e caiu junto a ela no chão, o cara era forte o suficiente para de desvencilhar e lhe dar uma cotovelada no nariz que a fez lhe soltar, mas para azar dele eu já estava próxima o suficiente para lhe impedir de fugir, como ele se reerguia de costas para mim ele não me viu chegando e se assusto quando me atirei em seu corpo o jogando de cara no chão de novo e o imobilizando para afastá-lo de Lisa que ainda estava meio tonta da pancada e tentava parar o sangramento no nariz, minha distração em preocupação com Lisa me fez afrouxar a imobilização fazendo o homem conseguir me empurrar e se afastar, com um movimento rápido eu já estava de pé e o cara vinha para cima de mim com os punhos em riste desferindo socos desengonçados, com destreza e habilidade de anos de artes marciais mistas desviei dos socos sem dificuldade e aproveitando sua guarda aberta desferi socos precisos em seu rosto e estômago, quando seu corpo dobrou pra frente usei o joelho para acertar seu rosto mais uma vez e senti quando a área entre a boca e o nariz acertou em cheio meu joelho a dor o fez urrar e cair de joelhos cuspindo sangue, ele ainda segurava o rosto quando lhe dei voz de prisão o virando de cara para a terra novamente e o algemando, o puxei pela camisa para forçá-lo a cooperar e levantar e nesse momento Lisa já estava ao meu lado cuspindo sangue no chão e com o rosto inchado e roxo, o cara entrou na viatura depois de cuspir um dente no chão para satisfação de Lisa que se concentrou em não rir da cena, ela se apoiava no carro segurando um lenço no nariz enquanto eu instruía aos policiais que se aproximaram para isolar a área da casa e depois das orientações os deixe terminar o trabalho já que como apoio falharam drasticamente, me aproximei de Lisa que ainda olhava pro céu com um lenço no nariz.
_Para de fazer isso você só vai conseguir piorar a situação. - disse ao ver que ela inclinava o nariz para cima para tentar parar o sangramento. _ Vem cá deixa eu ver esse nariz mulher gato. - Disse com ar sério, mas tentando não rir de sua cara chorosa.
_ Au! Isso dói muito não aperta. - Disse quase chorando quando examinei o estrago.
_É bom que você deixa de ser impulsiva, ele poderia estar armado você parou para pensar nisso? - Disse pegando outro lenço no porta luvas.
_ Eu vi que ele deixou a pistola no quarto jogada e bem... meio que deu certo, não é? - Disse dando de ombro.
Eu a encarei com os olhos cerrados, Lisa não tinha noção de que poderia ter se ferido gravemente? Preferi não dizer nada apenas pedi que ficasse quieta enquanto eu fingia verificar seu nariz e quando vi que tinha se distraído pressionei a cartilagem a fazendo voltar pro lugar e ouvindo um grito de dor e vários palavrões da mulher na minha frente, fiz ela entrar no carro ainda chorosa e com certeza me xingando mentalmente. Depois de levar o suspeito para ser fichado e voltar com Lisa da enfermaria lhe dei um sermão bem próximo aos que eu ouvia de meu antigo parceiro quando era novata na homicídios, Lisa encheu os olhos de lágrimas e eu não sabia se era de dor ou pela bronca e preferi não perguntar, antes eu pensava que não poderia cuidar e treinar Lisa para ser uma detetive, agora eu me questionava se outra pessoa teria o mesmo cuidado em treiná-la levando sua personalidade e inexperiência em questão antes de mandá-la a alguma tarefa sozinha, Lisa em muito lembrava a mim quando comecei, agitada, disposta a fazer tudo e resolver os casos da maneira mais rápida e ao mesmo tempo tinha a ingenuidade de Dália e acredito que ambas só não eram mais parecidas por causa da diferença de idade, respirei fundo e a liberei para assistir ao interrogatório com o novo suspeito.
Eu e Enzi conduzimos o interrogatório de forma diplomática, mas Calton Murphin não parecia muito a fim de dar detalhes de nada e nem o nome de quem o contratou, o cara era alto, esguio e claramente viciado em diversas drogas. Enzi se aproximou do homem detido como se o fosse esfolar vivo, Murphin olhava de Enzi para mim e acredito que pensava na surra que tomou de mim mais cedo e talvez não fosse querer aborrecer Enzi também, quando meu parceiro voltou a falar mesmo a contra gosto Murphin respondeu.
_ Calton nos conte como executou Jenifer London. - Disse Enzi com sua voz gutural.
_Eu a enforquei com uma corda do barco. - Disse sem emoção.
_Quem o contratou para fazer isso e o que você ganhou com isso? - Perguntei friamente.
_Eu saí da cadeia em condicional e fui procurado por uma mulher, ela me ofereceu dinheiro, muito dinheiro para dar um susto nessa menina aí, ela me mandou ir ao píer no horário marcado e disse que era pra eu ficar escondido no barco, quando a menina chegou, eu a prendi em uma cadeira e esperei como me mandaram fazer... A mulher me deu muita cocaína e eu fiquei "locão"... Ela falou um monte de merd* pra mina lá, mas eu já "tava'' na onda "saca"? Só lembro de estar enforcando a mina enquanto a outra me mandava apertar mais e mais até que a mina já tava morta e nos livramos do corpo e eu fugi, é só isso? Posso ir pra minha cela agora?
_Quem era a mulher que te contratou Calton? - Perguntou Enzi com a voz firme.
_Eu não sei e já falei que fui eu que diferença faz? - Disse ele apressadamente.
_ Faz muita diferença, vamos te deixar pensar mais um pouco aí e quando voltarmos eu quero nomes. - Disse me levantando e sendo seguida por Enzi.
Durante a pausa conversava com Enzi e Gonzáles na sala espelhada a do interrogatório e notei que Lisa ainda observava o suspeito atentamente, quando a questionei sobre o que tanto pensava, suas palavras me deixaram em choque. Lisa me informou sobre suas suspeitas sobre quem era realmente o homem que estava na sala em nossa frente, demorei um pouco para juntar os fatos, todo o caso mudaria a partir desse ponto.
Fim do capítulo
O que será que vai rolar?
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