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Anjo e Demônio por Vandinha

Ver comentários: 3

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Palavras: 2096
Acessos: 1045   |  Postado em: 15/04/2024

Capitulo 2

 

ANJO E DEMÔNIO -- CAPÍTULO 2


Um grande número de convidados aglomeravam-se em um espaçoso salão enquanto bebiam seus champanhes. Vestidos de grifes nacionais e internacionais e jóias caras enfeitavam os pescoços, pulsos e orelhas da mulherada, ao passo que os homens pareciam réplicas uns dos outros, todos com seus trajes pretos, camisas brancas e gravatas-borboletas. Empresários, banqueiros, altos funcionários e políticos estavam presentes, embora nenhum, Melissa admitia, era tão poderosa quanto a filha de Magno Castro.

-- Querida! Como você está? -- a voz feminina e empolgada era familiar, e Melissa virou-se já sorrindo. Trocou os beijinhos sociais de costume e riu quando a simpática moça passou de leve os dedos na bochecha da prefeita.

-- Estou muito bem, Valquiria. E você?

O suspiro de Valquiria ganhou um ar melodramático.

-- Carregando o peso do mundo nas costas.

Melissa deu um sorriso comedido. A amizade delas vinha desde o Ensino Médio e continuou pela universidade. Elas tinham um senso de humor muito parecido e gostavam de política e saúde pública.

-- Onde está a filha do Magno, a Bruna Castro? 

-- Não faço a menor ideia -- Melissa retrucou com calma tentando não demonstrar a ansiedade que aquele nome causava.



O motorista estacionou o carro diante do prédio onde ocorria o evento municipal. Bruna, Patricia e Gustavo desceram do Rolls-Royce e ficaram parados observando o movimento.

-- Pelo jeito a festa está animada -- comentou Gustavo, olhando na direção do prédio.

-- Não sei como podem se animar com essa música de corno -- comentou Bruna, fazendo uma careta.

-- É sertanejo universitário -- falou Patrícia.

-- Pra mim, sertanejo universitário é o cara que vai de cavalo pra universidade.

-- Larga de ser debochada, Bruna e vamos entrar -- Patricia e Gustavo deram alguns passos em direção a entrada do prédio e pararam se virando para Bruna que permanecia parada -- Você não vem? -- perguntou Patricia, sem entender a atitude da irmã. 

Os olhos de Bruna estavam fixos na direção oposta ao prédio do evento. Estava tão distraída que nem ouviu a irmã chamar.

-- Ei, Bruna!

Patrícia se aproximou e tocou em seu braço.

-- Vamos Bruna -- a irmã continuava desligada -- Problemas? 

Bruna deu um olhar reflexivo para Patrícia. 

-- Espero que não -- ela ficou de frente para a irmã -- Vai entrando com o Gustavo, eu vou dar uma olhadinha numa coisa e logo entro.

Patricia e Gustavo entreolharam-se e encolheram os ombros sem entender, mas acataram o que ela falou e entraram no prédio.

Bruna caminhou lentamente até o portão de saída, chegou na calçada e olhou para os dois lados da rua antes de atravessar. Do outro lado, parou diante de um portão alto que parecia muito antigo, mas bem cuidado. Havia uma placa de alumínio com a inscrição "Cemitério Municipal De Maracujá Roxo". Toda a área era cercada por um muro alto onde a entrada era iluminada com postes convencionais e o interior com postes decorativos com luminárias de led. 

Bruna podia jurar ter visto uma mulher caminhando por entre as catatumbas. Era estranho, e até bizarro devido o avançar da horal. Balançou a cabeça, rindo de si mesma.

-- Ô loco, meu. E eu ainda nem bebi -- sussurrou para si mesma, virando-se para retornar ao prédio. Estava a meio metro da rua quando ouviu uma voz de mulher: 

-- Moça, ei moça.

Com o coração aos pulos e sem ar, ela se virou.

-- Que susto! -- extremamente surpresa, Bruna olhou para a mulher agarrada a parte interna do portão -- O que a senhora está fazendo a essa hora no cemitério? Não sabe que é perigoso? E se por acaso a senhora se encontrar com algum criminoso?

A senhora não respondeu a nenhuma das perguntas.

-- Você pode me ajudar?

Bruna deu alguns passos e parou diante do portão.

-- Tá, tá, o que a senhora quer?

-- Venha comigo, quero te mostrar uma coisa.

Mesmo contrariada e desconfiada Bruna a seguiu até uma sepultura em completo abandono, coberta de mato, flores artificiais desbotadas e muito lixo ao redor.

-- Era isso que a senhora queria me mostrar? -- Bruna abriu os braços sem entender -- Uma sepultura de quinhentos anos atrás que ninguém tá nem aí pra ela?

-- Será que você pode limpar pra mim?

Bruna engoliu em seco.

-- Eu?

-- É minha filha.

-- Será que a senhora não tem um filho, sobrinho, neto, vizinho, primo do primo do seu esposo, sei lá, qualquer pessoa que não seja eu?

-- Não tenho ninguém.

Bruna respirou fundo.

-- Sinto muito dona senhora, mas não vai rolar. Limpar sepultura nunca foi o meu forte. Agora com licença que eu tenho uma festa me esperando -- ela se despediu fazendo um gesto com a mão. Andou alguns metros e parou, a mulher continuava lá, parada diante da sepultura desprezada -- A senhora vai ficar aí pedindo para ser assaltada? -- a mulher não respondeu. Bruna retornou -- Além de tudo é abusadinha, não responde nada do que eu pergunto. 

-- Só quero que você limpe a sepultura, só isso.

Bruna bufou irritada.

-- Tudo bem, se eu prometer que venho amanhã limpar essa sujeira, a senhora vai embora?

Ela balançou a cabeça concordando satisfeita.

-- Então tá, agora vai embora que eu preciso ir a festa.

Bruna ficou olhando ela se virar e sair caminhando por entre os túmulos.

-- Como é o nome da senhora?

-- Anita Beloir, meu nome é Anita Beloir -- ela respondeu sem se virar.

-- Ei, pra onde a senhora vai? A saida é por esse lado.

A mulher pareceu não escutar e desapareceu entre os túmulos

-- Que droga! -- ela esbravejou, muito irritada -- Que se dane! Tá doida pra morar de vez aqui.



A festa nem bem havia começado e Melissa já estava querendo ir embora. Apesar da conversa divertida com Valquíria, sua tensão e cansaço haviam aumentado.

Naquele momento, a música cessou, o mestre de cerimônias subiu ao palco e solicitou a presença da prefeita.

Melissa deu um gole no champanhe e entregou a taça a Valquíria.

-- Sinto muito, me desculpe, mas preciso dar início ao evento.

-- Claro, vai lá prefeita.

Melissa começou a caminhar em direção ao palco, cumprimentando os amigos e eleitores. A base da sociedade maracujuense estava presente. Conforme ia encontrando os convidados, aproveitava a oportunidade para lembrar os futuros eventos e ouvir alguns pedidos. Ela subiu no palco, pegou o microfone, agradeceu a presença de todos, fez um pequeno discurso e, finalmente, apresentou a presidente da sociedade beneficente. Uma mulher incansável que dedicava a vida à arrecadação de dinheiro para benefício de inúmeras famílias carentes e crianças órfãs da região. Um filme, feito pela sociedade beneficente, foi exibido na tela de projeção e mostrava as crianças recebendo alimentos e brinquedos no Natal passado. As expressões nos rostos daquelas crianças, os sorrisos e as gargalhadas eram cenas emocionantes. Num apelo comovente aos convidados, a presidente pediu que fizessem doações generosas. 


Patrícia até aquele momento apenas assistia os figurões da alta sociedade maracujuense anunciando orgulhosamente as suas doações às entidades beneficentes da cidade. Gustavo estava de pé ao seu lado, preocupado com a demora da chefe.

-- Onde ela se meteu?

Patricia girou a cabeça sem pressa, com um movimento gracioso e despreocupado.

-- Até parece que você não conhece a Bruna. Com certeza ela deve estar por aí dando em cima de alguma garota.

-- Será? -- ele não parecia muito convencido. 

-- Tenho certeza -- Patrícia sorriu, tranquilizando-o, antes de desviar sua atenção para a bela mulher que caminhava pelo palco com desenvoltura -- A prefeita é muito mais bonita pessoalmente, você não acha?

-- Acho, pena que ela e a Bruna se odeiam mesmo sem se conhecerem, fariam um casal maravilhoso.

-- E quando se conhecerem, vão se matar -- Patricia comentou sorrindo -- Que ridiculo, estamos falando como se a prefeita gostasse da fruta. Ela é homofóbica declarada, assinada e carimbada.

A presidente convidou a representante do grupo Castro, Patricia Castro, para subir ao palco e anunciar a sua doação.

-- Vai lá princesa -- incentivou Gustavo -- Arrasa.

Com seu nome ecoando de repente no recinto silencioso, Patrícia saiu das sombras. Os outros convidados se afastaram, deixando o caminho livre para a irmã da misteriosa Bruna Castro subir ao palco.

-- Boa noite! Minha irmã pede desculpa por não ter conseguido vir a esta festa tão importante para a cidade de Maracujá Roxo, mas ela me pediu para comunicar-lhes que é simpática às causas humanitárias e que apoiará no que for possível. Temos participado de várias iniciativas em apoio a populações em crise, como o apoio financeiro de milhões de reais no Brasil no combate à fome. Temos consciência que a participação da sociedade civil na construção de uma Maracujá Roxo mais humana e feliz é fundamental, e a doação de dois milhões de reais à sociedade beneficente pretende ser apenas uma semente para outras iniciativas que envolverão o nome de Bruna Castro.

O anúncio causou um murmúrio coletivo entre os convidados. 

-- Ela também pretende financiar uma ong municipal que garantam os direitos da população LGBTQIA + esquecida no programa municipal -- ela virou-se para a presidente da sociedade beneficente que estava no palco e segurava uma cestinha de vime -- Pode me passar o pix?

O mestre de cerimônias fez uma pausa. A presidente da sociedade mal conseguia respirar. A tensão pressionou sua garganta deixando-a sem voz. Nunca receberam tanto dinheiro.


-- Perdi o melhor da festa? -- perguntou Bruna, aproximando-se de Gustavo.

Gustavo balançou a cabeça.

-- Foi digno dos Castro.

-- Muitas doações dos poderosos da cidade?

-- Mérrecas, só querem aparecer, dinheiro que é bom, nada.

Um garçom passou servindo bebidas. Bruna pegou uma taça de champanhe e deu um gole, em seguida, expressou a opinião sobre o evento.

-- A maioria se diz rico, mas na verdade colocam água no envelope do suco, reutilizam copos de requeijão, secam tênis atrás da geladeira, entram na farmácia só para se pesar, levam um pratinho de bolo pra casa depois do aniversário, quando o sabonete está acabando grudam o velho no novo.

-- Eu faço tudo isso, chefe.

-- O que eu disse, é pobre -- Bruna deu de ombros, provavelmente ansiosa para sair dali -- Pelo jeito a doação da Patrícia agradou, ela está rodeada de bajuladores.

-- Ela fez uma oferta bastante generosa para a sociedade beneficente.

-- Quanto?

-- Dois milhões, fora outras promessas.

Bruna engasgou-se com a bebida, sendo acometida de um acesso de tosse.

-- O que? Ela tá louca? Colocar  dois milhões nas mãos desses matutos pra eles gastarem tudo com polenta, farinha e linguiça?

-- Foi você quem autorizou, lembra? Falando nisso, onde você estava?

Bruna respirou fundo.

-- No cemitério.

-- No cemitério? Fazendo o que?

-- Lendo as lápides, as datas e calculando a idade em que a pessoa morreu.

-- Não acredito.

-- É sério, tinha uma escrito assim: "Aqui jaz salin, mas seu filho continua atendendo na rua Dom Bosco em frente a igreja.

-- Você está tirando uma com a minha cara.

-- Estou não, tanto que amanhã você vai vir limpar uma sepultura que deve estar abandonada há anos.

Gustavo arregalou os olhos.

-- Não mesmo! Eu tenho medo de cemitérios.

-- Cagão.

-- Certa vez eu estava caminhando na ida para casa e decidi pegar um atalho pelo cemitério. Encontrei um rapaz e disse a ele que estava com medo de caminhar por ali à noite. Ele muito simpático deixou eu caminhar ao seu lado. Em certo momento ele se virou pra mim e disse:

-- Não tenha vergonha, é totalmente compreensível o medo que você tem de andar por aqui tão tarde da noite, com tudo escuro... Eu também morria de medo de passar por aqui quando estava vivo. Eu desmaiei.

-- Pois vai se preparando psicologicamente, você vai sim limpar a sepultura.

Segurando o copo e de cabeça baixa para não ser reconhecida, Bruna deixou Gustavo resmungando e atravessou o salão em direção a uma porta lateral que dava para uma enorme sacada. Encontrou uma mulher de cabelos longos e um corpo estonteante. Os quadris eram como um violão. E suas longas pernas brilhavam com elegância feminina. À distância, sentiu a fragrância suave do perfume que ela usava. O belo corpo da mulher arqueou-se para frente, os braços apoiados na mureta, os pés em ponta, a cabeça para baixo.

Bruna assustou-se.

-- Não está pensando em se jogar daqui de cima, né?

 

Fim do capítulo


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Comentários para 2 - Capitulo 2:
Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 17/04/2024

Essas duas sei não viu prometi.

Cemitério...

Responder

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patty-321
patty-321

Em: 15/04/2024

Bruna conversou com um espírito. E ainda manda o medroso limpar a sepultura, louca. 2 milhões em doação, jogada pra ganhar a opinião da sociedade. E essa mulher na sacada? Será que é a prefeita? 


Vandinha

Vandinha Em: 16/04/2024 Autora da história
Olá patty-321
Tudo bem? Nesse romance vou contar muitas histórias de espiritos, esse é só o primeiro. Beijos, paz e luz, querida.


Responder

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Mille
Mille

Em: 15/04/2024

Oi Vandinha 

Essa Bruna é uma figura quero ver essa interação dela com a Melissa e quando souber que é sua inimiga kkk

Bjus e até o próximo capítulo 


Vandinha

Vandinha Em: 16/04/2024 Autora da história
Olá amiguinha Mille, tudo bem?
Acho que vai ser um encontro daqueles, será? Vamos ver.
Até o próximo capítulo querida.
Paz e Luz.


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