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Anjo e Demônio por Vandinha

Ver comentários: 2

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Palavras: 2169
Acessos: 921   |  Postado em: 25/03/2024

Capitulo 1

 

ANJO E DEMÔNIO -- CAPÍTULO 1


Bruna cruzou os braços, orgulhosa. De onde estava podia contemplar o enorme imóvel que acabara de adquirir naquela pequena cidade do interior. 

-- Então, o que você acha? Não é uma beleza?

Gustavo balançou a cabeça concordando.

-- Eu até acho, mas será que vai valer a pena? O povo daqui é tão matuto!

-- Vou começar a te chamar de Elétron, sabia?

-- Porque?

-- Sempre negativo.

Patricia parou ao lado dela.

-- Será que vai dar certo, maninha?

Bruna ficou irritada.

-- Você também? Ah, não! Eu quero entender porque vocês acham que não vai dar certo?

-- Essa é uma cidade muito antiquada, a população idosa, eles querem paz. Inclusive a prefeita. Ela já deixou bem claro que não vai aceitar de modo algum uma boate LGBTQIA+ na cidade dela.

-- Também, uma cidade com o nome de Maracujá Roxo, não pode nunca ser levada a sério e, tem mais, tô nem aí para uma velha, sem perspectiva na vida e com medo de crescer -- Bruna sacudiu os ombros, mas nos seus lábios estava estampada a irritação -- Acho que ela tem a síndrome de Peter Pan.

Patrícia olhou para ela sem entender.

-- O que uma coisa tem a ver com a outra? A Síndrome de Peter Pan desperta nos indivíduos comportamentos infantis e inseguros que os impedem de amadurecer normalmente. Eles se recusam a crescer.

-- Então, essa mulher não quer que a cidade cresça. Concluindo, Síndrome de Peter Pan.

Patrícia não aguentou, girou nos calcanhares e saiu resmungando um palavrão.

-- Ela se irritou, chefe.

-- A Paty é assim mesmo, parece uma nuvem.

-- Porque?

-- Quando vai embora, o dia fica lindo.

Gustavo balançou a cabeça concordando. Olhou rapidamente para os cabelos macios e louros de Bruna e para o conjunto preto, bem talhado, que lhe realçava a silhueta esguia. 

-- Quando essa prefeita Odorica Paraguaçu bater de frente com a chefe, essa Deusa Grega reencarnada na Ilha da Magia, vai cair de boca no chão. 

-- Também acho -- Bruna sentia-se novamente calma e segura de si. Ela estava determinada em cumprir a missão que impusera a si mesma -- A boate será inaugurada nem que eu tenha que comprar a cidade inteira. Inclusive essazinha aí, esse serzinho insignificante que eu nem sei o nome.


Sentada confortavelmente ao lado de uma janela, em seu gabinete, Melissa nunca duvidou de que governar uma cidade era uma tarefa dificílima. Teria que lidar com todo tipo de pessoas, com uma população envelhecida e jovens loucos para fugirem do interior. Queria o melhor para a sua cidade e o seu povo, mas muitas vezes era incompreendida. Ela olhou pela janela, de onde podia ver a praça da cidade, o banco, o cartório e a igreja matriz. Melissa não podia deixar de pensar na estranha mudança de destino. De uma enfermeira dedicada e feliz à prefeita da cidade.

De repente, uma batida na porta ecoou como um trovão. Melissa se ajeitou na cadeira deixando as reflexões para mais tarde.

-- Entra.

A secretária entrou esbaforida.

-- Temos um problema.

-- E qual a novidade, só temos problemas, Samara.

-- Dessa vez tem nome e sobrenome -- ela sentou-se na pontinha da cadeira.

-- Não me diga que é a tal da Bruna Castro, novamente.

-- Ela mesma.

A ansiedade brilhava nos olhos de Samara, Melissa estava curiosa, pois havia percebido que sempre que o nome de Bruna Castro era mencionado, a garota estremecia, quase demonstrando pavor. 

-- O que ela aprontou agora?

Samara curvou-se para frente e falou baixinho:

-- A metade da cidade está na fila pra conseguir uma vaga de emprego na tal boate LGBTYH... e mais. Segundo o último censo, a taxa de desemprego ficou em 3,5% no segundo trimestre de 2023.

Melissa bufou.

-- Deixa-me ver se adivinho. E a outra metade está querendo ir lá tacar fogo.

-- Sim.

Com frieza, Melissa apagou o sentimento ruim que a invadia, pois o ódio poderia obscurecer sua razão e ela precisava estar sóbria agora. 

-- Eu não vou permitir essa safadeza em nossa cidade, nós nem temos gays e lésbicas aqui.

A secretária fez uma careta.

-- Acho que a prefeita está um pouco desatualizada. Devem ter centenas, talvez milhares naquela fila. 

Melissa cerrou os olhos, surpresa. 

-- De onde apareceu essa gente?

-- Armário é o que não falta na cidade, prefeita. Segundo o último censo...

Melissa se levantou e foi até a janela.

-- Não podemos meter os pés pelas mãos. Temos que agir conforme os trâmites legais.

-- Só por curiosidade, que trâmites legais? 

-- Eu já pensei bastante sobre o assunto e acho que podemos chegar a algum acordo completamente amigável. 

Samara levantou as sobrancelhas. Melissa parecia calma. 

-- Que controle incrível -- comentou -- Eu no seu lugar, mandava a guarda municipal até lá.

-- Não, não. É para isso que temos o nosso departamento jurídico.

-- Você espera que a população tolere essa situação? -- questiona ela, indignada. 

Melissa encostou-se na cadeira e a examinou com preocupação. 

-- Você não vai mudar minha decisão. Não tem alternativa. Vamos deixar o setor jurídico tratar disso -- ela pausou para aumentar o impacto da frase, como sempre fazia antes de anunciar algo importante -- Não se preocupe, essa mulherzinha não vai inaugurar esse antro da perdição. Eu garanto!


Bruna estava encostada no balcão, distraída, observando enquanto alguns funcionários faziam as entrevistas de emprego, quando sentiu nas costas uma cutucada. Com sua sensibilidade e levada pelo instinto, olhou para trás e deu de cara com Helena e aquele seu olhar de peixe morto, sem graça. 

Bruna levou um susto, saindo imediatamente para o lado.

-- Credo mulher, parece um fantasma -- ela deu alguns passos pelo salão ignorando as pessoas que estavam à sua volta, como se estivesse isolada num mundo só dela. Todos, no entanto, a acompanhavam com o olhar; alguns chegaram até a esticar o pescoço para vê-la melhor. Ninguém, no entanto, se atreveu a fazer algum comentário. Helena a seguiu.

-- Conseguiu agendar uma reunião com a Senhora do destino?

-- A prefeita? -- perguntou a advogada.

-- Quem mais poderia ser?

-- Está agendada para amanhã -- disse ela, logo atrás da patroa -- Não vai ser fácil, segundo pessoas próximas a ela, a prefeita está irredutível. 

-- Ela que não se meta nos meus negócios, quem com ferro fere, sem ferro será ferreado. Pode dizer isso para ela. 

-- Chefe! -- Gustavo se aproximou com duas passadas largas e parou diante dela -- Entrevistei vinte garotos e consegui aproveitar dois. Não é por nada não, mas que meninos tímidos. 

-- E as meninas?

-- Não sei chefe, quem está entrevistando as meninas é a Patrícia e a Joice.

-- Pela quantidade de gente que ainda tem nessa fila, vai levar uma semana para entrevistar todo mundo -- Bruna colocou as mãos nos bolsos, se virou e saiu em direção a sua sala.


A prefeita Melissa caminhava pelas ruas do centro da cidade cumprimentando os moradores, enquanto seu olhar penetrante, por trás dos óculos de sol, examinava tudo por ali. Estava pronta para conversar com qualquer um que desejasse. A população a admirava profundamente e já tinham se acostumado a vê-la caminhando pelas ruas da cidade. Preferia ir para casa caminhando em vez de encarar um engarrafamento no horário do rush. Tudo que desejava era um longo banho de banheira e ir para a cama mais cedo, mas nesta noite seria impossível. 

Chegou em casa mais tarde do que previa, subiu as escadas correndo, fez um carinho em chiquinha, sua gata persa e foi tomar um banho para se trocar rapidamente. Não estava nem um pouco empolgada com a ideia de ter que participar de um evento beneficente em um hotel na cidade, ser sociável, empenhar-se em um jantar completo, tomar apenas uma taça de champanhe e atuar no jogo do fingimento. 

Quando saiu do banho encontrou Vera parada na porta. O olhar da amiga estava atento e, por um momento, Melissa até achou que ela teria lido seus pensamentos.

-- Não está a fim de ir nesse jantar, né?

-- O que você acha? -- ela mesma achou sua voz um pouco rude com a amiga -- Desculpa, é que o dia foi terrível. 

-- Quer conversar sobre isso? 

Melissa já esperava que ela perguntasse.

-- Os mesmos problemas dos últimos dias, a boate gay. Metade da população é a favor, a outra metade contra. 

Vera levantou uma das sobrancelhas de forma cínica antes de sentar na cama.

-- E você está do lado dos contra, não é mesmo?

-- Eu sei que o sobrenome Castro é muito influente e traria coisas positivas para o desenvolvimento da cidade. O senhor Magno Castro com as suas indústrias seria muito bem vindo aqui, mas não a sua filha, com um antro que desviará do caminho do bem, muitos de nossos jovens.

Ainda mais uma pessoa arrogante que pensa que o mundo gira em torno de seu umbigo, Melissa ponderou, ao entrar no banheiro para se maquiar.

Não conhecia a filha do senhor Magno e não fazia a menor questão em conhecer, pensou e novamente a amiga pareceu ler seus pensamentos.

-- Eu tenho a foto dela no meu celular -- disse Vera, encostada confortavelmente na cabeceira da cama -- Quer ver?

-- Não! Deus me livre. Afasta essa capeta de mim.

Ela respondeu do banheiro, o que fez Vera rir.

-- Não sabe o que está perdendo.

Vinte minutos depois, voltou ao quarto e encontrou Vera esperando tranquilamente. Respire, disse para si mesma, praguejando em silêncio. É apenas uma droga de jantar beneficente.

-- Que linda -- Vera elogiou-a ao observar suas curvas envolvidas pelo vestido lilás. 

Sem dúvida, o vestido era de uma conceituada estilista e combinava perfeitamente com ela.

-- Também, pelo preço! -- comentou olhando-se no espelho.

Elas riram.

-- Enfim, acho que vou representar bem o meu papel -- ela deu um leve sorriso.

-- Sem dúvida alguma -- Vera entregou-lhe a bolsa e a chave do carro. 

-- Tenho que ir, um bando de esnobes me esperam. 

-- Boa sorte. 

-- Como eu gostaria que você pudesse ir comigo. 

-- Muito obrigada, mas eu vou me encontrar com uma amiga para jantar e me divertir bem mais do que você. É nessas horas que eu fico feliz de apenas dividir o apartamento com você e não ter que comparecer nessas festas. Eu morreria de tédio em dez minutos, cinco -- corrigiu Vera com um suspiro. 

Julia deu uma olhada no seu relógio e mal conseguiu conter um suspiro.

-- Agora tenho que ir mesmo, não esqueça de colocar a ração para a Chiquinha antes de sair

-- Deixa comigo.



Patricia entregou-lhe meio copo de água e dois comprimidos.

-- Vai bancar a enfermeira? 

-- Diga-me que você já faz isso sozinha que paro de desempenhar esta função. 

Bruna simplesmente sacudiu a cabeça e engoliu os comprimidos. 

-- Essa rinite é uma coisa dos infernos. Eu já devo ter reencarnado umas quatro vezes e sempre volto com rinite. 

-- Agradeça a Deus por ser apenas uma rinite.

Bruna sentou-se na cama desanimada.

-- Temos que ir mesmo? Odeio essas festas caretas. Elas me atacam além da rinite, a tendinite, limite, paixonite...

-- Como você fala besteira Bruninha. Quando você vai amadurecer?

-- Sua ingrata, lembra quantas vezes apanhamos juntas sem dedurar para o pai quem estava errada? Isso é ser madura.

-- Lembro. Lembro também que todas as vezes era você quem fazia as coisas erradas. Isso é malandragem.

-- Meu passatempo favorito é te irritar até você se estressar, mas saiba que isso é amor.

Patricia balançou a cabeça e riu. Bruna é caçula, teimosa, mimada, muitas vezes inconsequente e bocuda: mas também é a pessoa mais importante da sua vida.

-- Também te amo -- ela disse, pegando a bolsa -- Se não te amasse, não estaria aqui nessa cidade onde o Judas perdeu as botas.

-- Confessa que está aqui nesse fim de mundo comigo porque o pai te mandou ficar de olho em mim.

-- Também -- ela foi direta -- Mas estou gostando. Está ficando divertido.

-- Está certo -- concordou Bruna.

-- Vai ter que abrir a mão hoje, o evento desta noite tem uma grande representatividade na escala social da cidade. Eles estimam muito as crianças e os pobres.

-- Por favor, se encarregue disso. Não tenho saco de doar e ficar anunciando aos quatros cantos.

-- Se você preferir assim, farei uma doação considerável. É sempre gratificante dar aos pobres.

-- Só não esqueça que quem dá aos pobres, cria os filhos sozinha.

-- Vamos logo.

-- Será que a Margaret Thatcher chapada vai estar na festa?

-- Ela é a prefeita, com certeza vai estar presente. 


-- Hora do show -- murmurou Melissa, enquanto manobrava o carro no estacionamento à frente do hotel -- Que comecem os jogos!




Fotos do capítulo

https://www.instagram.com/romancesdavandinha/?hl=pt-br

 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 1 - Capitulo 1:
Mille
Mille

Em: 26/03/2024

Oi Vandinha.

Gostei do início e teremos guerra ou entre tapas e beijos???

Bora ver quem ganha esse duelo Bruna ou Melissa. 

Gostei do Bruna ser piadista e alegre.

Bjus e até o próximo capítulo 

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patty-321
patty-321

Em: 25/03/2024

Mais uma da Vandinha? Vim correndo. Kkkkkkk 

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