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Nórdicos por Natalia S Silva

Ver comentários: 7

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Palavras: 4990
Acessos: 1625   |  Postado em: 10/04/2024

Capitulo 30

 

Gunnar

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Eu não conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo, quando eu achava que iria começar minha jornada para construir uma embarcação que me levasse até onde Stephanie estava, eu a encontro a minha procura, sã, salva e bem tratada pelos moradores das ilhas.

 

 

Estava tentando me acostumar com a idéia de que aquilo era real, mas ainda estava confusa. Vi os cavalos serem colocados no barco e depois de carregar todo o acampamento, o líder das ilhas nos convidou para partir.

Alisson e Anton prontamente adentraram na embarcação, sendo seguidos de perto por mim e Stephanie, que carregava Karl nos seus braços, encantada com o lindo bebê.

 

 

 – Eu sei que está acontecendo tudo muito rápido! E também sei que você não faz idéia de quem eu seja! Mas podia, por favor, impedir o seu irmão dê me matar? Ele deve estar furioso por ter ajudado a Steph a sair das ilhas.

 

 

O rapaz de cabelos ondulados ao meu lado, não parava de tagarelar, eu podia simplesmente ignorá-lo como era meu costume, mas alguma coisa me dizia que eu precisava mudar os maus hábitos se queria viver entre aquele povo, tão diferente do meu.

 

 

 – Aposto que ele vai se esquecer dessa situação quando me ver!

 

 

 – Eu espero que sim! Apesar de sermos amigos, sabia bem da promessa que ele te fez. E mesmo assim ajudei a Steph a fugir dele. Acho que ela é mais importante pra ele do que a nossa amizade.

 

 

 – Ela está bem! Heimdall não vai se importar!

 

 

 – Ok! Eu vou confiar em você!

 

 

O rapaz sorriu, um pouco tímido ou assustado, não sabia dizer ao certo, mas o que estava claro é que ele era próximo da minha esposa e do meu irmão, e aquilo me fez querer ser um pouco mais gentil, se ele era importante pra eles, certamente era uma boa pessoa e merecia o meu respeito.

 

 

 – Como é o lugar para onde estamos indo?

 

 

 – As ilhas? São lindas! Você vai adorar, é quente é seguro, têm eletricidade, alimentação farta, boas casas para morar! Tem tudo pra ser o seu lar, assim como é o de todos nós!

 

 

Deixei meus olhos irem ao encontro da mulher sentada à minha frente, com o bebê nos braços e os olhos cravados em mim. Eu fiquei realmente feliz pela história de Ulrik ser verdadeira, por ter encontrado um lugar seguro para as pessoas que eu mais amo no mundo.

 

Eu tinha vontade de chorar toda vez que encarava aqueles lindos olhos verdes, mas eu iria sorrir, eu nunca mais me deixaria entristecer se tivesse eles pra sempre ao meu lado.

 

 

 

 

 

 

A viagem de Miami às Bahamas durou apenas algumas horas, ao avistarmos a terra do outro lado do oceano, o sol ainda brilhava forte no céu. Me coloquei em pé encostada no guarda corpo da embarcação, admirando todas as construções sobre a ilha, encantada com todo o desenvolvimento e tecnologia que aquele lugar possuía.

 

 

 – O que acha?

 

 

Stephanie envolveu minha cintura, enfiando-se debaixo do meu braço, recostando a cabeça no meu peito.

 

 

 – É mais do que eu podia imaginar…

 

 

 – É sim! É incrível! Muito melhor que na colônia! Fico feliz que tenhamos vindo pra cá. Eu não iria querer morar lá sem os meus pais! 

 

 

Eu não sabia como contar pra ela sobre sua mãe, ou sobre a verdadeira origem de Karl, não sabia como ela reagiria e como trataria a criança a partir do momento que soubesse de toda a verdade. Sabia o quão bondosa era, mas não queria que olhar para o nosso filho fosse uma lembrança ruim. Stephanie e suas irmãs acreditavam na morte da mãe há bastante tempo, saber o que ela tinha passado na colônia até o dia da sua morte, só abriria novamente uma ferida antiga.

 

 

 – Fico feliz que goste daqui!

 

 

Beijei carinhosamente os seus cabelos, acarinhando suas costas com a mão.

 

 

 – Eu gosto! Mas não consegui aproveitar nada! Faltava você!

 

 

 – Pensei que te encontraria casada quando chegasse aqui!

 

 

Sorri, aquilo não era de toda brincadeira, eu realmente tive medo que seguisse sua vida sem mim e se aquilo realmente tivesse acontecido, eu aceitaria, eu jamais a machucaria ou magoaria, eu seria forte o suficiente para entender e aceitar.

 

 

 – Eu fiquei dez anos de luto por um cara que me traiu! Acha mesmo que conseguiria esquecer a pessoa que mais amei na vida?

 

 

Seus olhos me encararam com uma intensidade sem igual, eu a amava demais e me alegrava saber que era recíproco, mesmo acreditando não ser merecedora de alguém tão incrível.

 

 

 – Eu só não acho que mereço você!

 

 

 – É sério? Se você não merece, quem vai merecer então? Você morreria por mim, você abdicou de tudo pra que eu ficasse em segurança! Que mulher não ia querer ser tratada assim?

 

 

Não tive resposta, ela estava na minha frente entre o guarda corpo da embarcação e eu, com as duas mãos em minha cintura, com o sorriso mais lindo que possuía nos lábios, e os olhos fixos nos meus.

 

Eu queria beijá-la, queria tomá-la nos meus braços e sentir o calor da sua pele o mais rápido possível, mas a respeitava acima de tudo, jamais a desrespeitaria diante de tantos homens.

 

No entanto, não fui capaz de conter os meus braços, e envolvi os seus ombros trazendo-a de encontro com meu corpo, beijando suavemente os seus cabelos, apenas sentindo um prazer imenso de poder sentir o seu cheiro novamente.

 

 

 – Jeg savnet deg! “(Eu senti sua falta!)”

 

 

 – Eu ainda não sei falar o seu idioma!

 

 

 – Vai ter que aprender! 

 

 

 – Vai ter que me ensinar...

 

 

 – Eu ensino! Assim o Karl já aprende!

 

 

Stephanie se afastou do meu abraço procurando meus olhos novamente.

 

 

 – É sério que quer que eu seja mãe dele?

 

 

 – Você não quer? 

 

 

 – É claro que eu quero! O que eu não sei é se você realmente quer, ou está brincando! Afinal ele é seu irmão!

 

 

 – Ele é meu filho Stephanie! Ele não sabe e nunca saberá quem eram seus pais. Ele não precisa que o passado manche a sua história.

 

 

Seus olhos se estreitaram, e com um carinho no meu rosto ela concluiu.

 

 

 – Então ele é nosso filho!

 

 

Eu iria beijá-la, não resistia à tamanha beleza e nem a saudade que senti. No entanto, antes que perdesse a compostura, a embarcação balançou no momento exato que atracou no píer da ilha.

 

Stephanie se afastou dos meus braços apanhando minha mão, me levando para onde Karl, Alisson e Anton nos aguardavam.

 

 

 – Vocês vão adorar! Eu não sei como vai ser o procedimento. Alfred é um tanto cuidadoso, mas acredito que ele não vá criar problemas para que vão comigo pra casa ainda hoje.

 

 

Stephanie mal concluiu a frase e o homem chamado Alfred juntamente com Paul, qual reconheci ainda na praia, se aproximaram juntos com mais dois homens.

 

 

 – Estamos em casa, depois de longos dias! Acredito que irão gostar muito daqui, a Stephanie vai apresentar tudo para vocês!

 

 

Concordei com um gesto, enquanto o homem direcionou-se finalmente para mim.

 

 

 – Porém antes de desembarcarem! Preciso que entregue pacificamente todas as suas armas! É o procedimento padrão para viver entre nós!

 

 

Aquilo com certeza me incomodou, mas eu não criaria caso, já que minha esposa parecia muito bem entre eles, certamente não tinha com o que me preocupar, apesar do meu instinto.

 

 

 – Está tudo bem Gunnar! Não vai precisar disso aqui!

 

 

Stephanie apanhou o meu pulso tranquilizando-me, afinal ela conhecia bem a sua mulher.

 

Sem questionar ou relutar, me desfiz dos coldres e entreguei aos homens que acompanhavam Alfred e Paul, que rapidamente se afastaram de nós.

 

 

 – Perfeito! Vou deixar você se familiarizar com a ilha e daqui alguns dias conversamos, ouvi falar muito bem sobre você. Aproveite a sua família! Podem ir com a Stephanie para casa por enquanto. Vou mandar providenciar acomodações a todos!

 

 

Eu não sabia agradecer verbalmente, tinha algumas travas ainda, mas buscaria melhorar, no entanto, por hora apenas aceitei o cumprimento de mão do homem e me calei diante das suas palavras, vendo-o se afastar logo em seguida.

 

 

 – Eu não te agradeci! Apesar de tudo que aconteceu naquele dia! Recordo-me bem de você salvando a vida do meu filho naquele tiroteio. Sinto muito que tenha precisado ficar para trás. E obrigado pelo que fez por ele.

 

 

Paul permaneceu por mais alguns segundos depois de se manifestar, e logo estendeu a mão na minha direção, a qual apanhei imediatamente.

 

 

 – Vou mandar os cavalos para o estábulo na sua ilha! Stephanie vai te explicar como as coisas funcionam por aqui. Tenham uma boa noite!

 

 

Paul se afastou depois de cumprimentar o restante do grupo, dirigindo-se para junto dos outros tripulantes da embarcação, que trabalhavam para descarregar tudo que haviam trazido da costa.

 

 

 – Vamos pessoal! Minhas irmãs devem estar preocupadas! 

 

 

Me afastei o suficiente para apanhar o bebê dos braços de Alisson que o havia amamentado a pouco. E coloquei sobre os meus ombros a sacola de Stephanie e a minha, dirigindo-me para o píer.

 

 

 – Quer ajuda?

 

 

Stephanie se referia às sacolas, mas encarando o seu pequeno corpo, estava certa de que o correto era que eu continuasse carregando.

 

 

 – Não precisa! Estou bem!

 

 

Karl ia agarrado nos meus cabelos, aninhado nos meus braços, enquanto Stephanie alguns passos à frente, andava visivelmente ansiosa para reencontrar as irmãs. 

 

Estávamos andando pelo píer, entre os demais tripulantes que se encontravam com suas famílias, quando avistei um pouco mais a frente, Heimdall e o restante do grupo se aproximando. No entanto, eles não nos avistaram, pois estavam andando na direção de Jhon, que ao vê-los, imediatamente olhou para trás nos procurando.

 

 

 – O Heimdall! Ele vai brigar com o Jhon!

 

 

Sorri, era bom demais ver meu irmão tão bem, e apesar de estar aparentemente furioso, continuava sendo um bom garoto aos meus olhos.

 

Stephanie correu na minha frente para ajudar o amigo, enquanto eu um pouco atrás, me aproximei com um sorriso bobo nos lábios, agradecendo aos deuses por aquele reencontro.

 

 

 – Onde ela está?

 

 

Heimdall apressadamente se aproximou de Jhon, que se encolheu e correu na direção de Stephenie.

 

 

 – Está aqui! E está muito bem! Eu sinto muito Heimdall! Mas foi a sua cunhada que insistiu! Eu não queria levá-la.

 

 

Heimdall ao avistar Stephanie rapidamente desmanchou a feição brava, dando lugar ao alívio por vê-la bem, e se dirigiu ao seu encontro com as irmãs no seu encalço, todos se agarrando a minha esposa.

 

 

 – Você quase nos matou de preocupação Stephanie!

 

 

Elisabeth apesar de aliviada parecia irritada com a irmã, no entanto, antes que qualquer outro pudesse notar minha presença a poucos metros. Jhon fez um sinal com a mão a Finn, que imediatamente me encarou, praticamente se desmanchando de alegria ao me ver.

 

 

 – GUNNAR!!

 

 

Finn correu ao meu encontro me abraçando com força, obrigando-me a proteger a criança dos seus braços fortes.

Retribuí o abraço enquanto meus olhos buscavam os de Heimdall, por sobre os ombros de Finn. O garoto ao me ver, levou as mãos aos cabelos se entregando as lágrimas.

Finn se afastou de mim para que pudesse me aproximar do meu irmão, enquanto Stephanie apanhou Karl dos meus braços e Heimdall se jogou contra o meu corpo, tentando conter o choro compulsivo que tomou conta dele.

 

 

 – Er du i live! Du er i live søster! Jeg har savnet deg så mye! “(Você está viva! Você está viva irmã! Eu senti tanto a sua falta!)”

 

 

 – Du vokser opp! De har til og med skjegg! “(Você cresceu! Até barba já têm!)”

 

 

Heimdall sorriu entre as lágrimas, enquanto eu tentava me controlar pra não cair no choro junto com ele, afastando-se do seu corpo, apanhando o seu rosto com uns fiapos de barba entre as mãos.

 

 

 – Har du vært på stranden hele denne tiden? “(Você ficou na praia todo esse tempo?)”

 

 

 – Vi har tid til å snakke om denne broren! Men ikke nå! Jeg er så glad for å kunne se dem igjen! “(Temos tempo para falar sobre isso irmão! Mas não agora! Estou feliz demais por poder vê-los novamente!)”

 

 

Heimdall beijou meu rosto e depois de se afastar, se agarrou a Stephanie, enchendo seu rosto de beijos.

 

 

 – Achei que Stephanie enlouqueceria sem você!

 

 

Elisabeth se aproximou me abraçando apertado, permitindo-me reparar na pequena saliência de sua barriga, certamente estava grávida.

 

 

 – Vejo que as ilhas te fizeram bem!

 

 

Sorri depositando levemente a mão sobre sua barriga, encarando Finn que piscou para mim com um dos seus olhos.

 

 

 –Você achou que eu seria a primeira a engravidar não é? 

 

 

Anne se aproximou, me abraçando carinhosamente, enquanto reparei nas mudanças que o tempo lhe proporcionou. Estava muito mais madura do que me recordava.

 

 

 – Confesso que sim! Vocês não podiam ficar perto!

 

 

Antes que Anne pudesse retrucar, Heimdall atraiu a atenção de todos.

 

 

 – De quem é esse bebê?

 

 

Todos do grupo encararam Stephanie que segurava Karl com um sorriso doce nos lábios.

 

 

 – Esse é o Karl! Sobrinho de todos vocês!

 

 

Sorri com as minhas próprias palavras, ao perceber as expressões de todos, confusos e assustados com a mesma possibilidade que Stephanie cogitou.

 

 

 – Não! Ele não nasceu de mim! Mas como ele é órfão, eu resolvi adotá-lo.

 

 

 – Nós resolvemos!

 

 

Stephanie ostentava um sorriso orgulhoso, enquanto todos se aproximavam do bebê, enchendo-o de carícias e beijos. 

 

 

 – Ele é a sua cara Gunnar! Na verdade é a nossa cara!

 

 

Heimdall olhava com atenção para o garoto, percebendo as semelhanças gritantes entre nós.

 

 

 – É porque temos as mesmas origens!

 

 

Enquanto esclarecia a semelhança do bebê para Heimdall, Elisabeth e Anne perceberam a presença de Alisson e Anton e foram cumprimentá-los, dando espaço para o rapaz chamado Jhon se aproximar.

 

 

 – Bom, temos que ir! Logo vai anoitecer e fica difícil pegar as canoas no escuro! 

 

 

A casa onde Stephanie e o restante do nosso grupo moravam, ficava em outra ilha próxima àquela principal, para atravessar o mar, usamos pequenas canoas. Do outro lado, já na ilha correta, Jhon se ofereceu para nos levar no seu automóvel, já que morava próximo e o restante do grupo também estava de carro e não daria para levar todos.

 

A casa onde minha família morava, era um sobrado de madeira na beira da praia, com uma visão espetacular do mar e do céu. Havia mais um quarto disponível onde Alisson e o filho foram acomodados, enquanto eu e Karl ficaríamos no quarto de Stephenie.

 

 

 – Por Odin! O que é isso?

 

 

Todos que estavam na mesa, riram da minha reação ao provar a comida local. Estava acostumada a comer carne a alguns vegetais, a única época na minha vida que me alimentei bem foi quando vivi na colônia depois de me casar com Stephanie. Onde ela me apresentou todo tipo de comida e me ensinou a usar corretamente os talheres e as taças, afinal éramos bárbaros.

 

 

 – É ensopado de peixe!

 

 

 – Encarei os olhos lindos de Stephanie, um tanto desacreditada.

 

 

 – Não parece peixe!

 

 

 – É que o preparo é diferente! Tem molho e diversas especiarias!

 

 

O sabor daquilo era maravilhoso, fazia muito tempo que não sabia o que era uma refeição digna, pois desde antes de sair da colônia, não conseguia me alimentar direito e nada que era servido chegava nem aos pés daquela comida maravilhosa que Elisabeth e Anne haviam preparado.

 

 

 – Isso é maravilhoso, não aguentava mais comer peixe assado e sem tempero!

 

 

Todos riram do comentário de Anton, que estava maravilhado com tudo na ilha, deixando-me particularmente feliz por tê-los trazido comigo. 

 

 

Após o jantar, todos se reuniram na sala para beber, Jhon parecia muito íntimo de todos, pois depois de ir para sua casa retornou com algumas bebidas e especiarias, as quais misturou e preparou bebidas maravilhosas.

 

 

 – Isso aqui é bom também! 

 

 

Jhon riu alto apontando o dedo na direção de Stephenie.

 

 

 – Está vendo? Até sua esposa nórdica e bruta gosta dos meus drinks e você não!

 

 

Stephanie rapidamente se defendeu enquanto todos riam despreocupadamente.

 

 

 – Eu gosto dos seus drinks! Mas prefiro beber uma coisa só!

 

 

 – Ela é mais legal que você, Steph! É minha nova preferida! 

 

 

 – Sério isso? Seu traidor…

 

 

A conversa seguiu animada por algumas horas, Anton permaneceu entre os adultos até adormecer no sofá, encantado com tudo naquele lugar. Jhon que parecia ser um rapaz excelente, prontamente se ofereceu para levar o garoto para cama, já que Alisson aproveitando a deixa resolveu se recolher, estava exausta da longa viagem que fizemos.

 

Anne e Heimdall sempre iguais, abraçados trocando carinhos, apaixonados como da primeira vez que os vi. 

Finn sempre sendo o homem que admirava, tratava sua namorada e futura mãe do seu filho como uma rainha, fazia todas suas vontades e estava sempre pronto para auxiliá-la até na mais simples tarefa de apanhar o copo sobre a pequena mesa que ficava no centro da sala.

 

Stephanie vez ou outra fixava seus olhos em mim, com tamanha intensidade que causava um arrepio imediato na minha pele. Não soube dizer se estava embriagada ou era simplesmente a saudade de ter seu corpo junto do meu, mas timidamente meu corpo foi reagindo a todos os seus olhares, quase me fazendo apanhá-la nos braços e correr para o quarto.

 

Abri discretamente dois dos botões da camisa branca que vestia, deixando parte do colo a amostra, estava ardendo por dentro.

 

Jhon era tão prestativo que sabe se lá de onde, providenciou roupas novas para mim, Karl, Alisson e o filho, além de uma pequena cama para o bebê dormir. 

 

 

 – Deixa que eu te ajudo!

 

 

Prontamente me coloquei em pé assim que o rapaz adentrou na casa carregando a cama para o Karl. 

 

 

 – Eu consigo! Se preferir pode pegar aquela sacola ali. Tem um monte de coisa útil pra ele.

 

 

O rapaz não queria aparentar fragilidade, apesar de ser muito discreto, podia ver os traços mais frágeis da sua personalidade e mesmo ele não querendo minha ajuda, apanhei do outro lado da cama, tirando um pouco do peso dos seus braços.

 

 

 – Eu te ajudo! Vai ser ruim subir a escadaria com esse peso todo!

 

 

A sacola com os itens que havia mencionado, foi apanhada prontamente por Heimdall, que nos seguiu até o quarto, assim como as três irmãs também fizeram.

 

 

 – Ficou bom demais!

 

 

Jhon depois de colocarmos a cama no seu devido lugar, apoiou as mãos na cintura, orgulhoso do seu feito.

 

 

 – Vamos ver o que o Karl acha!

 

 

Stephanie se aproximou da cama, estendendo as mãos sobre o cercado, deitando o bebê que estava muito sonolento, cobrindo-o com a pequena coberta azul que Jhon havia trazido.

 

 

 – Aí que lindo! Não vejo a hora de ser a gente!

 

 

Elisabeth se pendurou nos braços de Finn, que prontamente beijou a testa da mulher amada.

 

 

 – Será que ele gostou? Acho que gostou!

 

 

Jhon cochichava para Stephanie apontando para o bebê, que se agarrou a coberta e rapidamente adormeceu.

 

 

 – Eu acho que sim Jhon! Muito obrigada por tudo!

 

 

Stephanie abraçou o rapaz que retribuiu com um sorriso bobo de orelha a orelha.

 

Recostei-me no móvel encostado na parede próximo a porta do quarto, e cruzei os braços deixando um sorriso tão bobo quanto o de Jhon, brotar no meu rosto, encantada pela família linda que estávamos formando. Fiquei completamente feliz por Karl ser bem recebido por todos, incluindo pelo rapaz de cabelos encaracolados, que aparentemente era uma boa pessoa e seria presente nas nossas vidas.

 

 

 – No que está pensando?

 

 

Stephanie recostou seu corpo no meu, enlaçando meu pescoço com seus braços, ficando a centímetros de distância do meu rosto, o qual inclinei para poder olhar nos seus olhos.

 

 

 – É que ainda não caiu a ficha!

 

 

Ela sorriu e balançou a cabeça em concordância.

 

 

 – Eu sei! Também não consigo acreditar que você está aqui! Achei que tinha te perdido!

 

 

Envolvi sua cintura com as minhas mãos, trazendo-a para mais perto.

 

 

 – Teria morrido feliz por você!

 

 

 – Eu sei disso! Mas não eu não quero ficar sem você nunca mais!

 

 

 – Não vai!

 

 

 – Ok! Viva por mim agora! 

 

 

Depositei um beijo na ponta do seu nariz, sorrindo encantada com sua beleza. Enquanto o restante começou a se afastar e se dirigir para a porta de saída, motivados pelo comentário de Heimdall.

 

 

 – Acho que está na hora de irmos embora. Tem alguém querendo ficar a sós com a minha irmã!

 

 

 – Fica quieto Heimdall!

 

 

Stephanie se afastou de mim enquanto o restante saía pela porta gargalhando, deixando Jhon para trás.

 

 

 – Aí Deus me esperem! Boa noite meninas! Feliz por esse dia incrível!

 

 

Jhon deu um beijo no topo da cabeça de Stephenie, se dirigindo até mim com a mão estendida, a qual apanhei prontamente, me afastando do móvel, encarando o rapaz nos olhos.

 

 

 – Foi um prazer te conhecer Gunnar! Fico muito feliz por todos e excepcionalmente pela Steph por termos te encontrado com vida.

 

 

 – O prazer é meu!

 

 

Eu não tinha educação suficiente para dizer nada melhor que aquilo, porém, me esforcei pra parecer sincera e coloquei o melhor sorriso que consegui no rosto.

O garoto apertou minha mão e depois seguiu para fora do quarto, a qual Stephenie trancou assim que ele saiu.

 

Seus olhos imediatamente encontraram os meus, ao se encostar de costas na porta fechada me encarando, enquanto andei pelo quarto também a encarando, até chegar na cama e me sentar sobre ela, ainda mantendo o contato visual.

 

 

 – Vêm cá!

 

 

As palavras saíram da minha boca sem que eu pensasse antes de proferi-las. Queria abraçá-la, beijá-la, sentir o seu cheiro e o calor da sua pele. Eu tinha muitos sentimentos reprimidos e precisava saciá-los.

 

Stephanie andou na minha direção, se ajoelhando na cama com uma perna de cada lado do meu corpo, se sentando no meu colo logo em seguida, com os olhos fixos nos meus, carregados de sentimentos.

 

Deslizei minhas mãos pelas suas coxas sobre a roupa, repousando na sua cintura, enquanto meu pescoço foi rodeado pelos seus braços e suas mãos se emaranhavam pelos meus cabelos.

Stephanie lentamente depositou seus lábios sobre os meus, num beijo terno e carinhoso, estreitando o espaço entre nós.

 

 

 – Senti sua falta!

 

 

Aquilo era a mais pura verdade, eu tinha sentido a sua falta mais do que qualquer outra coisa do mundo. Seus olhos se fixaram nos meus enquanto um sorriso tímido surgiu no seu rosto, antecipando as perguntas que eu tentava evitar.

 

 

 – Onde você esteve todo esse tempo? Na colônia?

 

 

Concordei com um gesto, enquanto minhas mãos passeavam por suas costas, tentando não entrar naquele assunto.

 

 

 – O que aconteceu com você?

 

 

 – Quer mesmo falar sobre isso agora?

 

 

 – Estou curiosa! Quero saber o que aconteceu com você!

 

 

 – Eu estou bem, minha querida! Não quero ficar voltando para aquelas lembranças.

 

 

 – Tudo bem! Mas e a colônia? O que aconteceu com os moradores de lá?

 

 

 – O que achávamos que aconteceria! A maioria dos homens está morto. Mas agora o Enok é o Lord do nosso povo. Irá garantir que os sobreviventes tenham uma vida melhor.

 

 

 – Confia no Enok?

 

 

 – Ele foi crucial na minha partida!

 

 

 – O que aconteceu com o seu pai?

 

 

 – Eu o matei!

 

 

Seus olhos se estreitaram, ela já desconfiava daquela possibilidade, mas queria ter certeza.

 

 

 – Ninguém vai vir atrás da gente?

 

 

 – Não! Isso não vai acontecer.

 

 

Depositei um beijo suave sobre os seus lábios, porém ela estava cheia de dúvidas e não descansaria enquanto não tivesse respostas.

 

 

 – E onde a Alisson entra nessa história?

 

 

 – Ela perdeu o marido e logo depois o bebê no parto! Eu precisava de alguém para amamentar o Karl no caminho para cá. Ele não sobreviveria de outra forma. 

 

 

 – Você a sequestrou?

 

 

 – Não! Ela quem se ofereceu para vir junto! Queria proteger o filho e estava acostumada com o Karl, era ela quem cuidava dele desde o nascimento!

 

 

 – E quem é a mãe dele? Nora? Por que sua mãe é velha demais pra ter filhos.

 

 

Engoli seco, minha mãe era mais velha que Astrid, que também não tinha mais idade para ter filhos, no entanto, isso não evitou que o Karl fosse gerado.

 

 

 – Não! Não é da minha mãe e nem da Nora! Ela está morta e eu não sei como contar isso ao Heimdall!

 

 

 – Morta? O que aconteceu?

 

 

 – Meu pai aconteceu!

 

 

 – Não acredito nisso! O Heimdall vai ficar arrasado quando souber!

 

 

Eu sabia disso, ele se sentiria péssimo se soubesse que a mãe morreu porque acreditava que ele estivesse morto. Assim como Stephanie sofreria muito se soubesse tudo que aconteceu com a sua mãe, que era a verdadeira mãe de Karl, seu irmão e agora filho.

 

 

 – Eu quero aproveitar esse momento! Quero aproveitar que estou com você. Quero aproveitar o meu irmão, pra só depois falar sobre o que aconteceu. Não quero estragar esse reencontro com coisas ruins.

 

 

 – Você tem razão! Vamos deixar esse assunto para depois! Mas só me responde mais uma coisa…

 

 

Seus olhos se estreitaram enquanto com um sorriso debochado me fez a pergunta mais inesperada de todas.

 

 

 – Você transou com a Alisson?

 

 

 – O quê?

 

 

Me afastei o suficiente pra encarar o seu rosto.

 

 

 – Sim ou não?

 

 

 – Porque acha isso?

 

 

 – Você transou!

 

 

Stephanie tentou se afastar dos meus braços mas a impedi.

 

 

 – Não! Eu não transei com ela e nem com ninguém! Porque acha isso?

 

 

 – Ficou tempo demais sozinha!

 

 

 – Eu te garanto que onde eu estive não havia pessoas pra se envolver!

 

 

 – Mas tinha a Alisson!

 

 

 – Eu não me envolvi com ela! 

 

 

Suas feições amenizaram e ela deixou ser abraçada novamente pelas minhas mãos.

 

 

 – Jura pra mim? Eu não quero que minta!

 

 

 – Eu não estou mentindo!

 

 

 – Acho bom mesmo!

 

 

Suas mãos afastaram meu rosto do seu, puxando-me pelos cabelos para trás, de forma repentina e ríspida, enquanto sua boca procurava o meu pescoço, lambendo e mordiscando.

Girei o corpo na cama, deitando-a de costas, enquanto me posicionava entre suas pernas, tomando a sua posição, me colocando a beijar e morder toda a extensão do seu pescoço e orelha.

 

 

 – E você?

 

 

Eu não aguentaria, não queria surpresas, ela achava que eu estava morta assim como Heimdall e os outros, ficamos quase um ano separadas, dei carta branca para que seguisse sua vida, mas queria saber com quem ela tinha se envolvido durante aquele tempo.

 

 

 – Acha que alguém que foge de um lugar perfeito desses e vai atrás da pessoa que ama, correndo o risco de sofrer ou coisa pior, do outro lado do oceano, pensou em trans*r com outra pessoa que não fosse você?

 

 

 – Eu estava teoricamente morta!

 

 

 – E eu nunca aceitei isso! Eu não queria ninguém além de você! Eu viveria o resto da minha vida te esperando se fosse preciso!

 

 

Não esperei que falasse mais nada, eu não precisava ter aquela conversa naquele momento e nem em outro qualquer, o que importava mesmo era que estávamos juntas novamente como sonhei por tanto tempo. Eu viveria cada momento ao seu lado como se fosse o último, não desperdiçaria um minuto sequer.

 

 

 

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Boa noite meninas! 

Penúltimo capítulo para vocês, espero que estejam prontas pra se despedir.

 

Beijos


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Comentários para 30 - Capitulo 30:
Isis SM
Isis SM

Em: 29/04/2024

Jamais irei estar pronta para me despedir delas, historia maravilhosa parabens!!!

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DixonDani
DixonDani

Em: 12/04/2024

Pronta pro final não to não hahaha mas bora lá! Linda sua história. 


Resposta do autor:

Oi, já disponível o final ;)

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DixonDani
DixonDani

Em: 11/04/2024

Pronta pro final não to não hahaha mas bora lá! Linda sua história. 

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Socorro
Socorro

Em: 11/04/2024

Tô pronta naoooooooo aff

 


Resposta do autor:

Triste :(

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 11/04/2024

Que alívio elas estão juntas.

A família está completa.

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Mmila
Mmila

Em: 11/04/2024

Tô pronta não.

Tá boa demais a história.

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DixonDani
DixonDani

Em: 10/04/2024

Pronta pro final não to não hahaha mas bora lá! Linda sua história. 

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