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MEU PRIMEIRO AMOR por Raquel Santiago

Ver comentários: 3

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Palavras: 4938
Acessos: 2137   |  Postado em: 04/04/2024

Capitulo 33

 

LÍVIA DUARTE

Não tinha palavras para descrever o estado de felicidade em que me encontrava. Nunca tinha sentido nada parecido, era como se meu coração fosse explodir a qualquer momento. Nem os meus melhores sonhos chegaram próximos do que foi ter Kimi em meus braços. Era tão chocante o quanto ela me tinha inteira aos seus pés. Fico pensando se sempre foi assim ou se eu estava tão cega que não conseguia perceber o quanto era apaixonada por ela. Deus me ajude, mas tinha certeza que ela era o meu fim. Tudo que conseguia pensar era porque as horas não passavam mais rápido para que eu pudesse vê-la novamente. Isso era normal? Me sentir tão viva perto dela? Não sabia explicar o que estava sentido, só tinha certeza que nunca mais deixaria que ela saísse da minha vida outra vez.

- Lívia, já posso levar este capítulo para a revisão? - Martha falou chamando minha atenção. Estava olhando para a tela do computador durante as últimas duas horas sem se quer ter escrito uma só linha. Hoje dei uma passada na editora para deixar alguns rascunhos para serem corrigidos.

- Sim, e estes aqui também. - Entreguei um arquivo para minha amiga. 

- Pode deixar, vou já levar para você. Mas antes, me fala. Qual o motivo do seu bom humor?

- Porque está dizendo isso?

- Desde que chegou, você está com um sorriso de orelha a orelha. 

- Parece que finalmente as coisas começaram a se encaixar na minha vida. - Era estranho falar com Martha sobre meus  sentimentos, ela era minha amiga, mas a nossa relação era mais sobre trabalho e saídas esporádicas. 

- Isso tem haver com aquela mulher da balada? Qual era mesmo o nome... Ah! Era Yana?

- Deixe de ser tão fofoqueira, quem te contou isso?

- As pessoas comentam amiga, todo mundo aqui da empresa já está ligado a tempos nessa sua amizade colorida. Mesmo que você tente esconder, dá pra sentir a química de vocês. E não é de agora não em. 

- Meu Deus, vocês não tem mais o que fazer não? - Perguntei incrédula e Martha riu.

- Ah amiga, não seja má. Você acha mesmo que ninguém notava a presença da herdeira das empresas Charles passeando por aqui o tempo todo? E ela só tinha olhos para você, várias meninas tentaram chammar a atenção dela, mas nunca conseguiram. 

Era estranho ver o ponto de vista das pessoas, é como se eu fosse a única que não percebia os olhares de Kimi para mim. Mas devo confessar que saber dessa informação me deixava envaidecida. Ser o centro dos olhares de Kimi me deixava nas nuvens. 

***

O resto da tarde passou se arrastando. Treinei na academia, como de costume e fui para casa me arrumar para o encontro que teria com Kimi. Minha mãe não estava em casa, mas já era rotina agora que ela estava noiva, vivia na casa de Carlos. Até que eu estava acostumada a passar a maior parte do tempo sozinha. Tinha aprendido a valorizar a minha companhia. 

Kimi me mandou mensagem avisando que passaria para me buscar as 20hs. Ela comentou sobre uma amiga que queria me apresentar e que tinha várias novidades para me contar. Fiquei feliz em receber suas mensagens com informações íntimas, depois de passar tanto tempo sem receber notícias suas. Sabia que estava começando a acessar o seu coração novamente e me sentia sortuda por ter essa nova chance. 

Tomei um longo banho. Coloquei um vestido curto e com tecido fino. Queria me sentir sensual, queria deixar Kimi alerta e ciente da minha presença. Apesar das nossas declarações de hoje mais cedo, sabia que ainda tinha um longo caminho a percorrer. Eu queria lhe seduzir e acabar de uma vez por todas com essa história de amizade colorida. Porque pra mim, Kimi era sim minha mellhor amiga, mas também era a mulher com quem eu queria dividir cada parte de mim, inclusive meus desejos mais secretos. Fiz uma maquiagem focada na minha boca e olhos, estilo tailandesa e prendi meu cabelos em um coque elegante. Usei acessórios dourados e coloquei um lindo salto, nada que me impedisse de dançar. Me perfumei e organizei a minha bolsa, era um pouco metódica, e depois de mudar meu estilo de vida, me tornei bem mais organizada. 

- Você está linda! - Kimi falou assim que entrei em seu carro.

- Obrigada, você também está linda. - Me inclinei em sua direção e lhe dei um selinho. Era engraçado que depois de tudo que fizemos na noite passada eu ainda me sentia tímida com seus elogios. - Senti sua falta. - Acariciei seu rosto e beijei a sua bochecha. Kimi sorriu lindamente. 

- É tão bom estar assim com você. - Kimi me puxou para um abraço. - Não consigo tirar minha mãos de você. - Ela revelou. 

- Por mim, tudo bem. - Pisquei para ela e segurei sua mão. 

***

Enquanto Kimi dirigia, pude observar cada detalhe do seu novo carro, pelo menos era novo pra mim. Me sentia em uma espaço nave, nunca tinha estado em um carro tão luxuoso antes. Os acentos eram de cor azul marinho, os painéis de controle eram muitos, mal sabia o que cada um fazia. Tinha muito espaço e era super confortável. É óbvio que eu sabia que Kimi tinha uma excelente condição financeira, mas ela nunca foi uma garota esnobe. Sempre se mostrou muito humilde, o que fazia com que eu esquecesse que ela era rica as vezes

- Gostou do carro? - Kimi perguntou. Fiquei vermelha ao perceber que ela percebeu meu olhar em seu veículo. 

- É muito bonito. 

- Sim, estou meio que viciada em carros. Ano passado acrescentei mais dois a minha garagem. Tenho uma moto também, qualquer dia posso te levar para um passeio. - Ela falava de uma maneira tão descontraída. Era engraçado que para ela falar de seus carros luxuosos fosse algo tão natural. Tinha até uma certa inocência. Enquanto eu estava deslumbrada, porque sabia que nem em 10 anos de trabalho conseguiria comprar uma máquina daquelas. 

- Não sou nenhuma especialista, mas você tem um gosto ótimo para carros. Este é perfeito. 

- Obrigada, vi que você comprou um carro. Eu amei, ele é um clássico. 

- Se com clássico você quer dizer um senhor idoso, sim ele é mesmo. - Sorri.

- Quê! Eu amo os clássicos. Seu Fiat Uno Mille é um charme. - O Pior é que ela estava realmente falando sério. Não pude deixar de sorrir. 

Quando chegamos no bar, entramos pela área vip. Cris já estava lá e nos recebeu com muita bebida e comentários provocadores.  

- Vocês estão com uma aura diferente. - Ela disse. - Não sei, talvez uma aura de quem transou a noite inteira. - Quase me engasgo com meu drink. Fiquei vermelha igual pimentão.

- Não seja indelicada Cris. - Kimi a repreendeu. 

- Ah, tinha esquecido que Lívia é só um neném. - Ela olhou pra mim e sorriu eu correspondi seu sorriso, mas a verdade é que estava morrendo de vergonha.

- Não ligue para a Cris, ela gosta de implicar. - kimi que estava sentada ao meu lado me acalmou. 

- Está tudo  bem, ela não está errada. - Agora foi Kimi que me olhou surpresa. 

- Ta vendo, a Lívia sabe o que é bom. Não precisa ser tão protetora. - Kimi apenas revirou os olhos para Cris. Deu para perceber  que Cris já estava um pouco bêbada, o que não tinha nada de novo. Eu não a conhecia há tanto tempo quanto Kimi, mas podia jurar que alguma coisa a estava incomodando. Cris avisou que iria ao banheiro e nos deixou sozinhas

- Não ligue pra ela, Cris é assim mesmo. - Kimi falou.

- Não se preocupe. Eu gosto da Cris, ela é uma boa amiga. 

- Falando nisso, você não me contou como vocês ficaram tão próximas. - Kimi tentou disfarçar, mas dava para perceber o interesse em sua voz. 

- Não foi nada demais, reencontrei Cris em algumas festas e ela foi muito simpática. O nosso meio social envolve muitas pessoas em comum, então sempre estávamos nos encontrando por aí. E ela era a única pessoa que sabia sobre a gente, então podia ser eu mesma com ela. 

- O que ela te contou exatamente?

- Só algumas coisas.

- Tipo? 

- Se você que saber sobre o fato de vocês terem ficado, é eu sei. - Kimi pareceu chocada. É verdade que no primeiro momento fiquei puta em saber dessa informação, mas Kimi, na época, era solteira. Ela poderia ficar com quem quisesse.

- É parece que a Cris é uma boca de sacola. 

- Está tudo bem, não tenho porque sentir ciúmes. Você tinha todo o direito de ficar com quem quisesse. 

- Foi algo de momento, logo Cris se tornou apenas a minha amiga. Você não deve se preocupar. - Ela fez questão de me tranquilizar.

- Eu sei que não. - Kimi acariciou meu rosto e beijou meus lábios. Isso foi o suficiente para que eu esquecesse de tudo ao redor. 

- Oh, que fofas. Me sinto uma vela, mas uma vela muito feliz. - Cris anuciou que estava de volta. Eu sorri para ela, era um absurdo que Cris conseguisse cativar cada pessoa ao seu redor. O que fazia com que fosse impossível eu ter algum rancor dela. 

- Venha aqui, você não é nenhuma vela. - Lhe chamei e ela sentou do meu lado.

- Agora entendo o porque da Yana ser tão arriada por você. Olha como você é fofa. - Cris beijou a minha bochecha. Dava para ver que ela queria implicar com Kimi.

- Ai, vá procurar uma mulher para você. - Kimi empurrou a cabeça de Cris para longe do meu rosto e me abraçou. 

- Você é tão má! - Cris revirou seus olhos e tomou um pouco da sua bebida. - Como posso me divertir se você não deixa? - Ela provocou. 

- Sua diversão acaba de chegar, minha amiga acabou de me mandar mensagem. - Kimi anunciou. - Vocês vão amar a Karen. Vou buscá-la e já volto. - Antes de ir Kimi se virou e avisou.

- E Cris, se comporte. 

- Vou tentar. - Cris me lançou um olhar travesso. 

- Já volto princesa. - Kimi me beijou e saiu. 

- Não sei o que você fez, mas continue fazendo. É ótimo ver a Yana feliz depois de tanto tempo, assim como você, é claro. - Cris disse. 

- Apenas fui sincera com relação aos meus sentimentos. Cansei de ter medo, tudo o que quero agora é mostrar pra ela o quanto estou disposta a tentar.

- Sei que você vai conseguir. E Lívia, estou orgulhosa de você. Não é fácil fazer o que você fez, lembro de como estava mal naquela noite em que te ajudei em sua crise de pânico. Você não se conformou com aquilo, mesmo no momento mais difícil da sua vida, soube dar a volta por cima. Queria eu ter toda essa resiliência. 

- Obrigada Cris, você se tornou uma amiga muito querida pra mim. E sabe de uma coisa? Você é a pessoa mais divertida que conheço. Sei que posso contar com você. 

- As vezes, posso parecer feliz o tempo todo, mas me pergunto se isso não é só uma forma de esconder meus verdadeiros sentimentos. - Ela estava claramente incomodada com alguma coisa. 

- O que está lhe deixando mal Cris? Já percebi que não está bem. 

- É uma mulher do meu passado, que infelizmente não posso tirar da minha vida. E tem dias que me odeio por não conseguir esquecê-la. 

A revelação de Cris me deixou surpresa, ela não parecia o tipo de pessoa que se apegava.

- O que aconteceu com vocês?

- Não consigo entender até hoje. Porque no início foi tudo tão perfeito, nós combinavamos muito. Eu amava ficar perto dela. Só que quando as coisas ficaram intensas, ela pulou fora. Depois apareceu com outra pessoa e deixou bem claro que o que tivemos foi só uma aventura. Eu a odiei, ou pelo menos tentei. Ela partiu meu coração, e o pior é saber que vou ser obrigada a lhe encarar sempre que minha mãe decidir fazer reunião a família.

Me senti triste por Cris, ela merecia o melhor e mesmo assim teve seu coração partido. Não entendi muito bem sobre ela ser obrigada a ver essa mulher nas reuniões de família. Mas não tive tempo de esclarecer, pois Kimi tinha voltado com sua amiga.

- Nossa gente, esse bar tá lotado. - Atrás de Kimi estava uma mulher, que devia ser a sua amiga do mestrado. Ela era baixa e magra. Seus cabelos pretos formavam cachos pequenos. Seu olhos azuis lhe davam um olhar profundo e apesar da estatura ela tinha uma presença bem forte. - Essa é a famosa Karen, estava louca para que vocês se conhecessem. Ela que me aturou esses dois anos. - Karen, está é...

- Cristiny? - Karen falou surpresa. Aparentemente elas já se conheciam.

- Ana. - Cris lhe encarou. Pude jurar que a pele de Cris, que já era clara, estava igual a um papel. Como se estivesse vendo um fantasma. Entendi na hora o que estava acontecendo. Ana/Karen, era a mullher sobre a qual Cris tinha acabado de me confidenciar.

- Ana? - Kimi falou com dúvidas. - Você é a Ana? - Agora Kimi estava chocada e eu também. 

- Sim, Ana Karen. E aparentemente a Cris que você tanto falava é a Cristiny, filha da esposa do meu pai. - Karen disse sem transparecer qualquer surpresa. 

- Quanto tempo Ana. - Cris falou. - Pensei que só chegaria amanhã.

- Sua mãe quis adiantar a viagem, ela está ansiosa para te ver. - Karen não parecia afetada com a presença de Cris. Diferente da minha amiga. 

O clima estava meio pesado. 

- Oi Karen, me chamo Lívia. - Lhe cumprimentei com um beijo no rosto. 

- A famosa Lívia. - Ela olhou para Kimi. 

- Sim, esta é a Lívia. - Kimi se colocou ao meu lado e segurou em minha cintura. - Tenho muitas novidades para te contar. 

- Estou vendo, você não perdeu tempo em. Quero saber de todos os detalhes. - Ela disse divertida. - Mas antes preciso de uma bebida. - Karen foi até o bar. Desviei meu olhar para Cris. Dava para notar o seu desconforto. 

- Cris não parece muito bem. - Falei no ouvido de Kimi. 

- Elas têm um passado meio conturbado... Depois vou te contar tudo. Mas agora só quero arrumar uma forma de deixar a Cris melhor. 

- Cris me contou um pouco, deve tá sendo bem chato toda essa situação. 

- Eu sei que vocês estão falando de mim. - Cris chamou nossa atenção. - Relaxa gente, eu estou bem. Sabia que em algum momento esse encontro teria que acontecer. E adivinha? Estou me sentindo ótima. - Ela falava indiferente. 

- Desculpa Cris, eu não sabia. - Kimi estava se sentindo mal.

- Tudo bem Yana, como você poderia saber. E quer saber, não estou nem um pouco afetada, o passado deve ficar no passado. Vamos nos divertir. - Cris levantou e seguiu para a pista de dança. 

- Ela não está bem né. - Comentei com Kimi.

- Nem um pouco. - Kimi confirmou. - Estou me sentindo culpada. 

- Não se sinta assim, não é sua culpa. Vá falar com a Cris e deixa que eu fico conversando com a Ana/Karen. 

- Sinto muito, era pra gente ficar juntas hoje. 

- A noite não acabou, mas tarde você será toda minha. - Lhe puxei para um beijo e lhe incentivei a ir falar com Cris. Mesmo com toda essa situação, eu só conseguia pensar em como Kimi ficava atraente em sua jaqueta preta e calça jeans. 

- Como quer que eu vá se me beija desse jeito? - Ela fez charme. 

Lhe dei um tapinha no bumbum e ela seguiu o mesmo caminho que Cris tinha feito. Aquela mulher me deixava louca. 

- Cadê as meninas? - Ana/Karen que acabara de voltar para a mesa, perguntou.

- Elas estão dançando. Como foi a sua viagem? - Tentei puxar assunto.

- Foi tranquila. Mas vamos deixar de formalidades, eu não mordo. Estou louca para saber como você e Yana se acertaram? - Ela era direta.

- Pelo visto você sabe de toda a história. - Comentei.

- Não é que a Yana seja de ficar falando da vida dela. Mas querendo ou não a gente já se conhece a dois anos e as vezes ela deixava escapar algumas coisas.

- Ela falava muito sobre mim? - Fiquei curiosa. Era minha chance de saber um pouco mais sobre esses anos em que Kimi esteve fora. 

- Falava mais quando bebia. Ela tentava se fingir de durona e inacessível, mas ela nunca me enganou.

- O que ela dizia quando estava bêbada?

- Era mais ou menos assim: Karen, eu  não quero dormir. Quero liga para a Lívia. Preciso saber como ela está. - Conseguia imaginar perfeitamente a Kimi falando aquilo. - Karen, você sabia que a Lili tem o sorriso mais fofo desse mundo? - Pelo visto Ana/Karen era o tipo de amiga que falava tudo e eu estava amando. - Então menina, pode se dizer que eu sei exatamente o quanto você é a mulher mais perfeita desse mundo. - Ela brincou e eu ri. 

- E quando Kimi estava sóbria, o que ela dizia?

- A Yana mudava da água para o vinho. Se enfiav* naquela empresa e não saía até estar super cansada. Voltava para casa e fazia tudo de novo no dia seguinte. Quando não estava trabalhando estava estudando. - Me senti mal em ouvir aquilo.

- Ela estava triste? - Perguntei

- Nossa, a pista de dança está muito quente. - Kimi sentou ao meu lado e Cris sentou ao lado de Ana/Karen. Elas serviram seus copos com mais bebida. Cris parecia um pouco melhor.

- Já está me difamando, Karen? - Kimi perguntou em seu tom bricalhão.

- Como você pode pensar tão mal de mim? - Ana/Karen se fez de ofendida.

- Só estavamos nos conhecendo um pouco melhor. - Falei tranquilamente, mesmo que estivesse me sentindo péssima por imaginar o quanto tinha feito Kimi sofrer. 

- Você quer dançar um pouco? - Kimi perguntou para mim. 

- É claro. - Peguei na sua mão e lhe conduzi até a pista de dança. Percebi que Cris e Karen vinheram logo atrás da gente. 

- Você que conhece as duas, acha que tem possibilidade delas se entenderem? - Perguntei enquanto me mexia no ritmo da música lenta. 

- Não sei, mas oportunidade é o que não vai faltar. 

- Como assim?

- Queria mesmo te pedir uma coisa. A Cris nos convidou para passar o fim de semana com a família dela. Você está livre esse final de semana? - Kimi estava com a boca próxima a minha orelha. 

- Estou livre, vai ser bom para a Cris ter amigas por perto. Pelo que percebi, a Karen não se importa muito com o que aconteceu entre elas. 

- Ela se importa. - Kimi falou com muita certeza. Olhei para Karen e Cris que estavam um pouco afastadas da gente. Elas não dançavam juntas, nem ao menos se olhavam.

- Eu não consegui perceber nada. - Falei confusa.

- Isso é porque Karen é especialista em esconder os seus sentimentos. 

- Vocês já conversaram sobre o que ela sente pela Cris?

- Não, ela não gosta de falar sobre isso. Mas a conheço e posso garantir que ela está tão desconfortável quanto a Cris, mas ela prefere fingir que não se importa. 

- A Cris não é muito diferente.

- Sim, elas são muito parecidas. Por isso, achei que seriam o casal perfeito. Mas pelo visto, sou um péssimo cupido. 

- Talvez elas só precisem de uma ajudinha. Tenho uma ideia. 

- O quê?

- E se nós duas déssemos um empurrãozinho para elas se resolverem? - Falei animada. Adorava fofocar com Kimi. 

-  Pode funcionar. 

- Seria perfeito se elas se apaixonasse de novo. 

- Seria sim, mas sabe o que é mais perfeito?

- O quê?

- Você com esse vestido. - Kimi me puxou para mais perto. Ela conseguiu me desestruturar com poucas palavras. 

- Você gostou? 

- Eu amei. Mesmo que eu esteja louca para tirá-lo.

- Podemos resolver isso. - Lhe provoquei. Coloquei minha mão em sua nuca e lhe puxei para que seu rosto ficasse bem perto do meu. - Vamos embora. 

Kimi não me questionou, apenas segurou minha mão e me guiou até a saída.

No caminho enviei uma mensagem para Cris avisando que já tínhamos ido embora. Mas que iríamos passar o final de semana com ela.

Não demorou para que chegássemos à minha casa. Abri a porta com pressa e puxei Kimi até o meu quarto. Pelo silêncio, era provável que minha mãe não estivesse em casa. Estava tudo escuro, mas conseguia lhe sentir.

- Faz tanto tempo desde a última vez que eu estive aqui. - Kimi falou. 

- Nada mudou. Deixei tudo como antes. - Confessei enquanto deitava na cama e trazia Kimi comigo. 

- É surreal estar aqui novamente. De verdade, achei que nunca mais estaríamos juntas.

- Sinto muito por tudo que causei a você. - Falei lembrando das palavras de Karen.

- Está tudo bem. - Ela me puxou para o seu colo.

- Eu sei o que fiz, não quero romantizar a maneira como te tratei. Porque fui tóxica, tenho ciência disso. Não sei quais traumas lhe causei, mas prometo que vou dar o meu melhor para me redimir. 

- Não quero que se culpe mais. Se fui embora ou se estou aqui agora, foram tudo escolhas minhas. Por favor, pare de pensar tanto. - Kimi segurou em meu queixo para que eu olhasse em seus olhos. - Te conheço muito bem para saber que passar muito tempo remoendo esses pensamentos.

- As vezes é difícil não pensar. - Confessei. Sabia que ainda era algo que estava tratando em mim. Pensar demais sempre foi o meu erro.

- Eu sei, porque faço isso também. Mas quero focar no agora, quero me permitir viver tudo que sempre quis com você, meu  amor. - Era um sonho ver Kimi tão disposta a estar comigo. 

- É tudo que mais quero. - Lhe beijei. 

- Posso te perguntar uma coisa? - Ela disse.

- Pode.

- O que somos? - Sabia que aquela pergunta era muita mais profunda do que parecia. Para quem foi melhor amiga durante muito tempo, Kimi queria saber como eu a enxergava agora. 

- Se você estiver de acordo, quero que seja minha namorada. - Falei com toda certeza que tinha em meu coração. - Sei que pode estar insegura, e que tudo parece muito rápido, mas pra mim, você é exclusiva e já te vejo como a minha mulher. - Kimi me mostrou um lindo sorriso.

- Pra mim, nada está sendo rápido. Como não querer algo que esperei por tanto tempo? É claro que quero ser a sua namorada, sua mulher e tudo mais que você quiser. - Ela me deitou na cama e me encheu de beijos por todo o rosto. - Estou tão feliz. 

- Eu também estou, namorada. - Ela continuou a sorrir e tenho certeza que eu também estava sorrindo como uma boba. Esse era o seu efeito sobre mim.

- Fala de novo. 

- Namorada.

- De novo. 

- Minha linda namorada, a mulher da minha vida. 

- Te amo. - Ela disse. 

- Eu te amo mais. 

- Não, eu que te amo mais. - Ela depositou beijos em meu pescoço. Nós já sabíamos onde aquelas carícias iriam nos levar.

- Então me mostra o quando você me ama.

YANA KIMI

Acordei com a luz do sol batendo em meu rosto, aos poucos fui me acostumando com a claridade. Lívia estava agarrada em mim, mesmo assim, puxei ela mais para perto. Era como se tê-la assim não fosse o suficiente, eu queria muito mais. Olhei ao redor e vi que realmente nada tinha mudado. O que era novo, pois Lívia amava fazer mudanças em seu quarto. A rosa que desenhei, ainda estava ali, sua mesa de estudos, seu guarda-roupa, seu espelho, tudo estava igual. Era como se aquele lugar estivesse parado no tempo, o que me dava uma sensação de nostalgia. 

- Porque você gosta tanto de acordar cedo? - Lívia falou baixinho, anunciando que tinha acordado.

- Desculpa ter lhe acordado, amor. - Ela ficava linda com a cara de sono.

- Não desculpo, venha. Vamos continuar dormindo. - Ela me puxou e me aconcheguei em seu corpo enquanto ela fazia cafuné na minha cabeça.

- Porque você não mudou nada no seu quarto? - Perguntei.

- Shhh, só volte a dormir.

- Não consigo.

- Não mudei nada, porque aqui dentro me sinto em casa. - Ela disse.

- Mas essa é a sua casa. - Fiquei confusa. Lívia abriu os olhos e me encarou.

- Estou falando dessa casa. - Então ela tocou em cima do meu coração. - Passamos  muito tempo aqui, e você quem fez a última mudança comigo. Gosto de pensar que tudo nesse quarto tem a sua mão. Era uma forma de me sentir próxima a você, mesmo quando estava longe. 

Lívia me surpreendia cada vez mais. Ela estava sendo sincera quanto a tudo que sentia e me deixava saber o que estava pensando. 

- Gosto de saber que esteve pensando em mim, mesmo quando eu estava longe. 

- Como poderia não pensar? No momento em que você foi embora eu me dei conta que tinha feito a maior burrada da minha vida. Mas sabia que eu não estava bem para estar em uma relação, se você ficasse eu só iria te machucar com as minhas inseguranças. Não podia deixar que a minha vontade de te ter por perto fosse maior que a minha vontade de te proteger. 

- Pensei  que só queria a minha amizade, achei que nunca me veria de outra forma. - Falei surpresa.

- Descobri que esse sentimento sempre esteve em mim, eu só não percebia que as coisas que eu sentia por você eram tão diferentes do que eu sentia pelas outras pessoas. Mesmo quando eu namorava outras pessoas, a pessoa que eu queria por perto era você. Não fiz questão de dar satisfação aos meus ficantes, mas para você era automático. Quando eu me sentia triste ou feliz, era você que eu procurava. Quando meu pai apareceu, quis contar primeiro para você. Só me sinto seguro em vê-lo porque você foi comigo. Tudo que eu queria fazer e compartilhar com você. Hoje fico pensando que nunca fui assim como minhas outras amizades. Nunca fui assim com ninguém na minha vida, nem mesmo a minha mãe. Sem falar nos ciúmes, fico lembrando das minhas crises de ciúmes, o que era aquilo se não uma clara demonstração de interesse? Mas tentei me convencer de que era porque você era minha melhor amiga. 

- Então eu não estava errado quando senti que você estava me correspondendo?

- Nunca estive, eu sei que o meu corpo falava muito mais do que a minha mente, eu só não conseguia entender. Depois que você se casou pra mim, tudo piorou. Eu vi a possibilidade real de você ter uma outra mulher em sua vida e me sentir ameaçada. Não queria que ninguém tomasse o meu lugar, mesmo não sabendo ainda que lugar era aquele. Devo admitir que você foi super paciente comigo. E também entendo que em certo momento ficou insustentável para você continuar tentando sozinho. Eu era uma bagunça completa, você só estava se protegendo. E com certeza, foi muito mais estimulante do que eu. 

- Não fale assim, nesses dois anos eu só sabia mais o que tinha acontecido. Mas você concorda com o que não gosta e ajuda. Não percebe que são poucos os que têm essa coragem? Não importa se eu não voltar, você procura ajuda por você mesmo. 

-Que bom que você voltou . - Lili me abraçou. 

Era tão esclarecedor quando tínhamos essas conversas. Podia entender os sentimentos de Lívia e ao pouco me sentir mais seguro em relação aos seus sentimentos. Assim como ela estava abrindo as portas da sua vida para mim, eu também queria o mesmo. Queria que você contasse tudo.

- Meu pai quer que eu seja presidente da empresa. Ele vai se aposentar.

- E você quer isso?

- Na verdade, eu não pensei muito sobre isso. Nunca consegui que acontecesse, ainda mais em tão pouco tempo. Mas também não quero deixar a empresa nas mãos dos meus tios. 

- O que você escolher, estarei aqui para te apoiar.

- Sei que sim. Só queria saber que esse tipo de trabalho exige muito do meu tempo. Se agora já trabalho muito, depois de me tornar presidente, vou trabalhar o dobro.

- Vamos dar um jeito.

- Como você pode ser tão perfeito? - Lhe beijei.

- Só quero que você seja feliz.

- Quer mesmo?

-Sim .​

- Então levanta e vamos sair para tomar café da manhã .

- Ai, como você me tortura. Mas como quero fazer a minha namorada feliz vou tomar um banho e já estou pronto.

Lívia declarou e foi para o banheiro. Continue a observar seu quarto e lembre-se de vários momentos incríveis que tivemos ali.








 

Fim do capítulo


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Comentários para 33 - Capitulo 33:
Mmila
Mmila

Em: 26/04/2024

Agora é oficial.

Responder

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Brescia
Brescia

Em: 08/04/2024

  Boa noite autora. 


Não tinha lido esse capítulo, mas agora deu para entender o último capítulo. Como o mundo é pequeno, não foi por acaso que a Kimi conheceu a Karen, foi para que elas se encontrassem novamente.


 


 


 


 

Responder

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Lea
Lea

Em: 04/04/2024

Não creio que,a Karen seja a mulher que destruiu o coração da Cris! 

A Kimi e a Lívia vão derreter meu coração,com tanto amor. Finalmente oficialmente,NAMORADAS!

Responder

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