Capitulo 27
Stephanie
As semanas seguintes foram tortuosas, eu não me aguentava de ansiedade e nem de curiosidade, passei longos dias sem avistar Paul ou o prefeito das ilhas.
Cumpria minhas obrigações o mais rápido possível e saía pela ilha bisbilhotando e especulando na tentativa de encontrar qualquer informação que fosse útil, como quando eles partiriam, a que horas e de qual ilha, já que estávamos num aglomerado delas.
– Você vai me contar o que está acontecendo ou não?
Voltei meus olhos na direção de Jhon que dirigia o Buggy com a cara amarrada, já que eu o tinha arrastado para os quatro cantos da ilha, depois de ouvir um burburinho de que o prefeito estava ali.
– É importante Jhon! Mas se eu te contar você vai ficar bravo! Então eu não vou te contar e você vai me ajudar sem saber o porquê em nome da nossa amizade!
Jhon imediatamente pisou no freio, fazendo os pneus afundarem na areia, enquanto me encarava sério e enfurecido.
– É sério? Você está com cara de quem está aprontando e que vai causar a maior confusão do mundo e quer que eu te ajude sem nem saber no que estou me metendo?
– Sim!
Eu não tinha argumentos, não tinha carro e nem autonomia pra ficar rodando sem chamar atenção, na companhia dele que era muito influente nas ilhas, eu passaria despercebida.
– Sim é o caralh*! Vou te levar pra casa!
Jhon voltou a dirigir, dando meia volta no veículo.
– Por favor, Jhon! Eu não posso pedir pra mais ninguém!
– Eu não vou te ajudar sem saber o motivo!
Apertei o braço do rapaz fazendo-o gem*r e se esquivar devido à força empregada, eu estava desesperada e precisava de ajuda.
– Ok! Para o carro que eu te conto!
Não precisei falar duas vezes, Jhon imediatamente estacionou o veículo debaixo da sombra de uma palmeira, que ficava de frente a um pequeno bar na beira da praia, era uma forma que o prefeito havia encontrado de trazer normalidade para as ilhas.
– Desembucha Sthep!
Fechei os olhos sem querer abrir meu coração, ele com certeza ficaria bravo e me chamaria de estúpida por ainda ter esperança de reencontrar Gunnar com vida.
– Na manhã seguinte ao meu aniversário, eu encontrei o prefeito e o Paul conversando.
Respirei fundo e olhei para o lado oposto de Jhon, encarando o mar onde algumas pessoas se banhavam.
– Ok! E o que tem isso?
– Eu ouvi parte da conversa deles…
Era difícil ser sincera naquele momento, sabia que o julgamento viria.
– Stephanie! Fala logo e para de fazer rodeios!
Voltei meus olhos na sua direção mais uma vez, falando toda a verdade.
– Ouvi sobre a viagem que farão para as terras americanas!
– Certo! E o que têm…
Jhon interrompeu suas próprias palavras, estreitando os olhos me encarando incrédulo.
– Você está pensando em ir com eles? Não vão deixar Stephanie!
– Não pretendo pedir!
– E como pretende ir?
Me mantive em silêncio, eu ainda não fazia idéia disso.
– É sério Stephanie! Isso é loucura! Vou te levar pra casa!
– Qual é Jhon? Eu tenho que ir…
– Por quê? Vai fazer o quê lá?
Jhon estava bravo, era a primeira vez que o via realmente irritado com alguma coisa. Fiquei em silêncio enquanto ele dava partida no veículo e me levava de volta pra casa.
O Buggy foi estacionado em frente ao sobrado onde morava com minhas irmãs e cunhados, e permanecemos em silêncio lado a lado, até que criei coragem e o pedi pela sua ajuda.
– Eu preciso saber o que aconteceu com ela! Já faz meses que estou nessa ilha e não consigo fazer absolutamente nada sem me lembrar dela. Tem idéia de como é viver sem saber se o amor da sua vida está vivo ou não? Eu não posso continuar assim Jhon!
– E o que pretende? Ir até lá e procurar o cadáver dela?
Sobressaltei-me com as palavras de Jhon, encarando-o rapidamente.
– Você tem certeza que é isso que quer? Eu posso te garantir que ver o corpo da pessoa que você ama não é nada bom. E você não vai esquecer se isso acontecer!
As palavras de Jhon carregavam certa mágoa, sabia que ele havia perdido o grande amor da sua vida antes de vir para as ilhas, com certeza ele queria me proteger, ao menos era o que parecia.
– Eu teria morrido com ela, eu preferia ter morrido com ela a estar aqui e ter que viver sem saber o que realmente aconteceu, sentindo eternamente a sua falta.
– Tenho certeza que ela não queria isso pra você!
– E o que eu queria não importa? Ela não devia ter que morrer pra me proteger, eu não queria isso! Eu a queria viva comigo pra sempre!
– Talvez não encontre nada que explique o que aconteceu com ela.
– Eu preciso tentar…
– E suas irmãs?
– Elas têm as suas próprias vidas Jhon. Eu sou um fardo! E também não pretendo ficar lá. Só quero… só preciso voltar, alguma coisa me diz que eu tenho que tentar. Nem que seja pra encontrar o corpo e dar um funeral digno.
– Heimdall me explicou o que aconteceu lá! Talvez ela tenha sido levada de volta para terra de onde vocês vieram. Ela pode nem estar na costa Stephanie, nem viva e nem morta!
– Eu sei de tudo isso…
– E ainda assim quer ir? Você pode se magoar ainda mais!
– Nada pode me magoar mais…
Senti as lágrimas caírem do meu rosto, eu não queria chorar, não queria que ele se sentisse culpado.
Desci do automóvel e andei alguns passos na direção da casa, porém antes de subir as escadas para chegar na varanda, Jhon chamou minha atenção.
– Espera Steph!
Me sentei nas escadas e enxuguei as lágrimas com as mãos, enquanto o rapaz se aproximou, se colocando ao meu lado.
– O Alfred me chamou para a expedição!
Alfred era o prefeito das ilhas.
– Quando?
– Faz algumas semanas! Ele me convidou para estar com a tripulação! Quer um grupo forte, porém, também precisa de pessoas com conhecimento.
– Não ia me contar?
– Sim! Só que não agora!
– Não ia me contar!
– Eu ia Stephanie! Só que não sabia como! Tinha certeza que reagiria assim!
– Calma aí Jhon! Você definitivamente não tem obrigação nenhuma de me contar absolutamente nada. Mas sabe o quanto isso é importante para mim? Você sabia que foi na última explicação que Paul nos encontrou.
– E é exatamente por isso que não sabia como te contar. Sabia que iria querer se juntar a nós! E nós dois sabemos o quão improvável é encontrar alguma pista sobre o paradeiro da sua esposa! Não quero que crie falsas esperanças!
– A única coisa que tem me mantido viva é esperança! Eu ando por aí fingindo que está tudo bem, pra tirar o peso da preocupação dos ombros das minhas irmãs! Mas você melhor do que ninguém sabe que eu não estou bem!
– Eu não quero as suas irmãs ou os seus cunhados pendurados no meu pescoço, porque eu te levei pro outro lado do oceano e você ficou pior do que já está!
– Eles não precisam saber!
– Não? E vai dizer o quê? Que vai ficar semanas aonde? Eles não são tolos.
– Não vou deixar que te culpem!
– Porque está falando como se eu fosse te levar? Eu não tenho poder para tomar essa decisão!
– Mas você conhece quem tem! E se não tivesse nenhuma possibilidade de conseguir que me autorizassem a ir junto, não teria escondido isso de mim.
– Pelo amor de Deus Stephanie!
Jhon se levantou das escadas andando alguns passos à frente, depois se colocou a andar de um lado para o outro, irritado ou ansioso, não soube identificar com certeza.
– O que aconteceu?
Nossa atenção foi atraída pela chegada repentina de Elisabeth e Finn, não tínhamos percebido a aproximação.
Eu estava com cara de choro, Jhon irritado, era nítido que estávamos discutindo e eles perceberam de imediato. Elisabeth se aproximou se sentando ao meu lado, acariciando meu braço na tentativa de me consolar, sem sequer saber o motivo.
– O que houve irmã?
Jhon sagaz como sempre, desviou o assunto, dando uma desculpa esfarrapada.
– Eu apresentei uma pessoa para Stephanie e ela não gostou! Eu fui um pouco invasivo e ela ficou chateada comigo.
Elisabeth abriu e fechou a boca inúmeras vezes, não sabia o que dizer. Finn um pouco desconcertado acabou se afastando lentamente e adentrando na casa, não queria participar daquela conversa.
– Talvez fosse bom pra você!
Encarei Elisabeth um pouco irritada, eu não queria conhecer ninguém, e mesmo sendo mentira de Jhon sobre aquela possibilidade, não gostei da idéia.
– Eu não quero! É uma escolha minha!
– Por favor, Stephanie! Você não precisa ficar uma década de luto mais uma vez!
– Ela não está morta Elisabeth! Não acredito nisso! Não sem ter visto o corpo!
Me levantei sem esperar por resposta, adentrando na casa e batendo a porta atrás de mim. Finn estava na cozinha conversando com Heimdall e Anne, que estavam preparando o jantar.
Me dirigi para o quarto no andar superior, onde imediatamente me coloquei a arrumar uma sacola com algumas roupas, eu estava determinada a sair da ilha em busca de respostas e ninguém me impediria, tinha certeza que Gunnar faria o mesmo por mim.
No dia seguinte, depois de cumprir minhas tarefas, estava determinada a ir ao encontro de Paul, nem que pra isso precisasse sair da ilha em uma das canoas e ir ao seu encontro. Ele era minha porta de saída daquela ilha e eu iria atravessar, nem que não tivesse mais como voltar.
Então, no final do meu expediente, apanhei a sacola que tinha deixado no galpão durante o dia, e me direcionava para a rua quando Jhon que acabava de estacionar o Buggy pouco a frente, chamou minha atenção.
– Steph?! Oi!
O rapaz desceu do automóvel e atravessou a rua às pressas correndo na minha direção.
– Espera Stephanie! Precisamos conversar!
– Não é uma boa hora Jhon! Tenho um compromisso agora!
– Que compromisso? Está de mudança?
– Quase isso!
Continuei andando pela rua, com Jhon ao meu lado.
– Espera! Vamos conversar! Tenho certeza que vai gostar do que tenho pra te dizer!
Fechei meus olhos resignada, eu não queria conversar e nem ouvir sermões, mas Jhon não tinha culpa da minha situação e nem da minha história inacabada com Gunnar. Não podia e não iria descontar nele todas as minhas frustrações.
– Ok! Estou ouvindo Jhon! Pode falar!
– Vêm! Vamos para a sombra!
O rapaz me apanhou pelo braço e me arrastou para o outro lado da rua, onde havia alguns banquinhos embaixo das sombras das palmeiras.
– Primeiramente eu quero que você saiba que eu te amo muito Steph! Você é uma pessoa incrível e eu adorei te conhecer.
Jhon apanhou uma de minhas mãos entre as suas, enquanto falava com os olhos fixos nos meus.
– Também precisa saber que eu não me perdoaria se alguma coisa acontecesse com você! No entanto, eu não posso e não vou ficar parado vendo você morrer de angústia e tristeza. Isso me machuca, e entristece a sua família também!
Eu não fazia idéia de onde ele queria chegar, mas me mantive em silêncio apenas ouvindo o que ele tinha pra dizer.
– Então, eu sei que seus cunhados vão me matar quando descobrirem isso, mas eu conversei com o Alfred… e pedi pra te levar comigo!
Meu coração imediatamente começou a bater descompassado, quase se perdendo no próprio ritmo e me causando um ataque cardíaco. Eu não conseguia acreditar que ele faria aquilo por mim.
– O que ele disse?
– Que seria bom ter alguém pra cozinhar!
Imediatamente o abracei, apertando-o contra mim, deixando algumas lágrimas teimosas escaparem dos meus olhos.
– Só que você não pode contar pra sua família! Tenho certeza que não te deixarão ir, e ainda irão me espancar até a morte por colocar sua vida em risco.
Sorri do seu comentário, finalmente libertando-o dos meus braços.
– Eu não pretendia contar! Eles não entenderiam! Sem mencionar que o Heimdall fez uma promessa à irmã, ele nunca me deixaria voltar.
– É por isso que fico preocupado com a minha segurança!
Sorri, eu estava completamente extasiada com a possibilidade real de voltar às terras americanas e descobrir finalmente o que aconteceu com Gunnar. A nossa história precisava ter um ponto final.
Dois dias se passaram desde minha conversa com Jhon, e estava finalmente na hora de partir, me levantei aquela manhã depois de rolar na cama a noite toda sem conseguir dormir, tomei café da manhã com minha família e antes de sair para o trabalho, beijei e abracei a todos, mesmo que isso tenha causado certa estranheza da parte deles.
– Está realmente preparada pra isso?
Jhon me aguardava do lado de fora da casa, havia deixado minhas roupas com ele para não atrair a atenção quando saísse.
– Não sabe há quanto tempo espero por esse momento!
Abracei o rapaz antes de adentrar no automóvel e nos dirigirmos para o píer, onde pegaríamos uma canoa rumo à ilha principal, de onde o barco partiria pouco mais tarde, para às terras americanas.
O barco era gigantesco, no mínimo umas três vezes maior que aquele no qual viemos para as ilhas juntamente com Paul e seus homens. Me vi perplexa ao adentrar no convés, contei umas quatro dezenas de homens, armados e preparados para a expedição, certamente prevenidos para não correrem o risco de serem pegos desprevenidos como da última vez.
– Como se sente Jhon? Já faz bastante tempo que não sai das ilhas, não é mesmo?
Ao olhar para o homem que chamou atenção de Jhon ao se aproximar, me deparei com Paul que me encarou um pouco confuso.
– Olá Paul! Confesso que estou um pouco ansioso! E o Michael onde está?
– Dessa vez ele não veio. Tivemos muitos inconvenientes da última vez, preferi deixá-lo com a mãe por segurança!
A voz de Paul não tinha nenhum tom acusador, mas cada palavra proferida por ele, foi dita e direcionada a mim, que entendi muito bem a que ele se referia.
– Fez bem! Nunca se sabe o que encontraremos do outro lado do oceano.
– Exato! Mas me conte essa novidade. Não fazia idéia de que a sua nova namorada era ninguém menos que a moça resgatada na última expedição.
Meus olhos praticamente saltaram do rosto ao ouvir aquele comentário, de onde ele tirou a idéia de que Jhon e eu éramos namorados? Afinal ele era gay e eu também. Ao menos agora eu pensava que sim.
– Pois é! Acabamos nos conhecendo durante o trato dos animais. Achei que seria uma boa idéia ela vir junto, já que tem mais vivência do lado de lá do oceano do que nós.
Jhon envolveu meus ombros com um de seus braços fazendo um leve carinho, dando ainda mais veracidade aquela bobagem.
No entanto, sem entender o que estava acontecendo, não quis desmenti-lo, ele devia ter os seus motivos.
– Está certo! Bom, se preparem, já vamos partir!
Paul se afastou e Jhon me encarou com os olhos esbugalhados, feito criança quando apronta alguma coisa.
– Desculpa por isso! Eu precisei mentir! Não tinha argumento melhor para o Alfred poder permitir que viesse conosco.
– Ok! Eu só estranhei um pouco!
– Desculpa mesmo! Mas foi você quem me colocou nessa saia justa!
Sorri pela sua expressão despretensiosa, Jhon realmente havia conseguido me colocar a bordo do barco, eu não julgaria os seus métodos.
O barco partiu algum tempo depois, quando todos os tripulantes já estavam acomodados e prontos para a jornada nas terras americanas. Eu não me continha tamanha era minha ansiedade de chegar logo e correr para o local onde a tinha visto pela última vez.
O barco assim como o que nos trouxe as ilhas, também era movido a motor, o que nos levou em poucas horas para a costa.
Eu estava em pé agarrada ao guarda corpo do barco, quando finalmente conseguia ver o píer, de onde partimos há quase um ano atrás.
– Foi ali que aconteceu?
Jhon estava ao meu lado o tempo todo, demonstrando preocupação e carinho, sabia qual era o medo dele e ficava lisonjeada por ter um amigo verdadeiro, mas eu precisava passar por aquilo, ou nunca aceitaria o fim da minha história com Gunnar.
– Sim! Nós estávamos no barco ali no píer, aguardando pelos outros, quando Heimdall surgiu no meio do tiroteio… eu não sei dizer onde ela estava quando tudo aconteceu. Mas o Paul sabe!
– Sabe?
– Sabe! Ele estava com ela!
– Eu tinha esquecido esse detalhe! Ele sabia qual era a natureza da sua relação com ela?
– Acredito que sim! Não nos preocupamos em esconder!
– Então por isso ele estava com aquele olhar! Sabe que eu menti sobre o namoro!
Jhon riu das suas próprias palavras, me fazendo acompanhá-lo ainda que minha vontade fosse chorar. Meu peito estava apertado, e a cada metro que nos aproximávamos do píer, mais eu ficava emotiva.
O barco atracou em terras americanas, todos os tripulantes tinham suas funções exceto Alfred, Jhon e eu. Que imediatamente desembarcamos no píer.
– Que cheiro maravilhoso! Como eu senti falta dessas aventuras fora da ilha!
Alfred andava pouco a frente de nós, impedindo-me de correr pela praia gritando o nome da minha esposa.
– Eu confesso que não senti falta não! Tudo o que tive de importante se foi! Ainda que o mundo aqui fora seja lindo, não quero ficar por mais tempo que o necessário.
– Eu entendo você meu rapaz! Mas quando for velho como eu, vai querer se aventurar por aí, nem que isso te custe a vida.
Eu não entrei na conversa dos dois, mantive meus olhos e ouvidos atentos a tudo ao meu redor, as coisas pareciam iguais como da última vez, o mato um pouco mais alto, mas nada diferente do que me recordava e aquilo me incomodou. Tudo que eu queria era ver madeiras sobre a areia e um barco sendo construído por uma nórdica absurdamente linda.
Andamos pelo píer até finalmente estarmos com os pés na areia, eu andava na frente agora, olhando de um lado para o outro, atraindo a atenção de Alfred e Jhon.
– Procurando alguma coisa minha querida?
Alfred me arrancou dos meus devaneios, eu estava surtando e logo aquilo me traria problemas. Engoli minha vontade de gritar e coloquei um sorriso tímido no rosto.
– Na verdade, sim! Eu estive aqui com meus amigos antes de ir para as ilhas, deve saber sobre isso!
– Mas é claro! Sei sim!
– Nem todos conseguiram! Não tenho certeza do que aconteceu!
– Entendo! Acha que ainda estão por aí!
– É!
– Bom! Nada é impossível minha criança! Só não se afaste muito, pode ser perigoso!
Antes que pudesse concordar com o prefeito, Jhon atraiu nossa atenção apontando para o chão.
– Olha isso! É cocô de cavalo! Está aí há pouco tempo.
Olhando com mais atenção, avistamos esterco de cavalo por diversos lugares, além de rastros na areia.
– Deve ser daquele garanhão ali!
Alfred apontou numa direção qualquer, fazendo com que Jhon e eu olhássemos imediatamente na mesma direção, avistando um lindo cavalo negro, pastando a alguns metros de distância. Apesar do tempo e do animal estar muito mais magro do que me recordava, era impossível não reconhecer Forseti, o cavalo de Gunnar qual soltamos no dia em que fomos embora para as ilhas.
– É o Forseti! Cavalo da Gunnar!
Inacreditável como o animal ficou todo aquele tempo no mesmo lugar onde o deixamos, ele era fiel a dona e não foi embora mesmo depois de todo aquele tempo.
– Vá buscá-lo Jhon! Será muito bom ter um espécime desses para reprodução!
Jhon sorriu para mim assim que Alfred deu a ordem, permitindo-me fazer o mesmo enquanto corríamos na direção do animal, não era o que eu queria, mas ter um pedacinho da vida de Gunnar de volta, me fez feliz imediatamente.
Fim do capítulo
Olá meninas
Reta final? Será?
Espero que com um final feliz, por que nunca se sabe não é?
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