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Ao Norte de lugar nenhum por shoegazer

Ver comentários: 5

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Palavras: 2037
Acessos: 992   |  Postado em: 03/04/2024

Parceiras no crime

Mesmo sendo tão pouco tempo longe do lugar onde nasci, cresci e vivi toda minha vida, senti que tudo estava diferente no momento que coloquei meus pés dentro de casa. Alguns móveis foram trocados de lugar, um ou outro detalhe substituído, mas principalmente, a atmosfera não era a mesma.

Tirei os sapatos, e entrei no meu quarto. Estava exatamente do mesmo jeito que tinha deixado, e quando me atirei na cama, o cheiro também era o mesmo de sempre. O cheiro de casa. Talvez demoraria para me acostumar com tudo aquilo de novo, a mesma sensação que tive quando eu saí de casa.

Enquanto minha mãe conversava com minha tia na cozinha, fechei meus olhos e me deixei levar pela sensação da minha cama, macia, e os barulhos que vinham da rua. Ao mesmo tempo que parecia que nunca tinha deixado aquele lugar, parecia que não pertencia a ele. O estranhamento era maior do que o alívio de estar no meu lugar.

Uma onda de pensamentos invadia minha mente. Pensava no meu pai, em Catarina e sua família. Cada vez mais pensava que eles seguiriam com suas vidas e eu não passaria de uma mera lembrança de alguém que passou uma temporada lá, viveu o que tinha que viver e foi embora.

Mas, de qualquer forma, aquela tinha sido a minha decisão. Só que ali estava eu, preocupada com tudo e nada ao mesmo tempo, e só consegui sair daquela linha de pensamento quando minha mãe bateu na porta.

— Teté, está dormindo?

— Não, mãe.

Ela entrou no quarto, e ficou me encarando da porta.

— Estou te achando tão tristinha...

Foi se aproximando, sentou na beirada da cama e segurou minha canela, balançando devagar.

Nem eu sabia dizer o que estava sentindo de fato.

— Não está feliz de estar em casa?

— Só não me anima o motivo que me fez querer voltar...

E, em um lampejo, logo ela ficou séria.

— Foi só passar uns dias na casa dele que você volta assim?

— A senhora sabe que tem coisas que temos que...

— Eu – ela se levantou, e apontou pra mim, enfática – não vou falar sobre isso. Não mudei de ideia, Teodora.

— Qual é o problema de querer saber o real motivo das...

— Olha – sua raiva começava a ficar notável – eu aceitei o fato de que queria ir conhecer teu pai, tudo bem, agora ter que ficar dando satisfação do que me levou a não falar mais com ele? Eu já falei!

Até onde eu teria que ir por conta do seu egoísmo? Exasperei, deixando o ar sair pela minha boca.

— Tá, mãe, tudo bem. Desculpe.

Ela saiu sem dizer mais nada. Estava terrivelmente frio e solitário ali, tão diferente do que já tinha acostumado a sentir.

Abri minha mochila e comecei a tirar minhas coisas, até que peguei aquele pequeno presente, ou melhor, aquela troca, e a abracei com força. Fui ao banheiro e ouvi minha mãe reclamar consigo em como insistia naquela ideia, e, depois do banho, me vesti com o moletom que ela tinha me dado.

E não quis mais sair do quarto pelo resto daquele dia.

No outro dia, ao acordar, estava ainda mais frio. Geava do lado de fora, e me enfiei ainda mais no seu moletom. Minha mãe tinha saído, deixando o café pronto. Já minha tia estava na sala, assistindo televisão. Assim que me viu, me chamou para sentar do seu lado. Me abraçou e repousou a mão em meus ombros, enquanto tomava o café que teimava em querer esfriar rápido.

 

— Está chateada com sua mãe?

Sua voz era melodiosa, quase como um alento, enquanto da minha mãe era sempre enérgica, ansiosa.

— Eu queria ter ficado mais tempo lá – a olhei de relance – mas, aconteceram algumas coisas que... Não parecia ter sentido continuar lá se fosse do jeito que estava.

— Não quer compartilhar comigo?

Ela era uma mulher no qual eu podia confiar tudo porque sabia que ela não falaria nada pra minha mãe, mesmo que fossem irmãs. Há coisas que foram ditas que sabia que nunca sairia de nossas conversas.

— Alguma coisa a ver com a garota?

— Não... – meu rosto corava e meu corpo se contraia para que, de algum jeito, me sentisse mais próxima dela ou de sua lembrança – Foi com a mãe do meu pai.

Virou-se pra mim, concentrada no que eu tivesse a dizer. Passava os dedos devagar sobre a xícara antes de começar a falar o que tanto assombrava minha mente, mas sequer tinha coragem de comentar com minha mãe sabendo bem como era seu comportamento.

— Ela me tratou como um lixo, sabe, tia? – cerrava os olhos, tentando me desvencilhar daquele péssimo momento – Fiquei mal de verdade.

— Deduzo que tenha metido meu nome no meio – ela ria com desdém, balançando a cabeça enquanto sua mão tocava carinhosamente meu cabelo – é, era de se esperar.

— Mas, esse não é o maior problema – toquei sua mão de volta – a senhora sabe que não me calo pra ninguém...

— Então, o que foi que te trouxe de volta pra cá?

— Eu e a Patrícia, minha tia de lá – ela arqueou as sobrancelhas, surpresa com o fato de ter que me ouvir remetendo esse nome a outra pessoa que não seja ela – chegamos na conclusão que aconteceu alguma coisa que só a mamãe sabe e ela não quer falar.

Minha tia passou um tempo em silêncio, ainda fazendo carinho em mim, com o pensamento longe, até que voltou a concordar com um breve aceno.

— Bem, nada que eu já não tivesse avisado a Elisa – ela deu com os ombros – disse que um dia você ia crescer e ter pelo menos curiosidade em saber quem ele era, mas ela sempre foi contra.

— Ele é muito legal, tia – voltei a falar – eu realmente senti que ele estava interessado em se aproximar de mim...

— Ser pai é diferente de ser ex-namorado da juventude – seu sorriso sarcástico voltava ao rosto – Elisa não entende que a pessoa que não deu certo lá no passado não possa ser um ótimo pai, mas...

Colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha, me olhando com a ternura tão característica dela.

— Não posso julgar dela querer continuar te protegendo.

— Eu entendo, mas... – cerrei os olhos mais uma vez antes de encará-la – Por que ela continua querendo me esconder isso? O que tem de tão horrível que eu já não tenha ouvido sair da boca daquela mulher?

— Não é como se você já não soubesse o que seu pai fez...

— Sim, eu sei que ele mentiu – colocava a xícara de lado, com o café já frio – e preferiu deixar a mamãe do que se impor contra a família, mas, poxa tia, ao mesmo tempo que entendo ele eu a entendo... É estranho.

— E o que você quer dizer com entender os dois?

— Eu entendo o fato dele ter voltado pra casa por medo da mãe ou do pai porque até hoje ele é assim, mas também entendo o fato da mamãe não querer contato com alguém que provavelmente nem ia ligar pra mim...

— Mas, que liga – ela gesticulou, como se ponderasse – e muito, e que se dão muito bem.

Ela se virou pra mim, dando um amigável sorriso.

— Garanto a você que conversei muito com Elisa sobre isso, e acho que agora é só questão de tempo até que ela ceda.

— Mamãe, ceder? – dessa vez era eu que ria – Acho difícil.

— Pra você ver que, por ti, acontece até o impossível.

Não acreditava muito nisso. Conhecia minha mãe o suficiente pra saber que ela era teimosa e notavelmente brava quando contrariada, mas, levando em consideração que minha tia a conhecia melhor do que eu, deveria dar essa chance e ser otimista.

— E então, por que não me conta de lá? Sei que tem muita coisa que não dá pra ser dita por ligação...

Devo ter passado a manhã quase toda falando de cada detalhe que me lembrava da minha estadia lá. Ela já sabia quem eram as pessoas, como era meu dia, mas, de fato, tinha muita coisa que ficava no meio das nossas rápidas conversas.

Falava com afinco de Cristiano, de nossas saídas, da nossa relação, de como conheci uma garota que sumiu, em como adorava a casa dos Martins, mas, sabia que, entre um passeio com meu pai e sinos ao vento de fundo, havia aquela pessoa ao qual se repetia tanto o nome que começava a ficar brevemente envergonhada, principalmente pelo olhar de minha tia a cada vez que repetia o nome de Catarina.

— Seu pai já sabe?

— Ainda não entramos nesse assunto – me recuava contra a parede, a vendo fazer o almoço.

— Acha que ele seria tranquilo com isso?

— Ele gosta muito dela, e a cidade toda meio que já sabe das preferências dela desde sempre...

— Tem uma foto dela aí? – minha tia dizia me olhando pelos ombros. Peguei o telefone e mostrei sua foto de perfil, e ela arqueou as sobrancelhas – Nossa, mas é uma gata, viu, minha filha?

Ri envergonhada, e ela concordou, voltando a mexer o macarrão que preparava pra macarronada, meu prato preferido, feito por ela.

— Ela que te deu esse moletom que está usando, não foi? – disse ela apontando pra mim. Concordei com um tímido aceno – Imaginei, eu ainda não tinha te visto com ele.

O silêncio que veio após essa constatação não demorou muito a ser quebrado.

— Então... Se ela está de férias, por que não a chama pra cá?

— Ela, aqui em casa? – meu rosto queimava – Como?

— Nós vamos resolver esse problema com sua mãe, então, você faz o convite pra ela passar uns dias aqui com a gente... Mexe esse macarrão, por favor – apontou para o fogão, para onde eu segui enquanto ela voltava a cortar o resto dos temperos – Conhecer a cidade, essas coisas.

— Eu não sei se ela gostaria de...

— Você ainda nem a chamou, Teodora – ela cerrou as sobrancelhas, indo para o meu lado – e outra, se a família dela te acolheu tão bem, nada mais justo de retribuir esse favor, não? Já que o rapaz não gosta de sair de casa, acho que ela gostaria.

— Eu... – respirava fundo, deixando o pouco da água quente respingar em mim, xingando baixinho – Seria legal, né, tia?

Que concordou com um aceno, e seguimos cozinhando, até que, quando já estava quase tudo pronto, minha mãe chegou. Não a tinha visto na hora que saiu, mas, assim que me viu, pareceu ter esquecido que poderia estar chateada comigo e logo foi me abraçar, beijando meu rosto como bem fazia.

— Não acredito que fez macarronada! – sua feição estava exultante – Só com a Teodora mesmo pra fazer as coisas acontecerem nessa casa...

O que não era verdade, mas, não podia esquecer que, além de ser teimosa, dona Elisa era também dramática e potencialmente ressentida, mas isso não a eximia de suas qualidades.

Assim que terminamos de comer, ela foi até o armário, e de lá trouxe um dos vinhos que ficava guardado, nos servindo nas taças de cristal que guardávamos para as ocasiões especiais. Minha avó costumava dizer que uma taça de vinho depois no almoço ajudava na digestão.

— À volta de Téo para casa – dizia ela animada, levando a taça para frente.

— E, com sua vinda, as respostas que ela tanto procura.

Minha tia levou sua taça até as nossas, com um breve brinde enquanto fechava os olhos e dava um breve gole, parecendo apreciar a cara de choque da minha mãe logo após o que fora dito e, com isso, uma iminente discussão na mesa.

Pelo menos dessa vez, eu agradecia por isso acontecer depois do almoço e que, diferente de como fora com meu pai, eu realmente quisesse ver até onde isso ia.

Fim do capítulo

Notas finais:

Teodora não tem um dia de paz, mas, pelo menos dessa vez é por uma boa causa.

E aí, o que acham que vai acontecer depois dessa? Briga, desunião ou Elisa vai continuar não querendo colaborar, seja lá qual seja sua motivação para isso? Ou ela finalmente irá revelar alguma coisa? Ou não?

Confesso que até eu estou empolgada pra trazer logo o próximo capítulo rs


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Comentários para 28 - Parceiras no crime:
hanabloom
hanabloom

Em: 07/04/2024

Amo tia inclusiva embarassed

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hanabloom
hanabloom

Em: 07/04/2024

Quero a Catarina aí com as divas bem turista conhecendo tudo, desde o local preferido da teo até sua primeira escola iiiiiiii 

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hanabloom
hanabloom

Em: 07/04/2024

Tia de milhões embarassed passa zap

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edjane04
edjane04

Em: 03/04/2024

Ponto para as tias :)

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 03/04/2024

Desembucha mulher teimosa.

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