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MEU PRIMEIRO AMOR por Raquel Santiago

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Palavras: 2494
Acessos: 1479   |  Postado em: 28/03/2024

Capitulo 27

 

Lívia Duarte

Quando desliguei o telefone só queria chorar. Minha ficha tinha caído. Kimi realmente ia embora. Quando ouvi a aeromoça anunciar a partida do voo, me dei conta que não teria mais minha amiga ao meu lado.

Não sei quanto tempo durou, mas nas primeiras semanas só saía de casa para ir ao trabalho. Algumas vezes ia visitar meus irmãos. Era difícil voltar para a rotina, quando Kimi fazia parte de tudo na minha vida. Perdi a conta de quantas vezes dormimos na casa uma da outra. Na verdade, eram raras as vezes que dormia sem ela. Pude sentir na alma o silêncio da sua ausência. Meu sono ainda não estava equilibrado e o cansaço mental que sentia era pior do que correr uma maratona.

Depois de dois meses as coisas se complicaram, não tinha mais vontade de ir trabalhar. Faltei algumas vezes com a desculpa de que estava doente. O que não deixava de ser verdade, passei a sentir muita dor de cabeça, aceleramento no coração e uma dor no peito que era angustiante. Minha mãe percebeu minha mudança, mas as vezes em que ela tentava falar comigo, eu mudava de assunto ou falava poucas palavras. Nesse meio tempo, me aproximei um pouco mais de Clara, ela estava mais adaptada ao novo trabalho e as crianças estavam gostando da nova escola. Numa dessas visitas aos meus irmãos, Clara insistiu que eu precisava me consultar com um Psicólogo. Que esses sintomas que estava tendo não era brincadeira e que estava na hora de se tratar. Fui resistente a ideia. Mas uma noite estava sozinha em meu quarto quando entrei em uma crise de Pânico, foi a pior que eu já tinha sentido. Queria ouvir a voz de Kimi, queria conversar com ela. Cheguei a ligar, mas quando ouvi sua voz, desliguei. Não podia invadir o seu espaço só porque estava fodida da cabeça. Não dava mais para viver assim. Precisava de ajuda. E foi assim que vim parar na frente deste pequeno consultório, que foi uma indicação de Clara.

Enquanto aguardava ser chamada, minha cabeça estava a mil. Não sei se era pelas noites mal dormidas ou por nervosismo.

- Lívia Duarte, você pode entrar. O Dr. augusto está a sua espera. - Uma senhora me acompanhou até a sala do psicólogo. As paredes eram todas em tons claros, deixando o ambiente acolhedor. Tinha algumas plantas que deixavam o local mais tranquilo. Os sofás eram de couro e a mobília era moderna e planejada.

- Bom dia Lívia. Sou o Dr. Augusto, vamos começar com algumas perguntas. Você pode se sentar e ficar a vontade.

Dr. Augusto era muito magro para a sua altura, tinha o olhar sereno. Aparentava ter uns 50 anos.

A primeira sessão foi cheia de perguntas sobre todos os tipos de assuntos. o Dr. Disse que era uma forma de nos conhecermos melhor.

Saí do consultório com algumas receitas com ansiolíticos e estabilizadores de humor. Dr. Augusto, além de psicólogo era psiquiatra e disse que esses remédios iriam me ajudar a voltar para a minha rotina. Além disso, teria que voltar duas vezes na semana para sessões de terapia. Ele me passou o seu contato e disse que eu poderia ligar quando precisasse de uma consulta de urgência.

Para ser sincera, eu não queria voltar naquele consultório nunca mais. Não queria me abrir para um estranho e me sentia incomodada com tantas perguntas. Mas voltei, durante 4 semanas fui para as sessões sem a mínima vontade de estar lá. Só que na última semana do mês, o Dr. Falou algo que me fez refletir.

- Geralmente o primeiro mês é para que eu lhe conheça. Por isso fiz tantas perguntas. Mas agora, vamos trabalhar cada ponto de uma maneira mais intensa. Tudo bem para você?

- Sim. - Não estava tudo bem. Estava nervosa.

- Lívia, percebi que você tem dificuldade de confiar nas pessoas. E isso não é ruim no geral, mas quando você nunca consegue confiar em alguém, isso pode se tornar um problema. Deixa eu lhe explicar uma coisa. Nossa memória é cheia de gavetas, as vezes achamos que está tudo bem, e de repente ficamos mal. Essa gavetas sevem para armazenar informações da nossa vida. São arquivos importantes, mas muitas vezes trancamos algumas dessas gavetas e não queremos mais abri-las. Quase sempre são essas gavetas trancadas a origem de alguns traumas. É uma autodefesa do nosso subconsciente.

- O que quer dizer?

- O que sentiu quando o seu pai foi embora?

Eu nunca gostava de falar sobre o meu pai nas sessões. Me travava. Não sabia o que responder.

- Não sei, só queria que minha mãe ficasse bem.

- E você, como ficou?

- Ele era cruel com a gente. Nunca estava em casa. Era agressivo. Nada do que eu fazia era suficiente para deixá-lo feliz. Então quando ele foi embora, me senti aliviada. Mas depois que ele não me procurou, me senti abandonada. Talvez eu não fosse uma boa filha e ele não queria estar perto de mim. Antes dele morrer me disse que na época estava passando por problemas com drogas, ele estava sofrendo. - Tudo saio muito rápido, como se não aguentasse mais guardar nada.

Era a primeira vez que me abria assim na terapia.

- Primeiro, você consegue perceber que a partida do seu pai é uma gaveta trancada? Segundo, e o mais importante, nós só somos responsáveis pelas nossas próprias ações. Não podemos nos culpar pelo que os outros falam ou pelo que os outros fazem.

A partir daquela sessão, com a ajuda do Dr. Augusto, comecei a perceber vários comportamentos em mim que eram trauma disfarçados. Comecei a refletir mais sobre o que era meu e o que era dos meus pais na minha personalidade. Descobri que tinha dificuldade de separar as experiências ao meu redor das minhas próprias experiências e que acabava me sabotando.

Também aprendi sobre gatilhos e passei a detectar o que ativava os meus gatilhos. De certa forma, a morte do meu pai ativou o gatilho do abandono em mim. O medo de ser abandonada novamente. E isso fez com que eu me autosabotasse.

***

- Filha, preciso te contar uma coisa. Não sei se você lembra do Carlos, ele é amigo do Roberto. Também é dono do condomínio onde Clara mora com as crianças. - Minha mãe falou enquanto estávamos na feira.

- Me lembro mãe. Porque?

- Nos encontramos algumas vezes depois daquele almoço na casa da Yana.

Só de ouvir o nome dela meu coração já acelerava. Fazia muito tempo que não nos falávamos e eu sei que ela precisava de espaço assim como eu, mas não deixava de ser difícil. Muitas vezes me peguei querendo fazer uma loucura de ir até onde ela estava, mas no fim eu sabia que ela queria ficar longe de mim. Por isso tentei me focar no que minha mãe estava tentando me dizer.

- Você gosta do Carlos mãe?

- A gente está apenas se conhecendo meu amor, mas estou gostando sim. Ele é um homem bom.

- Que bom, você merece alguém legal. - Fui sincera, fazia muito tempo que minha mãe não se relacionava a sério com alguém. Ela merecia ser feliz.

- Obrigada filha. Mas e você, está sempre em casa. Sei que Yana era sua amiga, mas você tinha outros amigos. Não acha que está na hora de voltar a sair?

Sair era a palavra do momento. Meu psicólogo passou a semana me incentivando a sair. Talvez eles tivessem razão.

***

No sábado saí com algumas colegas de trabalho. Não era como se eu gostasse delas, mas estava me esforçando para não ser tão antissocial.

- Vou buscar as bebidas. Pode ser cerveja para todas? - Luna perguntou. Apenas assenti.

- Que bom que aceitou nosso convite Lívia. Fazia tempo que queria conhecer a protegida do chefe. A estrela da editora. - Martha falou, mas não de um jeito ruim. Na verdade ela era bem simpática.

- Não saio muito.

- Já percebi. Mas hoje será diferente. Você vai se divertir. Vamos todas aproveitar, pois amanhã é sábado.

Luna voltou com nossas cervejas e brindamos. Foi bom sentir o gosto da bebida novamente. Desde que comecei com os remédios, não bebi mais. Só que agora, só estava com uma medicação e não faria mal beber um pouco.

- É isso aí Lívia. Vamos dançar. - Martha me puxou e começamos a dançar ao som da música eletrônica. Outra música começou e foi impossível não pensar em Kimi, era a música que ela dançou na balada que fomos com Lucas e Caio. É estranho que meu subconsciente tenha guardado aquela lembrança, mas a quem eu estava querendo enganar, lembro de pensar que ela estava muito sexy naquela noite. Deixei com que a musica me envolvesse e por alguns segundos senti como se Kimi estivesse dançando comigo. Pude sentir o calor da sua pele, o mesmo que senti quando a beijei na cama de solteiro da casa de Clara. Que saudade que eu sentia dela. Um empurrão em meu braço me fez despertar. Senti vontade de ir embora, mas não podia ir. Era a primeira vez eu cinco meses que eu não deixei o medo me dominar. Precisava enfrentar aquela vontade de me enfiar embaixo das cobertas e não sair mais. O local estava ficando cada vez mais lotado, e pela primeira vez percebi o quanto ali era pequeno. Uma sensação de sufocamento tomou conta de mim.

Minhas colegas continuaram a dançar, fui até o bar e pedi uma garrafa de água. Por um instante pensei ter ouvido a voz de Samantha, mas não consegui identificar da onde vinha a voz. Ela era a última pessoa que eu queria ver ali.

- É Lívia, certo. - Uma mulher que estava sentada ao meu lado falou. Não me lembrava de já tê-la visto. Como ela sabia meu nome? A olhei confusa.

- É normal que não me reconheça, só nos vimos uma vez. Prazer de novo, me chamo Cris.

Pelo nome, consegui lembrar. A música estava cada vez mais alta.

- Lembro de você. Nos conhecemos na festa de formatura da Kimi.

- Isso mesmo, tá gostando da festa? - Ela tinha um ar descontraído. Era o tipo de pessoa que chamava a atenção para si sem precisar mover um dedo. Teria prestado mais atenção na sua pergunta se minha cabeça não estivesse começado a doer.

- Sim. - Falei enquanto tomava um gole da minha água.

- Certeza? Você parece incomodada.

- Estou com dificuldade para respirar, aqui está tão abafado.

- Vem, eu te ajudo a sair daqui. - Antes que eu pudesse raciocinar, Cris me pegou pela cintura e me conduziu entre as pessoas, até a porta de saída. Quando chegamos lá fora, me abaixei e coloquei a cabeça apoiada no meu joelho. Fiz alguns exercícios que Dr. Augusto tinha me ensinado. Depois de alguns minutos consegui relaxar o suficiente para levantar.

- Melhorou? - Não tinha percebido que Cris ainda estava ali.

- Sim, obrigada.

- Quer que eu te leve para casa? - Ela parecia genuinamente preocupada.

- Não precisa, já estou me sentindo melhor. Vamos voltar lá pra dentro.

- Certeza Lívia, você não precisa ficar se não quiser? - Era estranho o quanto ela parecia se importar.

- Sim, quero te apresentar as minha colegas de trabalho.

Voltamos para a mesa e Luna e Martha estavam sentadas conversando. Parei por alguns segundos quando percebi que Ivete e Samantha também estavam com elas. Então não estava delirando quando ouvi a voz de Samantha. Era tudo que me faltava ter aquela menina no meu encalço. A última vez que estivemos cara a cara não fomos muito simpáticas.

- Oi meninas. - Cris chegou se entrosando com todas.

- Oi Cris, bom te ver. Quase não te vejo na empresa. - Samantha falou.

- Deve ser porque somos de setores diferentes, querida. - Samantha deu um sorrisinho falso para Cris e me olhou de cima a baixo, fez uma cara de deboche e voltou a falar com Ivete, ignorando totalmente a minha presença.

- Lívia, está bem? Vi você saindo, parecia que estava passando mal. - Luna perguntou e Martha me olhou preocupada. Não queria dizer que tinha acabado de ter uma crise de pânico. Todo mundo da empresa já me achava estranha demais nos últimos meses.

- Relaxem princesas, a Lívia só precisava de um pouco de ar. Aqui está muito lotado. - Cris falou e eu acenei para ela em agradecimento.

- Ah Cris, essas são Luna e Martha.

Elas se cumprimentaram e logo já estavam interagindo como se fossem amigas de longa data. Cris era super desinibida, todo mundo ficou envolvida pela sua conversa, até mesmo Ivete deu atenção para ela. Isso que era ter presença. Ao contrário de mim que me mantive quieta apenas ouvindo e rindo quando necessário. Era difícil ficar a vontade com Samantha me julgando com o olhar. Ela soltava umas alfinetadas de vez enquanto, mas nada que me atingisse, isso até ela começar a falar de Kimi.

- Vocês ficaram sabendo que a Yana tá adorando Nova York? - A menção a Kimi me chamou a atenção, mesmo sem querer. - Ela deve tá se divertindo muito nas casas de festas que tem lá.

Não era como se meu ciúme tivesse desaparecido, mas agora eu conseguia controlar. O que não impedia de ficar imaginando Kimi com várias mulheres diferentes. Mas o que mais me deixava chateada era saber que Samantha tinha notícias dela e eu não sabia de nada. Que loucura pensar que antes eu era a sua maior confidente e agora, estamos tão distantes que eu tenho o total de zero notícias dela.

- Sério, ela deve tá fazendo muito sucesso lá. Aquela mulher é uma deusa. Faria facilmente tudo que ela quisesse. - Ivete comentou.

- Eu que o diga. - Samantha se abanou e todas riram, menos eu. E aparentemente Cris também não achou engraçado.

- Quero ir ao banheiro, vamos comigo? - Cris falou direcionada para mim.

A segui até a fila, que não estava tão grande. Olhei no meu celular para ver se tinha alguma mensagem, mas não podia dizer que meu whatsapp estava movimentado nos últimos tempos.

- Não liga para o que Samantha fala. Ela só quer lhe irritar. - Cris falou.

- Eu não ligo.

- Sei que se importa. Não vou forçar uma amizade com você, mas eu já ouvi muito sobre você Lívia.

- A Kimi falava de mim?

- Ela só falava de você. E aposto que ainda é assim.

Um sorriso involuntário surgiu no meu rosto.

- Vocês são próximas? - Fiquei curiosa.

- O suficiente para mim saber que Kimi nunca ficou com Samantha. - Ela piscou pra mim e entrou no banheiro.

Meu sorriso ficou mais largo. E não era só por essa notícia. Estava feliz porque depois de meses tive alguma informação sobre Kimi.

 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 27 - Capitulo 27:
Lea
Lea

Em: 30/03/2024

Depressão é coisa séria.

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