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A HORA CERTA PARA AMAR por Raquel Santiago

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Palavras: 3574
Acessos: 550   |  Postado em: 28/03/2024

33. Não, por favor.

 

ELISA FRANCO

A negociação parecia eterna. Não conseguia entender muito bem o que estava acontecendo. A Delegada Ferraro estava concentrada e cautelosa até aquele momento.

- Se preparem pra invadir a qualquer momento. - Ela fala.

Dois policiais seguram um Aríete para arrombar a porta.

- Como foi a ligação? Porque vocês vão arrombar a porta? - Pergunto nervosa.

- Esse tal de Marcos não vai aceitar a negociação. Não importa o que eu fale, ele está afetado psicologicamente e pode atacar Sophie a qualquer momento. Só estamos nos adiantando.

- O que ele disse?

- Elisa, se afaste. Precisamos de espaço para arrombar a porta. Eu entendo que seja difícil. Mas se não entrarmos agora o pior pode aconte... - Antes que ela termine de falar ouvimos Sophie gritando.

- Socorro, por favor me ajuda! - Sua voz é de puro terror, ela bate na porta enumeras vezes.

Saio correndo em direção a porta, mas sinto alguém me segurando.

- Sophie! - Grito com a voz rouca e desesperada. - Me larga, eu tenho que ajudar minha namorada.

Os polícias continuam tentando arrombar a porta. Todos escutamos um tiro. Me desespero pensando o pior.

Tudo foi muito rápido. Escuto mais um disparo e a porta do apartamento é arrombada. Alguns policiais armados entram no local. Tento ver dentro do apartamento, mas quem está me segurando não deixa eu me mover.

- Me solta! - Grito com muita raiva. Sinto meu corpo ficar livre e saio correndo em direção a sala de Sophie.

Meu corpo paralisa ao ver Sophie no chão e Marcos sobre o seu corpo. Tinha muito sangue no chão.

"Não, por favor". Imploro em meus pensamentos.

Só consigo chorar em desespero, enquanto a equipe de socorristas me afasta do local e começam a fazer os primeiros atendimentos em minha namorada.

Sinto alguém me abraçar e tentar me acalmar, acho que é Henrique, mas não estou conseguindo raciocinar direito.

- Ainda sinto o pulso. Vamos levá-la para o hospital. - Os socorristas colocam Sophie em uma maca e passam por nós. Só tenho tempo de tocar na mão dela e ver seu corpo pálido e inerte. Também vejo muito sangue na região do seu abdômen.

- Sophie!! - Falo sussurrando, porque não tenho mais forças.

Olho rapidamente para o chão e vejo Marcos jogado, é uma visão horrível que embrulha o meu estômago. Ele não tem parte da cabeça e seu corpo está branco como papel. Seu sangue inunda a sala. Os peritos estão marcando a área e cobrem o rosto dele. Tenho vontade de vomitar, então saio correndo daquele local e vou até um canto do corredor.

Começo a vomitar e passar muito mal.

- Elisa! - Henrique me chama. Não consigo falar nada. Só quero ir atrás de Sophie.

- Senhor Henrique, pode deixar que eu falo com a Elisa. - A delegada se aproxima de mim. - Sei para qual hospital estão levando a Sophie. Vamos, eu te levo.

- Tudo bem, vamos. - É tudo que consigo dizer.

- Vou logo atrás de vocês, só vou ligar para os pais de Sophie e para nossos amigos. Eles precisam de notícias. - Henrique me abraça e corre para dentro do seu apartamento.

- Elisa, eu também vou com o Henrique. - Levi fala.

- Tudo bem, Depois nos falamos.

**********

O caminho até o Hospital estava sendo horrível. Eu não sabia o que pensar, só orava para que Deus ajudasse Sophie e que Ele cuidasse dela.

- Já estamos chegando Elisa. - A delegada fala.

- ok. - Falo pouco para não chorar novamente. Nada do que está acontecendo parece verdade. Minha ficha ainda não caiu.

- Sei que a situação parece a pior possível, mas acredite em mim, a Sophie tem grandes chances de ficar bem. - A mulher fala como se estivesse lendo meus pensamentos.

- Como pode dizer isso com tanta certeza?

- Ainda pouco liguei para a minha mulher, Dra. Eduarda Muniz, ela é a Cirurgiã chefe do hospital para qual a Sophie foi levada. Pedi pra ela cuidar pessoalmente desse caso. Ela é muito experiente e vai fazer de tudo para que sua namorada fique bem. - Ferraro fala da sua mulher com muito amor e admiração. Pensei em como seria a vida de casadas com Soph e mais do que nunca senti vontade de passar o resto da minha vida com ela. Mas e se isso não acontecer? Como vou viver sem ela?

- Porque está fazendo isso por nós? - Não sabia nada sobre a Delegada, mas sabia que não é comum os oficiais da lei oferecerem carona para pessoas envolvidas em seus casos.

- Já passei pelo que você está passando, minha mulher já esteve em uma situação muito parecida com a da sua namorada. - Pensei no que ela me disse, era admirável ela se colocar no meu lugar, porque hoje em dia pessoas que têm essa atitude são raridade. - Mas essa é conversa para um outro momento. Vamos nos apressar para ter notícias da Sophie. - A Delegada para o carro em frente a recepção. - Vai na frente e tenta descobri alguma informação. Eu só vou estacionar o carro.

Saio o mais rápido que posso e vou até o balcão da recepção.

- Boa noite, gostaria de saber sobre uma mulher que deu entrada na emergência a alguns minutos. - Falo apressada.

- Documento, por favor. - A atendente fala olhando para o seu computador.

Procuro minha carteira de motorista e lhe entrego.

- Qual o nome da paciente?

- Sophie Lopes. Você pode me dizer se ela já foi atendida?

- Qual o seu grau de parentesco com a paciente? - A mulher continua mexendo em seu computador sem olhar para minha cara.

- Namorada. - Pela primeira vez ela me olha, um pouco cética, revira os olhos e continua mexendo no computador. Aquela mulher já estava me dando no nervos.

- Só tenho permissão de passar informações para parentes de primeiro grau ou cônjuges.

- Eu só preciso saber se ela já foi atendida. Será que é pedir muito? - Falo aflita.

- Peço que se acalme senhora. - A voz dela não mostra um pingo de compaixão.

- Como vou me acalmar. A minha mulher pode está morta e você, uma incompetente, é incapaz de me dá uma simples informação.

- Elisa, vem comigo. - A Delegada Ferraro se aproxima, nem tinha percebido a sua presença ali.

- Essa mulher é uma arrogante!

- Eu sei, mas vamos resolver isso sozinhas. - Ela me leva para o lado de fora do Hospital.

- Eu não acredito que isso tá acontecendo, preciso ter notícias da Sophie. Estou enlouquecendo de preocupação.

- Eu vou conseguir informações pra você deixa eu dá um telefonema rápido. - Ela se afasta e eu mando mensagem para minha mãe e para Matheus contanto o pouco que sei sobre a situação de Soph. Minha mãe diz que vai para minha casa fazer comida e preparar os quartos para a família de Soph. Mateus decide pegar o primeiro voo para o Rio de Janeiro. Tento convencer ele de que não precisa, mas a verdade é que preciso do meu amigo perto de mim.

Não demora muito e a Delegada volta.

- O que você descobriu?

- A Sophie chegou com muita perda de sangue, foi levada direto pra sala de cirurgia porque a bala ficou alojada no intestino dela. Minha mulher disse que ainda é muito cedo para tirar qualquer conclusão. Ela vai entrar na sala de cirurgia para assumir o caso e só vai dar notícias depois de algumas horas. Temos que esperar. - Senti um mal estar após receber aquela notícia e fiquei tonta. A Delegada me segurou para que eu não desmaiasse ali mesmo.

- O que aconteceu? - Henrique e Levi chegam e me colocam em uma cadeira ali próxima.

- Acho melhor vocês pegarem um copo de suco para Elisa ali na lanchonete, deixa que eu fico aqui com ela. - Os dois vão até a lanchonete e a delegada fala.

- Elisa, olha pra mim. - A mulher segura minha mão. - Precisamos ter fé. A Sophie vai sair dessa. Você precisa confiar. - Reflito por alguns instantes sobre o que ela disse.

- Você tem razão, vai dar tudo certo. A Sophie é forte e a sua mulher está lá dentro cuidando dela. - Falo, mas ainda estou com muito medo de perder o amor da minha vida.

- Isso, assim que precisamos pensar. Nada de pessimismo. A propósito, você pode me chamar de Nina. - A mulher devia ter uns 40 anos, sua calma de alguma forma estava passando para mim e seu olhar tranquilizador me deixou melhor. Ela parecia confiar cegamente na esposa.

- Obrigada Nina, você está nos ajudando muito. Desculpe por está tomando tanto do seu tempo.

- Que nada menina, eu já ia sair do trabalho. Não sei se você percebeu, mas está quase amanhecendo. - Olho ao redor e os primeiros raios de sol começavam a surgir no leste.

- Senhorita Elisa Franco? - A atendente mal educada aparece na porta.

- Sou eu mesma.

- Me desculpe por mais cedo, gostaria que me acompanhasse até a sala de espera, lá a senhora terá mais conforto para esperar notícias da sua mulher. - A atendente mudou totalmente a maneira de falar comigo. Agora estava doce e toda desconfiada.

- Mas você acabou de dizer que eu não podia ter notícias da Sophie.

- Peço desculpas novamente pelos meus modos. Estava um pouco cansada, mas não vai se repetir.

- Tudo bem, eu acompanho você. - Nina fala que precisa ir em casa, mas que depois volta. Ela me dá o seu número de telefone para entrar em contato caso aconteça alguma coisa ou alguém me trate mal. Lhe dou um abraço e agradeço tudo que ela fez por mim e por Sophie.

Henrique e Levi chegam com o meu suco e todos seguimos a atendente até a sala de espera. Com certeza isso tinha a ver com a esposa de Nina. Não me cansaria de agradecer as duas quando tivesse a oportunidade.

**************

Os pais de Sophie e Lara chegaram e estavam comigo na sala de espera. Assim como minha mãe, Henrique, Flávia e Renata. Levi tinha ido para a loja, pedi pra ele avisar aos nossos clientes que a loja ficaria fechada hoje.

Depois que Nina falou com a Dra. Muniz os funcionários do hospital nos trataram com bastante atenção e deixaram com que todos ficássemos nesta sala reservada. Fiquei pensando no quantos as pessoas são frias ao sofrimento alheio e nada do que estavam fazendo agora tinha haver com compaixão. Era tudo medo de serem demitidas pela Cirurgiã-chefe do Hospital. Se em um lugar particular o atendimento é assim, imagina nas instituições públicas. O país ainda tem muito o que melhorar.

Sophie já estava em cirurgia à seis horas, nesse período não tivemos notícias dela. Contei a todos o que tinha acontecido. Parecia coisa de novela e não vida real, mas a verdade é que a realidade é assustadora.

A mãe de Soph estava muito abatida, mas rezava sem parar segurando o seu terço. Não falei com ela, até porque ela não parecia muito interessada em falar comigo. Já o seu Luís, pai da minha namorada, conversou muito comigo e também me deu muita força. A Lara estava entretida conversando com Flávia e Renata. Henrique estava bem quieto sentado no canto da sala, sei que a situação era horrível, mas tinha alguma coisa errada com ele. Resolvi me aproximar e sentar ao seu lado.

- Vi que está afastado de todo mundo, aconteceu alguma coisa? Quero dizer, algo a mais do que já está acontecendo? - Ele demorou um pouco a falar.

- Eu estava com ela antes de tudo acontecer, estávamos correndo na praia. Eu podia ter ficado com ela, mas fui embora. Eu devia ter acompanhado Sophie até o apartamento, se eu estivesse lá, nada disso teria acontecido. - Rick estava transtornado, o que era de se esperar, pois ele e Sophie eram como irmãos. - Tenho uma arma em casa, poderia ter protegido ela. Me senti totalmente impotente e não gosto de me sentir assim, principalmente quando acontece algo com alguém que eu amo.

- Eu entendo, também me senti impotente e ainda estou me sentindo, mas não podíamos adivinhar que tudo isso iria acontecer. Não se culpe. A culpa é só daquele desgraçado do Marcos. Que ele tenha uma passagem muito ruim, porque nem a morte é suficiente para aquele louco.

- Você tem certeza que ele morreu?

- Sim, eu mesma vi a cabeça dele toda estourada. Talvez Sophie tenha atirado nele, não sei o que aconteceu. Só vamos saber quando sair o relatório da perícia. - Lembrar da imagem de Marcos morto me causava arrepios.

- Não sei, pra mim o Marcos tirou a própria vida. - Essa era uma possibilidade, não duvidava que Henrique estivesse certo. - Nunca gostei daquele cara. Ele era muito possessivo e estourado, mas na hora de enfrentar alguém do seu tamanho, ele fugia. várias vezes nos desentendemos por conta da maneira como ele falava com a Sophie. Eu odiava aquele cara. Mas ele teve o fim que mereceu. Agora, tentar levar a Soph com ele é muita crueldade.

- Estou com muito medo Elisa, a Sophie é como se fosse a minha irmã. Ela é minha família. Eu sei que eu devia te dar forças, mas não consigo ter reação.

- Está tudo bem Rick. - Lhe abraço. - Eu entendo.

- Boa tarde. Sou a Dra. Muniz. - Todos levantamos ao mesmo tempo.

- Como a Soph está Doutora? - Pergunto apressada.

- Ela vai ficar bem? - A mãe dela se aproxima da Dra.

- Conseguimos remover a bala e a paciente foi levada para a UTI. - Todos ficamos apreensivos com a notícia. - Gostaria de falar a sós com a Família da Sophie. Vocês podem me acompanhar até a outra sala? - A médica pede.

- Sim Dra. Já estamos indo. - Os pais de Sophie e Lara acompanham a Dra.

- Quem é Elisa? - A médica pergunta

- Sou eu. - Respondo.

- Você pode vir também. - Seguimos por um corredor até um escritório. A Dra. Muniz senta em um sofá e os pais de Sophie também. Eu e Lara ficamos em pé. Aquela demora estava me deixando mais nervosa. Se Sophie estava na UTI a situação não era nada boa.

- Então Dra. Nos fale tudo, qual é a situação da minha filha? - Seu Luís pergunta.

- A cirurgia da Sophie foi complexa pois a bala ficou alojada no intestino e ela estava com hemorragia interna. A nossa sorte é que o atendimento foi rápido, mesmo assim ela perdeu muito sangue. A paciente está em coma induzido na UTI, ela está fazendo transfusão de sangue e sendo medicada. É muito cedo para tirar qualquer conclusão. Vamos manter a Sophie na UTI sem uma previsão de saída, tudo vai depender de como ela vai reagir ao tratamento nos próximos dias. - Era muita informação para absorver. Ontem estava com Sophie em minha cama e hoje ela está entre a vida e a morte em uma UTI. Eu estava me segurando para não desmoronar ali mesmo.

- Podemos ver minha irmã? - Lara pergunta aflita. Ela se mostrava forte. Mas sabia que por dentro estava como eu. A ponto de desmoronar.

- Não está em horário de visita, mas vou permitir a entrada. Só que por poucos minutos e um de cada vez.

- Tudo bem Dra, quando podemos entrar? - A mãe de Sophie pergunta.

- Agora mesmo, a senhora quer entrar primeiro?

- Sim, vamos. - A mãe de Sophie segue a Dra Muniz.

Eu, Lara e o seu Luiz somos levados para lavar as mãos e colocar roupas cirúrgicas. Deixamos nossas coisas em uma sala e aguardamos nossa vez de ver a Sophie.

Quando chega a minha vez, já não tem mais ninguém na sala. Pedi para ser a última. Caminho com passos inseguros até a Unidade de Tratamento Intensivo. Meu coração está acelerado e minha boca seca.

Me aproximo do leito de Sophie, e paro na metade do caminho. Minha namorada está entubada e ligada a vários equipamentos. Em seu corpo tem vários roxos e ela está muito pálida. Não era a primeira vez que eu entrava em uma UTI. Veio em minha mente lembranças do meu pai internado. Dos últimos dias em que ele sofreu dentro de um hospital, antes de pedir para morrer em casa. Seguro meu choro e continuo andando até ficar ao lado De Soph e segurar sua mão.

- Oi meu amor. - Sabia que em algum lugar em seu inconsciente ela podia me escutar.

- Eu estou aqui. Pode ficar tranquila, vou vim te ver todos os dias. Não importa o tempo que passe, eu sempre vou continuar aqui por você. - Não consegui mais segurar minhas lágrimas. - Porque eu te amo e você é a melhor coisa que me aconteceu.

Acaricio seu braço para que ela saiba que estou aqui.

- Não precisa ficar com medo. Você é muito forte. - Beijo sua testa. As lágrimas inundam meu rosto. Fico um tempo apenas sentindo minha dor e segurando firme a mão de Soph.

Não quero falar muito. Quero apenas ficar ao lado dela e segurar sua mão. Passar a segurança que ela precisa.

Algumas lembranças invadem minha mente. A primeira vez que eu a vi. Ela estava tão linda com sua câmera nas mãos. Devo admitir que não foi nada fácil conquistar o coração dessa morena, mas aos poucos ela cedeu ao amor que sentia por mim. Lembro do desfile em São Paulo e como fiquei feliz com o presente que o destino nos deu. Penso na nossa primeira noite de amor, lembro de cada detalhe daquela noite. Nosso primeiro encontro, nossa viagem a Paris,o pedido de casamento. Todas as lembranças vêm a minha mente como flashbacks.

Depois de alguns minutos, a enfermeira avisa que eu preciso sair.

- Meu amor, estou indo agora, mas prometo que vou vir lhe visitar todos os dias. - Beijo a testa de Soph e saio da sala.

Depois das visitas levei os pais de Soph e Lara para minha casa. Nossos amigos também foram para as suas casas. Não foi permitido que ninguém ficasse no hospital. As visitas também só seriam permitidas quando Sophie saísse da UTI. Eu não me importava com essas regras, estaria no hospital todos os dias sem falta, mesmo que fosse apenas para ver minha namorada pelo vidro que separava a UTI das demais salas. Eu prometi pra ela e iria cumprir.

*************************

O resto do dia passou lentamente. Os pais de Sophie estavam descansando nos quartos de hóspedes, assim como minha mãe. Lara estava na sala assistindo a uma aula da sua faculdade por vídeo conferencia. Preparei um lanche e levei para ela.

- Muita coisa pra fazer? - Pergunto ao ver a pilha de livros e exercícios em cima da mesa de centro.

- Nem me fale e o pior é que não estou conseguindo me concentrar em nada. - Ela afunda seu corpo no sofá suspirando pesadamente. - Lhe entrego um copo com suco e uma fatia de bolo.

- Come um pouco, você vai se sentir melhor. - Sento ao seu lado.

- Obrigada Elisa. Eu ainda não acredito no que está acontecendo, minha ficha não caiu. Mesmo depois que vi a Soph na UTI, ainda quero acreditar que tudo isso é um pesadelo. - Seus olhos estão marejados.

- Ainda estou anestesiada também. Tudo aconteceu muito rápido. Como eu lhe contei lá no hospital, não tive como fazer nada. Me senti muito impotente, se ao menos eu estivesse com ela no apartamento. Trabalhei tanto esse mês que nem tive tempo para ficar com ela,as vezes me sinto culpada. Na noite da inauguração da loja ela me disse que estava sentindo como se alguém estivesse a observando. Eu devia ter ficado com ela. Não sei, eu só queria ter feito alguma coisa pra evitar que ela estivesse em um hospital agora.

- Com certeza era o Marcos que estava seguindo ela. Ele sempre foi possessivo, nunca gostei dele. Eu não consigo entender porque essas coisas acontecem com pessoas boas como a Sophie. Tudo muda em um segundo. Nada parece confiável, quando a gente menos espera acontece uma tragédia dessas. - Lara estava revoltada.

- Eu também não entendo. Mas agora temos que nos concentrar na recuperação da Sophie. Você ouviu o que a médica disse, ainda é cedo para tirar conclusões. Temos que confiar na força da sua irmã. Ela, com nosso apoio, vai sair dessa.

Abraço Lara e passamos um tempo conversando. Até que decido ir dormir.

Tento dormir, mas não consigo. Passo um tempo tentando encontrar uma posição confortável. O cheiro de Soph está em todo lugar, algumas de suas roupas estão espalhadas por meu quarto. Tudo me lembra ela. Não vou conseguir dormir sabendo que ela está sozinha naquele leito de hospital.

Me levanto e troco de roupa. Decido ir até o hospital.

O caminho é tranquilo, chego em poucos minutos. Estaciono meu carro e coloco uma música para tocar. Só de estar aqui já me sinto melhor. Se Sophie precisar de mim estarei aqui. Sempre estarei aqui pra ela.

 

Fim do capítulo


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