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A HORA CERTA PARA AMAR por Raquel Santiago

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Palavras: 2314
Acessos: 543   |  Postado em: 28/03/2024

23. Monstros do passado

 

LARA FONTENELE

Henrique se aproximou e perguntou.

- Você está bem? Estava passando pelo calçadão e te vi aqui sentada. Não sei, depois do que aconteceu ontem.  Imaginei que precisasse de alguém conhecido pra conversar. - Ele parecia precupado.

- Pra ser sincera, não estou bem.  - Eu e Henrique não eramos tão próximos, mas precisava desabafar com alguém que não estivesse diretamente envolvido nessa história.

- Vem, eu te pago umas cervejas e você me conta o que aconteceu. - Acenei concordando. Caminhamos até um bar que ficava perto e Henrique pediu uma rodada de chopp. Não demorou muito e as bebidas chegaram. Eu estava um pouco deslocada. É claro que conhecia Henrique, ele era como um irmão mais velho. O que me deixava contrangida era toda aquela briga que ele ajudou a apartar ontem na praia.

- Então, o que aconteceu Lara? - Ele tomou mais um pouco da sua bebida.

- O Mateus foi embora.  - Henrique ficou surpreso.

- Como assim? Ele estava aqui ontem.

- É, eu sei. Tudo aconteceu muito rápido. Ele nem me avisou. A Elisa falou que foi por causa de um vaga de emprego em Londres. Mas eu sei que não foi só por isso. Ele é um covarde.  Soph tinha razão.  - A minha ficha ainda não tinha caído até aquele momento. Lembrar da noite que tive com o Mateus só tornou tudo mais doloroso.

- Sinto muito Lara. Isso não se faz.

- Poxa, eu não me importo que ele tenha ido por causa de trabalho. Mas agente dormiu juntos e depois aconteceu toda aquela confusão na praia. Sei que não tinhamos nada concreto.  Mas ele me disse que queria me ver de novo. Que nossa noite tinha sido incrível.  Eu achei que estavamos sentindo a mesma coisa, mas pelo visto, me enganei. - Terminei meu chopp e os garçons logo trocaram meu copo.

- Eu não quero que você fique pensando mais nisso Lara. Você parece está cansada e ninguém resolve nada assim. Quero que relaxe. Esqueça dessa situação apenas por esta noite. Amanhã você vai saber o que fazer.  Vamos apenas beber e se divertir. - Parecia um ideia incrível.  E eu adorava me divertir. O Henrique estava certo. Não vou mais pensar no Mateus, ele fez a escolha dele. E quer saber? Foi melhor assim. Tenho meu curso pra me focar.

- Você tem razão.  Minha vida está toda em São Paulo, e estou apenas começando a vivê-la. Se ele foi embora, azar o dele. - Depois de quatro copos de chopp, já sentia o álcool agindo em meu organismo. As coisas não pareciam mais tão ruins.

- Isso mesmo. Vamos curtir. - Henrique levantou seu copo e fizemos um brinde. Continuamos a beber e cada vez mais me sentia melhor.

ELISA FRANCO

- Você não vai atender? - Soph perguntou.

- Deixa cair na caixa postal. Eu quero ficar aqui com você.  - Eu não queria que Soph ficasse mais irritada e sabia que atender o Mat só a deixaria pior.

- Hum. Tem certeza? - Falou séria. 

- Tenho. Não quero falar com ele agora.  Estou chateda pelo que aconteceu.

- Quer saber? Você tem razão meu amor. Vamos apenas apoiar a Lara no que ela precisar. - Sophie deitou do meu lado.

- Eu sei que o Mat pisou na bola, mas ele ainda é meu amigo. Nos conhecemos a muito tempo, ele sempre me apoiou quando precisei.

- Não acredito que está defedendo ele.

- Não é isso Soph. Mas eu sei por tudo o que ele já passou. Não é fácil superar algo assim. - Não tinha como não chorar ao pensar no que aconteceu.

- Amor, o que você tem? Porque está chorando? - Soph me abraçou preocupada.

- Tudo bem. - Enxuguei minhas lágrimas.

- Não, não está tudo bem. Me conta o que aconteceu. Por favor.

- Não posso. Esse segredo não é meu. Só preciso que você tente entender as atitudes do Mateus.  Sei que a Lara é sua irmã, eu também a amo. Mas posso garantir que o Mateus ter ido embora, nesse momento, foi a melhor decisão.  Seria fácil culpá-lo, mas eu sei que ele ainda não está pronto pra entrar em um relacionamento novamente.

- Eu também não estava pronta e mesmo assim deu certo com você.

- É diferente, pode ter certeza.

- O que tem de diferente Elisa.  O Mateus foi um covarde. Foi embora sem dá a menor satisfação pra Lara. Ele machucou o coração da minha irmã. - Era difícil ficar no meio dessa situação, mas Soph precisava entender e eu não podia mais esconder esse segredo dela.

- A noiva do Mateus se matou. - Os olhos de Sophie ficaram arregalados. - E agora, ele acha que a culpa foi dele. Por isso, foge de qualquer relacionamento que apareça.

- Nossa Elisa, eu não fazia a menor ideia. Sinto muito.

- Você não tinha como saber. Ele nunca contou isso pra ninguém além de mim.

- Agora  me sinto tão mal por ter batido nele lá na praia.- Ela se encolheu apertando o lençol.  Me aproximei e beijei sua testa. - É tudo minha culpa. O Mateus foi embora por minha culpa. - Não conseguia mais ouvi-lá dizer aquelas besteiras.

- Não foi sua culpa amor. Ele iria embora de qualquer jeito. Ele vem fazendo isso nos últimos dois anos. Fugindo de qualquer relacionamento que apareça. Quando estavamos na praia, vi a maneira que ele ficou quando soube que a Lara era sua irmã.  Eu já vi aquela expressão milhões de vezes. Ele não fica com ninguém mais do que uma noite. Esse é o lema dele. Depois que a Mariana morreu meu amigo se tornou outra pessoa. Nunca mais ele foi o mesmo. - Falar todas aquelas coisa me doía muito, porque o Mateus era como meu irmão.

- Se eu pudesse fazer alguma coisa pra concertar essa situação.  - Sophie acariciou meu rosto.

- Você não pode amor. Só ele que pode. Eu já tentei várias vezes conversar sobre esse assunto com o Mat, mas ele não quer. E o melhor a se fazer é deixar o tempo passar. Você tem que prometer que não vai contar pra ninguém o que eu te disse hoje. 

- Eu prometo amor. Obrigada por confiar em mim. Eu te amo.

- Eu também te amo. - Beijei seus lábios e me acocheguei em seus braços. Não falamos mais sobre aquele assunto. Pensar no que o meu amigo passou, me fazia lembrar da morte do meu pai.  Ele não se matou, mas morreu muito jovem e pra uma doença terrível. Nunca vou me esquecer daquela tarde em que ouvi o seu último conselho.

Flashback on

Papai não saía mais para trabalhar. Depois de um tempo o câncer já tinha o enfraquecido muito. Mesmo assim, ele nunca deixava de sorrir.  Toda tarde eu me sentava na beira da sua cama  e lia o jornal para ele. Conversavamos durante horas, aproveitava cada minuto com meu pai, porque não sabia quando seria o nosso último dia juntos.

Era uma tarde fria e silenciosa. Lembro de levar chá de cidrera para o meu pai. Era um daqueles dias difíceis em que ele estava sentido muita dor. Sua falta de ar tinha aumentado e precisavamos
colocá-lo no oxigênio para que ele se sentisse melhor.

Mamãe não chorava na nossa frente, diversas vezes escutei seus soluços vindo do banheiro no meio da noite. Ela sempre dizia que estava gripada, mas eu sabia que seu coração estava quebrado assim como o meu. Então eu a abraçava e dizia que tudo ficaria bem.

Papai continuou muito mal.  O doutor veio até a nossa casa e disse que ele precisaria levá- lo para o hospital, mas meu pai se recusou. Disse que estava bem em casa. Não adiantava discutir. Seu Eduardo era teimoso e quando colocava alguma coisa na cabeça, ninguém conseguia tirar. O médico apenas lhe deu alguns remédios e foi embora. Mamãe deitou do seu lado e eu também.  Não vi a hora passar. Quando levantei, papai segurou em meus braços. Sentei ao seu lado. Minha mãe estava dormindo. Ele olhou no fundo dos meus olhos e disse.

- Cuide da sua mãe.  Seja o porto seguro dela. Assim como eu fui o seu.

- Papai, não diga essas coisas. Você vai ficar bem.

- Me escuta filha - Ele apertou minha mão.  - Você é forte, eu sei que é.  Porque puxou pra mim. Mas não deixe de demonstrar seus sentimentos por achar que é fraqueza. É preciso muita coragem para para se abrir.  - Ele falava tão sério que sua mão tremia. - Prometa que vai ser feliz.  Mesmo que as coisas estejam muito ruins, você vai encontrar um forma de ser feliz. A vida é um sopro e você precisa vivê-la. - As palavras do meu pai me deixaram muito pensativa. Era como uma despedida. Não queria me despedir dele, mas conhecia-o muito bem pra saber que ele não fazia drama. Era direto nas palavras e só falava quando necessário.

- Eu prometo pai. Eu prometo. - O abracei e chorei baixinho até que adormeci novamente.

Essa foi a última vez que conversei com meu pai.

Flashback off

Sophie estava adormecida ao meu lado. Ela era tão linda. Eu mal conseguia ficar longe do seu toque. Me levantei o suficiente para olhar meu celular e desligar a luz.  A tela indicava uma mensagem do Mateus. Destravei a tela e abri sua mensagem

Mateus: Elisa, fiz conexão e aproveitei pra lhe avisa que estou bem. Me desculpa por tudo que causei a Sophie e a Lara. Não foi minha intenção. Vou ficar longe. Preciso de um tempo pra pensar e me focar na minha carreira. Sei que você só quer me ajudar, mas nesse momento preciso ficar só.  Essa situação reacendeu muitas lembranças ruins em mim. Você mais do que ninguém sabe. Preciso ficar só.   Eu te amo. Obrigado por tudo. Bjos

Suspirei pesado ao pensar no quanto meu amigo estava sofrendo. Não iria abandoná-lo. Ele nunca saiu do meu lado quando o meu pai morreu.  E eu jamais o deixaria sozinho nessa situação. 

Elisa: Que bom que está bem Mat. Eu entendo sua decisão.  Sinto muito por não estar ao seu lado. Pode contar comigo.  Se precisar, pego um voo para Londres a qualquer momento. Quanto a Mariana.  Vou continuar repetindo.  Não foi sua culpa.  Não posso permitir que viva com essa angústia e culpa. Se quiser conversar, estarei aqui. Também te amo. Bjos. Boa viajem. 😘🤗

LARA FONTENELE

Em um susto levantei e quase caí.  Minha cabeça girava.  Onde eu estava? Olhei ao redor e aos poucos as lembranças de ontem a noite voltaram a minha cabeça, que por sinal doía muito. Eu bebi demais. A luz que vinha das janelas ofuscava minha visão. Sentei novamente para não cair.

Esse era o apartamento de Henrique. O que eu estava fazendo aqui? Várias coisas passaram pela minha cabeça, mas eu não conseguia me lembrar como cheguei até aqui. Se eu estava na cama dele, será que agente...Não, isso não pode ter acontecido. Pelo amor de deus.

Henrique apareceu só de cueca e todo molhado. Ele estava secando seu cabelo e ainda não tinha percebido que eu estava acordada. Sua pele alva estava queimada do sol se contratava com o seu cabelo preto como a noite. Nunca tinha reparado na sua beleza, ele era muito alto, talvez minha cabeça não chegava ao seu peito. Que estranho imaginar que alguma coisa tenha rolado ontem a noite.

- Pequena, você acordou. - Seu sorriso estava enorme. - Tem café da manhã lá na cozinha. Se quiser tomar um banho, tem toalhas no banheiro. - Ele estava muito descontraído.  Eu pelo contrário, estava desesperada. Se alguma coisa tivesse acontecido, eu nunca mais viria para o Rio de Janeiro novamente.

- Obrigada. - Ele ja estava saindo do quanto quando perguntei. - Henrique?

- Sim?

- Você pode me dizer como vim parar aqui?

- Você não lembra? Agente ficou muito  chapados. Foi incrível. - Aquilo me desesperou mais ainda.

- Ai meu Deus. Não acredito que trans*mos.

- O que? - Henrique deu um pulo pra trás.  - Você está louca? Se sua irmã escuta isso ela me mata.  Agente não transou não.  - Ele ficou desesperado.

- Nossa que alívio.  - Me joguei na cama. - Graças a Deus. Como é bom saber disso. Eu não conseguiria te olhar na cara se alguma coisa tivesse acontecido.

- Não se preocupa. Eu dormi na sala.

- Não é que você não seja lindo, atraente. Mas eu....

- Tudo bem Lara, eu ja entendi. Te considero minha irmãzinha. Isso ja mais aconteceria.

- Sim, você é como meu irmão mais velho.  Imagina que estranho.

- Podemos mudar de assunto?

- Claro, claro. Eu vou tomar um banho tá bom.  Tenho que voltar pra casa e enfrentar a fera da minha irmã.

- Fica a vontade.  Eu já estou de saída para o trabalho. Você pode deixar a chave em baixo do tapete.

- Obrigada Henrique. Você foi um amigão.

- De nada. Quando quiser, podemos sair pra beber umas.

- Pode deixar. Até depois. Não aqui na sua casa, mas na da Soph... é você entendeu.

- Sim. - Ele sorriu. - Até depois.

Herinque saiu do quarto e eu fui direto para o banheiro. Ri da possibilidade  de imaginar que agente tinha dormido juntos. Que estranho. Tratei de me apressar e fui direto para o apartamento ao lado. Pra minha sorte, Sophie ainda não tinha chegado.  Isso me daria tempo para inventar alguma desculpa por eu não ter ligado pra ela.

Pensei em Mateus e em como ele ficou apavorado quando descobriu que Sophie era minha irmã.  Ele era um covarde. Não iria mais pensar naquilo. Posso descartá-lo tão facilmente como ele me descartou.

 

Fim do capítulo


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