Capitulo 11
Stephanie
Meu coração não se continha mais dentro do peito, eu não conseguia simplesmente disfarçar e não demonstrar o quanto aquela situação estava mexendo comigo. Minhas mãos suavam, meu corpo tremia, minha boca estava seca e eu já não continha as lágrimas.
– Por favor, Stephanie?! Está assustando suas irmãs!
Não consegui encarar minha mãe, mas sabia bem o quanto ela e minhas irmãs estavam nervosas, desde a noite passada quando comentei com elas o que Gunnar havia me falado na beira do rio. Achamos por bem não contar ao nosso pai, sobre o plano de fuga caso Gunnar perdesse, até porque o mesmo não aceitaria, deixamos para avisá-lo apenas se fosse preciso, caso contrário, ele não precisaria ficar sabendo daquela possibilidade.
No entanto, mesmo rezando e confiando na capacidade de Gunnar, tive medo que não fosse capaz de derrotar o seu irmão e as coisas realmente saíssem do controle. Confesso que me machucava a idéia de vê-la se casar com Anne, mas isso era muito melhor do que vê-la morrer, ou que Anne se casasse com aquele escroto do Erling.
Meu pai apanhou-me pelo braço, obrigando-me a me aproximar dele, para que pudesse cochichar no meu ouvido.
– Que diabos está acontecendo?
Apenas balancei a cabeça, sem conseguir prestar atenção em nada que não fosse à nórdica de cabelos claros à minha frente, ela havia evitado qualquer tipo de contato visual, e mesmo sabendo que fazia parte da sua concentração para o duelo, aquilo me angustiava. E então, finalmente seu pai, Lord Agnar, decretou o início do duelo, e ambos os guerreiros correram para lados opostos, apanhando os machados jogados no chão.
Gunnar correu e assim que apanhou o machado, se voltou na direção do irmão com a arma em mãos, ela estava extremamente séria e concentrada, sua aparência era realmente intimidadora, principalmente naquela situação.
Erling rodou o machado no ar algumas vezes, exibindo-se enquanto sorria extremamente debochado e prepotente. Aproximou-se da irmã devagar, com o machado em punhos, e um sorriso afrontoso no rosto.
Depois eliminou o espaço entre eles e rapidamente tentou golpeá-la inúmeras vezes, de um lado para o outro, obrigando-a a se esquivar, recuando para trás, até quase ficar sem espaço e ser obrigada a revidar.
O choque dos machados ecoou por todos os cantos arrancando faíscas das lâminas, enquanto Gunnar empurrou-o com força pelo cabo, obrigando o irmão a recuar, livrando-se do canto do círculo, ganhando mais uma vez, espaço para se defender.
–VOCÊ É UMA VERGONHA PRA NOSSA FAMÍLIA GUNNAR!
Mais uma vez o homem avançou, depois de proferir palavras no idioma do meu povo, para garantir que todos entendessem o que falava. Seu machado ia de lado a lado, obrigando a nórdica a recuar e quando meu coração já não aguentava o medo de que um daqueles golpes a atingissem, Gunnar revidou surpreendendo o irmão.
O golpe da nórdica foi totalmente providencial, quando desviava de um ataque do irmão, rapidamente projetou o seu corpo e braços para contra atacar, acertando-o de leve no ombro, arrancando um filete de sangue, pegando todos de surpresa.
– Eu nasci porque você era fraco e doente! Você só é quem é hoje, porque eu nasci mulher, caso contrário, você nunca seria o herdeiro.
Erling aparentemente se ofendeu com as palavras da irmã, partindo para cima dela sem se importar com o ferimento no ombro.
O golpe veio de cima, obrigando Gunnar a apoiar um dos joelhos no chão, e segurar o seu machado com ambas às mãos, acima da cabeça, se protegendo da investida. Erling novamente recuou o machado, ganhando força e velocidade para empregar um novo ataque igual do interior. No entanto, enquanto o mesmo apanhava impulso, Gunnar se movimentou ainda abaixada, colocando-se de costas para o irmão, e com um movimento, acertou o cabo do machado em sua barriga, fazendo-o errar a investida que atingiu o solo.
Recuperando-se do golpe, Erling envolveu o pescoço de Gunnar com o braço livre, e tentou atingi-la no rosto com a arma, sendo impedido por uma das mãos da nórdica, que segurou o machado pelo cabo a centímetros do próprio rosto.
Sendo sufocada enquanto evitava que a ferramenta a atingisse, Gunnar manuseou rapidamente o machado que estava em sua mão, golpeando com força para baixo, atingindo o pé de Erling, que gritou alto entre um xingamento e outro em norueguês.
O nórdico afrouxou o braço, empurrando Gunnar pelas costas, afastando-a de si para que o machado fosse retirado do seu pé. Pude ver o sangue espirrar na terra, enquanto Gunnar se levantou e investiu contra o irmão, que tentava se recuperar do primeiro golpe.
O machado da nórdica ia de um lado para o outro, enquanto seu irmão desviava com muita dificuldade, deixando um rastro de sangue no chão, os cabos das ferramentas entravam em atrito, quando um bloqueava o golpe do outro.
Gunnar muito mais ágil golpeou-o com tanta força que ao se defender do golpe, o machado de Erling foi arrancado de suas mãos, voando para longe.
Meu coração quase parou de bater naquele momento, Gunnar estava tão perto de vencer que eu nem acreditava, mas como não conhecia um duelo nórdico, fiquei sem entender o porquê ela não acabou logo com aquilo.
Com os olhos fixos nos do irmão, a nórdica abaixou o machado encarando-o como se aguardasse alguma atitude dele. Agnar se afastou de sua família, indo para próximo da escada da varanda, tentando ver de perto o que aconteceria.
Gunnar jogou para longe o próprio machado, desarmando-se, enquanto ainda mantinha seus olhos fixos em Erling, que imediatamente partiu em sua direção, desferindo socos que ela bloqueava na mesma velocidade.
– Eu não preciso da sua piedade!
Erling estava furioso, aparentemente porque Gunnar se desfez da própria arma, tentando igualar o duelo, sem querer ser injusta e isso feriu o seu orgulho.
Um dos socos do nórdico atingiu o rosto da irmã, que bloqueou o que veio em seguida e revidou, acertando o estômago dele e depois o rosto, obrigando-o a se afastar.
– Precisa de um tempo?
Gunnar tentava irritar o irmão, ele ficava extremamente nervoso com as provocações e cometia falhas simples, dando vantagem a ela que já estava numa posição confortável com o ferimento do mesmo.
Erling apoiou as mãos nos joelhos, tentando recuperar o fôlego, porém rapidamente trapaceou, apanhando um punhado de terra, jogando na direção do rosto da irmã, que fechou os olhos tentando se proteger.
O nórdico avançou rápido e antes que ela pudesse se recuperar agarrou-a pela cintura jogando-a no chão, enquanto subiu sobre o seu corpo e desferiu socos, ao mesmo tempo em que ela tentava se proteger.
Não conseguia ficar parada, eu estava a ponto de descer as escadas e agarrá-los, encerrando aquela coisa grotesca, mesmo que aquilo pudesse beneficiar a mim e minha família.
Gunnar encobriu o rosto com os antebraços, permitindo que o irmão desferisse quantos golpes quisesse, até se cansar e diminuir o ritmo. O homem aparentemente exausto apanhou Gunnar pelos cabelos e quando levantou sua cabeça do solo, para tentar bater em seguida, a nórdica descobriu o rosto estendendo os braços na direção da cabeça do irmão, apanhando-o entre as mãos, forçando os polegares sobre seus olhos.
Erling desprendeu-se dos cabelos da irmã, apanhando seus pulsos, tentando afastá-la do seu pescoço. Porém, com impulso Gunnar se ergueu golpeando o rosto do irmão com a própria cabeça, arrancando sangue do seu nariz.
O homem jogou o peso do próprio corpo para trás, afastando-se das mãos da irmã, se arrastando de costas pelo chão tentando se levantar. Gunnar rapidamente se colocou em pé, esfregando os olhos com as mãos, tentando tirar a poeira dos olhos e enxergar.
– Você é um fracassado Erling!
Gunnar finalmente parecia brava com a situação, assim que conseguiu ver, correu na direção do irmão que acabava de se colocar em pé e projetou seu corpo, atingindo o peito do homem com ambos os pés, jogando-o com força no chão. Erling tossiu, e antes que se recuperasse do golpe, Gunnar já havia se levantado e estava sobre o seu corpo, desferindo inúmeros golpes em seu rosto, até que ele praticamente perdesse o sentido.
O homem cuspiu sangue entre uma tosse e outra, enquanto a irmã se pós em pé, afastando-se de costas, encarando o corpo estirado no chão.
– Renda-se!
Erling rastejou com bastante dificuldade, ficando de bruços no chão, encarando a multidão ao seu redor. Depois se virou deitando de costas novamente, levando as mãos até o rosto, tocando suavemente sobre os ferimentos.
Depois de alguns segundos se esforçou para se sentar no chão e começou a rir, como se a ficha finalmente tivesse caído e percebeu que havia perdido o duelo e teria que se render.
– Você sempre quis isso, não é? Sempre quis ser eu!
– Não Erling! Eu sempre quis ser diferente de você!
Erling cuspiu na direção da irmã e mesmo aparentemente sem conseguir continuar o duelo, se colocou em pé, cambaleando para trás.
– Você não é melhor que eu! Nunca foi!
Erling cuspiu as últimas palavras, antes de finalmente demonstrar qual sua verdadeira intenção, virou-se de costas para Gunnar, e correu na direção do seu machado que estava a poucos metros de distância. No entanto, a nórdica rapidamente percebeu qual sua intenção e mais rápida que ele tentou impedi-lo de chegar até a arma, conseguindo alcançá-lo devido a sua dificuldade para correr.
O homem apanhou o machado e rapidamente golpeou o ar tentando atingir a irmã, que estava muito próxima a ele. Gunnar se abaixou desviando do golpe, apanhando em seguida o braço do irmão que segurava o machado, golpeando o mesmo no cotovelo, quebrando seu braço, pois conseguimos ouvir o som dos ossos se partindo, enquanto o mesmo gritava em agonia.
O machado caiu no chão e foi apanhado por Gunnar que se afastou enquanto o homem de joelhos no chão resmungava e gemia de dor.
– Você se rende Erling?
Agnar desceu alguns degraus da escadaria, quase chegando até onde os filhos estavam aparentemente muito nervoso com o desfecho do duelo.
– Guerreiros que se rendem, não têm direito a Valhalla! Eu não tive filhos covardes.
Erling ouviu atentamente as palavras do Lord Agnar, e abaixou a cabeça depois de encarar uma mulher e três jovens que acreditei serem sua esposa e filhos, que choravam copiosamente entre a multidão.
O homem se colocou em pé mais uma vez, seu corpo praticamente não respondia aos seus comandos, mas ele não queria se render, principalmente depois das palavras proferidas por seu pai.
– Eu vou beber o seu sangue, depois que eu mat…
Gunnar não o deixou concluir a frase, principalmente porque pareceu um pedido desesperado por ajuda, já que o mesmo além de todos os ferimentos, foi intimado pelo próprio pai a insistir no duelo, mesmo sem chances de vencer.
A nórdica manuseou o machado nas mãos, avançando rapidamente na direção do irmão, golpeando-o na altura do pescoço, decapitando-o com um único golpe, fazendo sua cabeça rolar até os pés do seu pai.
Gunnar não olhou pro corpo caído aos seus pés, assim como não encarou o pai que a fulminava com o olhar. Enquanto sua mãe chorava copiosamente na varanda do casarão, chamando pelo nome do filho morto.
A nórdica se manteve em silêncio, com o machado em uma das mãos, com as botas molhadas pelo sangue que corria do corpo no chão, enquanto metade do povo nórdico comemorava sua vitória.
Cobri a boca com as mãos, sem conseguir digerir o que acabara de acontecer, eu estava feliz que Gunnar havia vencido o duelo, isso significava que não precisaríamos fugir e Anne não teria que se casar com Erling. No entanto, eu não estava preparada pra ver minha irmã caçula se casando com a única pessoa que tinha mexido com os meus sentimentos na última década, principalmente depois de ver essa pessoa decapitando o próprio irmão, na frente da família.
Era muito para processar, eu sabia o quão bárbaro e violento o povo nórdico era, mas não imaginava que eram capazes de matar uns aos outros de forma tão grotesca.
Mantive-me ali encarando Gunnar que se mantinha de cabeça baixa, eu tive medo daquela mulher quando chegou à colônia pela primeira vez, sua aparência era fria e assustadora, mas com o passar dos dias percebi que existia bondade por trás de toda aquela postura. No entanto, encarando-a suja de sangue, com a arma que acabara de executar o irmão em mãos, eu voltei a me sentir como da primeira vez que a vi, temerosa e sem saber o que esperar em seguida.
A nórdica finalmente saiu do seu estado letárgico, jogando o machado no chão próximo ao corpo do irmão, voltando seu rosto na direção do seu pai, que permanecia nas escadas da varanda.
– Erling morreu como um verdadeiro guerreiro! Neste exato momento, está nos portões de Valhalla!
Lord Agnar desceu as escadas e andou até onde a filha estava, socando-a no rosto com tanta força, que ela cambaleou para trás, caindo sentada no chão.
Gunnar não esboçou qualquer reação diante do golpe que fez com que todos se calassem, fazendo com que me recordasse da primeira conversa que tivemos no jardim, quando ela me contou que seu pai tinha esse costume.
A nórdica se levantou devagar, colocando-se mais uma vez em pé em frente ao pai, com um ferimento novo no lábio inferior, que sangrava naquele momento.
– Han aksepterte duellen og jeg vant rett og slett! Du må respektere resultatet, enten du liker det eller ikke! “(Ele aceitou o duelo e eu venci de forma justa! Você vai ter que respeitar o resultado, gostando ou não!)”
– Hvorfor i helvete kom du på denne dritten? Hva drepte du broren din for? “(Porque diabos você inventou essa merd*? Matou o seu irmão a troco de quê?)”
– Du drepte Erling! Han ville overgi seg! “(Você matou o Erling! Ele queria se render!)”
– Jeg har ikke en feig sønn! “(Eu não tenho um filho covarde!)”
– OG! Han har en død sønn! “(É! Tem um filho morto!)”
Ninguém conseguia ouvir a pequena discussão dos dois, porém, depois de se encaram por alguns segundos, Agnar deu as costas a Gunnar e andou até o centro do círculo com um sorriso no rosto e braços abertos.
– Temos um vencedor!
Agnar andou mais alguns passos ignorando o choro compulsivo da sua primeira esposa, mãe de Gunnar e Erling e aparentemente celebrou a vitória da filha.
– Em duas horas, teremos um casamento… diferente!
Os nórdicos começaram a celebrar mais uma vez, ignorando o fato de haver um corpo decapitado entre eles.
Meus olhos iam de um lugar para o outro procurando Gunnar que tinha desaparecido do meu campo de visão rapidamente. Encontrei-a muito distante entre a multidão, se afastando rapidamente acompanhada de Heimdall, Finn e Ivar.
Voltei-me na direção da minha família que estava tão estarrecida quanto eu, com a situação que tínhamos acabado de presenciar. Meu pai parecia muito confuso e um tanto incomodado com o fato de que agora, Anne deveria se casar com Gunnar e não Erling, o que parecia ser muito melhor, mas que também me incomodava profundamente.
Aproximei-me da minha mãe enxugando minhas próprias lágrimas, esta por sua vez rapidamente me apanhou pelo braço, trazendo-me para perto dela.
– Ela vai ter que se casar com… com aquela mulher?
– Acredite em mim mãe! É muito melhor do que com o homem que ela acabou de matar.
– Mesmo assim! Além de ser uma mulher, também é muito mais velha, serve pra ser mãe dela.
– Eu não acho que ela vá…
Encarei Anne que estava muito próxima na companhia de Elisabeth, então me aproximei do rosto da minha mãe concluindo minha frase.
– Eu não acredito que ela vá querer consumar o casamento! Pelo menos, não enquanto a Anne for jovem!
– E o que te leva a acreditar nisso?
– Ela é melhor que os outros!
– Tão melhor que acabou de decapitar o próprio irmão!
– Acredite mamãe! Ela teve um ótimo motivo.
– Que motivo? Não entendo essa tua veneração por ela!
– Ela é… é… ela é diferente! Ela não é igual a eles e já tive provas disso. Por mais que o que acabou de acontecer seja assustador pra quem não entende os motivos que a levaram a isso.
– Eu peço a Deus que você esteja certa.
Tempo depois, o corpo de Erling já havia sido retirado da frente do casarão, boa parte do povo havia se dispersado, enquanto o altar para o casamento que aconteceria em breve era montado no meio da praça, para que os dois povos pudessem acompanhar.
Mantive-me ali por um bom tempo, apenas observando tudo e todos, sem deixar que minhas emoções viessem à tona e eu demonstrasse o quanto estava magoada com aquele maldito casamento. Eu amava minha irmã, que amava um nórdico, que era irmão da mulher que eu amava e que se casaria com ela.
Sorri, enquanto uma lágrima desceu pelo meu rosto, ao constatar que definitivamente eu estava apaixonada pela nórdica.
Algumas horas mais tarde, o povo estava reunido mais uma vez na praça, para celebrar o casamento. Permaneci no canto da varanda, enquanto observava Anne com um lindo vestido rosa, qual minha mãe havia preparado para ela, podia ver no seu rosto a ansiedade, mas nem comparava em como ela estaria se o noivo ainda fosse o Erling.
Meus olhos desceram na direção do altar, no exato momento que Gunnar se aproximava, acompanhada de Heimdall que não se afastava por nenhum minuto. A nórdica se posicionou em frente ao altar, onde o padre da nossa colônia as aguardava, pronto para celebrar a união.
Afastei-me da parede que estava apoiada, andando até a beirada da escada onde o restante da minha família se encontrava, sem retirar os olhos do altar. Gunnar estava simplesmente linda, com os longos cabelos soltos e finas tranças entre eles, vestindo uma camisa branca, calças justas e botas. Meu coração disparou, eu simplesmente queria estar ao seu lado, mas era minha irmã quem estaria em breve.
– Vamos Stephanie!
Voltei minha atenção ao meu pai que me aguardava para que acompanhasse o restante da família até o altar, para assistir a cerimônia.
Assim que nos aproximamos entre a multidão, meus olhos rapidamente se encontraram com os olhos de Gunnar, que sustentou o olhar até quando meu pai comunicou que precisava acompanhar Anne e me fez voltar minha atenção a ele.
– Vão para o altar! A cerimônia já vai começar!
Minha mãe concordou com a instrução do meu pai, deu um beijo no rosto de Anne e logo depois apanhou Elisabeth e eu pelas mãos. Porém, antes que pudéssemos nos afastar, Ivar se aproximou, chamando a atenção para ele.
– Lord Harald! Gunnar exige uma pequena mudança no acordo!
– Que mudança?
– A sua filha mais nova, era escolha do Erling! Gunnar escolhe a filha mais velha!
Todos se voltaram para mim, enquanto eu sentia meu coração disparar, era um misto de surpresa e alegria, Anne não precisaria se casar nem com Erling ou com a irmã, ela estava livre daquele fardo, o qual eu honraria com extrema satisfação.
– Eu aceito!
Não era para Ivar que eu precisava dizer aquilo, sem mencionar que eu não tinha escolha alguma, mas confesso que seria a única obrigação que eu cumpriria com gosto, por inúmeros motivos. Minha família nada disse, era muito melhor me ver casando do que Anne, eu era uma mulher adulta capaz de entender as minhas obrigações e aparentemente, todos ainda que não demonstrassem, já tinham percebido o meu real interesse com a nórdica.
– Obrigada!
Anne sorria de orelha a orelha, sorri de volta tentando me controlar, sem querer parecer afoita com a situação.
– Ok! Vamos acabar logo com isso!
Minha mãe, muito mais aliviada, acompanhou Elisabeth e Anne até o altar, deixando todos os presentes confusos, todos além de nós e Gunnar, que mantinha os olhos fixos nos meus.
Fim do capítulo
Boa noite!
Contavam com essa reviravolta?
Comentar este capítulo:
Marta Andrade dos Santos
Em: 13/03/2024
Eu dei valor a Gunnar é uma pessoa com princípios.
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Marta Andrade dos Santos
Em: 13/03/2024
Eu dei valor a Gunnar é uma pessoa com princípios.
Resposta do autor:
Ela está merecendo um bônus kkk
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Socorro
Em: 13/03/2024
Eita eita eita .. ameiii
Natalia S Silva
Em: 13/03/2024
Autora da história
Kkkkkk surpresa boa né?
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