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Nórdicos por Natalia S Silva

Ver comentários: 1

Ver lista de capítulos

Palavras: 3425
Acessos: 1502   |  Postado em: 10/03/2024

Capitulo 9

 

Stephanie

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Meu coração estava a galopes, cheguei a pensar que teria um infarto ao retornar para o meu quarto, obrigando-me a me deitar rapidamente sobre a cama e tentar acalmar meus batimentos. Engoli em seco de olhos fechados sem conseguir tirar a imagem de Gunnar me beijando, ainda que não tenha sido um beijo de verdade, eu não conseguia esquecer.

Levei as mãos ao meu rosto cobrindo-o como se aquilo pudesse apagar o que eu estava sentindo, sabia que as coisas tinham saído do controle, Gunnar era uma nórdica, bárbara como todos do seu povo e não escondia isso com aquelas atitudes. No entanto, o que mais me assustava e envergonhava era a pulsação em lugares inapropriados que ansiavam por algo mais que aquele simples encontro de lábios.

 

 

 – Jesus!

 

 

Sentei-me na cama me despindo do casaco que usava por cima da camisola, não suportando o calor que subia pelo corpo se alojando no meu rosto.

Me deixei cair de costas na cama, relembrando o momento a pouco vivido e por mais que eu tentasse acreditar que ela tinha passado dos limites comigo e aquilo era uma falta de respeito, eu sabia que meu corpo estava eriçado positivamente em relação aquilo, e no meu mais íntimo, desejei que ela não tivesse parado.

 

 

 – Meu Jesus!

 

 

Coloquei-me em pé novamente, correndo para o banheiro onde me enfiei de roupa e tudo debaixo do chuveiro, deixando que a água fria causasse um choque térmico e apagasse todo o calor que eu estava sentindo.

Permaneci por intermináveis minutos deixando a água rolar pela minha pele, com as mãos espalmadas na parede, relembrando cada detalhe do rosto de Gunnar, que era extremamente atraente aos meus olhos.

Seus cabelos longos e dourados estavam soltos e úmidos, seus olhos azuis acinzentados miúdos enquanto me encarava, sem mencionar a boca que era naturalmente avermelhada, com dentes brancos perfeitos, e a pele extremamente clara, ostentando algumas cicatrizes que a deixavam ainda mais sensual.

 

Gemi alto, de raiva, incômodo e frustração, sem suportar a idéia que o que eu mais queria naquele momento era que Gunnar, uma mulher completamente diferente de mim, com uma cultura totalmente oposta a minha, adentrasse por aquela porta e me fizesse mulher como a muitos anos não me sentia.

 

 

 

 

 

Aquela noite foi extremamente difícil, depois de ficar por horas revirando na cama, lutando contra os meus próprios desejos que julgava totalmente inadequados, finalmente acabei adormecendo sem conseguir tirar a imagem da nórdica da minha cabeça.

 

 

 

No dia seguinte, por mais que tentasse não parecer ter me importado com o que havia acontecido, procurei por toda a colônia ao menos avistá-la à distância, não tendo êxito algum, era como se ela estivesse se escondendo o tempo todo. 

Os dias passaram e pouquíssimas vezes a encontrei, sem ter qualquer troca de palavras nas próximas semanas, a observava de longe, tentando acalmar o mundo de emoções que se apoderaram de mim desde a fatídica noite que nos beijamos no seu quarto.

 

Eu sabia o que estava sentindo e era de longe mil vezes mais forte do que havia sentido por Jacob há uma década, aquilo me assustava absurdamente, porque além do fato de se tratar de uma mulher, ela ainda era uma completa estranha, uma forasteira na minha terra, que ninguém sabia ao certo o que se passava na sua cabeça. Não conseguia fingir que estava bem, não conseguia trocar mais de duas palavras com minha mãe que me questionava a todo o momento sobre o que estava acontecendo, obrigando-me a colocar a culpa no fato de que logo Lord Agnar retornaria com seu povo, e Anne deveria se casar com o bárbaro.

Confesso que inicialmente era o que realmente me movia, eu não suportava aquela idéia e não aceitaria nunca, mas depois do aniversário de 15 anos de Anne e de tudo que aconteceu com Gunnar, eu estava me colocando em primeiro plano, e isso me magoava profundamente. Eu não tinha deixado de me importar com minha irmã caçula, apenas estava pensando mais em mim e nos meus sentimentos não correspondidos, que me machucavam cada dia mais.

 

 

Gunnar, Heimdall e Finn haviam deixado o casarão assim que o rapaz se recuperou do ferimento sofrido logo na primeira noite. Eles haviam retornado para a casa onde foram instalados no primeiro dia e aquilo me levava a crer que era pra manter distância de mim, já que meu pai insistiu para que permanecessem na casa principal.

 

 

 

 

 

 

 

O dia finalmente havia chegado, um mês após a partida de Lord Agnar, ele finalmente retornou, trazendo consigo milhares de bárbaros, os quais montaram acampamento na planície do lado de fora dos muros, pois não havia casas o suficiente para abrigá-los no interior da colônia.

 

Sabia que aquele momento ficaria guardado na minha memória por um bom tempo, quando o Lord Agnar subiu os degraus da escadaria em frente ao casarão, onde meu pai o aguardava no topo ao lado de Gunnar e Heimdall, que em momento algum dirigiu o olhar na minha direção.

 

 

 – Lord Agnar! Como é bom finalmente tê-lo conosco em definitivo. Estávamos ansiosos por esse momento.

 

 

Meu pai apressou-se em estender a mão para apertar a de Agnar. Que com o sorriso mais sarcástico do mundo, retribuiu o gesto deixando seus olhos oscilarem na minha direção, de minha mãe e irmãs.

 

 

 – É bom finalmente estar no nosso lar! Meu povo estava tão ansioso quanto eu para desfrutar dessas maravilhas que possui aqui na colônia.

 

 

Sua voz era rouca assim como a de Gunnar, no entanto, ele falava com tamanha arrogância que me enojava. Logo avistei seus filhos, Erling e Enok, subindo os degraus da escada indo até onde o pai estava.

Logo em seguida, Agnar se direcionou até Gunnar e Heimdall, cumprimentando-os com um aperto firme de mãos, mantendo o sorriso sarcástico no rosto, enquanto Erling se direcionou até onde estávamos encarando Anne por alguns segundos, que instintivamente recuou, apanhando o braço da mãe. 

 

 

Eu podia estar enganada, mas o incômodo de Gunnar e Heimdall era quase palpável, podia ver o desconforto de ambos que não demonstraram nenhuma felicidade em reencontrar a sua família e seu povo. 

 

Depois do reencontro, meu pai deu uma festa no grande salão, para recepcionar o Lord e sua família. Podia sentir a euforia do meu pai, ele estava nervoso com tudo que podia acontecer, sentia que a convivência com Gunnar e os outros homens o tinha amolecido um pouco, o fizeram crer que não eram de todo mal, assim como fez a mim mesma crer nisso. No entanto, Agnar e o restante não passavam a mesma impressão, principalmente porque eu me recordava bem da conversa que tive com Gunnar no pomar, logo na sua chegada.

 

 

 

 

Gunnar estava em um canto do salão, bebendo cerveja juntamente com Finn e alguns outros homens que já conhecíamos. Eu não conseguia tirar os olhos dela, principalmente porque há muito tempo não ficávamos tão próximas assim. Naquela noite conheci Hulda, a mãe de Gunnar, Erling, Enok e Helga, ela era primeira esposa de Agnar, também conheci a segunda esposa dele, Nora, que era mãe de Sigrid, Heimdall e Freya, os filhos mais novos do Lord.

Confesso que nem mesmo as mulheres do povo de Gunnar me traziam confiança, a primeira esposa de Agnar parecia tão arrogante quanto o marido, assim como a filha Helga, diferente das irmãs mais novas e da segunda esposa do Lord, que aparentavam ser um pouco mais amigáveis.

 

 

Meus olhos vagavam pelo salão, vez ou outra retornando a nórdica de quase 2m de altura que vinha tirando a minha paz, no entanto, foi quando percebi que Anne não estava mais conosco que me preocupei. Procurei ao redor sem encontrá-la, assim como não avistei Erling no salão, o que me deixou ainda mais preocupada e mesmo sabendo que em poucos dias eles estariam casados, eu não queria deixá-la à mercê dele, ainda tinha esperança de que algum milagre acontecesse. Afastei-me da minha família sem querer chamar atenção e saí à procura da minha irmã pelo casarão.

 

 

Andei por todos os cômodos da casa sem encontrá-la em lugar algum, foi quando avistei Gunnar se dirigindo para o jardim nos fundos da casa. A segui rapidamente e instintivamente, queria encontrar Anne e a atitude dela pareceu suspeita, mas também queria um momento a sós com ela, estava com saudade e precisava de uma oportunidade, nem que fosse pra xingá-la.

 

Ao chegar ao jardim, a escuridão me obrigou a estreitar os olhos para enxergá-la descendo as escadas que levavam até o pomar. Corri na sua direção encurtando a distância entre nós, foi aí que ela parou de andar e consegui prestar atenção na movimentação à sua frente.

 

Com um movimento rápido Gunnar apanhou o homem pelo braço, afastando-o de alguém e sacudindo. Aproximei-me rapidamente me colocando ao seu lado, chamando sua atenção para mim.

Meus olhos identificaram imediatamente o seu irmão mais novo Heimdall, que tentava se desvencilhar de suas mãos.

Gunnar surpreendida com minha aparição encarou-me incrédula, antes de focar na sua missão inicial e se dirigir até a segunda pessoa que estava no escuro debaixo da árvore de maçãs, arrastando-a pelo braço, trazendo-a para o feixe de luz, permitindo-nos identificá-la.

 

 

 – Anne?

 

 

Imediatamente apanhei-a pelo outro braço, afastando-a das mãos de Gunnar que rapidamente a soltou, voltando sua atenção para Heimdall, o qual foi agarrado com mais força e sacudido.

 

 

 – Mas que porr* vocês dois estavam fazendo?

 

 

– Me solta!

 

 

O garoto esperneou tentando se livrar do aperto das mãos de Gunnar.

 

 

 – O que aconteceu, Anne? O que ele fez?

 

 

 – Nada!

 

 

Minha irmã estava assustada, mas parecia estar mais assustada pelo fato de ter sido flagrada do que por qualquer outra coisa.

 

 

 – Anne? O que ele fez com você?

 

 

 – Nada! Ele não fez nada que eu não quisesse.

 

 

Gunnar e eu estávamos sem entender o que estava acontecendo, no entanto, pelo que aparentava os dois estavam tendo algum tipo de relacionamento consensual de ambas às partes.

 

 

 – Você está louco? Ela é noiva do Erling?

 

 

 – Eu sei disso! Mas não vou deixar que se casem!

 

 

Gunnar sacudiu o rapaz pelos ombros, tentando fazê-lo prestar atenção nas próprias palavras.

 

 

 – Pelo amor de Odin Heimdall! Por que você não me ouve?

 

 

 – Você disse!

 

 

Heimdall finalmente se desvencilhou das mãos da irmã, e enfurecido a empurrou.

 

 

 – Você quem disse que se ela me quisesse nós poderíamos ficar! 

 

 

 – Eu estava falando da Stephanie!

 

 

O garoto fez cara de desentendido, e eu mais ainda, porque motivos ela o estava empurrando pra mim? Ele era muito mais jovem, nunca troquei mais que duas palavras com ele.

 

 

 – Eu nunca sequer falei com ela! Te disse que estava conversando com a filha de Harald, mas achei que tinha entendido que era com a Anne! 

 

 

 – É claro que não! Eu teria arrebentado a sua cara se soubesse que era da garota que estava falando!

 

 

Eu ainda estava confusa, mas pelo jeito eles estavam se encontrando há bastante tempo e Gunnar havia pensado que era comigo. Talvez esse tenha sido o motivo de ter se afastado tanto.

 

 

 – Você achou que era comigo?

 

 

 – Óbvio! Se soubesse que era com a menina tinha impedido!

 

 

 – E porque comigo pode?

 

 

 – Porque você não é a noiva do Erling!

 

 

Gunnar me encarou enfurecida, e mesmo entendendo a que ela se referia, me senti incomodada por permitir que o irmão se relacionasse comigo, ainda que não fosse verdade.

 

 

 – Vamos embora! Antes que eu tenha que explicar a alguém a merd* que estava acontecendo aqui!

 

 

 – Eu não vou!

 

 

Heimdall se afastou da irmã se aproximando de Anne, que prontamente enlaçou o braço do nórdico.

 

 

 – Que merd* Heimdall! Quer morrer antes do dia nascer?

 

 

 – Eu não vou deixá-la se casar com o Erling! Vou desafiá-lo!

 

 

Gunnar esbofeteou o garoto duas vezes no rosto, e quando ele tentou revidar, socou seu estômago, fazendo-o se curvar agarrando-o pelo pescoço.

 

 

 – O Erling te mata antes mesmo que você possa terminar de desafiá-lo!

 

 

 – Você é uma péssima irmã! Não confia na minha competência!

 

 

 – Eu sou realista Heimdall! O Erling é um dos melhores guerreiros que já existiram no nosso povo! E você é só um garoto imbecil, que não pode derrotá-lo, nem em mil anos!

 

 

Heimdall encarou-a ofendido, enquanto eu estava perplexa com o desfecho daquela conversa, sem conseguir assimilar tanta informação.

 

 

 – Se você não vai fazer nada pra mudar essa merd* que é o nosso povo, eu vou! Vou desafiá-lo e derrotá-lo, depois vou me casar com a Anne e destronar o nosso pai!

 

 

 – Não seja imbecil!

 

 

Heimdall enfurecido tentou apanhar Anne pelo braço e se afastar, mas agarrei o pulso da minha irmã, impedindo-os de se afastarem.

 

 

 – A Anne não vai a lugar nenhum com você! Pelo menos não agora! Não vou deixar arriscar a vida dela desse jeito.

 

 

Anne não me contrariou e ainda que Heimdall estivesse chateado, o mesmo concordou com um aceno e se afastou, nos deixando no pomar.

 

 

 – De que desafio ele estava falando?

 

 

 – Não importa!

 

 

 – É claro que importa! Isso pode salvar a Anne!

 

 

 – Não vai salvar!

 

 

Gunnar se pôs a andar chateada.

 

 

 – Por favor, Gunnar?

 

 

Mesmo a contragosto, Gunnar deu meia volta e simplesmente começou a despejar as informações.

 

 

– Quando algum nórdico acha que merece o lugar ou o poder de outro, pode desafiá-lo para um duelo!

 

 

 – O que isso significa?

 

 

 – Que ele quer se casar com a sua irmã no lugar do Erling! E para passar por cima do direito de primogênito, teria que desafiá-lo para um duelo e vencer.

 

 

 – Devia deixá-lo desafiar!

 

 

 – E deixá-lo morrer? Heimdall é uma criança ainda. Um tolo! Não tem a menor chance contra o Erling, e meu pai não aceitaria o desafio. Não vai permitir que ninguém envergonhe seu preferido, mesmo que ele não tenha a menor chance de vencer.

 

 

 – E se vencer?

 

 

Anne pela primeira vez se dirigiu a Gunnar, encarando-a com um brilho jovial nos olhos, o qual eu conhecia bem. Já tinha me apaixonado na adolescência e sabia bem o quão tolos ficávamos.

 

 

 – Ele não vai! Erling é um assassino, o Heimdall não!

 

 

Gunnar começou a andar de volta para a escadaria que levava ao jardim, então a acompanhei arrastando Anne pelo braço.

 

 

 – O seu pai não ia querer um escândalo desses com sua família! Talvez ele aceite trocar o Heimdall de lugar com o Erling! Já que isso aconteceu…

 

 

 – Não seja idiota Stephanie! Meu pai realmente não aceitaria, mas isso não significa que trocaria os dois de lugar! Erling provavelmente escolheria outra dentre as filhas de Harald e com certeza seria Elisabeth por ser mais jovem. 

 

 

 – Mas… mas isso é melhor do que a Anne! 

 

 

 – Ele escolheria Elisabeth, porque Anne perderia o direito de ser esposa, então ela só seria a sua concubina, a escrava sexual para procriação.

 

 

Parei de andar, mas Gunnar continuou, abrindo uma distância considerável entre nós. Não conseguia acreditar que não tinha uma forma de acabar com aquele casamento. Até simpatizava com Heimdall, o rapaz parecia ser um bom garoto, preferiria mil vezes que Anne se casasse com ele do que com Erling.

 

 

De volta ao salão, levei Anne até onde Elisabeth estava e pedi que ficasse de olho nela, depois explicaria o motivo. Então, ignorando completamente os olhares e as esbarradas propositais que levei dos nórdicos recém chegados, andei até onde Gunnar estava em um canto afastado com Finn e Ivar.

 

 

 – Precisamos conversar!

 

 

 – Não precisamos não! 

 

 

 – Eu não me importo em falar o que tenho pra falar aqui, na frente dos seus amigos!

 

 

 – Isso seria pior pra você do que pra mim!

 

 

Finn e Ivar olhavam de um lado para o outro, tentando acompanhar a pequena discussão que estávamos tendo na frente deles.

 

Gunnar se irritou rapidamente, encarando alguns nórdicos que roçaram em mim propositalmente, enquanto riam e proferiram ofensas em seu idioma. 

 

 

 – Kom deg vekk fra henne og hold kjeft, før jeg river ut de tennene! “(Se afastem dela e calem a merd* dessa boca, antes que eu arranque esses dentes daí!)”

 

 

Assim que os nórdicos ouviram as palavras de Gunnar, calaram-se imediatamente enquanto ela me apanhou pelo braço e me conduziu para fora do salão. 

 

 

 – O que disse a eles?

 

 

 – Nada que precise saber!

 

 

Andamos até o final do corredor, indo para uma pequena sacada que ficava no final da sala, Gunnar soltou meu braço assim que ficamos a sós, colocando as mãos na cintura enquanto me encarava.

 

 

 – Fale logo!

 

 

Sua voz saiu baixa e naturalmente rouca, na tentativa de não sermos flagradas a sós naquela parte da casa. 

 

 

 – De onde você tirou a idéia de que eu estivesse…? Que seu irmão e eu…?

 

 

 – Não importa! 

 

 

 – Por isso tem me evitado esse tempo todo?

 

 

 – Isso não importa! Eu não preciso te tratar bem, não tenho obrigação nenhuma com você!

 

 

 – Não era isso que parecia!

 

 

 – Mas agora é!

 

 

Claramente ela estava na defensiva e não queria tocar no assunto, mesmo que aquilo fosse importante pra mim, eu entendia sua posição. 

 

 

 – Ok!

 

 

Apoiei as mãos na cintura assim como ela, tentando aceitar que nada ali era o que parecia ser e que de nada adiantaria insistir, que eu apenas perderia meu tempo e com certeza acabaria me magoando. No entanto, minha boca não conseguia ficar calada.

 

 

 – Só me responde mais uma coisa!

 

 

 – Kjedelig! “(Chata!)”

 

 

 – Não me xinga nesse seu idioma, é bem chato! Nós sabemos que estão nos ofendendo!

 

 

 – Pergunta logo o que quer saber, pra eu poder sair daqui!

 

 

 – O que foi aquilo?

 

 

 – Aquilo o quê?

 

 

 – Aquilo que aconteceu! Da última vez que nos falamos! No seu quarto?

 

 

Senti meu rosto arder, estava envergonhada de fazer aquela pergunta, mas realmente precisava saber.

 

 

 – Não tem nada pra falar sobre aquilo!

 

 

 – Como não?

 

 

 – Não tem! Aquilo não foi nada!

 

 

Gunnar tentou se esquivar e sair da sacada, mas instintivamente a apanhei pelo antebraço, e ainda que não tivesse força o suficiente para detê-la, ela conteve seus passos, bufando quando se voltou na minha direção.

 

 

 – Qual é Gunnar? Porque você insiste em se manter tão distante?

 

 

Ela balançou a cabeça sem encarar meus olhos, enquanto pressionei seu braço tentando chamar ainda mais sua atenção.

 

 

 – Por que você não deixa que as pessoas se aproximem de você? Que conheçam quem você realmente é?

 

 

 – Porque isso não importa!

 

 

 – É claro que importa! Eu… eu gostei de conhecer você! 

 

 

Senti meus olhos umedeceram, enquanto ela simplesmente fechou os seus, tentando controlar seja lá o que fosse.

 

 

 – Faça um favor pra si mesma! Não perca o seu tempo comigo! No final das contas vai perceber que não valia à pena.

 

 

Seus olhos finalmente se encontraram com os meus, havia verdade neles, uma verdade que eu não queria.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Boa noite!

Capítulo tenso heim?


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Comentários para 9 - Capitulo 9:
Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 10/03/2024

Eita agora vai ter disputa quem vai ganhar a mão da Anne.

Gunnar aceita que dói menos .


Resposta do autor:

E agora heim?

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